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Roberto Santos



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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Português: Interpretação de Texto

Como eu já postei anteriormente, é muito importante saber interpretar textos e compreender o sentido das palavras para se fazer uma boa prova nos vestibulares e em especial o ENEM que cobra por demais a boa leitura, então, resolvi colocar estes testes abaixo para que você possa testar sua capacidade de interpretação. Ao final das 101 perguntas você encontra o gabarito. Divirta-se:

TEXTO I

Não existe essa coisa de um ano sem Senna, dois anos sem Senna...Não há calendário para a saudade.
(Adriane Galisteu, no Jornal do Brasil)

1) Segundo o texto, a saudade:
a) aumenta a cada ano.
b) é maior no primeiro ano.
c) é maior na data do falecimento.
d) é constante.
e) incomoda muito.

2) A segunda oração do texto tem um claro valor:
a) concessivo
b) temporal
c) causal
d) condicional
e) proporcional

3) A repetição da palavra não exprime:
a) dúvida
b) convicção
c) tristeza
d) confiança
e) esperança

4) A figura que consiste na repetição de uma palavra no início de cada
membro da frase, como no caso da palavra não, chama-se:
a) anáfora
b) silepse
c) sinestesia
d) pleonasmo
e) metonímia


TEXTO II

Passei a vida atrás de eleitores e agora busco os leitores.
(José Sarney, na Veja, dez/97)

5) Deduz-se pelo texto uma mudança na vida:
a) esportiva
b) intelectual
c) profissional
d) sentimental
e) religiosa

6) O autor do texto sugere estar passando de:
a) escritor a político
b) político a jornalista
c) político a romancista
d) senador a escritor
e) político a escritor

7) Infere-se do texto que a atividade inicial do autor foi:
a) agradável
b) duradoura
c) simples
d) honesta
e) coerente

8) O trecho que justifica a resposta ao item anterior é:
a) e agora
b) os leitores
c) passei a vida
d) atrás de eleitores
e) busco

9) A palavra ou expressão que não pode substituir o termo agora é:
a) no momento
b) ora
c) presentemente
d) neste instante
e) recentemente


TEXTO III

Os animais que eu treino não sao obrigados a fazer o que vai contra a natureza deles.
(Gilberto Miranda, na Folha de São Paulo, 23/2/96)

10) O sentimento que melhor define a posição do autor perante os animais é:
a) fé
b) respeito
c) solidariedade
d) amor
e) tolerância

11) O autor do texto é:
a) um treinador atento
b) um adestrador frio
c) um treinador qualificado
d) um adestrador consciente
e) um adestrador filantropo

12) Segundo o texto, os animais:
a) são obrigados a todo tipo de treinamento.
b) fazem o que não lhes permite a natureza.
c) não fazem o que lhes permite a natureza.
d) não são objeto de qualquer preocupação para o autor.
e) são treinados dentro de determinados limites.


TEXTO IV

Estou com saudade de ficar bom. Escrever é conseqüência natural.
(Jorge Amado, na Folha de São Paulo, 22/10/96)

13) Segundo o texto:
a) o autor esteve doente e voltou a escrever.
b) o autor está doente e continua escrevendo.
c) O autor não escreve porque está doente.
d) o autor está doente porque não escreve.
e) o autor ficou bom, mas não voltou a escrever.

14) O autor na verdade tem saudade:
a) de trabalhar
b) da saúde
c) de conversar
d) de escrever
e) da doença

15) “Escrever é conseqüência natural.” Conseqüência de:
a) voltar a trabalhar.
b) recuperar a saúde.
c) ter ficado muito tempo doente.
d) estar enfermo.
e) ter saúde.


TEXTO V

A mente de Deus é como a Internet: ela pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.
(Américo Barbosa, na Folha de São Paulo)

16) No texto, o autor compara:
a) Deus e internet
b) Deus e mundo todo
c) internet e qualquer um
d) mente e internet
e) mente e qualquer um

17) O que justifica a comparação do texto é:
a) a modernidade da informática
b) a bondade de Deus
c) a acessibilidade da mente de Deus e da internet
d) a globalização das comunicações
e) O desejo que todos têm de se comunicar com o mundo.

18) O conectivo comparativo presente no texto só não pode ser substituído por:
a) tal qual
b) que nem
c) qual
d) para
e) feito

19) Só não constitui paráfrase do texto:
a) A mente de Deus, bem como a internet, pode ser acessada por qualquer um, no mundo todo.
b) No mundo todo, qualquer um pode acessar a mente de Deus e a internet.
c) A mente de Deus pode ser acessada, no mundo todo, por qualquer um, da mesma forma que a internet.
d) Tanto a internet quanto a mente de Deus podem ser acessadas, no mundo todo, por qualquer um.
e) A mente de Deus pode acessar, como qualquer um, no mundo todo, a internet.


TEXTO VI

Marx disse que Deus é o ópio do povo. Já sabemos que não entendia nem de Deus nem de ópio. Deus é uma experiência de fé. Impossível defini-lo.
(Paulo Coelho, em O Globo, 25/2/96)

20) Segundo o período inicial do texto, para Marx Deus:
a) traz imensa alegria ao povo.
b) esclarece o povo.
c) deixa o povo frustrado.
d) conduz com segurança o povo.
e) tira do povo a condição de raciocinar.

21) Segundo o autor, Marx:
a) mentiu deliberadamente.
b) foi feliz com suas palavras.
c) falou sobre o que não sabia.
d) equivocou-se em parte.
e) estava coberto de razão, mas não foi compreendido.

22) O sentimento que Marx teria demonstrado e que justifica a resposta ao
item anterior é:
a) leviandade
b) orgulho
c) maldade
d) ganância
e) egoísmo

23) Infere-se do texto que Deus deve ser:
a) amado
b) conceituado
c) admirado
d) sentido
e) estudado

24) A palavra que justifica o item anterior é:
a) ópio
b) Io
c) fé
d) povo
e) experiência

25) A figura de linguagem presente no primeiro período é:
a) metáfora
b) metonímia
c) prosopopéia
d) pleonasmo
e) hipérbole

26) A palavra que poderia ter sido grafada com letra maiúscula é:
a) ópio
b) povo
c) experiência
d) fé
e)lo


TEXTO VII

Quando vim da minha terra,
não vim, perdi-me no espaço,
na ilusão de ter saído.
Ai de mim, nunca saí.
(Carlos D. de Andrade, no poema A Ilusão do Migrante)

27) O sentimento predominante no texto é:
a) orgulho
b) saudade
c) fé
d) esperança
e) ansiedade

28) Infere-se do texto que o autor:
a) não saiu de sua terra.
b) não queria sair de sua terra, mas foi obrigado.
c) logo esqueceu sua terra.
d) saiu de sua terra apenas fisicamente.
e) pretende voltar logo para sua terra.

29) Por “perdi-me no espaço” pode-se entender que o autor:
a) ficou perdido na nova terra.
b) ficou confuso.
c) não gostou da nova terra.
d) perdeu, momentaneamente, o sentimento por sua terra natal.
e) aborreceu-se com a nova situação.

30) Pelo último período do texto, deduz-se que:
a) ele continuou ligado à sua terra.
b) ele vai voltar à sua terra.
c) ele gostaria de deixar sua cidade, mas nunca conseguiu.
d) ele se alegra por não ter saído.
e) ele nunca saiu da terra onde vive atualmente.

31) A expressão “ai de mim” só não sugere, no poema:
a) amargura
b) decepção
c) tristeza
d) vergonha
e) nostalgia


TEXTO VIII

Enquanto o Titanic ainda flutua, tentemos o impossível para mudar o seu curso. Afinal, quem faz a história são as pessoas e não o contrário.
(Herbert de Souza, na Folha de São Paulo, 17/11/96)

32) Infere-se do texto que o Titanic:
a) é um navio real.
b) simboliza algo que vai mal.
c) é um navio imaginário.
d) simboliza esperança de salvação.
e) sintetiza todas as tragédias humanas.

33) Pelo visto, o autor não acredita em:
a) transformação
b) elogio
c) desgraça
d) favorecimento
e) determinismo

34) A palavra “afinal” pode ser substituída, sem alteração de sentido, por:
a) conquanto
b) porquanto
c) malgrado
d) enquanto
e) apenas

35) Infere-se do texto que:
a) há coisas que não podem ser mudadas.
b) se tentarmos, conseguiremos.
c) o que parece impossível sempre o é.
d) jamais podemos desistir.
e) alguns têm a capacidade de modificar as coisas, outros não.

36) Para o autor, as pessoas não devem:
a) exagerar
b) falhar
c) desanimar
d) lamentar-se
e) fugir


TEXTO IX

A função do artista é esta, meter a mão nessa coisa essencial do ser humano, que é o sonho e a esperança. Preciso ter essa ilusão: a de que estou resgatando esses valores.
(Marieta Severo, na Folha de São Paulo)

37) Segundo o texto, o artista:
a) leva alegria às pessoas.
b) valoriza o sonho das pessoas pobres.
c) desperta as pessoas para a realidade da vida.
d) não tem qualquer influência na vida das pessoas.
e) trabalha o íntimo das pessoas.

38) Segundo o texto:
a) o sonho vale mais que a esperança.
b) o sonho vale menos que a esperança.
c) sonho e esperança têm relativa importância para as pessoas.
d) não se vive sem sonho e esperança.
e) têm importância capital para as pessoas tanto o sonho quanto a esperança.

39) A palavra ou expressão que justifica a resposta do item anterior é:
a) ilusão
b) meter a mão
c) essencial
d) ser humano
e) valores

40) A expressão “meter a mão”:
a) pertence ao linguajar culto.
b) pode ser substituída, sem alteração de sentido, por intrometer-se.
c) tem valor pejorativo.
d) é coloquial e significa, no texto, tocar.
e) é um erro que deveria ter sido evitado.

41) Só não se encontra no texto:
a) a influência dos artistas
b) a necessidade da autora
c) a recuperação de coisas importantes
d) a conquista da paz
e) a carência de sentimentos das pessoas

42) A palavra “esses” poderia ser substituída, sem alteração de sentido, por:
a) bons
b) certos
c) tais
d) outros
e) muitos


TEXTO X

Um prêmio chamado Sharp, ou Shell, Deus me livre! Não quero. Acho esses nomes feios. Não recebo prêmios de empresas ligadas a grupos multinacionais. Não sou traidor do meu povo nem estou à venda.
(Ariano Suassuna, na Veja, 3/7/96)

43) A palavra que melhor define o autor do texto é:
a) megalomaníaco
b) revoltado
c) narcisista
d) nacionalista
e) decepcionado

44) Se aceitasse algum tipo de prêmio de empresas multinacionais, o autor,
além de traidor, se sentiria:
a) infiel
b) venal
c) pusilânime
d) ingrato
e) ímprobo

45) O autor não recebe prêmios de empresas multinacionais porque:
a) seus nomes são feios.
b) estaria prestando um desserviço ao Brasil.
c) detesta qualquer empresa que não seja brasileira
d) esses prêmios não têm valor algum.
e) não quer ficar devendo favores a esse tipo de empresa.

46) O último período do texto tem claro valor:
a) causal
b) temporal
c) condicional
d) comparativo
e) proporcional

47) A expressão “Deus me livre!” demonstra, antes de tudo:
a) revolta
b) desprezo
c) ironia
d) certeza
e) ira


TEXTO XI

Inserto entre o 16° e o 18°, o século XVII permanece em meialuz, quase apagado, nos fastos do Rio de Janeiro, sem que sobre esse período se detenha a atenção dos historiadores, sem que o distingam os que se deixam fascinar pelos aspectos brilhantes da história.
(Vivaldo Coaracy, in O Rio de Janeiro)

48) Segundo o texto, o século XVII:
a) chamou a atenção dos historiadores por ser meio apagado.
b) foi uma parte brilhante da história do Rio de Janeiro.
c) assemelha-se aos séculos XVI e XVIII.
d) foi importante, culturalmente, para o Rio de Janeiro.
e) transcorreu sem brilho, para o Rio de Janeiro.

49) A palavra ou expressão que pode substituir sem prejuízo do sentido a
palavra “fastos” é:
a) anais
b) círculos culturais
c) círculos políticos
d) administração
e) imprensa

50) A expressão “quase apagada”:
a) retifica a palavra meia-luz.
b) complementa a palavra meia-luz.
c) reforça a palavra meia-luz.
d) explica a palavra meia-luz.
e) amplia a palavra meia-luz.

51) Infere-se do texto que:
a) os historiadores detestaram o século XVII.
b) os mais belos momentos da história encantam certas pessoas.
c) o século XVI foi tão importante quanto o século XVIII.
d) a história do Rio de Janeiro está repleta de coisas interessantes.
e) os historiadores se interessam menos pelos séculos XVI e XVIII do que pelo século XVII.


TEXTO XII

Acho que foi uma premonição, uma vez que ele já tinha declarado que “A Fraternidade é Vermelha” seria seu último filme. Foi o cineasta contemporâneo que conseguiu chegar mais perto do conceito de Deus. Poderia ter feito muito mais filmes, mas foi vítima do totalitarismo socialista.
(Leon Cakoff, no Jornal da Tarde, 14/13/96)

52) O totalitarismo socialista:
a) atrapalhou a carreira do cineasta.
b) manteve-se alheio à carreira do cineasta.
c) interrompeu a carreira do cineasta.
d) incentivou a carreira do cineasta.
e) fiscalizou a carreira do cineasta.

53) “A Fraternidade é Vermelha”:
a) foi um filme de repercussão nos meios religiosos.
b) foi o primeiro filme de sucesso do cineasta.
c) não abordava o assunto Deus.
d) foi o melhor filme do cineasta.
e) foi o último filme do cineasta.

54) Provavelmente, o cineasta:
a) agradou, por ser materialista.
b) agradou por falar de Deus.
c) desagradou por falar de Deus.
d) desagradou por não falar de Deus.
e) não sabia nada sobre Deus.

55) Levando-se em conta o caráter materialista usualmente atribuído aos socialistas, o título do filme seria, em princípio:
a) uma redundância
b) uma ambigüidade
c) um paradoxo
d) uma qualificação
e) uma incoerência

56) A palavra “premonição” se justifica porque:
a) seu filme foi um sucesso.
b) o cineasta falava de Deus.
c) o cineasta não quis fazer mais filmes.
d) a “Fraternidade é Vermelha” foi seu último filme.
e) o cineasta foi vítima do totalitarismo socialista.

57) A palavra “Vermelha” eqüivale no texto a:
a) totalitária
b) comunista
c) socialista
d) materialista
e) espiritualista

58) O conectivo que não poderia substituir “uma vez que” no texto é:
a) porque
b) pois
c) já que
d) porquanto
e) se bem que


TEXTO XIII

Nem todas as plantas hortícolas se dão bem durante todo o ano; por isso é preciso fazer uma estruturação dos canteiros a fim de manter-se o equilíbrio das plantações. Com o sistema indicado, não faltarão verduras durante todo ano, sejam folhas, legumes ou tubérculos.
(Irineu Fabichak, in Horticultura ao Alcance de Todos)

59) Segundo o texto:
a) todas as plantas hortícolas não se dão bem durante todo o ano.
b) todas as plantas hortícolas se dão bem durante todo o ano.
c) todas as plantas hortícolas se dão mal durante todo o ano.
d) algumas plantas hortícolas se dão bem durante todo o ano.
e) nenhuma planta hortícola se dá mal durante todo o ano.

60) Para manter o equilíbrio das plantações é necessário:
a) estruturar de maneira mais lógica e racional os canteiros.
b) fazer mais canteiros, mas ordenando-os de maneira lógica e racional.
c) fazer o plantio em épocas diferentes.
d) construir canteiros emparelhados.
e) manter sempre limpos os canteiros

61) A conjunção “por isso” só não pode ser substituída por:
a) portanto
b) logo
c) então
d) porque
e) assim

62) Segundo o último parágrafo do texto:
a) tubérculos não são verduras.
b) legumes são o mesmo que tubérculos.
c) folhas, legumes e tubérculos são a mesma coisa.
d) haverá verduras o ano todo, inclusive folhas, legumes e tubérculos.
e) haverá folhas, legumes e tubérculos o ano todo.


TEXTO XIV

Aquisição à vista. A Bauducco, maior fabricante de panetones do país, está negociando a compra de sua maior concorrente, a Visconti, subsidiária brasileira da italiana Visagis. O negócio vem sendo mantido sob sigilo pelas duas empresas em razão da proximidade do Natal. Seus controladores temem que o anúncio dessa união - resultando numa espécie de AmBev dos panetones - melindre os varejistas.
(Cláudia Vassallo, na Exame, dez./99)
63) As duas empresas (/. 4) de que fala o texto são:
a) Bauducco e Visagis
b) Visconti e Visagis
c) AmBev e Bauducco
d) Bauducco e Visconti
e) Visagis e AmBev

64) A aproximação do Natal é a causa:
a) da compra da Visconti
b) do sigilo do negócio
c) do negócio da Bauducco
d) do melindre dos varejistas
e) do anúncio da união

65) Uma outra causa para esse fato seria:
a) a primeira colocação da Bauducco na fabricação de panetones
b) o fato de a Visconti ser uma multinacional
c) o fato de a AmBev entrar no mercado de panetones
d) o possível melindre dos varejistas
e) o fato de a Visconti ser concorrente da Bauducco

66) Por “aquisição à vista” entende-se, no texto:
a) que a negociação é provável.
b) que a negociação está distante, mas vai acontecer.
c) que o pagamento da negociação será feito em uma única parcela.
d) que a negociação dificilmente ocorrerá.
e) que a negociação está próxima. 
TEXTO XV

Um anjo dorme aqui; na aurora apenas,
disse adeus ao brilhar das açucenas
em ter da vida alevantado o véu.
- Rosa tocada do cruel granizo Cedo
finou-se e no infantil sorriso passou do
berço pra brincar no céu!
(Casimiro de Abreu, in Primaveras)

67) O tema do texto é:
a) a inocência de uma criança
b) o nascimento de uma criança
c) o sofrimento pela morte de uma criança
d) o apego do autor por uma certa criança
e) a morte de uma criança

68) O tema se desenvolve com base em uma figura de linguagem conhecida como:
a) prosopopéia
b) hipérbole
c) pleonasmo
d) metonímia
e) eufemismo

69) No âmbito do poema, podemos dizer que pertencem ao mesmo campo semântico as palavras:
a) aurora e véu
b) anjo e rosa
c) granizo e sorriso
d) berço e céu
e) cruel e infantil

70) As palavras que respondem ao item anterior são:
a) uma antítese em relação à vida
b) hipérboles referentes ao destino
c) personificações alusivas à morte
d) metáforas relativas à criança
e) pleonasmos com relação à dor.

71) Por “sem ter da vida alevantado o véu” entende-se:
a) sem ter nascido
b) sem ter morrido cedo
c) sem ter conhecido bem a vida
d) sem viver misteriosamente
e) sem poder relacionar-se com as outras pessoas

72) “Na aurora apenas” é o mesmo que:
a) somente pela manhã
b) no limiar somente
c) apenas na alegria
d) só na tristeza
e) só no final

TEXTO XVI

Julgo que os homens que fazem a política externa do Brasil, no Itamaraty, são excessivamente pragmáticos. Tiveram sempre vida fácil, vêm da elite brasileira e nunca participaram, eles próprios, em combates contra a ditadura, contra o colonialismo. Obviamente não têm a sensibilidade de muitos outros países ou diplomatas que conheço.
(José Ramos-Horta, na Folha de São Paulo, 21/10/96)

73) Só não caracteriza os homens do Itamaraty:
a) o pragmatismo
b) a falta de sensibilidade
c) a luta contra a ditadura
d) a tranqüilidade da vida
e) as raízes na elite do Brasil

74) A palavra que não se liga semanticamente aos homens do Itamaraty é:
a) o segundo que (/. 1)
b) tiveram (/. 2)
c) vêm (/. 3)
d) eles (/. 3)
e) o terceiro que (/. 5)

75) Pelo visto, o autor gostaria de que os homens do Itamaraty tivessem mais:
a) inteligência
b patriotismo
c) vivência
d) coerência
e) grandeza

76) A oração iniciada por “obviamente” tem um claro valor de:
a) conseqüência
b) causa
c) comparação
d) condição
e) tempo

77) A palavra que pode substituir, sem prejuízo do sentido, a palavra “obviamente” (/. 4), é:
a) necessariamente
b) realmente
c) justificadamente
d) evidentemente
e) comprovadamente

78) Só não pode ser inferido do texto:
a) nem todo diplomata é excessivamente pragmático.
b) ter lutado contra o colonialismo é importante para a carreira de diplomata.
c) Nem todo diplomata vem da elite brasileira.
d) ter vida fácil é característica comum a todo tipo de diplomata.
e) há diplomatas mais sensíveis que outros.


TEXTO XVII

Se essa ainda é a situação de Portugal e era, até bem pouco, a do Brasil, havemos de convir em que no Brasil-colônia, essencialmente rural, com a ojeriza que lhe notaram os nossos historiadores pela vida das cidades - simples pontos de comércio ou de festividades religiosas -, estas não podiam exercer maior influência sobre a evolução da língua falada, que, sem nenhum controle normativo, por séculos “voou com as suas próprias asas”.
(Celso Cunha, in A Língua Portuguesa e a Realidade Brasileira)

79) Segundo o texto, os historiadores:
a) tinham ojeriza pelo Brasil-colônia.
b) consideram as cidades do Brasil-colônia como simples pontos de comércio ou de festividades religiosas.
c) consideram o Brasil-colônia essencialmente rural.
d) observaram a ojeriza que a vida nas cidades causava.
e) consideram o campo mais importante que as cidades.

80) Para o autor:
a) as festas religiosas têm importância para a evolução da língua falada.
b) No Brasil-colônia, havia a prevalência da vida do campo sobre a das cidades.
c) a evolução da língua falada dependia em parte dos pontos de comércio.
d) a evolução da língua falada independe da condição de Brasilcolônia.
e) a situação do Brasil na época impedia a evolução da língua falada.

81) A palavra “ojeriza” (/. 3) significa, no texto:
a) medo
b) admiração
c) aversão
d) dificuldade
e) angústia

82) A língua falada “voou com as suas próprias asas” porque:
a) as cidades eram pontos de festividades religiosas.
b) o Brasil se distanciava lingüisticamente de Portugal.
c) faltavam universidades nos centros urbanos.
d) não se seguiam normas lingüísticas.
e) durante séculos, o controle normativo foi relaxado, por ser o Brasil uma colônia portuguesa.

83) Segundo o texto, a população do Brasil-colônia:
a) à vida do campo preferia a da cidade.
b) à vida da cidade preferia a do campo.
c) não tinha preferência quanto à vida do campo ou à da cidade.
d) preferia a vida em Portugal, mas procurava adaptar-se à situação.
e) preferia a vida no Brasil, fosse na cidade ou no campo.


TEXTO XVIII

Ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles, mas a Andrade Gutierrez já tem pronto um estudo sobre a sucessão de 20 de seus principais executivos, quase todos na faixa entre 58 e 62 anos. Seus substitutos serão escolhidos entre 200 integrantes de um time de aspirantes. Eduardo Andrade, o atual superintendente, que já integra o conselho de administração da empreiteira mineira, deverá ir se afastando aos poucos do dia-a-dia dos negócios. Para os outros executivos, que deverão ser aproveitados
como consultores, a aposentadoria chegará a médio prazo.
(José Maria Furtado, na Exame, dez./99)

84) Se começarmos o primeiro período do texto por “A Andrade Gutierrez já tem pronto...”, teremos, como seqüência coesa e coerente:
a) visto que ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.
b) por ainda faltar um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.
c) se ainda faltar um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.
d) embora ainda falte um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.
e) à medida que ainda falta um bom tempo para a aposentadoria da maior parte deles.

85) Segundo o texto:
a) 20 grandes executivos da empresa se aposentarão a médio prazo.
b) 20 grandes executivos da empresa acham-se na faixa entre 58 e 62 anos.
c) nenhum dos 20 grandes executivos se aposentará a curto prazo.
d) Eduardo Andrade é um executivo na faixa dos 58 a 62 anos.
e) a empresa vai substituir seus vinte principais executivos a curto e médio prazos.

86) A empresa, no que toca à aposentadoria de seus executivos, mostra-se:
a) precipitada
b) cautelosa
c) previdente
d) rígida
e) inflexível

87) Sobre o executivo Eduardo Andrade, não se pode afirmar:
a) ocupa, no momento, a superintendência.
b) é um dos conselheiros.
c) será substituído por um dos 200 aspirantes.
d) está se afastando dos negócios da empresa.
e) será o primeiro dos 20 grandes executivos a se aposentar.

88) Sobre a Andrade Gutierrez, não é correto afirmar:
a) é empresa de obras.
b) é do estado de Minas Gerais.
c) preocupa-se com seus funcionários.
d) mantém-se alheia a qualquer tipo de renovação.
e) procura manter vínculo com executivos aposentados.


TEXTO XIX

Toda saudade é a presença da ausência
de alguém, de algum lugar, de algo enfim.
Súbito o não toma forma de sim
como se a escuridão se pusesse a luzir.
Da própria ausência de luz
o clarão se produz,
o sol na solidão.
Toda saudade é um capuz transparente
que veda e ao mesmo tempo traz a visão
do que não se pode ver
porque se deixou pra trás
mas que se guardou no coração.
(Gilberto Gil)

89) Por “presença da ausência” pode-se entender:
a) ausência difícil
b) ausência amarga
c) ausência sentida
d) ausência indiferente
e) ausência enriquecedora

90) Para o autor, a saudade é algo:
a) que leva ao desespero.
b) que só se suporta com fé.
c) que ninguém deseja.
d) que transmite coisas boas.
e) que ilude as pessoas.

91) O texto se estrutura a partir de antíteses, ou seja, emprego de palavras ou expressões de sentido contrário. O par de palavras ou expressões que não apresentam no texto essa propriedade antitética é:
a) presença (/. 1) / ausência (/. 1)
b) não (/. 3) / sim (/. 3)
c) ausência de luz (/. 5) / clarão (/. 6)
d) sol (/. 7) / solidão (/. 7)
e) que veda (/. 9) / traz a visão (/. 9)

92) Segundo o texto:
a) sente-se saudade de pessoas, e não de coisas.
b) as coisas ruins podem transformar-se em coisas boas.
c) as coisas boas podem transformar-se em coisas ruins.
d) a saudade, como um capuz, não nos permite ver com clareza a situação que
vivemos.
e) a saudade, como um capuz, não nos deixa perceber coisas que ficaram em
nosso passado.

93) O que se guarda no coração é:
a) a saudade
b) o clarão
c) o que se deixou para traz
d) a visão
e) o que não se pode ver



TEXTO XX

Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
(Machado de Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas)

94) Pode-se afirmar, com base nas idéias do autor-personagem, que se trata:
a) de um texto jornalístico
b) de um texto religioso
c) de um texto científico
d) de um texto autobiográfico
e) de um texto teatral

95) Para o autor-personagem, é menos comum:
a) começar um livro por seu nascimento.
b) não começar um livro por seu nascimento, nem por sua morte.
c) começar um livro por sua morte.
d) não começar um livro por sua morte.
e) começar um livro ao mesmo tempo pelo nascimento e pela morte.

96) Deduz-se do texto que o autor-personagem:
a) está morrendo.
b) já morreu.
c) não quer morrer.
d) não vai morrer.
e) renasceu.

97) A semelhança entre o autor e Moisés é que ambos:
a) escreveram livros.
b) se preocupam com a vida e a morte.
c) não foram compreendidos.
d) valorizam a morte.
e) falam sobre suas mortes.

98) A diferença capital entre o autor e Moisés é que:
a) o autor fala da morte; Moisés, da vida.
b) o livro do autor é de memórias; o de Moisés, religioso.
c) o autor começa pelo nascimento; Moisés, pela morte.
d) Moisés começa pelo nascimento; o autor, pela morte.
e) o livro do autor é mais novo e galante do que o de Moisés.

99) Deduz-se pelo texto que o Pentateuco:
a) não fala da morte de Moisés.
b) foi lido pelo autor do texto.
c) foi escrito por Moisés.
d) só fala da vida de Moisés.
e) serviu de modelo ao autor do texto.

100) Autor defunto está para campa, assim como defunto autor para:
a) intróito
b) princípio
c) cabo
d) berço
e) fim

101) Dizendo-se um defunto autor, o autor destaca seu (sua):
a) conformismo diante da morte ;
b) tristeza por se sentir morto
c) resistência diante dos obstáculos trazidos pela nova situação
d) otimismo quanto ao futuro literário
e) atividade apesar de estar morto


 Respostas e comentários:

1) Letra d

Nada no texto fala de aumento ou diminuição da saudade. A palavra “calendário” é a chave. Ao dizer que “não há calendário para a saudade”, a autora diz que não existe data marcada para se ter mais ou menos saudade. Ou seja, a saudade não depende do tempo, simbolizado aqui pelo calendário: ela simplesmente existe.

2) Letra c

Há muitas questões em concursos públicos envolvendo o significado das orações. Procure ver qual conjunção poderia ser usada no texto. No início do livro, você tem uma boa lista dessas palavras. No caso da questão, poder-se-ia começar a segunda oração com a conjunção porque: porque não há calendário para a saudade. Sim, porque o fato de não haver calendário para a saudade faz com que não exista “essa coisa de um ano sem Sena, dois anos sem Senna”.


3) Letra b

Normalmente a repetição de uma palavra, nos moldes em que aqui foi feita, expressa uma confirmação, uma convicção do autor. As outras palavras, por si mesmas, se eliminam.

4) Letra a

Há várias figuras de sintaxe que consistem na repetição de termos. Veja as mais importantes (leia também o post anterior):

a) anáfora: repetição de uma palavra ou expressão no início da frase, membro da frase ou verso.
Ex.: “Vi uma estrela tão alta!
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo...” (Manuel Bandeira)

b) Epístrofe: repetição no final.
Ex.: “Chegou a hora da névoa. No peito e nos olhos, névoa. Quero guardar-me da névoa. Porém é inútil: há névoa.” (Henriqueta Lisboa)

c) Símploce: repetição no início e no fim
Ex.: Tudo ali precisa de explicação. Tudo ali merece uma boa explicação.

d) Pleonasmo: repetição de uma idéia ou de um termo da oração (objeto direto, objeto indireto ou predicativo do sujeito)
Ex.: Vi tudo com meus próprios olhos, (repetição da idéia)
Esse livro, já o li há muito, (o —> objeto direto pleonástico)

e) Quiasmo: repetição e inversão simultâneas de termos; há uma espécie de cruzamento.
Ex.: “No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho.” (C. D. de Andrade)



5) Letra c

Há uma visível mudança profissional. Os comentários da questão seguinte servem a esta. 

6) Letra e

Quem corre atrás de eleitores é político. A palavra senador é específica. Veja bem: não se pode levar em conta que o autor, cujo nome aparece com o texto, seja conhecido. José Sarnei é senador da República. Mas o texto não sugere isso; cuidado, portanto! Quem corre atrás de leitores é escritor, que é o termo genérico. Jornalista e romancista são termos específicos, e nada no texto sugere essas profissões.

7) Letra b

Observe que se pergunta sobre a primeira atividade, não a que ele busca agora. Veja os comentários da questão seguinte.

8) Letra c

A expressão “passei a vida” dá nitidamente uma idéia de coisa duradoura. Passar a vida fazendo alguma coisa é, necessariamente, algo demorado.

9) Letra e


Todas as palavras ou expressões indicam tempo. As quatro primeiras referem-se ao presente; a última, recentemente, ao passado. Agora é tempo presente; recentemente; tempo passado.



10) Letra b

O autor demonstra respeito pelos animais, no momento em que não os força a fazer coisas para as quais sua natureza não está preparada. Ou seja, ele respeita os limites de cada um. Não se trata necessariamente de amor ou solidariedade, como alguns podem pensar. Pode-se respeitar sem que haja amor, no mais profundo sentido do termo. A solidariedade é uma atitude de apoio àquelas pessoas que se encontram em dificuldades de qualquer espécie. Fé e tolerância seriam escolhas absolutamente inadequadas.

11) Letra d

Se o autor fosse um adestrador frio, não hesitaria em forçar os animais. Treinador qualificado não serve como resposta, pois nada garante no texto que ele seja muito bom adestrador. Ele poderia respeitar os animais e não saber treiná-los devidamente. Adestrador filantropo é absurdo. Filantropia é caridade, ajuda incondicional aos necessitados do corpo ou do espírito. Talvez haja dúvidas entre as letras a (treinador atento) e d (adestrador consciente). Fica melhor a letra d, por duas razões: adestrador é termo adequado, por se tratar de treinamento de animais; consciente diz mais do que atento, pois o autor está consciente das limitações dos animais.

12) Letra e

As duas primeiras opções dizem a mesma coisa e indicam o oposto do que o texto nos apresenta. A letra c não tem sentido algum, pois, se a natureza permitisse, o adestrador poderia tentar normalmente. A letra d dispensa comentários, em face do seu absurdo. A resposta só pode ser a letra e, pois fala do respeito que o autor tem pelos limites de seus animais.



13) Letra c



Ao dizer que está com saudade de ficar bom, o autor afirma, de maneira literária, que está doente. Isso elimina as letras a e e. “Escrever é conseqüência natural.” Conseqüência de quê? De ficar bom, ou seja, ficando bom, ele volta a escrever. Ele só não está escrevendo por estar doente. Daí o gabarito ser a letra c.

14) Letra d

A resposta pode parecer a letra b. Mas, numa análise mais profunda, observa-se que o autor tem vontade de ficar bom para voltar a escrever. Se escrever é uma conseqüência natural de ficar bom, é algo que ele não pretende deixar de fazer, é o que ele realmente mais almeja. Trabalhar não serve como resposta pois é um termo genérico, enquanto escrever é específico.

15) Letra b

Os comentários da questão anterior se ajustam também a esta. Cuidado apenas para não confundir as opções b e e. O autor não tem saúde, ele está doente e deseja recuperar a saúde para poder escrever.



16) Letra d

A comparação não é feita entre Deus e a internet, como possa parecer, mas sim entre a mente (de Deus) e a internet. É diferente.

17) Letra c

Veja bem o que o texto nos transmite: a mente (de Deus), da mesma forma que a internet, podem ser acessadas por qualquer um, ou seja, elas são acessíveis. Se são acessíveis, é porque têm acessibilidade. Daí o gabarito ser a letra c.

18) Letra d

O conectivo comparativo a que se refere o enunciado da questão é a conjunção como. Tal qual, que nem (popular), qual e feito (popular) poderiam ser usados sem alteração de sentido. A preposição para não tem esse valor, além de, nesse caso, deixar o texto sem coesão textual e coerência.

19) Letra e

Paráfrase é uma reescritura do texto, sem alteração de sentido. É comum em alguns tipos de concursos. Na letra e, ao se dizer que “a mente de Deus pode acessar”, o sentido se altera radicalmente, pois a mente passa a ser ativa, ou seja, ela passa a praticar a ação, quando no texto ela sofre a ação, as pessoas é que a acessam, da mesma forma que acessam a internet.



20) Letra e

Ao dizer que “Deus é o ópio do povo”, Marx faz alusão aos efeitos dessa droga, por comparação, naturalmente. O ópio não deixa o usuário pensar direito, tanto é que ele faz uma série de bobagens que não faria se estivesse sem a droga no organismo. Assim, a idéia que ele quer passar é que Deus também não deixa o povo pensar.

21) Letra c

O autor afirma que Marx não entendia de Deus, nem de ópio. Por isso a resposta só pode ser a letra c.

22) Letra a

Leviandade consiste em se falar sobre algo que não se conhece direito. As outras opções se excluem por si mesmas.

23) Letra d

Ter fé é sentir, de maneira profunda e inexplicável, alguma coisa. A fé se sente. Deus, sendo uma experiência de fé, naturalmente só pode ser sentido. Observe que as outras opções não são absurdas, mas não correspondem ao que o autor do texto quer transmitir. Temos de buscar as respostas sempre no texto. Não importa o que sabemos de antemão. A palavra fé é a chave para resolver essa questão.

24) Letra c

O comentário da questão anterior serve também para esta.

25) Letra a

Metáfora é um tipo de comparação não enunciada, em que não se expressam o conectivo comparativo nem o elemento comum aos dois seres. Deus e ópio estão sendo comparados. Se o autor dissesse: “Deus é como o ópio”, haveria uma comparação ou simile, já que teríamos na frase o conectivo como. Afirmando diretamente, trata-se de uma metáfora, uma das mais importantes figuras de linguagem.

26) Letra e



Qualquer palavra que se refira a Deus ou a Jesus pode ser grafada com inicial maiúscula. É o caso, no texto, do pronome pessoal oblíquo átono Io, que tem como referente a palavra Deus. Não é obrigatório, dependendo apenas do gosto do escritor.



27) Letra b

O autor saiu de sua terra, mas sente como se isso nunca tivesse ocorrido, pois seu sentimento é todo dela.

28) Letra d

O texto passa uma impressão de que o autor continua ligado, espiritualmente, sua terra. Fisicamente, claro, ele não está lá, como se vê no primeiro verso. Já o último verso mostra que ele permaneceu ligado a ela, por seus sentimentos.

29) Letra b

Ao sair da terra natal e não se adaptar ao novo lugar, em virtude de sua ligação afetiva com ela, o autor se torna confuso. Não se entenda aqui o verbo perder (perdi-me) com o seu sentido original. A idéia é a de não se encontrar, mentalmente, no novo espaço ocupado. Outra justificativa seria a palavra ilusão, que por si só demonstra um estado de confusão.

30) Letra a

Como já vimos, o autor saiu apenas fisicamente, pois espiritualmente continuou preso à terra natal. Cuidado com a letra b. É claro que ele gostaria de retornar, mas em momento algum essa idéia é expressa no texto.

31) Letra d

As palavras amargura, decepção, tristeza e nostalgia pertencem ao mesmo campo semântico. O autor sofre por não estar em seu lugar de origem, e todas essas palavras associam-se à idéia de sofrimento. Não é o caso de vergonha. Isoladamente, a expressão ai de mim poderia indicar vergonha, mas o texto fala apenas do sofrimento do autor por estar ausente, nada ele fez que pudesse envergonhá-lo.



32) Letra b



Essa questão só pode ser resolvida com um conhecimento prévio, independente do texto. O Titanic, como se sabe, era um navio que naufragou, matando uma grande quantidade de pessoas. O autor apelou para essa imagem por querer falar de algo que também corre perigo de se tornar um desastre.

33) Letra e

Determinismo é uma filosofia segundo a qual quando uma coisa tem que acontecer nada pode impedir. Pode ser associada à idéia de destino, em seu sentido mais radical. Ora, ele acredita que o curso pode ser mudado. Também justifica a resposta o fato de as pessoas fazerem a história, ou seja, elas podem criar e evitar determinadas situações.

34) Letra b

Conquanto e malgrado são conjunções concessivas, sinônimas de embora. Elas criam uma oposição, o que não ocorre no texto. Enquanto e apenas são conjunções temporais, eqüivalendo a quando. Também não é essa a idéia. O gabarito só pode ser a letra b, pois a palavra porquanto tem valor de causa e corresponde a porque. Esse é o valor da palavra afinal no texto.

35) Letra d

A opção a destoa completamente, já que o autor acredita nas transformações. A letra b pode enganar. Observe, no entanto, que ela garante que sempre conseguiremos, desde que tentemos. O texto não garante que isso vá ocorrer, apenas que se deve tentar. A letra c não pode ser a escolhida pois o autor diz para tentarmos o impossível. É lógico que, se conseguirmos, aquilo apenas teria tido a aparência de impossível. A afirmação da opção e não encontra nenhum apoio no texto, que não faz distinção entre quem pode conseguir e quem não pode. A resposta só pode ser a letra d: se não desistirmos, até o que parece impossível poderá ser alcançado.

36) Letra c

Esta questão praticamente foi comentada na anterior. Não se pode desistir de algo, ou seja, não se pode desanimar.



37) Letra e

O sonho e a esperança são coisas extremamente pessoais, que existem no mais profundo recanto de cada ser. O artista, segundo a autora, tem a capacidade de mexer ali, com o seu trabalho. A opção a poderia enganar alguns, já que a afirmação é indiscutível; mas não há nada no texto que diga isso. Assim, a resposta só pode ser a letra e, pois o sonho e a esperança, trabalhados pelo artista, estão no íntimo das pessoas.

38) Letra e

As três primeiras opções estabelecem algum tipo de comparação entre o sonho e a esperança, coisa que não aparece no texto. A letra d parece ser a resposta, mas apresenta um radicalismo que não se deduz do texto, que não diz que todos sonham e têm esperança, ou mesmo que é impossível viver sem os dois. A letra e, que é a resposta, fala da importância que o sonho e a esperança possuem. No texto, a palavra que melhor explica esse fato é o adjetivo essencial. Veja a associação: coisa essencial —> importância capital.

39) Letra c

O comentário da questão anterior serve também para esta.

40) Letra d

Há muitas expressões que não pertencem à chamada língua culta, e sim à linguagem descontraída, familiar, que todos nós empregamos em determinadas situações. Meter a mão é uma dessas e tem, na realidade, mais de um significado. Pode ser entendida como roubar. Por exemplo: Ele é funcionário e, por causa disso, está metendo a mão. No texto, assumiu o valor de pegar, tocar. Cuidado para não optar pela letra b! A Idéia não é de intromissão, que tem valor pejorativo, mas de tocar o sentimento de alguém.

41) Letra d

O texto não faz nenhuma menção à paz. Por isso a resposta só pode ser a letra d. As três primeiras são evidentes. A “carência de sentimentos” da opção e se justifica com a palavra resgatando. Resgatando o quê? Dois sentimentos: o sonho e a esperança, que muitas pessoas perderam. Daí a palavra carência.

42) Letra c

Esses é pronome demonstrativo, refere-se a algo que passou no texto. A palavra tais tem o mesmo valor. Bons é adjetivo, estaria expressando uma qualidade que não se encontra no texto. Certos, outros e muitos são pronomes indefinidos e, da mesma forma que bons, mudariam o sentido da frase.



43) Letra d

Ao dizer que não aceita “prêmios de empresas ligadas a grupos multinacionais”, o autor revela o seu amor pelo Brasil; também quando diz que não é traidor do seu povo. A esse sentimento se dá o nome de nacionalismo. Megalomaníaco é todo aquele que tem mania de grandeza. Narcisista é aquele que se acha bonito e se apaixona por sua própria imagem; a palavra tem origem na história do pastor Narciso, que, ao ver sua imagem refletida nas águas de uma fonte, apaixonou-se por ela.

44) Letra b

Venal significa “aquele que se vende, corrupto”; veja que ele diz que não está à venda. Pusilânime é covarde, fmprobo é desonesto. Na realidade, aceitar o prêmio não seria uma postura desonesta, apenas ele se sentiria como que vendido.

45) Letra b

O sentimento de nacionalismo do autor, que já comentamos, faz com que ele ache que aceitar um prêmio desse tipo seria voltar-se contra o seu país, ou seja, ele não estaria servindo ao Brasil, mas às multinacionais. Alguns podem ter pensado na alternativa c. Observe, contudo, que em momento algum ele diz ou sugere que detesta todas as empresas multinacionais. O que ele não quer é que lhe dêem prêmio algum, apenas isso.

46) Letra a

Esse período poderia ser iniciado pela conjunção subordinativa causai porque, ou um seu sinônimo. O fato de ele não ser traidor nem estar à venda faz com que não receba aqueles prêmios.

47) Letra d

É uma questão que pode confundir. Note que quando alguém usa essa expressão, ela não está necessariamente revoltada com alguma coisa, ou irada. Também não se poderia pensar em ironia ou desprezo. Esses sentimentos não afetam o autor ao longo do texto. Dizer “Deus me livre!” é o mesmo que garantir que não se quer, de jeito algum, uma determinada coisa. Daí o gabarito ser a letra d.



48) Letra e

“Transcorrer sem brilho” corresponde semanticamente a ser quase apagado. Das outras opções, a única que talvez confunda o leitor é a primeira, letra a. Acontece que o século XVII não chamou a atenção por ser meio apagado. Teria chamado a atenção dos historiadores se tivesse sido brilhante. Veja também que o autor diz “sem que sobre esse período se detenha a atenção dos historiadores”.

49) Letra a

A questão dispensa comentários, já que se trata de um mero problema de vocabulário. É só consultar um bom dicionário.

50) Letra c

Meia-luz quer dizer pouca luz. Assim, quase pagada surge no texto como um elemento de reforço, um tanto redundante. Não se deve pensar que se trata de uma explicação (letra d), já que elas possuem o mesmo valor semântico. Não se pode dizer, por exemplo, a título de explicação, que um cão é um cachorro. Não se explica nada com o seu sinônimo.

51) Letra b

A letra a é impossível pois não se diz no texto que os historiadores detestaram o século XVII; ao contrário, esse século não chamou a atenção deles. Nas opções c e e, existem comparações envolvendo os séculos XVI, XVII e XVIII; o texto apenas situa, o que é uma coisa lógica, o século XVII entre os outros dois. A opção d nos fala das coisas interessantes da história do Rio de Janeiro; com certeza, elas existem, mas não no texto. A resposta da questão, letra b, se justifica com o que aparece no final do texto: “...os que se deixam fascinar pelos aspectos brilhantes da história.”; esse “os” do trecho corresponde exatamente a certas pessoas, da alternativa b.



52) Letra c

As duas opções que poderiam confundir a cabeça do leitor são a e c. Na letra a, diz-se que o totalitarismo atrapalhou a carreira do cineasta; acontece que ele deixou de fazer filmes. Então não apenas atrapalhou, mas encerrou sua carreira. O texto diz que “A Fraternidade é vermelha” foi seu último filme; foi, por causa do totalitarismo socialista.


53) Letra e

Veja os comentários da questão anterior.

54) Letra c


O sentido geral do texto leva a essa suposição. Podemos juntar duas coisas: ele foi vítima do totalitarismo socialista, que é materialista, e conseguiu chegar perto do conceito de Deus. O cineasta, assim, teria desagradado por sua posição em relação a Deus.

55) Letra c 

Fraternidade é palavra de valor positivo, lembra união, concórdia, religiosidade etc. Ela está associada no texto à palavra vermelha, que é usada para designar os socialistas e os comunistas e tem uma carga: emocional negativa; em princípio, é paradoxal dizer que a fraternidade é vermelha, pois são termos historicamente antagônicos. Redundância é um tipo de repetição desnecessária; por exemplo: erário público (erário é dinheiro público). Ambigüidade, também chamada de anfibologia, é duplo sentido; por exemplo: Paulo disse ao colega que seu irmão está doente (irmão de quem?). As outras palavras não apresentam dificuldade.

56) Letra d

O cineasta tinha declarado que aquele seria seu último filme. E foi realmente, como se ele tivesse previsto que sua carreira seria interrompida. Não confunda com a opção e. O fato de ele ter sido vítima do totalitarismo socialista fez com que sua carreira se encerrasse. A possível premonição estaria em o cineasta achar que aquele seria seu último filme, e isso realmente ocorrer.

57) Letra c

Como vimos, a palavra vermelho tanto podia designar os socialistas como os comunistas. No texto, por causa da menção ao totalitarismo socialista, ela aparece ligada ao socialismo. Totalitária é palavra que se refere a um regime de força, centralizador, qualquer um, não apenas comunista ou socialista. Materialista é a filosofia que prega a existência apenas do elemento material. Espiritualismo é a crença em algo mais além da matéria e que sobrevive à morte do corpo; todas as religiões são espiritualistas: espiritismo, catolicismo, protestantismo, budismo, judaísmo, islamismo etc. Espiritualismo não é, portanto, sinônimo de espiritismo, como muitos pensam.

58) Letra e

Uma vez que tem valor de causa. Porque, pois, já que e porquanto também são conectivos causais. O sentido mudaria radicalmente se usássemos se bem que, que tem valor concessivo, eqüivalendo a embora.


59) Letra d


A primeira oração do texto diz: “Nem todas as plantas hortícolas se dão bem durante todo o ano...” Então, deduz-se, algumas se dão bem durante todo o ano. O fato de o autor escrever “nem todas” elimina todas as outras opções da questão. Convém ainda destacar que as opções a e c têm mesmo sentido: é uma questão de palavras.

60) Letra a

A resposta se justifica com a passagem “fazer uma estruturação dos canteiros a fim de manter-se o equilíbrio das plantações”. Na letra a isso é dito, porém com outras palavras.

61) Letra d

Por isso é conjunção coordenativa conclusiva. Também o são: portanto, logo, então e assim, pelo menos nesse texto, que não teria o seu sentido alterado. A palavra porque nunca tem esse valor de conclusão; o texto com ela ficaria sem coesão e coerência.

62) Letra e

Verduras é, segundo o texto, o nome genérico para folhas, legumes e tubérculos. A letra a pode ser logo eliminada, já que os tubérculos são um tipo de verdura. As opções b e c são eliminadas pois eles não são a mesma coisa; todos são tipos de verduras, mas são tipos diferentes. Na letra d, a palavra inclusive altera o sentido do texto, em que aparece sejam. A letra e aponta exatamente o que diz o final do texto: haverá eqüivale a não faltarão.


63) Letra d

O texto diz que a Bauduco está comprando a Visconti. Não interessa de quem ela seja subsidiária. Com exceção da opção a, as demais alternativas são absurdas.

64) Letra b

Se você observar bem, vai notar que as alternativas a e c têm o mesmo sentido. Na realidade, elas não indicam a conseqüência da proximidade do Natal. A conseqüência é o sigilo do negócio. A expressão em razão de é o mesmo que por causa de, ou seja, tem valor de causa; assim, o sigilo é mantido por causa da proximidade do Natal.

65) Letra d


A idéia do texto é que os varejistas poderiam ficar melindrados por causa do anúncio da união, daí o sigilo mantido pelas empresas.

66) Letra e

A expressão à vista pode significar o oposto de a prazo ou algo que está se aproximando, que já pode ser visto ou sentido. No texto, o sentido é o segundo. A letra c, naturalmente, não tem razão de ser. A negociação é dada no texto como certa, apenas é mantida em sigilo; não cabe, então, a letra a como resposta. Quando se diz que alguma coisa está à vista, ela certamente está próxima, o que invalida a opção b. A opção d é totalmente contrária ao texto, uma vez que a negociação já está ocorrendo. O gabarito só pode ser a letra e.


67) Letra e

O texto fala da morte de uma criança. Vários trechos comprovam isso: “um anjo dorme aqui” (no túmulo), “cedo finou-se” (finar-se significa morrer), “brincar no céu”. Talvez alguns tenham anotado a letra c; acontece que o autor apresenta o fato sem demonstrar a sua própria tristeza: apenas mostra, liricamente, a morte da criança. Também não se pode pensar em um possível apego do autor pela criança; em nenhum trecho isso fica evidenciado, podendo até tratar-se de uma criança desconhecida do autor.

68) Letra e

O autor procura suavizar a idéia da morte. Usa, por exemplo, o verbo dormir, que transmite coisas boas, agradáveis. O próprio verbo finar-se é mais agradável do que o amedrontador morrer. Finalmente, todo o último verso tem essa finalidade, com força maior no verbo brincar. Trata-se de uma figura de linguagem conhecida como eufemismo. A prosopopéia consiste em se personificar alguma coisa; por exemplo: a árvore ficou triste. Hipérbole é a figura do exagero; por exemplo: estou morrendo de rir. Metonímia é uma troca de palavras, havendo entre elas uma relação real, concreta, objetiva; há vários tipos; por exemplo: ler Machado de Assis (autor/obra), não ter um teto onde morar (parte/todo) etc. Sobre o pleonasmo já foi falado alguma coisa, ao comentar a questão 4.

69) Letra b

Normalmente anjo e rosa não pertencem ao mesmo campo semântico, já que não possuem nenhum tipo de relacionamento significativo. No entanto, no texto, ambos se referem à criança que morreu.


70) Letra d

Anjo e rosa são dois termos metafóricos referentes à criança morta. É como se o autor dissesse: esta criança é um anjo, esta criança é uma rosa. Esse tipo de comparação chama-se metáfora. Veja os comentários da questão 25. Antítese é o emprego de palavras ou expressões de sentido contrário; por exemplo: às vezes ri, às vezes chora. Personificação é o mesmo que prosopopéia (veja comentários da questão 68).

71) Letra c

Levantar (ou alevantar, como escreveu o poeta) o véu significa perceber bem as coisas, esclarecer-se. A pessoa com um véu no rosto não enxerga bem. Levantando esse véu, percebe melhor as coisas. Quem morreu foi uma criança, portanto não teve tempo de conhecer bem a vida, ou seja, não teve tempo de levantar o véu que a sua pouca idade lhe colocava no rosto. É uma expressão metafórica.

72) Letra b

Aurora no texto significa o começo da vida. É uma metáfora. A palavra limiar significa o início, e somente corresponde a apenas. Por isso o gabarito só pode ser a letra b.


73) Letra c

A resposta está presente na passagem: “...nunca participaram, eles próprios, em combates contra a ditadura”. Todas as outras características se encontram registradas no texto: o pragmatismo — “excessivamente pragmáticos”; a falta de sensibilidade — “não têm a sensibilidade”; a tranqüilidade da vida — “vida fácil”; as raízes na elite do Brasil — “vêm da elite brasileira”

74) Letra e

O terceiro que do texto tem como antecedente o substantivo diplomatas, que não são os do Itamaraty.

75) Letra c

Os homens do Itamaraty, segundo o autor, não têm vivência, porque tiveram vida fácil e não lutaram contra a ditadura. Por isso mesmo não têm a sensibilidade de outros diplomatas.


76) Letra a

Várias coisas são afirmadas acerca dos homens do Itamaraty. A conseqüência é que eles ficaram sem sensibilidade. Poder-se-ia começar esse último período por uma conjunção como portanto, que expressa uma conclusão ou conseqüência.

77) Letra d

É uma questão de sinônimos. Uma coisa óbvia é uma coisa evidente, e não necessária, real, justificada ou comprovada. Obviamente tem como sinônimo evidentemente.

78) Letra d

Ter vida fácil, para o autor, é uma característica dos diplomatas do Itamaraty, o que faz com que eles não tenham sensibilidade. Os outros diplomatas conhecidos do autor são sensíveis exatamente por não terem tido vida fácil.


79) Letra d

Há três alternativas com o verbo considerar. As três podem ser eliminadas, uma vez que o texto não diz que os historiadores consideram alguma coisa. Esse verbo implica algum tipo de julgamento, o que não ocorre em nenhum momento. Diz, sim, que eles notaram a ojeriza que havia pela vida nas cidades, isso porque o Brasil-colônia era essencialmente rural. A alternativa a é descabida. Por isso, o gabarito só pode ser a letra d.

80) Letra b

O fato de o Brasil-colônia ser, segundo o texto, essencialmente rural leva à conclusão lógica de que a vida do campo prevalecia sobre a da cidade.

81) Letra c

Questão de sinônimos. Não há o que discutir. Na dúvida, consulte-se o dicionário.

82) Letra d

É importante, sempre, buscar no próprio texto os elementos necessários para se chegar à resposta da questão. Observe que a letra e, que parece ser a resposta, fala de um controle normativo da língua que i teria sido relaxado por ser o Brasil uma colônia de Portugal. Há aqui uma informação que não encontramos no texto, e nem pode ser deduzida. O que se encontra é que as cidades, por serem simples pontos de comércio ou de festividades religiosas, não podiam influenciar a evolução da língua. Assim sendo, as pessoas não seguiam normas lingüísticas ao se expressarem, e a língua passou a voar com as próprias asas. Por isso, o gabarito deve ser a letra d.

83) Letra b

Esta questão depende, um pouco, do emprego do verbo preferir. A letra c diz que a população não tinha preferência quanto a viver no campo ou na cidade. O texto diz que ela dava preferência à vida no campo. As duas últimas opções também podem ser eliminadas pelo mesmo motivo: na letra d, a preferência seria pela vida em Portugal, enquanto na letra d, pela vida no Brasil; não há esse tipo de comparação no texto. Nas letras a e b, o verbo preferir aparece usado em frases na ordem inversa. Em ambas, a palavra vida está subentendida, depois do pronome demonstrativo “a”. Colocando na ordem direta a frase da opção b, teríamos: preferia a (vida) do campo à vida da cidade. Ou seja, gostava mais da vida do campo do que da vida da cidade, que é exatamente o que diz o texto. Cabe aqui uma outra observação. O objeto direto do verbo preferir é a coisa de que se gosta mais, que se prefere. Por exemplo: prefiro o futebol ao vôlei. O futebol, que é o objeto direto, é a coisa preferida.


84) Letra d

É uma questão de coesão textual e coerência. A segunda oração do período inicial do texto começa pela conjunção coordenativa adversativa “mas”. Ou seja, a segunda oração é oposta, adversa, em relação à primeira. Sempre que isso ocorre, podemos eliminar a conjunção adversativa (mas, porém, contudo, todavia etc.) e colocar no início da outra oração uma conjunção subordinativa concessiva (embora, mesmo que, ainda que etc). É o que pode ser feito no texto. Agora, veja, abaixo, um outro exemplo, mais simples. Corri muito, mas não fiquei cansado. Embora tenha corrido muito, não fiquei cansado. Como se vê, o sentido básico de oposição é mantido.

85) Letra e

Vejamos letra por letra. A letra a está errada pois Eduardo Andrade se aposentará logo, ou seja, em curto prazo; como ele pertence ao grupo de vinte grandes executivos, os outros dezenove é que se aposentarão em médio prazo. A letra b deve ser eliminada porque o texto diz que quase todos estão nessa faixa etária, não todos. A letra c deve ser descartada uma vez que Eduardo Andrade se aposentará em curto prazo. A letra d não está correta pois o texto não fala da faixa etária de Eduardo Andrade; ele pode ser um daqueles que não estão na faixa entre 58 e 62 anos. O gabarito só pode ser a letra e, inteiramente de acordo com o texto.

86) Letra c

A empresa se mostra previdente porque, mesmo faltando um bom tempo para a aposentadoria da maioria de seus grandes executivos, ela já faz estudos nesse sentido e prepara um grupo de duzentos aspirantes, dos quais sairão os substitutos.

87) Letra d

Uma questão sutil que depende de um tempo verbal. A alternativa diz que ele está se afastando dos negócios da empresa. Não é verdade. Nas linhas 6 e 7, encontrase o seguinte: “...deverá ir se afastando aos poucos...” Ele não está se afastando, irá se afastar.

88) Letra d

A opção d contém erro pois a empresa pensa, e com muito tempo de antecedência, na renovação de seu quadro de grandes executivos. A renovação se dará com a aposentadoria de cada um.


89) Letra c

Há pessoas que não sentem a ausência de outras pessoas. Entende-se por “presença da ausência” que a ausência está presente, isto é, a pessoa sente essa ausência. Daí se poder entender como uma ausência sentida.

90) Letra d

O autor destaca, numa linguagem metafórica, coisas boas que a saudade traz. O não tomando a forma do sim, a escuridão passando a luzir, o sol na solidão.

91) Letra d

Presença é antônimo de ausência, isso constitui um antítese. Da mesma forma, não e sim. Ausência de luz se opõe semanticamente a clarão. Que veda (que fecha, que não deixa ver) se opõe a traz a visão. Sempre que palavras ou expressões são opostas quanto ao sentido, diz-se que constituem antíteses. Não há essa idéia de coisa contrária entre sol e solidão, porque solidão não é algo escuro, que se oporia à luz do sol.


92) Letra b

No texto, várias coisas ruins se transformam em boas. Por exemplo, o não (ninguém gosta de uma negativa em determinadas situações) que se transforma em sim.

93) Letra e

Questão bastante delicada. Aparentemente, duas opções serviriam como resposta: c e e. A ligação da oração “mas que se guardou no coração” é com “do que não se pode ver”: do que não se pode ver mas se guardou no coração; então, o que está no coração é o que não se pode ver; por isso a resposta é a letra e. Mas por que a ligação não é com a oração começada por porque? Volte ao texto, por favor, e verifique que essa oração (porque se deixou pra trás) pode ser retirada do texto sem que com ela tenha que ser retirada também a oração iniciada por mas. Outra maneira de comprovar isso é observar o emprego do pronome relativo que: do que não se pode ver mas (do) que se guardou no coração. Realmente, as duas orações estão ligadas diretamente.


94) Letra d

Um texto autobiográfico é aquele em que o autor fala de sua própria vida, de sua própria história. É o que ocorre no texto.

95) Letra c

O autor diz que o uso vulgar é começar o livro pelo nascimento. Assim, começar pela morte é uma coisa menos comum. Cuidado com os jogos de palavras que às vezes as alternativas apresentam. Na opção d, temos “não começar um livro por sua morte”, isto é, começar pelo nascimento, o que é uma coisa comum.

96) Letra b

Quando o autor diz estar em dúvida quanto a começar o livro por seu nascimento ou sua morte, na realidade está afirmando que já morreu. Também se pode chegar a essa conclusão quando ele se diz um defunto autor.

97) Letra e

Além de se colocar como um defunto autor, prestes a escrever sobre a própria morte, o autor afirma que Moisés também fez isso. Então, ambos falaram acerca de suas mortes. A resposta não deve ser a letra a, embora também seja uma semelhança; mas é uma coisa genérica, de pouca importância para o texto, que trata da morte do próprio autor.

98) Letra d

O autor diz que Moisés contou a sua morte no cabo, isto é, no fim. E ele tinha agido diferente, como se vê na linha 4: “a adotar diferente método...”

99) Letra c

No livro do autor, a morte aparecerá em primeiro lugar; Moisés fez diferente: colocou-a no fim. E o autor afirma que a diferença entre seu livro e o Pentateuco é exatamente essa. Assim, deduz-se, o Pentateuco foi escrito por Moisés.

100) Letra d

Autor defunto pode ser entendido como um autor que morreu, daí sua ligação com a palavra campa. Já defunto autor seria alguém que morreu e que passa a atuar como autor, para o qual, como se vê na linha 6, a campa se transformou em berço. Berço, aqui, simbolizando o início de uma nova fase. Por isso a ligação entre defunto autor e berço.

101) Letra e

Como um defunto autor ele terá pela frente uma nova fase, em que atuará como autor. Diferentemente do autor defunto, que não teria atividade alguma.

Fonte: Interpretação de Textos ANPAC (sem revisão ortográfica)
 
Muito grato pela visita, bons estudos e boa sorte!
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Roberto Santos

7 comentários:

marcosladarense disse...

SIMPlesmente fantástico. eu estou sem dindin pra comprar o livro de interpretação d renato aquino, mas no books google deu pra dar uma olhada em várias paginas do livro. e achei as questoes otimas, mas nao tinha como acessar o gabarito. obg. ainda está comentado. economizei um dinheirão

Anônimo disse...

queria questionar a questão 85, pois o correto num seria a letra C? pois se afastar pouco a pouco e a médio prazo. como Eduardo Andrade vai se afastar a médi prazo, tem uma explicação mais coesa o porque é a letra E. TEM COMO RESPONDER NO E-MAIL POR FAVOR. tonyferreira16@hotmail.com

Anônimo disse...

Gostei dos exercícios bem elaborados parabéns.

Anônimo disse...

Parabéns, as atividades estão maravilhosas, irão me ajudar bastante.
Obrigada!

Carlos Lacerda disse...

bem elaborados na questões de interpretação de texto.

Unknown disse...

Posso enviar para você, dez(10) questões de interpretação de texto?

Unknown disse...

Posso enviar para você, dez(10) questões de interpretação de texto?

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