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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Notícias do Dia...

Zelaya rejeita proposta de renúncia dupla; EUA pedem saída urgente para crise

Fonte: Folha Online


O presidente interino Roberto Micheletti e o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, devem chegar um acordo "urgente" para solucionar a crise hondurenha, disse nesta sexta-feira o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Ian Kelly. A declaração foi feita depois que Zelaya anunciou o fim do diálogo entre as comissões dos dois lados. O presidente deposto também rejeitou a proposta de renúncia tanto dele quanto de Micheletti feita pelo governo interino.

"Usaria a palavra 'urgente'. Acredito que há uma necessidade real de que as duas partes obtenham um acordo e o implementem rapidamente", disse Kelly à imprensa, afirmando também que no momento não há condições para eleições transparentes no país. Marcadas para novembro, as eleições gerais são vistas pelo governo interino como a saída ideal para a crise.

"O relógio está correndo, temos as eleições no final de novembro e temos que encontrar uma solução entre o regime de fato e Zelaya", ressaltou, ao destacar que a comunidade internacional está preocupada com a legitimidade das eleições no país.

Kelly disse que Washington deseja "que estas eleições aconteçam de maneira aberta e transparente, com a adoção de certos mecanismos antes da votação".

O porta-voz americano rejeitou que o diálogo em Honduras tenha efetivamente fracassado:"Não damos isto por terminado, a OEA não desistiu e esperamos que ajam rapidamente".

Zelaya, que foi destituído em 28 de junho, declarou encerradas as negociações diante da falta de acordo sobre o ponto central das tratativas, seu retorno à presidência.

Após a decisão, adotada à 0h desta sexta-feira (4h em Brasília), o governo em Honduras propôs a renúncia do presidente de fato, Roberto Micheletti, em troca da desistência de Zelaya de voltar ao poder.

"Expressamos a aceitação do presidente Roberto Micheletti de se retirar da presidência da República se o senhor José Manuel Zelaya desistir de suas pretensões, dando passagem assim a um governo de transição e reconciliação nacional", disse Vilma Morales, ex-presidente da Suprema Corte e membro da comissão de negociação do governo interino com os negociadores de Zelaya.

Mas o presidente deposto reagiu afirmando que o caminho para encerrar a crise política é respeitar a decisão dos eleitores.

"A solução para o problema não é realmente procurar outra pessoa para assumir o cargo, a solução para o problema é o respeito ao que as pessoas dizem nas urnas, a soberania popular", disse Zelaya à Rádio Globo, que faz uma cobertura favorável a ele e chegou a ser fechada pelo governo de Micheletti.

Negociação
 

Os negociadores dos dois lados chegaram a anunciar acordo em 95% dos itens do Acordo de San José, proposta do mediador, o presidente da Costa Rica, Oscar Arias. O consenso incluía a criação de um governo de unidade, a celebração das eleições em 29 de novembro, a não aplicação de uma anistia e a nomeação de uma comissão de acompanhamento e outra da verdade. Faltava discutir o mais importante ponto da proposta: a restituição de Zelaya.

O diálogo entre as comissões de Zelaya e Micheletti --mediado pela OEA voltou a se estagnar na terça-feira (20). A paralisação foi resultado da rejeição da comissão de Zelaya à proposta "insultante" de Micheletti para que sua restituição se definisse pelas comissões de negociação com base em relatórios do Congresso e da Corte Suprema de Justiça.
A comissão negociadora do presidente deposto tinha aceitado nesta quinta-feira retomar o diálogo diante de uma nova proposta do governo interino e participou de uma reunião de uma hora com os representantes de Micheletti.

Os delegados de Micheletti haviam apresentado a proposta de que cada parte recorresse à instância que julgasse competente para decidir sobre a restituição de Zelaya. Micheletti argumenta que é a Suprema Corte que deve decidir sobre um possível retorno de Zelaya, que, entretanto, insiste que cabe ao Congresso tratar do tema.

Zelaya rejeitou a proposta do governo interino e defendeu, como na semana passada, que se peça ao Congresso para retroagir a situação do Poder Executivo, Poder Legislativo, do Judiciário e do Tribunal Supremo Eleitoral ao estado anterior a 28 de junho --o que resultaria no regresso de Zelaya à Presidência até a conclusão do mandato, em janeiro de 2010.

Histórico

A crise política hondurenha se agravou em 28 de junho, quando Zelaya foi deposto por tentar realizar uma consulta popular sobre mudanças constitucionais considerada ilegal pela Justiça. Classificada um golpe de Estado pelo virtual consenso de governos e entidades internacionais, a sucessão foi classificada por Micheletti e pelas instituições hondurenhas como uma mudança legítima de governante, referendada pela Suprema Corte e pelo Congresso.

Mas Zelaya, expulso, de pijamas, do país por militares na madrugada do dia em que pretendia realizar a consulta, disse que sofreu um golpe militar e desmentiu qualquer tentativa de alterar a cláusula pétrea da Constituição que impede reeleições para se manter no poder. Embora a destituição de Zelaya tivesse amparo constitucional sob a hipótese de que ele estivesse tentando reeleger-se, a expulsão não é prevista no texto e tanto Micheletti quanto o chefe das Forças Armadas eximiram-se posteriormente de responsabilidade por essa iniciativa, sem indicar um possível autor da medida.

Pressionado --nenhum país reconheceu seu governo-- o governo interino adiou ao máximo uma solução para o impasse, resistindo à proposta feita pelo presidente da Costa Rica para o retorno de Zelaya à Presidência com poderes limitados e à frente de um governo de união nacional.

Micheletti aposta na eleição presidencial de novembro --que estava marcada antes da crise-- como a saída para entregar o poder a um sucessor que tivesse legitimidade aos olhos dos demais países, mas essa solução foi rejeitada pela OEA. Nem Zelaya nem Micheletti são candidatos.

Após quase três meses de negociações sem avanços e duas frustradas tentativas públicas de voltar a Honduras, o retorno do presidente deposto aumentou a pressão internacional sobre o governo interino, alimentou uma onda de protestos e fez da crise hondurenha um dos temas da Assembleia Geral da ONU, reunida em Nova York em setembro.

O governo interino aceitou o envio de uma delegação diplomática da OEA a Honduras, dias depois de ter barrado a entrada no país de enviados da organização e voltou à mesa de negociações. No entanto, a insistência de cada lado em suas posições, após algumas concessões, levaram à paralisação e finalmente ao rompimento do diálogo. 



''Jesus não fez aliança com fariseus e saduceus'', diz CNBB

Fonte: Estadão

D. Dimas critica Lula, para quem Cristo teria de se aliar a Judas para governar

Lígia Formenti, BRASÍLIA

Ao ser indagado ontem sobre as declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que se Jesus Cristo vivesse nos dias de hoje teria de fazer coalizão até com Judas para poder governar, o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), d. Dimas Lara Barbosa, fez a seguinte observação: "Judas era um discípulo de Jesus. Mas Jesus não fez aliança com fariseus e saduceus."

Logo em seguida ele explicou que fariseus são "pessoas que parecem uma coisa por fora, mas por dentro são outra". Nos textos do Evangelho eles aparecem como adversários de Jesus, que os critica sobretudo por sua hipocrisia e avareza.

Questionado se estava se referindo indiretamente a partidos da base governista, especialmente ao PMDB, o bispo respondeu: "Quando falei em fariseus não estava me referindo a partidos políticos", explicou. Mas Deus conhece o coração das pessoas."

OPORTUNISTAS

Os fariseus e saduceus formavam dois grupos com grande força política e religiosa em Israel na época em que Cristo viveu. Os saduceus, segundo o Dicionário de Termos Religiosos e Afins, da Editora Santuário, constituíam um partido com "ideologia conservadora e oportunista, de sorte que se acomodavam ao poder dominante, neste caso a Roma". De acordo com a mesma fonte, os dois grupos contribuíram de forma decisiva para a condenação de Cristo à morte.

D. Dimas fez os comentários ao término de uma cerimônia na qual foi anunciado o lançamento de uma campanha que pretende estimular as pessoas a realizar o teste de HIV e de sífilis. A campanha é uma parceria entre a CNBB e o governo federal, por meio do Ministério da Saúde.

Logo após falar sobre as declarações de Lula, o representante da CNBB lembrou que está em discussão no Congresso o projeto de lei conhecido como ficha limpa, que tem como objetivo proibir candidaturas de pessoas com pendências na área do Judiciário.

"Quero aproveitar a ocasião para lembrar que a Igreja continua com a sua luta a favor do projeto de fichas limpas na política", disse o secretário-geral da CNBB. "A coisa pública exige o mínimo de ética de quem a pratica." Em suas declarações, d. Dimas lembrou ainda que a Igreja está preocupada com os pobres do País, que muitas vezes permanecem à margem da sociedade e dos processos políticos. 
 

Irã e Israel reuniram-se em sigilo

Fonte: Estadão

Encontro no Cairo, em setembro, pode ter sido primeira indicação de que regime islâmico se dispunha a ceder

NYT, AP e Reuters, JERUSALÉM

Representantes israelenses e iranianos participaram em setembro de uma conferência no Cairo sobre não-proliferação nuclear no Oriente Médio, num raro contato oficial entre os dois países desde da Revolução Islâmica de 1979.

O encontro - desmentido por Teerã, mas confirmado por Israel, Austrália e Egito - ocorreu em 29 e 30 de setembro, na véspera de duas outras cúpulas internacionais definitivas para tentar frear a suposta pretensão iraniana de produzir armas atômicas - a reunião de Genebra, no dia 1º, e a de Viena, concluída quarta-feira.

A informação de que Teerã vinha discutindo seu programa nuclear com a comunidade internacional desde setembro - até mesmo com seu principal rival, Israel - mostra que o regime do presidente Mahmoud Ahmadinejad pode estar disposto a debater assuntos tão sensíveis quanto seu programa de enriquecimento de urânio.

Os países envolvidos na última das três reuniões, em Viena (mais informações na pág. A11) devem responder hoje se aceitam ou não os termos do acordo segundo o qual Teerã enviaria 75% (1.200 quilos por ano) de seu urânio de baixo enriquecimento para ser processado na Rússia.

A conversão do material radioativo no exterior atenderia às necessidades de uso médico manifestadas por Teerã e, ao mesmo tempo, dificultaria seu emprego com finalidades militares.

A porta-voz da Organização Atômica do Irã, Ali Shirzdian, disse que "nenhum diálogo ou interação" entre os representantes israelenses e iranianos ocorreu no Cairo e atribuiu a divulgação da notícia "a uma operação psicológica para minar os bem-sucedidos encontros de Genebra e de Viena".

Segundo o jornal israelense Haaretz, a diretora de política e controle de armas da Comissão de Energia Atômica de Israel (CEAI), a israelense Meirav Zafary-Odiz, e o embaixador iraniano na AIEA, Ali Asghar Soltanieh, encontraram-se em três mesas de discussão no Cairo, ao lado de representantes de outros países, conversando e apresentando perguntas e respostas. Os dois não se encontraram fora das sessões ou trocaram apertos de mãos, mas, segundo a apuração do jornal israelense, conversaram durante o evento. Em uma das discussões, Soltanieh perguntou diretamente a Meirav: "Vocês têm ou não armas nucleares?"

A israelense sorriu, mas não respondeu, segundo testemunhas.

A Arábia Saudita - que, como o Irã, não mantém relações diplomáticas com Israel - também participou do encontro, além de representantes dos EUA e de pelo menos outros seis países.

Os detalhes vieram a público na semana passada, depois que o jornal australiano The Age publicou declarações anônimas atribuídas a autoridades que teriam participado do encontro.
 
 
Com novo contrato, custo do Enem chega a R$ 130 milhões

Fonte: Estadão

Após cancelamento, exame está marcado para os dias 5 e 6 de dezembro

Lisandra Paraguassú, BRASÍLIA

O novo contrato para a operacionalização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) custará ao Ministério da Educação R$ 99,95 milhões.

A dispensa de licitação para contratar em caráter emergencial o consórcio formado pelo Cespe, da Universidade de Brasília (UnB), e pela Cesgranrio foi publicada ontem no Diário Oficial da União. O Enem seria realizado nos dias 3 e 4 deste mês, mas foi cancelado depois que o Estado alertou o MEC sobre o vazamento da prova.

Com esse valor, o custo da nova versão do Enem, que está marcado agora para os dias 5 e 6 de dezembro, já ultrapassa os R$ 130 milhões, sem levar em conta os R$ 35 milhões já pagos ao consórcio Connasel, apontado como responsável pelo vazamento da primeira prova. O ministério pretende reaver esse valor na Justiça.

O Cespe e a Cesgranrio serão responsáveis pela operacionalização do Enem. Experientes em concursos e mesmo em versões anteriores do exame do ensino médio, as duas fundações cuidaram da aplicação da nova prova e do seu recolhimento para correção. A impressão, organização do material, embalagem e entrega nos Correios será feita pela gráfica RR Donnelly Moore, contratada há cerca de uma semana por R$ 31 milhões.

Neste ano, foram 4,1 milhões de alunos inscritos. A nota é usada por universidades como parte ou como todo o processo seletivo. Também é utilizada no Programa Universidade para Todos (ProUni). Com as novas datas, algumas universidades desistiram de adotar o exame para compor a nota de seus vestibulares - entre elas USP, Unicamp e PUC.

CONTRATO ANTERIOR

A licitação que selecionou o consórcio Connasel para a prova que seria aplicada no início deste mês alcançou R$ 116 milhões, sendo R$ 35 milhões para a impressão e o restante para distribuição e aplicação do exame.

A empresa, única candidata a participar da licitação, foi aprovada, apesar de nunca ter feito seleções no tamanho do Enem. O vazamento da prova ocorreu na gráfica, em São Paulo, em uma sala criada pela empresa Cetro - uma das participantes do Connasel - para remontar os pacotes de exame que deveriam ser distribuídos na capital paulista. Cinco pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal acusadas de participar do vazamento.


ENTENDA O CASO

As provas do Enem que seriam aplicadas nos dias 3 e 4 deste mês foram canceladas na madrugada do dia 1.º, após o Estado denunciar o seu vazamento

Cinco homens foram indiciados pelo vazamento. O mentor do
crime, segundo a PF, seria Felipe Pradella, que trabalhava para o Connasel, único consórcio a participar da licitação

As novas datas do Enem, 5 e 6 de dezembro, coincidiram com a prova de diversas universidades. Algumas remarcaram seus exames. O uso do Enem na nota do vestibular foi descartado por outras, como USP e Unicam 
 
 
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Roberto Santos

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Atualidades...

Antes de mais nada gostaria de desejar um FELIZ DIA DOS PROFESSORES a todos os professores do mundo, pois com certeza sem professores não conseguimos alcançar muitos dos nossos objetivos, e sem eles, eu não seria o professor que sou hoje. :-) 

Sou grato a todos professores que tive... e que ainda terei durante minha vida. 

Que Deus abençoe essa nossa profissão tão boa mas tão pouco reconhecida...






Agora vamos às notícias...



Na ONU, EUA e aliados pressionam Israel a investigar crimes de guerra em Gaza


Fonte: Folha Online

Em uma reunião especial do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), aliados ocidentais de Israel pressionaram nesta quarta-feira o país a investigar as acusações do relatório Goldstone sobre crimes de guerra ocorridos durante a ofensiva de dezembro e janeiro na faixa de Gaza. Israel, que esperava o apoio dos Estados Unidos contra o documento, disse que o relatório é uma perda de tempo para o conselho.

EUA, Reino Unido e França --todos membros com poder de veto no conselho-- disseram que Israel deveria analisar as conclusões de Richard Goldstone, um jurista sul-africano que apontou a ocorrência de crimes de guerra por parte de Israel e do grupo islâmico radical Hamas durante o recente conflito, em um relatório elaborado a pedido do Conselho de Direitos Humanos da organização.

Um comitê liderado por Goldstone analisou os 23 dias da operação que causou a morte de 1.400 palestinos, em sua maioria civis, segundo informações de hospitais locais e de ONGs israelenses, palestinas e internacionais.

O documento afirma que Israel fez uso desproporcional da força e violou o direito humanitário internacional, porém pondera que o lançamento de foguetes pelos insurgentes palestinos --que motivaram a operação, segundo o governo de Israel-- também configura crime de guerra.

O relatório recomenda ainda que o Conselho de Direitos Humanos da ONU exija que os dois lados investiguem suas atuações, sob a ameaça de transferir o caso ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

Tanto Israel quanto Hamas rejeitam as acusações do relatório, que é mais crítico aos israelenses que aos palestinos.

Em um debate do Conselho de Segurança, a embaixadora de Israel, Gabriela Shalev, disse que o relatório era uma perda de tempo para o conselho, pois suas 575 páginas "favorecem e legitimam o terrorismo".

O embaixador-adjunto dos EUA na ONU, Alejandro Wolff, disse que Washington tem sérias preocupações com o relatório, incluindo o seu "foco desequilibrado sobre Israel". Mas repetiu a posição americana de que o governo israelense deveria examiná-lo.

"Levamos a sério as acusações no relatório", disse ele ao conselho. "Israel tem as instituições e a capacidade de realizar investigações sérias dessas acusações, e encorajamos que o faça".

Wolff afirmou que o Hamas é uma organização terrorista que não teria nem disposição nem capacidade de investigar o seu próprio comportamento. O Hamas, que governa a faixa de Gaza, não reconhece o direito de Israel a existir.

Os EUA aceitaram com relutância discutir o relatório durante o debate mensal do Conselho de Segurança sobre o Oriente Médio. Antes, Washington dizia que o assunto deveria ser tratado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, que encomendou o relatório.

Ofensiva

Israel lançou em 27 de dezembro uma grande ofensiva contra o grupo islâmico radical Hamas na faixa de Gaza com objetivo declarado de retaliar o lançamento de foguetes contra o território israelense.

Segundo o Centro Palestino de Direitos Humanos, a operação deixou 1.434 palestinos mortos --incluindo 960 civis, 239 policiais e 235 militantes. Já as Forças de Defesa israelenses admitiram ter matado 1.370 pessoas, incluindo 309 civis inocentes, entre eles 189 crianças e jovens com menos de 15 anos.

Diversos grupos de direitos humanos divulgaram relatórios criticando os dois lados por crimes de guerra --Israel pelo abuso de força em um território populoso e o Hamas por usar humanos como escudos e por atirar foguetes indiscriminadamente contra Israel.

O Exército israelense realizou uma investigação interna em abril passado diante de relatos publicados no jornal israelense "Haaretz" de soldados que lutaram na recente ofensiva na faixa de Gaza e que descrevem assassinato de civis inocentes, além de um bilhete que ordena ataques a equipes médicas e a campanha dos rabinos do Exército para transformar a operação em uma "guerra santa". Na época, as Forças Armadas israelenses rejeitaram as denúncias como boatos.


Kassab defende reajuste do IPTU, mas não diz quando nem de quanto 
 

Fonte: Estadão

Estudo indica imóveis valorizados em mais de 300%, mas deverá existir um teto de aumento


 

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), defendeu ontem o reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para incorporar a valorização imobiliária ocorrida nos últimos oito anos na capital. Kassab garantiu que haverá um limite para o aumento do imposto, mas não informou qual será esse teto. "O momento é mais do que adequado para refletir sobre o encaminhamento de um projeto de lei para atualizar o IPTU", disse o prefeito. "O projeto terá uma trava, limitando o valor (do aumento) a um porcentual para que não haja reajuste excessivo. Pode ser de 50%, 100%, 200%."

Questionado, Kassab não informou quando pretende enviar a proposta aos vereadores. "Pode ser amanhã, pode ser neste ano, no ano que vem", disse. O IPTU é calculado a partir do valor venal do imóvel, registrado na Planta Genérica de Valores (PGV). A última atualização da PGV foi feita em 2001, pela prefeita Marta Suplicy (mais informações nesta página). Desde aquela época, o imposto é corrigido apenas pela inflação e não leva em conta a variação do valor de m² de terreno e a área construída na cidade durante o período.

Segundo reportagem publicada ontem pela Folha de S. Paulo, estudos feitos pela administração municipal apontam defasagem de até 357% no valor venal de alguns imóveis, como os da Rua Barão de Ladário, no Brás, zona leste da capital. A Prefeitura alega que o teto de análise será menor que esse porcentual e há até imóveis que teriam uma redução de imposto. "Se você mora numa área que foi beneficiada nesses anos por uma estação de metrô, é justo que o valor do seu imóvel seja atualizado", disse Kassab.

Apesar de fazer estudos para atualizar seus valores, a mudança da PGV ainda precisaria ser aprovada pela Câmara Municipal. Ali, a proposta terá de ser aprovada por 28 dos 55 vereadores, nenhum integrante da base governista foi avisado pelo prefeito de que existe a possibilidade de um projeto de correção do IPTU ser enviado à Casa. "Por enquanto não houve nenhuma discussão", declarou o líder de governo, José Police Neto (PSDB). Vereadores também consideram que a medida deve ser implementada só em 2012, uma vez que será difícil um aumento do IPTU chegar à Câmara após as eleições, em novembro, e ser votado a menos de um mês do recesso. O aumento de qualquer tributo entra em vigor no ano posterior à aprovação no Legislativo.

FAVORÁVEIS

No entanto, Police Neto defende a revisão dos valores. "Há necessidade de reduzir as distorções. Algumas áreas se valorizaram e outras se desvalorizaram nos últimos anos e o imposto deve refletir essa mudança", disse. "Quanto mais tempo demorar, maiores serão essas disparidades."

O vice-presidente da Comissão de Finanças, Antonio Donato (PT), afirmou que a oposição é favorável à revisão da PGV, mas sem aumentar o total arrecadado. "Tem de haver o reajuste, mas sem aumentar o conjunto da arrecadação. É preciso redistribuir os valores", disse.


PS: Escolheram uma foto digna... cara de bosta! :-D



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Roberto Santos

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Atualidades...

Pesquisa da UFPE avança na busca por vacina contra Aids
Fonte: 360 graus


Pesquisadores anunciaram que encontraram uma nova forma de identificar pacientes mais sensíveis ao medicamento



Professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que estão pesquisando uma vacina para diminuir os efeitos da Aids nos portadores da doença, anunciaram nesta segunda-feira (28) uma descoberta importante para tentar vencer a briga contra a doença. Os pesquisadores Luiz Cláudio Arraes e Sérgio Crovella, do Departamento de Genética da UFPE e do Laboratório de Imunopatologia Keiso Asami (Lika), encontraram uma nova forma de identificar os pacientes mais sensíveis a esse tipo de vacina.

Mas antes de chegar ao mercado, o medicamento vai passar ainda por mais duas fases de estudo até ser enviado para aprovação do Ministério da Saúde.

O estudo envolveu 18 pacientes portadores do vírus HIV. Eles foram submetidos à doses da vacina que está sendo desenvolvida pelos pesquisadores da UFPE. Oito apresentaram uma boa resposta ao tratamento e suspenderam o uso de remédios para controlar a reprodução do vírus.

Nos outros dez, o resultado não foi o mesmo e eles tiveram que retomar a medicação tradicional. Segundo os pesquisadores, um defeito genético nas células que atuam no sistema de imunidade do organismo, fez com que os pacientes reagissem mal à vacina.

Diante disso, os coordenadores da pesquisa criaram uma tecnologia para identificar com mais segurança essas variações genéticas e dar continuidade aos trabalhos, uma descoberta pioneira no estudo de imunovacinas terapêuticas.

“Essa descoberta vai ajudar para escolher de uma forma melhor os pacientes que vão ser vacinados. O que significa escolher de uma forma melhor os pacientes potencialmente bons respondedores pela vacina pelos primeiros estudos na próxima fase dois. Apesar de identificar marcadores de boa resposta a vacina, esses dois genes que identificamos ajudarão também a melhorar a qualidade da vacina”, explicou o professor e pesquisador da UFPE Sérgio Crovella.

A pesquisa começou a ser desenvolvida em 2001. Dois anos depois teve início a fase de testes em pacientes. A próxima etapa, prevista para o primeiro semestre de 2010, vai abranger um número bem maior de pessoas. A expectativa é testar a vacina em 100 portadores do vírus HIV.

“Nós vamos perseguir em outros fatores na procura de mais estudos para envolver mais voluntários, um número de voluntários maior. Isso depende de recursos, vamos ter duas bases de testes, em São Paulo e no Recife”, destacou o professor e pesquisador Luiz Cláudio Arraes.

A segunda fase da pesquisa deve se estender por mais dois anos. Ainda não existe uma previsão de quando a vacina chegará ao mercado.


Euforia com País turbina a bolsa e dá força ao real
Fonte: Estadão
 
Ibovespa tem pontuação mais alta em 15 meses e real, o maior nível do ano

A euforia com o Brasil e o enfraquecimento global do dólar fizeram o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) atingir ontem o maior nível em 15 meses, com 63.759 pontos. O principal termômetro da bolsa brasileira acumula valorização de quase 70% em 2009. A moeda americana caiu 0,97% e encerrou a quinta-feira valendo R$ 1,739, menor cotação do ano.

"Foi mais um dia em que o real surfou na onda positiva do mercado internacional", disse o operador para mercados emergentes da corretora Icap Brasil, Felipe Brandão. Segundo ele, o mercado assistiu a um fluxo "ligeiramente positivo" e continua reagindo à expectativa de novas entradas. "Há a perspectiva de que entre um volume bem razoável de recursos até o fim do ano", destacou.

O ex-ministro das Comunicações e estrategista da Quest Investimentos, Luiz Carlos Mendonça de Barros, observou que, se for mantido o atual ritmo de ingresso de capitais no País nos próximos trimestres, será inevitável que o real continue se valorizando com vigor. Para ele, o dólar pode chegar à cotação média de R$ 1,60 em 2010. Ele estima que o dólar atingirá o piso de R$ 1,50 em alguns momentos.

Na avaliação de Mendonça de Barros, a força do dólar como moeda de reserva global está "absolutamente abalada". "A atual crise mundial apenas catalisou um processo de reconhecimento internacional que o dólar não tem mais credibilidade para ser a moeda do mundo."

Em movimento que reforça o que disse o ex-ministro, diversos bancos centrais asiáticos intervieram ontem no mercado de câmbio para evitar uma valorização ainda mais forte de suas moedas (ler mais na pág. B10).

A Bovespa avançou ainda mais graças a uma combinação de notícias positivas no exterior, que elevou a procura por risco e fez as commodities e as bolsas globais fecharem em alta. A mineradora Alcoa, por exemplo, inaugurou a temporada de balanços nos EUA anunciando um lucro inesperado no terceiro trimestre de US$ 77 milhões, pondo fim ao ciclo de perdas que durou três trimestres.

O mercado também recebeu bem a notícia de que a taxa de desemprego na Austrália caiu em setembro para 5,7%. O dado ratificou a decisão do banco central australiano de elevar a taxa de juros, na primeira iniciativa de aperto monetário de um país desenvolvido depois da crise.

Para completar, o mercado de trabalho dos EUA teve na semana passada um número de pedidos de auxílio desemprego menor do que o previsto por analistas. As ações da Vale subiram 1,61% e as da Petrobrás, 2,28%.


Voz das minorias 
Fonte: Estadão

Ao retratar o desamparo de forma poética e com objetividade, a alemã nascida na Romênia Herta Müller tornou-se a nova vencedora do Nobel de literatura

Narradora do desamparo e voz das minorias alemãs que vivem nos países da Europa central - tais qualidades garantiram à escritora alemã nascida na Romênia Herta Müller o prêmio Nobel de literatura, divulgado ontem pela manhã, em Estocolmo, na Suécia. "Sua obra desenha as paisagens dos desamparados com a concentração da poesia e a objetividade da prosa", justificou a Real Academia de Ciências, que tentou inutilmente manter o sigilo da escolha - Herta escalou posições de forma vertiginosa na bolsa de apostas britânica Ladbrokes nos últimos dias, até ficar em segundo lugar, atrás do israelense Amós Oz.

No ano passado, a mesma casa fechou as previsões para o Nobel de literatura horas antes do anúncio da decisão, graças a um aumento espetacular nas apostas pelo francês Jean-Marie Le Clézio, que saiu vencedor. As especulações sobre vazamento de informações aumentaram com o fato de novamente a editora de cultura do jornal sueco Dagens Nyheter, Maria Schottenius, acertar sua previsão sobre o ganhador, lançada há dias - no ano passado, ela cravou Le Clézio. Questionada, ela respondeu, rindo, que foi "bruxaria", negando o privilégio da notícia.

Surpresa mesmo estava Herta Müller, segundo informaram representantes de sua editora, Carl Hanser Verlag. "Estou feliz e nem consigo acreditar", afirmou ela, por meio de um comunicado. Aos 56 anos, Herta é a 12ª mulher a receber o Nobel de literatura (e 13º autor de língua alemã). A cerimônia de entrega acontece no dia 10 de dezembro, na Suécia, onde lhe será entregue o prêmio de US$ 1,4 milhão.

Com apenas uma obra publicada em português, O Compromisso, editada pela Globo em 2004 (veja abaixo), Herta vive em Berlim desde 1987, quando fugiu devido aos excessos do regime comunista da Romênia, que exigia sua participação no serviço secreto além de impedi-la de publicar seus livros. Ela nasceu na cidade de Nytzkydorf em 1953, em uma família alemã, minoria no país. Como muitos alemães que viviam na Romênia, sua mãe foi deportada para a antiga União Soviética, onde passou cinco anos em um campo de trabalho na Ucrânia.

A experiência inspirou o mais recente livro de Herta, Atemschaukel, uma tentativa de revelar os motivos do silêncio de sua mãe e de outros romenos-alemães de sua geração, que não se atreviam a falar sobre o tempo que passaram na antiga URSS.

Estabelecer uma ponte entre essas duas culturas é o que move a literatura de Herta Müller que, ainda jovem, estudou filologia germânica e romena, na Universidade de Timisoara, onde teve seu primeiro contato com jovens escritores que falavam alemão, opostos ao regime de Nicolae Ceausescu.

Aos poucos, alimentou sentimentos de revolta que inspiraram seus livros iniciais. Niederungen, o primeiro, esperou quatro anos até ser publicado, em 1982 , sob censura. O livro, assim como em Drückender Tango, retrata a vida em um pequeno povoado onde se fala alemão e mostra a corrupção, a intolerância e a opressão que encontra. Uma cópia da história original, sem os cortes promovidos pelo governo, chegou na Alemanha dois anos depois, onde foi assim publicada.

As críticas publicadas pela imprensa romena contrastaram com os elogios divulgados pela alemã - Niederungen, aliás, recebeu o Prêmio Aspekte de melhor estreia em língua alemã do ano, em 1984.

Sentindo a pressão aumentar, Herta mudou-se para a Alemanha ao lado do marido, Richard Wagner. Lá, sentiu-se livre para retratar de forma detalhada a vida cotidiana em uma ditadura estagnada em obras como Der Fuchs War Damals Schon der Jäger.

Aos poucos, tornou-se conhecida pela militância literária em histórias como A Terra das Ameixas Verdes (veja trecho abaixo), que dedica aos amigos romenos assassinados pelas forças do ditador Ceausescu; e O Compromisso, que acompanha a trajetória de uma mulher que costura bilhetes com dizeres amorosos ("Case comigo") nos trajes de homens que viajam para a Itália.

Tão logo a conquista de Herta Müller foi divulgada, começou a comemoração. "É inspirador que agora, quando se comemoram os 20 anos da queda do Muro de Berlim, seja premiada uma obra marcada pela resistência contra a opressão e o totalitarismo", disse a primeira-ministra alemã Angela Merkel.

OS PREMIADOS

2009 - Herta Müller
(Alemanha)
2008 - Jean-Marie
Gustave Le Clézio (França)
2007 - Doris Lessing
(Inglaterra)
2006 - Orhan Pamuk
(Turquia)
2005 - Harold Pinter
(Inglaterra)
2004 - Elfriede Jelinek
(Áustria)
2003 - J. M. Coetzee
(África do Sul)
2002 - Imre Kertész
(Hungria)
2001 - V. S. Naipaul
(Inglaterra)
2000 - Gao Xingjian (China)
1999 - Günter Grass
(Alemanha)
1998 - José Saramago
(Portugal)
1997 - Dario Fo (Itália)
1996 - Wislawa
Szymborska (Polônia)
 
 
 
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Roberto Santos

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Em Dezembro?!

Bom, se todos alunos se juntassem e se revoltassem, exigindo dinheiro de volta e o término da palhaçada toda, será que conseguiriam algo?! Seriam muitos contra poucos... Mas será que isso aconteceria? Ou o povo vai mesmo esperar? O pedido de 500 mil pela prova  já custou aos nossos bolsos mais de 100 milhões, afinal de contas a prova tem seus custos, e como são altos não?! Uma matemática que não vai cair em prova nenhuma do ENEM... ou seja lá de onde for...




Enem será realizado no início de dezembro, nos dias 5 e 6

Data foi escolhida para evitar conflito com vestibulares, mas pode forçar adiamento do início de aulas


SÃO PAULO - Prejudicado pelo vazamento de provas denunciado pela reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizado no primeiro fim de semana de dezembro, dias 5 e 6.

Representantes de 55 universidades federais, de 31 instituições federais de ensino e de todas as secretarias estaduais da Educação admitiram adiar o início das aulas do primeiro semestre de 2010 para poder utilizar a nota do Enem na composição de seus programas de seleção de estudantes. As aulas começariam em março. Algumas universidades terão também que adiar a data do vestibular para evitar a coincidência de datas com a nova prova.

O ministério anunciou nesta semana também que rompeu o contrato com o consórcio Connasel. Farão agora a nova prova a Fundação Cesgranrio, que realizava o Enem desde 1998, e a Cespe, instituição da Universidade de Brasília. A União deve processar o Connasel, formado por empresas de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, pelo prejuízo de R$ 35 milhões. O governo tinha pago até agora apenas um terço do valor do exame, de mais de R$ 100 milhões.

O Enem foi cancelado na última quinta-feira depois que o Estado notificou o MEC sobre o vazamento da prova. Dois homens procuraram a reportagem para tentar vender a prova por R$ 500 mil.

No fim de semana de 28 e 29 de novembro, há provas de cinco universidades federais, incluindo a do Paraná, de Minas Gerais e Roraima. Nos dias 5 e 6 de dezembro há vestibular das federais de Brasília, Juiz de Fora e Lavras. Em São Paulo, a Fundação Getúlio Vargas e a Faculdade Cásper Líbero também fazem exames nesse fim de semana.

(Com Vannildo Mendes e Renata Cafardo, de O Estado de S. Paulo)
 
Fonte: Estadão 
 
E quem for fazer provas nas faculdades que coincidiram a data?!  Se ferraram... e ponto! :-)



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Roberto Santos

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Atualidades...

Apesar da prova que foi roubada ter sido fácil, não deixe de estudar, pois a próxima pode não ser tão simples.


Leia abaixo algumas notícias do dia. Visite meu outro blog: Pocket English, e estude Inglês de forma divertida, com músicas e explicações fáceis, elém de exercícios.


Governo interino revoga decreto de estado de sítio em Honduras

Folha Online
 


O governo interino de de Honduras revogou nesta segunda-feira um decreto que restringia as liberdades civis, abrindo caminho para um eventual diálogo que coloque fim à pior crise política do país em décadas.


Com esta decisão, o presidente interino, Roberto Micheletti, cede às pressões externas e internas que exigiam a revogação do decreto que suspendeu as liberdades de imprensa, associação e circulação. 

"Fica revogado completamente", disse Micheletti em coletiva de imprensa. Micheletti já havia recuado no decreto, que teria duração de 45 dias, na semana passada, quando afirmou que seria revogado "em breve". Ele anunciou na sexta-feira (2) que havia adiado a decisão para esta segunda-feira. 

"Derrogamos o decreto no Conselho de Ministros", disse Micheletti, em entrevista coletiva na Casa Presidencial, acompanhado por vários de seus mais próximos colaboradores, além da deputada republicana americana Ileana Ros-Lehtinen, que chegou hoje a Tegucigalpa. 

Micheletti enfatizou que "todo o decreto fica derrogado completamente" e que está feliz de fazê-lo diante de Ileana, a quem recebeu em seu escritório. "Da mesma forma que tomamos a decisão de estabelecê-lo, faremos para derrogá-lo", completou. 

Sob o decreto, o governo de Micheletti tirou do ar a Rádio Globo e o Canal 36, ligados ao presidente Manuel Zelaya, deposto em um golpe de Estado em 28 de junho e que está refugiado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa desde que retornou ao país, em 21 de setembro. 

As forças de segurança também prenderam 55 apoiadores de Zelaya, entre eles seis mulheres e duas crianças, que ocupavam o prédio do Instituto Nacional Agrário (Ina) há três meses, desde que Zelaya foi deposto em golpe. A polícia afirmou que a operação foi pacífica e que os detidos foram levados para prestar depoimento. 

Segundo a agência de notícias France Presse, 38 continuam detidos. Eles iniciaram neste fim de semana uma greve de fome na Penitenciária Nacional em favor da restituição do presidente deposto. 

Críticos dentro do círculo de apoio a Micheletti condenaram o decreto por interferir diretamente na campanha eleitoral para as presidenciais de 29 de novembro --que o governo interino espera reduzir a pressão pela restituição de Zelaya, com um terceiro nome eleito democraticamente. 

Em entrevista mais cedo ao canal 5, Micheletti afirmou que o decreto pode ser revogado porque "há paz" no país. 

Condição
 
Zelaya pediu neste domingo ao governo interino que revogue o decreto como medida crucial para iniciar uma nova rodada de diálogo por uma solução à crise política.


A crise hondurenha se arrasta há mais de três meses sem uma solução aparente depois do fracasso dos esforços internacionais por uma mediação e na pressão sobre o governo interino com sanções e retirada de investimentos. As duas partes reiteram ofertas de diálogo, mas não cedem na restituição de Zelaya à Presidência --exigida pelo presidente deposto e rejeitada pelo presidente interino. 

Zelaya vinculou ainda o início da nova rodada de negociações ao fim do cerco das forças de segurança à Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde está refugiado. 

Outra condição é que sejam reabertos a rádio Globo e o canal 36 de televisão, os únicos dois meios de comunicação que mantinham uma clara oposição ao golpe de Estado de 28 de junho e que foram fechados pelo governo na segunda-feira passada (28). 
  

Veja cronologia da crise política em Honduras 
Folha Online
 
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, continua refugiado na Embaixada do Brasil na capital Tegucigalpa desde que chegou, clandestinamente, ao país em 21 de setembro. 

Zelaya foi derrubado em 28 de junho em um golpe orquestrado pelo Congresso, Suprema Corte e Forças Armadas do país. Ele quer sua Presidência restituída, concessão que o governo interino de Roberto Micheletti não está disposto a aceitar.
Veja cronologia da crise causada pelo golpe em Honduras
 
25 de junho
O presidente de Honduras, Manuel Zelaya, aprofunda a crise política no país ao afirmar que vai ignorar uma decisão da Suprema Corte que lhe ordenou a readmissão do chefe do Estado Maior das Forças Armadas. O general Romeo Vasquez foi demitido por se opor à consulta popular sobre mudança na Constituição. 

A OEA (Organização dos Estados Americanos) convoca, a pedido do governo de Honduras, uma sessão extraordinária de seu conselho permanente para avaliar a crise política que opõe o presidente hondurenho a amplos setores da Justiça, das Forças Armadas e do Legislativo do país. 

O presidente da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), o nicaraguense Miguel d'Escoto, condena o que chamou de "tentativa de golpe de Estado" contra o presidente de Honduras. 

Oswaldo Rivas-17jul.09/Reuters
Presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, diz que guerra civil já começou
Presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, diz que guerra civil já começou 





26 de junho
Zelaya afirma que "a tensão" gerada após a destituição do chefe do Estado Maior das Forças Armadas foi "superada", enquanto o Parlamento debate a crise do país. Em meio a protestos, Zelaya organiza preparativos para a realização de um referendo sobre a reforma da Constituição. 

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pede que todos os atores políticos de Honduras alcancem uma solução de "diálogo" e "consenso" na crise que pôs o país da América Central à beira de um golpe de Estado. 

Em reunião extraordinária sobre a crise política a OEA determina envio de uma comissão especial para analisar a situação e contribuir para o diálogo entre as partes em conflito. 

27 de junho
Oposição do presidente de Honduras, Manuel Zelaya, pede que hondurenhos não participem de referendo do dia seguinte sobre a reforma da Constituição. 

28 de junho
No dia do referendo, Zelaya é detido por militares e levado para instalações da Força Aérea. Ele é enviado, ainda de pijamas, à Costa Rica em asilo político. 

O presidente do Congresso de Honduras, Roberto Micheletti, assume a Presidência e diz que não houve golpe de Estado e que o processo que destituiu Zelaya do cargo foi "absolutamente legal". 

29 de junho
Kent Gilbert-23jul.09/AP
Presidente da Costa Rica, Oscar Arias, apresentou novo plano para crise em Honduras
Presidente da Costa Rica, Oscar Arias, apresentou novo plano para crise em Honduras
No seu segundo dia à frente do governo interino Honduras, Roberto Micheletti dá posse aos primeiros sete membros de seu gabinete--predominantemente do tradicional Partido Liberal (centro-direita), ao qual pertence ele e Zelaya. 

Ao mesmo tempo, diante do portão principal, os primeiros confrontos violentos entre militares e algumas centenas de manifestantes em favor de Zelaya que deixaram ao menos 25 feridos e algumas dezenas de presos. 

30 de junho
Micheletti reúne alguns milhares de simpatizantes e o alto comando militar no centro da capital hondurenha, Tegucigalpa, em uma tentativa de demonstrar que a deposição de Zelaya conta com apoio interno. Marchas de apoio a Micheletti e Zelaya ocupariam as ruas da capital por várias ocasiões, resultando diversas vezes em confrontos e distúrbios. 

A Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) aprova em sessão extraordinária com os 192 países-membros uma resolução unânime de repúdio ao golpe de Estado em Honduras e exige restauração imediata e incondicional do presidente Zelaya. 



1º de julho
O Itamaraty condena duramente o golpe e congela uma lista de programas de cooperação com Honduras até a recondução do presidente Manuel Zelaya ao poder. Os programas são concentrados em duas áreas: energia e saúde. 

A pedido de Micheletti, o Congresso de Honduras decreta estado de emergência no país, com a suspensão de cinco garantias constitucionais, entre os quais a inviolabilidade de domicílio --estão restringidos os direitos a manifestação, reunião e livre circulação. Também fica suspenso o limite máximo de 24 horas para prisões preventivas. 

A OEA (Organização dos Estados Americanos) dá ultimato de 72 horas a Honduras para que restitua o presidente Zelaya ao poder. Caso não cumpra a determinação da Assembleia Geral, o país será suspenso do grupo. 

2 de julho
Zelaya diz que regressará a Honduras ao lado dos presidentes Cristina Kirchner (Argentina) e Rafael Correa (Equador), além do secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, e do presidente da Assembleia Geral da ONU, Miguel D'Escoto. 

Ele passa boa parte do tempo em reuniões com líderes internacionais e planejando retorno ao país, soba ameaças de prisão do Micheletti. 

A União Europeia (UE) anuncia ter chamado para consultas todos os embaixadores de seus países-membros presentes em Honduras. França, Espanha e Itália já haviam tomado a medida anteriormente em repúdio ao golpe de Estado. Agora, também deixa Tegucigalpa o embaixador da Alemanha. A UE ratificou que estão suspensas as negociações de um acordo comercial com os países da América Central até que o presidente deposto retorne ao poder. 

Esteban Felix-28jul.09/AP
Presidente deposto sai de uma casa em Ocotal, Nicarágua, perto da fronteira com Honduras; ele foi embora sem entrar no país
Presidente deposto sai de uma casa em Ocotal, Nicarágua, perto da fronteira com Honduras; ele foi embora sem entrar no país 


3 de julho
Governo interino bloqueia o cartão de crédito internacional custeado pelo Estado de Honduras de Zelaya, que passa a custear do próprio bolso ou com ajuda internacional suas despesas com viagens, alimentação e hospedagem. 

O governo interino anuncia que está deixando a OEA (Organização dos Estados Americanos), antes que o organismo se reunisse no dia seguinte para decidir pela suspensão do país. 

4 de julho
Zelaya diz que vai voltar a Tegucigalpa, apesar das advertências da OEA e da Igreja Católica de que sua presença pode mergulhar o país em confrontos violentos. 

5 de julho
A OEA decide em Assembleia Extraordinária suspender Honduras. A medida foi aprovada por unanimidade pelos 33 membros presentes na reunião e representa uma resposta ao golpe de Estado. 

A base para a suspensão do país foi a Carta Democrática Interamericana. O documento permite a suspensão imediata em casos de ruptura da ordem democrática e fracasso de iniciativas diplomáticas, desde que conte com a aprovação de ao menos dois terços dos países-membros. 

O Exército hondurenho impede que Zelaya aterrisse no aeroporto internacional de Tegucigalpa, onde um confronto entre vários milhares de manifestantes e forças de segurança deixaram ao menos um morto e alguns feridos. Foi a primeira morte desde que Zelaya foi deposto. 

6 de julho
Os EUA condenam a violência nos protestos que antecederam a tentativa de regresso de Zelaya a Honduras. A secretária de Estado, Hillary Clinton, vai se encontrar com Zelaya hoje em Washington, anunciou o hondurenho. 

7 de julho
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, indica o presidente da Costa Rica, Óscar Arias, para atuar como mediador do conflito. Arias recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1987 pelo papel que desempenhou para ajudar a por fim a guerras civis na América Central. 

Zelaya aceita encontro com o governo interino de Roberto Micheletti na Costa Rica. 

9 de julho
Juan Carlos Ulate-09jul.09/Reuters
O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, participa de rodada de diálogo
O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, participa de rodada de diálogo

Com a intermediação da Costa Rica, representantes do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e do interino, Roberto Micheletti, dão início às negociações para resolver a crise política desencadeada pelo golpe de Estado no país. Ambos os líderes conversaram em separado com o anfitrião, Óscar Arias, mas se recusaram a se reunir. 

10 de julho
Reuniões de mediação acabam sem acordo nem data para um novo encontro. Apesar da falta de resultados, ambos os lados concordaram em manter a mediação do governo costa-riquenho. 

11 de julho
Em mais uma medida para pressionar o governo interino, o Brasil suspende pacto militar com Honduras e chamar de volta o tenente-coronel Paulo Pimentel, que é instrutor militar no país. 

Os 15 integrantes da Corte Suprema de Honduras --que afirma ter ordenado a prisão, pelas Forças Armadas, de Manuel Zelaya-- foram todos eleitos em fevereiro pelo Congresso, de maioria opositora. 

12 de julho
Em meio ao impasse nas negociações, Zelaya e seu principal aliado internacional, o venezuelano Hugo Chávez, confirmam que haverá, nos próximos dias, uma nova tentativa de o presidente deposto voltar ao país. 

Pela primeira vez desde a deposição do presidente, o governo interino hondurenho suspende o toque de recolher e a restrição de algumas garantias constitucionais. Na maior parte do tempo, a proibição de circular funcionou das 22h às 5h, levando o comércio a fechar as portas mais cedo. 

16 de julho
Zelaya pediu ao governo norte-americano que sequestre os bens, proíba as transações bancárias e anule os vistos do mandatário interino, Roberto Micheletti, de toda a Suprema Corte do país e de outros altos funcionários do Estado hondurenho que apoiaram o golpe de Estado contra ele. 

18 de julho
Martin Mejia-19ago.09/AP
Manuel Zelaya concede entrevista coletiva em Lima, após se reunir com presidente do Peru; ele fez tour pela região após golpe
Manuel Zelaya concede entrevista coletiva em Lima, após se reunir com presidente do Peru; ele fez tour pela região após golpe

Sob a ameaça de que Zelaya tentará novamente voltar a Honduras, as comissões do presidente deposto e do governo interino de Micheletti retomam as negociações na Costa Rica para buscar uma solução à crise política. 

O governo interino rejeita o governo de reconciliação, mas mantém o diálogo. 

19 de julho
Lobistas contratados pelos apoiadores do regime golpista hondurenho em Washington levam um grupo de senadores republicanos a escrever carta à secretária de Estado defendendo o governo interino. 

Insistindo que a restituição do presidente deposto é "inaceitável", delegação do governo interino encerra a segunda rodada de negociações para superar a crise política. Alertando sobre o risco de um "derramamento de sangue", Arias disse que trabalhará por mais 72 horas para tentar resolver o impasse. 

20 de julho
A Comissão Europeia anuncia o congelamento de um fundo de ajuda orçamentária ao governo de Honduras.A medida foi tomada em represália ao fato de não ter sido resolvida a crise política nas negociações do fim de semana na Costa Rica. 

Em resposta ao fracasso das negociações na Costa Rica, Zelaya diz que o diálogo está "esgotado" e volta a exortar os seus seguidores a promover uma "insurreição" contra o governo interino. 

23 de julho
O presidente da Costa Rica e mediador da crise, Oscar Árias, entrega proposta de acordo chamada Acordo de San José --que inclui a restituição de Zelaya ao poder e a renúncia ao referendo. 

25 de julho
Zelaya, que permaneceu durante mais de oito horas em Las Manos, tenta negociar com a cúpula militar de Honduras, mas acaba desistindo de entrar no país diante da ameaça de ser preso. 



2 de agosto
Zelaya deixa a cidade fronteiriça de Ocotal, na Nicarágua, para preparar em Manágua sua próxima viagem ao México. Em Ocotal, ficam cerca de 200 partidários --a maioria homens-- que começaram a receber treinamento com o objetivo de formar um "exército popular pacífico" na cidade, que fica a apenas 28 quilômetros de Honduras. 

3 de Agosto
O Congresso hondurenho aprova um relatório no qual se diz incapacitado para decidir sobre o retorno de Manuel Zelaya ao Executivo do país. A decisão lança ainda mais incertezas sobre a viabilidade de um regresso negociado do presidente deposto. 

4 de agosto

Edgard Garrido-11ago.09/Reuters
Protesto de manifestantes pró-Zelaya toma ruas de Tegucigalpa; governo pressiona
Protesto de manifestantes pró-Zelaya toma ruas de Tegucigalpa; governo pressiona

Zelaya diz, no México, que está disposto a aceitar o plano proposto pelo mediador, desde que isso implique em sua volta ao poder --ponto previsto na proposta. Micheletti insiste que não aceitará seu retorno ao poder. 

5 de agosto
O chanceler Celso Amorim sugere ao general Jim Jones, assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, que os EUA bloqueiem as contas bancárias do presidente interino e dos integrantes de seu governo, para aumentar a asfixia econômica do regime. 

No mesmo dia, em meio a críticas de que deveriam ser mais duros contra o governo interino, os EUA planejam cortar mais US$ 25 milhões em assistência caso Zelaya não seja restituído à Presidência. 

9 de agosto
Micheletti cancela a visita da comissão de chanceleres organizada pela OEA marcada para daqui a dois dias. A intenção do grupo era convencer o governo golpista hondurenho a aceitar o acordo proposto por Arias. Micheletti tomou a decisão de cancelar o encontro por não admitir a participação na visita do secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, que insistiu em integrar o grupo de negociadores. 

12 de agosto
Alan Marques-12ago.09/Folha Imagem
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya (à esq.), cumprimenta o colega brasileiro Lula, durante visita a Brasília
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya (à esq.), cumprimenta o colega brasileiro Lula, durante visita a Brasília

Zelaya visita o Brasil e conversa com o presidente Lula, que reforça apoio ao presidente deposto. O ministro de Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, alinhou suas declarações às de Zelaya e disse acreditar que os Estados Unidos devem liderar a pressão contra o governo interino de Roberto Micheletti. 

18 de agosto
O regime interino ordena expulsão de diplomatas e funcionários da Embaixada da Argentina em Tegucigalpa em três dias e anunciou que, a partir de agora, as relações com o país sul-americano serão canalizadas pela Embaixada Argentina em Israel. Medida foi resposta à expulsão da embaixadora hondurenha na Argentina a pedido do presidente Zelaya. 

19 de agosto
A Anistia Internacional denuncia um aumento das violações aos direitos humanos em Honduras, onde manifestantes que se opõem ao governo instaurado após o golpe de Estado de junho são vítimas de detenções arbitrárias e maus-tratos. 

21 de agosto
A Espanha comunica a expulsão do embaixador hondurenho em Madri, José Eduardo Martell Mejía, depois de sua destituição pelo presidente Zelaya. 

Dois diplomatas da Argentina se trancam na embaixada do país em Honduras, após expirar o prazo dado pelo governo interino hondurenho para que deixem o país. 

23 de agosto
A Corte Suprema de Justiça de Honduras analisa proposta de acordo feita por Arias para tentar restabelecer a democracia no país após o golpe e rejeita a possibilidade de restituição de Zelaya à Presidência. 

24 de agosto
Esteban Felix-24ago.09/AP
Xiomara Castro, mulher de Zelaya, participa de manifestação em favor do presidente
Xiomara Castro, mulher de Zelaya, participa de manifestação em favor do presidente

Relatório da Comissão Inter-Americana de Direitos Humanos (CIDH) relaciona mortes a golpistas em Honduras e condena o emprego de armas de fogo contra manifestantes. 

25 de agosto
O Departamento de Estado americano anuncia suspensão a concessão de vistos não emergenciais a cidadãos hondurenhos. Estão incluídos na categoria os de turismo e de negócios, o que pode afetar 30 mil pessoas por ano. 

A comissão de ministros das Relações Exteriores de países membros OEA encerra uma visita de dois dias a Honduras sem conseguir que o governo interino do país aceite o acordo para o regresso ao poder do presidente Zelaya. 

28 de agosto
Uma delegação do governo interino de Honduras propõe à OEA solucionar a crise política do país com a renúncia tanto de Micheletti quanto de Zelaya, para que uma terceira pessoa assuma o cargo. O secretário-geral da organização, José Miguel Insulza, fechou a porta para qualquer desfecho que não resulte no retorno ao poder de Zelaya. 

31 de agosto
Em meio à indefinida crise política, o governo interino de Honduras dá início à campanha eleitoral para o pleito presidencial de 29 de novembro. O processo é ameaçado de boicote interno e externo caso a votação ocorra sob gestão dos golpistas. Mais tarde, a comunidade internacional alerta que não reconhecerá novo presidente eleito. 

Micheletti afirma que a eleição presidencial é "a solução única, final e definitiva" à crise. 

Zelaya retorna a Washington para outra rodada de reuniões com líderes americanos e o conselho da OEA na tentativa de manter a pressão por uma solução à crise instaurada no país.

2 de setembro
Arias diz que as condições impostas por Micheletti para deixar o cargo "desnaturalizam" seu plano. O presidente do governo golpista dissera que aceita renunciar desde que Zelaya não retorne ao poder e que a decisão sobre o seu substituto no cargo até janeiro fique sob a responsabilidade do Congresso. 

3 de setembro
Esteban Felix-12ago.09/AP
Polícia prende hondurenho; ONG denunciou abusos aos direitos humanos em Honduras
Polícia prende hondurenho; ONG denunciou abusos aos direitos humanos em Honduras

Em nova tentativa de pressionar o regime golpista, o governo brasileiro determina que todos os hondurenhos precisarão de visto para ingressar no Brasil, suspendendo dois acordos que previam a isenção de vistos a diplomatas, funcionários do governo e a cidadãos comuns que fiquem no Brasil por menos de 90 dias. 

Após reunião com Hillary Clinton, Zelaya anuncia que pretende voltar em breve ao seu país. O governo interino diz que resistirá à pressão. 

Pressionados, os EUA reconhecem golpe de Estado em Honduras e decidem suspender a ajuda econômica como medida de pressão contra o governo interino. Os americanos compram 40,6% das exportações hondurenhas e o corte na ajuda deve aumentar a pressão, como pedido por Zelaya, sobre o interino Micheletti. 

4 de setembro
O governo interino suspende os acordos de supressão de vistos que mantém com o Brasil, em reciprocidade a uma medida similar adotada na véspera pelo Ministério brasileiro das Relações Exteriores. 

9 de setembro
O presidente Lula afirma que o Brasil não reconhecerá as eleições de 29 de novembro em Honduras, "conduzidas pelo atraso e autoritarismo". 

15 de setembro
Esteban Felix/AP
Presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, chega à embaixada brasileira
Presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, chega à embaixada brasileira

O Conselho de Direitos Humanos da ONU decide proibir a participação do embaixador hondurenho em Genebra das suas sessões por representar o governo interino instaurado após o golpe de 28 de junho passado. a medida foi tomada sob pressão da delegação brasileira. 

Os ministros de Relações Exteriores da UE advertem Honduras que prepararão mais "medidas restritivas" para o país se o governo de Micheletti não aceitar uma solução negociada à crise política. 

19 de setembro
Milhares de partidários do presidente Zelaya festejam o aniversário do presidente deposto de Honduras, que fez 57 anos. Ele continua exilado na Nicarágua. 

21 de setembro
Zelaya consegue retornar à capital Tegucigalpa e busca abrigo na Embaixada do Brasil junto a dezenas de apoiadores e sua família. Segundo um comunicado da embaixada hondurenha em Manágua, o presidente deposto escolheu retornar em segredo à capital para evitar fatos de violência. 

O Brasil manda os funcionários para casa, mas aprova a medida e diz que garantirá sua proteção durante por uma saída negociada à crise. 

O governo interino pede que o Brasil entregue Zelaya à Justiça hondurenha, onde enfrentará acusações de violação à Constituição e corrupção. Micheletti decreta ainda toque de recolher e fecha aeroportos para, segundo o governo, prevenir distúrbios. 

22 de setembro
Edgard Garrido/Reuters
Presidente deposto Manuel Zelaya concede entrevista coletiva de dentro da embaixada brasileira na capital Tegucigalpa
Presidente deposto Manuel Zelaya concede entrevista coletiva de dentro da embaixada brasileira na capital Tegucigalpa

Com gás lacrimogêneo, canhões de água e alto-falantes, militares hondurenhos cercam a Embaixada do Brasil em Tegucigalpa para conter as manifestações em favor do presidente Zelaya. Eles expulsam um grupo de cerca de 5.000 manifestantes que desafiaram o toque de recolher e passaram a madrugada em frente à embaixada. 

O governo interino diz que responsabilizará o Brasil por possíveis atos de violência como consequência de ter dado refúgio ao presidente deposto. 

Com cerca de 70 simpatizantes na embaixada, Honduras corta temporariamente água, luz e telefone. A comida é levada por vizinhos e funcionários da ONU. O governo interino descarta, contudo, qualquer invasão à embaixada. 

23 de setembro
Micheletti descarta diálogo direto com Zelaya e diz que está disposto a negociar uma saída à crise se o resultado das eleições presidenciais de novembro for reconhecido. Zelaya rejeita a proposta como "manipulação". Com impasse, o toque de recolher é estendido no país. 

Zelaya afirma, em entrevista publicada pela Folha, que o Brasil não sabia de sua chegada ao país. 

24 de setembro
Honduras reabre parcialmente aeroportos e Tegucigalpa tem dia tranquilo --com manifestações pacíficas de apoiadores e críticos à Micheletti. 

O porta-voz da Polícia Nacional de Honduras, Orlin Cerrato, confirma que dois homens morreram nos distúrbios ocorridos em Honduras após a volta de Zelaya. 

25 de setembro
Rodrigo Abd/AP
Fabiola Carcamo, 28, usa lenço para cobrir o rosto em um dos protestos em favor de Zelaya na capital Tegucigalpa
Fabiola Carcamo, 28, usa lenço para cobrir o rosto em um dos protestos em favor de Zelaya na capital Tegucigalpa

O Conselho de Segurança da ONU corrobora a denúncia feita pelo chanceler Celso Amorim e exige que o governo interino de Honduras encerre o cerco militar imposto à embaixada brasileira. 

Em retrocesso nas negociações, o presidente costa-riquenho, Oscar Arias, afirma que não vai viajar ao país "por enquanto", como proposto pelo ex-presidente americano Jimmy Carter e aceito pelo governo Micheletti. 

Micheletti defende que melhor solução para a crise política no país é escolher um novo presidente. 

27 de setembro
O governo interino de Honduras resiste à pressão internacional e endurece o tom ao dar um ultimato ao Brasil, impedir a entrada no país da missão de mediação de chanceleres da OEA e editar um decreto que permite ao governo proibir protestos públicos e suspender liberdade de expressão e de imprensa por 45 dias. 

28 de setembro
A medida, que levou ao fechamento da Rádio Globo e do Canal 36, dois veículos de oposição ao regime interino, foi duramente criticada por organizações de direitos humanos, alguns países ocidentais e pelos apoiadores de Zelaya--que protestaram nas ruas de Tegucigalpa. Zelaya compara governo Micheletti a uma ditadura. 

O ministro de Defesa, Nelson Jobim, descarta a possibilidade de enviar força militar brasileira para defender a Embaixada do Brasil em Tegucigalpa. 

A OEA alerta que o estado de exceção decretado em Honduras é incompatível com a normalização da situação no país e com a realização de eleições democráticas. Pouco depois, Micheletti recua e admite a suspensão "em breve" do decreto e convida uma missão da OEA para visitar o país em 7 de outubro próximo. 


Quer saber sobre o que anda acontecendo com o ENEM?! Leia abaixo...



Polícia Federal indicia mais três suspeitos de desviar provas do Enem

Folha SP

A Polícia Federal indiciou nesta segunda-feira mais três pessoas supostamente envolvidas no vazamento da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Além dos três suspeitos, o empresário Luciano Rodrigues, dono de uma pizzaria nos Jardins, em São Paulo, e o DJ Gregory Camillo de Oliveira Craid já haviam sido indiciados pela PF. 


Segundo o advogado Luiz Vicente Bezinelli, que defende Rodrigues, Pradella é um dos indiciados e, em depoimento à PF, admitiu o desvio e apontou mais duas pessoas envolvidas. A Polícia Federal, porém, não divulgou o nome dos suspeitos indiciados hoje, nem por quais crimes eles estão sendo investigados.

Funcionário contratado temporariamente pela Cetro, uma das três empresas que compõem o consórcio Connasel --responsável pela elaboração e aplicação do Enem--, Pradella foi admitido para atuar na Plural, gráfica contratada pelo consórcio para imprimir as provas. 

De acordo com as investigações, Pradella obteve a prova na gráfica e, com o DJ Craid, tentou vendê-la a veículos de comunicação por preços que chegaram a R$ 1 milhão. Um amigo do DJ, o empresário Rodrigues, foi quem fez o contato com o jornal "O Estado de S.Paulo", que denunciou o vazamento. 

Apesar de Pradella ter sido contratado pelo consórcio, a empresa nega falhas na segurança e deve entregar hoje um relatório com respostas a vários questionamentos feitos pelo MEC aos procedimentos adotados para o Enem. 

Quebra de contrato
 
A quebra de contrato com a Connasel, consórcio que venceu a licitação para realizar o Enem, deve ser anunciada ainda nesta segunda-feira pelo presidente do Inep (órgão ligado ao Ministério da Educação), Reynaldo Fernandes. Ele se reúne nesta tarde, a partir das 17h, com membros do consórcio. 

De acordo com o MEC (Ministério da Educação), a União deve processar o consórcio pelo vazamento da prova, descoberto na semana passada. Parceiros estatais e empresas privadas do ramo, como Cespe e Fundação Carlos Chagas, já foram consultados pelo governo para assumir a realização do exame. 

Reformulado neste ano, o Enem será a única forma de seleção em 24 das 55 universidades federais. O exame é usado por federais também para substituir a primeira fase do vestibular, para compor a nota e nas vagas que sobrarem. Em 2009, o número de inscritos foi o maior registrado nas 11 edições do exame, com 4.147.527 candidatos. 

O cancelamento da prova do Enem foi informado após denúncia feita pelo jornal "O Estado de S.Paulo". Segundo a reportagem, o jornal foi procurado por dois homens que informaram ter recebido o material no dia 28 de setembro de um funcionário do Inep, órgão ligado ao MEC. Eles apresentaram a prova e pediram o pagamento de R$ 500 mil por ela.




Suspeito de desviar prova do Enem depõe em SP; MEC faz reuniões de emergência 
Folha SP



A PF (Polícia Federal) em São Paulo ouve na tarde desta segunda-feira o depoimento de Felipe Pradella, um dos principais suspeitos de envolvimento no vazamento da prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), na semana passada. Também hoje, o Ministério da Educação realiza reuniões para discutir o vazamento do teste.

Pradella, que estava desaparecido desde que o caso veio à tona, se apresentou à PF no final da manhã de hoje. Ele ainda era ouvido por volta das 14h30. A PF ainda não deu informações sobre o depoimento. 

Funcionário contratado temporariamente pela Cetro, uma das três empresas que compõem o consórcio Connasel --responsável pela elaboração e aplicação do Enem--, Pradella foi admitido para atuar na Plural, gráfica contratada pelo consórcio para imprimir as provas. 

A expectativa é que o suspeito seja indiciado. Desde sábado (3), quando prestaram depoimento em São Paulo, o empresário Luciano Rodrigues e o DJ Gregory Camillo de Oliveira Craid passaram a ser investigados por três crimes: violação de sigilo funcional (seis meses a 2 anos de prisão), corrupção passiva (2 a 12 anos) e estelionato (1 a 5 anos). 

Investigação

De acordo com as investigações, Pradella obteve a prova na gráfica e, com o DJ Gregory Camillo de Oliveira Craid --também investigado--, tentou vendê-la a veículos de comunicação por preços que chegaram a R$ 1 milhão. Um amigo do DJ, o empresário Luciano Rodrigues, dono de uma pizzaria nos Jardins, em São Paulo, foi quem fez o contato com o jornal "O Estado de S.Paulo", que denunciou o vazamento. 

Apesar de Pradella ter sido contratado pelo consórcio, a empresa nega falhas na segurança e deve entregar hoje um relatório com respostas a vários questionamentos feitos pelo MEC aos procedimentos adotados para o Enem. 

Caso haja embasamento jurídico para a rescisão do contrato, o MEC buscará, primeiro, conversar com empresas e entidades para checar se elas têm condições de assumir a aplicação do Enem. Na lista estão a Cespe/UnB, a Cesgranrio e a Fundação Carlos Chagas.
Reuniões
O MEC realiza entre esta segunda e a terça-feira (6) uma série de reuniões para discutir a nova prova do Enem e decidir se romperá o contrato com o consórcio Connasel, responsável pela aplicação da prova. 

Às 15h30 de hoje, o ministro Fernando Haddad (Educação) se reúne com o comitê de governança, que inclui reitores de algumas universidades federais e representantes estaduais. O objetivo do evento é discutir qual a melhor data para a realização do exame. 

Em seguida, representantes do Inep, órgão ligado ao MEC, participam de uma reunião com integrantes do consórcio para decidir se o governo poderá romper o contrato com os responsáveis pela aplicação e logística do exame. 

A área jurídica do Ministério da Educação está avaliando se há possibilidade de rompimento do contrato, uma vez que não houve outras empresas participantes da licitação que escolheu o Connasel para o Enem. A empresa, porém, nega irregularidades. 

Já nesta terça-feira pela manhã, Haddad deverá se reunir com a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior). O horário do encontro de amanhã ainda não foi divulgado. 

"A data vai depender da reunião com os reitores, marcada para amanhã, e das universidades. Aí poderemos fazer o fechamento do quadro e a divulgação do calendário e das medidas a serem tomadas", afirmou o ministro. 


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Roberto Santos