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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Atualidades...

Anistia - 30 anos
26/08/2009
José Renato Salatiel

A lei que marcou o fim da ditadura


Cartaz pela anistia amplamente divulgado na época da votação da lei 



Trinta anos depois de promulgada no Brasil, a Lei 6.683, mais conhecida como Lei da Anistia, é considerada um dos mais importantes marcos do fim do regime militar (1964-1985). Porém, a polêmica envolvendo o acerto de contas com o passado do país continua mais viva do que nunca. 

A Lei de Anistia foi sancionada em 28 de agosto de 1979. Ela beneficiou mais de 100 presos políticos e permitiu o retorno de 150 pessoas banidas e 2000 exiladas, que não podiam voltar ao país sob o risco de serem presas.

O problema é que a lei também conferiu autoanistia para militares acusados de crimes de violação dos direitos humanos. Esta interpretação é contestada judicialmente e a decisão - se a Lei da Anistia perdoa ou não abusos da ditadura - ficará a cargo do Supremo Tribunal Federal (STF).

Antecedentes históricos

Depois do período mais duro da repressão, sob vigência do Ato Institucional nº 5 (dezembro de 1968, ao final dos anos 1970), o governo militar iniciou uma abertura política lenta e gradual no Brasil.

Contribuíram para isso as manifestações populares que tomavam conta do país, bem como uma crise interna no regime devido aos assassinatos do jornalista Vladimir Herzog e do metalúrgico Manuel Fiel Filho, ocorridos sob tortura no DOI-CODI - órgão de repressão do governo - em 1975.

Pela primeira vez eram feitas abertamente denúncias de tortura e mortes. Crescia também a pressão pela anistia, com apoio de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Em 1978, foi criado no Rio de Janeiro o CBA (Comitê Brasileiro pela Anistia), com o objetivo de pressionar o governo para que concedesse o perdão a pessoas acusadas de crimes políticos, de modo a permitir que presos fossem soltos e exilados voltassem ao país.

Entre os exilados estava o sociólogo e ativista político Herbert José de Souza, o Betinho, irmão do cartunista Henfil.

Ele é citado nos versos da música "O Bêbado e o Equilibrista", de João Bosco e Aldir Blanc, gravada por Elis Regina em 1979: "Meu Brasil (...) que sonha com a volta do irmão do Henfil / com tanta gente que partiu num rabo-de-foguete / Chora a nossa pátria, mãe gentil / choram Marias e Clarisses no solo do Brasil". A música se tornou símbolo da luta pela anistia.

Votação tumultuada

Em meio ao clima de redemocratização, o presidente João Baptista Figueiredo elaborou o projeto de Lei da Anistia e encaminhou ao Congresso Nacional. Figueiredo foi o último presidente da ditadura brasileira e governou o país de 1979 a 1985.

O projeto foi aprovado numa sessão tumultuada na Câmara dos Deputados em 22 de agosto de 1979. Na época, havia apenas dois partidos legitimados pelo governo: a Aliança Renovadora Nacional (Arena), que apoiava a ditadura e tinha maioria no Legislativo, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que fazia oposição.

Fora do Congresso, presos políticos faziam greve de fome, em vários presídios do país, em protesto pela aprovação da lei.

Seis dias depois, a lei foi finalmente sancionada e, na época, foi comemorada como uma importante vitória contra a ditadura.

Desde o início do regime, em 1964, políticos e intelectuais que se opunham ao golpe militar tiveram seus direitos políticos cassados. Outros militantes viram na clandestinidade e na luta armada a única forma de combater a repressão. Nestas atividades, cometiam assaltos a bancos, para financiar guerrilhas, e sequestros, para exigir a soltura de companheiros presos.

Pouco mais de dois meses depois de aprovada, a Lei da Anistia teve como efeito permitir o retorno ao país de políticos como Leonel Brizola, ex-governador do Rio de Janeiro e duas vezes candidato à presidência pelo PDT, Carlos Minc, atual ministro do Meio Ambiente, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Intelectuais como Darcy Ribeiro e Paulo Freire, que estavam exilados do país por conta de seus ideais políticos, também retornaram com a anistia.

O texto aprovado, no entanto, não possibilitou de imediato a libertação de todos os presos políticos. O motivo é que, contra a oposição, que queria anistia ampla, geral e irrestrita, o projeto não anistiava presos condenados por atos terroristas, assaltos e sequestros.

Anistia x justiça

Em razão da pressão política pela anistia aos exilados e aos presos que sofriam torturas nos órgãos de repressão, a lei foi vista como um golpe contra o regime militar. Mas não foi bem assim. O Estado a dosou na medida certa e, com o fim da ditadura, a lei foi usada para impedir que crimes de tortura e assassinato de presos políticos fossem a julgamento.

Entendeu-se que a anistia beneficiava, além das vítimas do golpe militar, militares responsáveis por torturas, mortes e desaparecimentos de opositores do regime.

Com isso, diferente de países que também viveram sob ditadura, como a Argentina e o Chile e que julgaram os seus torturadores, no Brasil, apenas o militar reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra foi processado por crimes de tortura. Ele chefiou o Destacamento de Operações de Informações (DOI) de São Paulo, de 1970 a 1974.

Ustra foi declarado culpado pela Justiça comum no ano passado, mas o processo foi suspenso na Justiça Federal até que se chegue a um consenso sobre a Lei de Anistia.

A dúvida se refere ao artigo primeiro da lei, que diz: "É concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexo com estes (...)".

Para quem defende a punição dos militares, a Lei de Anistia perdoa somente crimes políticos cometidos por pessoas vítimas de perseguições do governo militar.

Já outros acreditam que a Lei da Anistia perdoou tanto pessoas que praticaram crimes políticos, quando militares que cumpriam ordens superiores num regime de exceção. Tortura, dessa forma, estaria incluída em "conexo" aos crimes políticos.   

Palavra final

A decisão a respeito de como a lei deve ser interpretada está a cargo do órgão máximo da Justiça no país, o STF, que deve julgar em breve uma ação movida pela OAB. A decisão da Suprema Corte servirá de base para os julgamentos, dando um rumo às ações paradas, como a movida contra o coronel Ustra, e permitindo a abertura de outros processos.

As investigações de crimes cometidos pelos militares dependem da instalação de uma comissão de verdade no país. A medida tem apoio do Governo Federal, que abriga em seus altos escalões muitos ex-presos políticos, como a ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata à sucessão presidencial Dilma Roussef.

Na prática, porém, dificilmente algum militar será preso. Já se passaram décadas, os acusados são idosos e, mesmo para crimes que não prescrevem, há apelações que levam anos tramitando na Justiça.

Este acerto de contas com o passado no Brasil deverá servir mais para que o governo preste esclarecimentos para casos de desaparecimentos, como os mortos da guerrilha do Araguaia, e permitir que mais famílias entrem com pedidos de indenizações na Justiça.


Festival de Woodstock
Marco da contracultura faz 40 anos

20/08/2009
José Renato Salatiel





Cartaz anuncia as atrações do festival



Conhecido com o mais importante evento de música pop da história, a Feira de Música & Arte Woodstock foi também o ápice do movimento de contracultura que se espalhou pelo mundo, e cujos ideais permanecem vivos na internet.

Entre 15 e 18 de agosto de 1969, estimados meio milhão de pessoas se reuniram numa pequena fazenda no interior de Nova York para assistir a shows de alguns dos principais artistas da época.

Ninguém esperava tantas pessoas. Foram vendidos apenas 186 mil ingressos, mas o evento acabou sendo gratuito. As estradas ficaram congestionadas e não havia infraestrutura para acomodar as pessoas. Mesmo com todos esses problemas, foram registradas apenas duas mortes: uma por overdose e outra por atropelamento.

Embalados pela música folk, blues e rock, jovens tomavam banhos nus na chuva, brincavam na lama, meditavam, usavam drogas - LSD e maconha, principalmente - e faziam sexo em barracas. O clima libertário do evento virou símbolo da cultura hippie e da geração "Paz e Amor".

Guerra do Vietnã

Para entender a cabeça da juventude daquele tempo, é preciso examinar o contexto histórico, político e cultural da década de 1960, que começou com a chegada ao poder do democrata John F. Kennedy (1917-1963) nos Estados Unidos.

Era o auge da Guerra Fria e da corrida armamentista que opunham os dois maiores blocos militares e econômicos da época, os Estados Unidos e a antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).

Em solo americano, ganhavam força os movimentos pelos direitos civis dos negros, que não podiam frequentar os mesmos bares, clubes, escolas e ônibus que os brancos, tendo à frente líderes como Martin Luther King (1929-1968).

Na política externa, o envolvimento do país na guerra do Vietnã (1959-1975), a partir de 1965, foi o principal fator político que desencadeou o movimento hippie.

Contribuiu para isso o fato da guerra ter sido a primeira a ter cobertura na TV, então substituta do rádio como principal veículo de comunicação de massa nos lares americanos. As imagens de americanos feridos e de crianças queimadas com napalm (espécie de gel inflamável a base de gasolina) mobilizaram a opinião pública contra os conflitos na Ásia.

Contrários à guerra, os hippies usavam cabelos compridos, roupas coloridas e praticavam o protesto pacífico de Mahatma Gandhi (1869-1948). As manifestações, que caracterizaram o movimento como flower power (poder da flor), tomaram conta de diversas universidades e, pela primeira vez, jovens americanos se recusaram a se alistar no Exército.

O ponto alto da revolta estudantil ocorreu em maio de 1968 , quando uma greve geral na França inspirou protestos na Europa e nas Américas.

No Brasil, vivia-se a antevéspera do período mais truculento da ditadura militar (1964-1985) com o decreto do AI-5, mas isso não impediu a influência dos hippies, sobretudo no Tropicalismo, movimento cultural que teve como expoentes Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé e Os Mutantes, entre outros.

Esse ambiente político também produziu uma das imagens mais marcantes do Festival de Woodstock: o guitarrista Jimi Hendrix tocando o hino nacional norteamericano The Star-Spangled Banner ("A Bandeira Estrelada"), com notas distorcidas e pontuadas por sons que simulavam a queda de bombas. 

Sexo, drogas & rock'n'roll

Mas a revolução que acontecia em meio à tradicional família americana não era menor do que a que tomava conta das ruas do país. Era inaceitável, para a sociedade puritana da época, o sexo antes do casamento, tampouco a ideia de "morar junto".

Nas universidades, o controle também era rígido, com "toques de recolher" e vigilância em prédios separados para estudantes do sexo feminino e masculino (situação bem retratada no último romance de Philip Rorty, Indignação, recém-lançado no Brasil).

O início da comercialização da pílula anticoncepcional e os movimentos feminista e homossexual nos anos de 1960 foram importantes elementos da revolução sexual promovida pela cultura hippie.

Outro componente da mudança nos costumes foi experimentação de drogas. Ken Goffman e Dan Joy, no livro Contracultura Através dos Tempos (indicado abaixo), consideram que o estopim aconteceu quando o guru do LSD Timothy Leary (1920 -1996) e um colega foram expulsos da Universidade de Harvard, onde lecionavam, por conta de pesquisas com drogas psicoativas, em 1962.

A partir de então, drogas psicodélicas passaram a ser associadas à rebeldia e libertação das "amarras mentais de uma sociedade decadente". Sabia-se, então, muito pouco sobre os efeitos nocivos das drogas. A própria CIA, o serviço secreto americano, chegou a fazer experimentos para possível utilização em interrogatórios de presos.

O uso de substâncias químicas com fins de "expansão da consciência" não era bem uma novidade. Desde o século 19, escritores como Thomas De Quincey (1785-1859) e Charles Baudelaire (1821-1867) já escreviam sobre o consumo de entorpecentes como o ópio. Antes dos hippies, escritores beatniks como William Burroughs (1914-1997) e Allen Ginsberg (1926-1997), além de músicos de jazz, também compunham e escreviam sob efeito de alucinógenos.

Mas nada se compara com a abertura de uma demanda nos Estados Unidos, a partir da década de 1960, que abriu a rota da maconha, e da cocaína depois, vindas da América Latina, via fronteira mexicana. Como resposta, o governo deu início a uma política repressiva, com poucos resultados efetivos até hoje para conter o tráfico.

No ano seguinte a Woodstock, duas das maiores estrelas do festival, Janis Joplin e Jimi Hendrix, além do líder da banda The Doors, Jim Morrison (que não participou do evento), morreram de overdose ou em decorrência de abuso de drogas ilícitas. Todos os três tinham apenas 27 anos de idade.   

Legado na internet

Cultura pacifista, ideais comunitários e socialistas, amor livre e liberação pelas drogas faziam parte da cartilha da contracultura. O massacre cometido pela Família Manson, ocorrido uma semana antes de Woodstock, era sinal de que os tempos estavam mudando.

O fim da Guerra do Vietnã, a politização dos movimentos pelos direitos civis, o controle do tráfico de drogas pelo crime organizado, o surgimento da Aids e a desilusão com as utopias levaram juntos os referenciais da cultura hippie.

Nos anos de 1990, foram realizadas outras duas edições do Festival de Woodstock. Tumultos e brigas, que contrastaram com o original, revelaram que se tratava apenas de um espectro agourento dos shows de "Paz e Amor".

Mas isso não significa que a juventude atual perdeu o interesse pela política ou pelos protestos sociais. Na sociedade globalizada, assuntos como ecologia e distribuição de renda mobilizam estudantes em todo o mundo. E qual é o maior legado da cultura hippie de Woodstock?

Segundo o professor Fred Turner, no livro From Counterculture to Cyberculture ("Da Contracultura à Cibercultura"), o ideal continua vivo, muito mais próximo que imaginamos - na internet.

A rede mundial de computadores foi desenvolvida durante os anos 1960 com investimentos militares e esforços de acadêmicos que respiravam a atmosfera da contracultura. Por isso, comunidades virtuais, como o Orkut, e a cultura do compartilhamento livre de arquivos de sites como o Pirate Bay seriam heranças dos hippies.

De certa forma, os ideais que embalaram os jovens em três dias de música, amor e paz em Woodstock continuam fazendo parte da juventude. Mesmo que seja dentro de uma floresta de bits.




Neurociência
Desvendando os segredos do cérebro

13/08/2009 - 20h00
José Renato Salatiel

Vista de um crânio (cerca de 1489) por Leonardo da Vinci



Dentre as ciências contemporâneas, talvez somente a biologia genética se compare à neurociência em termos de revolução no cotidiano do homem. Com pouco mais de 100 anos de pesquisas, a neurociência, que estuda o sistema nervoso e o cérebro, derrubou vários mitos sobre a mente humana. Mas ainda não tem respostas para mistérios como a consciência.

Para levar ao grande público um pouco destas recentes descobertas, São Paulo recebe até dia 25 de outubro de 2009 a mostra Cérebro: O mundo dentro da sua cabeça, no Pavilhão da Bienal no Parque do Ibirapuera.

Nada mais justo para aquele que, pesando em média um quilo e meio, é o mais complexo e nobre dos órgãos humanos. Graças ao cérebro, percebemos o mundo, nos movimentamos, lembramos das coisas, sentimos emoções e lemos este artigo.

Tudo isso é possível porque essa massa gelatinosa opera numa rede com mais de 100 bilhões de células, chamadas neurônios. Os neurônios, por sua vez, se comunicam entre si por meio das sinapses e de substâncias químicas - os neurotransmissores. 

Ganhando neurônios

Até o final do século 20, acreditava-se que o cérebro adulto era um computador que não podia ser atualizado. Diferente de outros órgãos humanos - como a pele, que se renova constantemente -, supunha-se que o cérebro manteria as mesmas células desde o nascimento.

Hoje sabemos que não é bem assim. Ganhamos e perdemos neurônios ao longo de nossas vidas. E porque o cérebro possui a capacidade de gerar novos neurônios, ele pode autorreparar danos provocados por acidentes ou doenças.

Isso é importante para os cientistas desenvolverem tratamentos mais eficazes contra doenças degenerativas. Boa parte da medicina hoje atua como no filme Tempo de Despertar, em que pacientes com mal de Parkinson são tratamos com uma droga experimental, a L-Dopa.

O mal de Parkinson ataca os neurônios que produzem um tipo de neurotransmissor chamado dopamina, deixando os doentes com dificuldades para andar e falar. A L-Dopa alivia temporariamente os sintomas, mas não cura.

Pesquisas recentes caminham em duas direções: estimular a produção de neurônios na região afetada ou cultivar células-tronco in vitro, para serem reimplantadas no cérebro e substituírem neurônios danificados. O uso de implantes, chamados neuropóteses, também poderá, no futuro, beneficiar deficientes físicos. 

Explicando a violência

Outro importante avanço da neurociência foi o mapeamento do cérebro em áreas específicas, responsáveis por diferentes funções. Já foram identificadas 47 áreas corticais onde se processam a memória, as emoções, os movimentos, a linguagem, a fome, o sono e o prazer, entre outras atividades.

O conhecimento destas regiões específicas contribui para explicar os hábitos consumistas, os vícios, o gosto por tipos diversos de músicas, a diferenças entre homens e mulheres, dificuldades de aprendizagem, a fé religiosa, o porquê esquecemos coisas no dia a dia etc.

Vejamos, por exemplo, o comportamento agressivo. Estudos recentes identificaram que homens que cometem assassinatos por impulso apresentam alterações fisiológicas no sistema límbico, onde nascem as emoções, e no córtex pré-frontal, a parte racional que controla essas emoções.

O comportamento violento seria, portanto, fruto da incapacidade neuronal de controlar impulsos, provocada por uma doença ou acidente na infância? Não, é apenas um fator de risco. Família e meio social são outros componentes que suscitam a violência. 

O cérebro de Einstein

Quando Albert Einstein morreu em 1955, seu cérebro foi preservado para estudos. Os cientistas queriam saber se a mente de um dos maiores gênios da humanidade era diferente das pessoas comuns. Os resultados das análises revelaram pequenas diferenças na anatomia, em especial em áreas que respondem pelo raciocínio matemático.

A inteligência seria, deste modo, um fator genético? Em parte sim, herdamos certas habilidades do patrimônio genético de nossos antepassados. Mas os estímulos que recebemos na escola e em família contam bastante para desenvolver a inteligência.

Mesmo assim, ainda é cedo para dizer que as novas gerações, superestimuladas por informações nos meios de comunicação, internet e games, serão adultos mais espertos que nossos pais. Será preciso observar o tempo entre uma geração e outra, em média 20 anos, para se chegar a alguma conclusão.

O mito dos 10%É comum ouvirmos a história de usamos apenas 10% de nossas capacidades mentais. Muitos livros de autoajuda foram escritos com o objetivo de "despertar" os poderes ocultos da mente naquela parcela do córtex cerebral inativa.

Este mito tem origem, ao que parece, numa leitura equivocada do filósofo e psicólogo norteamericano William James (1842-1910), que afirmou que o raciocínio lógico tem emprego limitado em boa parte de situações da vida humana. O que ele queria dizer, na verdade, é que agimos muito por instinto.

As técnicas mais modernas de mapeamento cerebral comprovam que os instintos e as emoções desempenham papéis fundamentais, tanto quanto a razão, nas decisões que adotamos no cotidiano.

Inteligência é a capacidade que temos de usar informações para solucionar problemas práticos, que envolvem tanto a razão quanto os instintos e os sentimentos. Por isso o famoso teste de Q.I., baseado em decisões lógicas, é insuficiente para dizer se uma pessoa é mais ou menos inteligente. 
O córtex cerebral é dividido em dois hemisférios que desempenham funções distintas. O lado esquerdo é racional, concentra a linguagem e o pensamento lógico, enquanto o direito, especializado em reconhecimento espacial e visual, é intuitivo.

Daí surgiram técnicas que prometem ativar o lado mais criativo, relegado a segundo plano pelos ocidentais.

Ocorre que os hemisférios são unidos por um feixe de fibras chamado corpo caloso, que os mantém em constante interação. Por essa razão, em atividades diárias, ambos os lados estão em mútua atividade, como quando ouvimos uma música ao mesmo tempo em que lemos a letra. 

Máquinas pensantes

Talvez o fato mais curioso é o de sermos o único animal que usa o cérebro para compreender o próprio cérebro, isto é, somos conscientes de nossa própria consciência. Não obstante todo conhecimento acumulado sobre a anatomia cerebral, ainda não se sabe como a mente consciente surge de processos neurológicos.

Uma metáfora recorrente compara o cérebro humano com o computador: a mente seria o programa (software) e o cérebro, a parte física (hardware). Mas é uma visão simplista, que não explica muita coisa e despreza o fato da consciência envolver muito mais que lidar com símbolos e linguagem.

A hipótese que evita esse dualismo diz que a consciência é uma propriedade emergente do cérebro. Quer dizer, é uma característica que surge da interação de todas as funções neuronais, mas que não se reduz a nenhuma delas especificamente.

Isso abre o debate para questões como a da inteligência artificial: máquinas mais complexas poderão, um dia, tornarem-se conscientes? 

Fonte: UOL Educação

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Roberto Santos

domingo, 30 de agosto de 2009

É bom saber...

  • Cientistas descobrem planeta que desafia leis da astronomia
Por: Terra

Uma equipe de cientistas britânicos descobriu um planeta com um volume dez vezes superior ao de Júpiter, que orbita tão próximo a sua estrela matriz que as correntes estelares já deveriam ter causado sua colisão com o astro e sua destruição.

Em um estudo publicado na quarta-feira, 26/08/2009, pela revista científica Nature, um grupo de astrônomos da Universidade de Keele, no Reino Unido, assegura que o planeta batizado como WASP-18b é uma raridade no mundo da astronomia e que a probabilidade de observar um fenômeno semelhante é de uma entre mil.

Trata-se de um planeta do grupo dos "Júpiter Quentes", ou seja, aqueles que se formam longe da estrela em torno da qual orbitam e que se aproximam da mesma ao longo dos anos, com ajuda das correntes estelares. No entanto, o WASP-18b é tão grande e se encontra atualmente tão próximo de sua estrela matriz que as correntes já deveriam ter conduzido um impacto entre o planeta e o astro.

De fato, a sobrevivência deste tipo de planeta não costuma ser superior a um milhão de anos, uma marca batida amplamente pelo WASP-18b. Como possíveis causas, os cientistas apontam que as correntes estelares desse sistema são menos fortes que as do nosso, o que explicaria a longevidade do WASP-18b.

Outra possibilidade seria que outro elemento exógeno ainda não identificado evite a colisão do planeta com sua estrela e sua destruição.
  •  Oceanos podem estar escondidos sob a crosta da Terra, indica estudo
    Por: BBC

    Um estudo que mediu a eletrocondutividade no interior do planeta indica que talvez haja imensos oceanos sob a superfície da Terra. A água é um condutor extremamente eficiente de eletricidade.

    Por isso, cientistas da Oregon State University, nos Estados Unidos, acreditam que altos níveis de condutividade elétrica em partes do manto terrestre - região espessa situada entre a crosta terrestre e o núcleo - poderiam ser um indício da presença de água.

    Os pesquisadores criaram o primeiro mapa global tridimensional de condutividade elétrica do manto. Os resultados do estudo foram publicados nesta semana na revista científica Nature.

    As áreas de alta condutividade coincidem com zonas de subducção, regiões onde as placas tectônicas - blocos rígidos que compõem a superfície da Terra - entram em contato e uma, geralmente a mais densa, afunda sob a outra em direção ao manto.

    Geólogos acreditam que as zonas de subducção sejam mais frias do que outras áreas do manto e, portanto, deveriam apresentar menor condutividade.

    "Nosso estudo claramente mostra uma associação próxima entre zonas de subducção e alta condutividade. A explicação mais simples seria (a presença de) água", disse o geólogo Adam Schultz, coautor do estudo.

    Mistério geológico

    Se a água não estiver sendo empurrada para baixo pelas placas, seria ela primordial? (Estaria) lá embaixo há bilhões de anos? E se foi levada para baixo à medida que as placas lentamente afundam, seria isso um indício de que o planeta já foi muito mais cheio de água em tempos longínquos? Essas são questões fascinantes para as quais ainda não temos respostas. Adam Schultz, coautor do estudo

    Apesar dos avanços tecnológicos, especialistas não sabem ao certo quanta água existe sob o fundo do mar e quanto dessa água chega ao manto.

    "Na verdade, não sabemos realmente quanta água existe na Terra", disse um outro especialista envolvido no estudo, o oceanógrafo Gary Egbert. "Existem alguns indícios de que haveria muitas vezes mais água sob o fundo do mar do que em todos os oceanos do mundo combinados."

    Segundo o pesquisador, o novo estudo pode ajudar a esclarecer essas questões.

    A presença de água no interior da Terra teria muitas possíveis implicações.

    A água interage com minerais de formas diferentes em profundidades diferentes. Pequenas quantidades de água podem mudar as propriedades físicas das rochas, alterar a viscosidade de materiais presentes no manto, auxiliar na formação de colunas de rocha quente e, finalmente, afetar o que acontece na superfície do planeta.

    E se a condutividade revelada pelo estudo for mesmo resultado da presença de água, o próximo passo seria explicar como ela chegou lá.

    "Se a água não estiver sendo empurrada para baixo pelas placas, seria ela primordial? (Estaria) lá embaixo há bilhões de anos?", pergunta Schultz.

    "E se foi levada para baixo à medida que as placas lentamente afundam, seria isso um indício de que o planeta já foi muito mais cheio de água em tempos longínquos? Essas são questões fascinantes para as quais ainda não temos respostas".

    Os cientistas esperam, no futuro, poder dizer quanta água estaria presente no manto, presa entre as rochas.

    Este estudo teve o apoio da Nasa, a agência espacial americana. 
    • Atlântico tem maior número de furacões em mil anos
      Por: Terra

      Uma pesquisa da Universidade Penn State, dos Estados Unidos, sugere que os furacões são mais frequentes atualmente no Oceano Atlântico do que em qualquer outra época dos últimos mil anos.

      No estudo, publicado na revista Nature, os pesquisadores examinaram camadas de sedimento criadas por furacões que cruzaram a costa na América do Norte e Caribe.

      O registro sugere que a atividade dos furacões atualmente é incomum, mas pode ter sido ainda mais alta mil anos atrás. A possível influência da mudança climática do planeta na ocorrência de furacões tem sido um assunto polêmico atualmente.

      Para o líder do estudo, Michael Mann, apesar de a pesquisa não esclarecer isso, acrescenta mais uma peça muito útil ao quebra-cabeças.

      "(A ocorrência de furacões) tem sido debatida acaloradamente e várias equipes já usaram modelos diferentes, criados por computador, e apresentaram respostas diferentes", disse o cientista à BBC. "Eu diria que este estudo apresenta alguns dados paleoclimáticos úteis."

      Lagoas

      Furacões atingem o continente com ventos que podem chegar a 300 km/h, fortes o bastante para recolher areia e terra da costa e levar para o continente.

      Em locais onde há uma lagoa próxima da praia, isto faz com que o material da praia seja depositado na lagoa, onde forma uma camada no sedimento.

      Os pesquisadores estudaram oito lagoas perto de praias onde os furacões do Atlântico passam, sete delas, nos Estados Unidos e uma em Porto Rico. A equipe de cientistas acredita que, com o tempo, o número de furacões que passa por estes locais é semelhante ao total de furacões que se forma. Por isso, a análise destas regiões forneceria um registro de como a frequência dos furacões mudou durante os séculos.

      Os níveis atuais da frequência de furacões são iguais ou superados apenas pelos registrados durante uma anomalia ocorrida na Idade Média, também conhecida como Período Medieval Quente, há mil anos.

      Água aquecida

      A equipe de Michael Mann usou também um modelo por computador para análise de formação de furacões, já existente, para estimar este tipo de atividade durante 1,5 mil anos.

      O modelo inclui fatores que se sabe que são importantes na formação de furacões, como a temperatura da superfície da água na área tropical do Atlântico e o ciclo dos fenômenos El Niño/La Niña no leste do Oceano Pacífico.

      De acordo com Mann, esta análise sugere que a atividade de furacões chegou ao máximo há mil anos e os atuais níveis altos não são produzidos por circunstâncias idênticas.

      Mil anos atrás, segundo o pesquisador, um período extenso do fenômeno La Niña no Pacífico, que ajuda na formação de furacões, coincidiu com um período de águas relativamente quentes no Atlântico.

      Atualmente, o alto número de furacões se deve simplesmente ao aquecimento das águas no Atlântico, algo que deve aumentar nas próximas décadas.

      "Mesmo com os níveis de atividade parecidos (entre mil anos atrás e agora), os fatores que levaram a isto são diferentes", disse Mann.

      "A implicação é que se tudo mais é equivalente, e não sabemos a respeito do El Niño, então o aquecimento na área tropical do Atlântico deve levar ao aumento dos níveis de atividade de ciclone nesta área", afirmou. 


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      sábado, 29 de agosto de 2009

      FUVEST - Mudanças

      É preciso lembrar que também teremos FUVEST este ano. E pelo que parece as coisas estão diferentes nas provas também. Parece que este ano todo mundo resolveu fazer revolução em termos de provas. O governo poderia aproveitar e fazer uma revolução também e investir mais no ensino público visando o melhor aprendizado dos alunos para que eles consigam entrar também em faculdades públicas, que por sua vez exigem muito mais do que é ensinado pelas instituições de ensino médio e fundamental que não sejam do ensino privado. O que, diga-se de passagem, é uma baita contradição!

      O empenho sempre conta, eu acredito que estudar não é somente ir até a escola, ouvir o professor ficar falando e resolver exercícios, e às vezes até babar na carteira enquanto tira um cochilo. É necessário o interesse, é necessário a pesquisa, é necessário ir além da nota de uma prova. Ao meu ver prova nunca prova nada. Se média de prova mostrasse o quão bom você é em alguma coisa, não teríamos tantos profissionas desqualificados ou tantas pessoas cometendo erros nas suas funções. Falo isso como aluno e como professor.

      Muitas pessoas podem ser reprovadas em provas, concursos, etc e serem muito melhor na prática de uma função do que algumas que conseguiram, muitas vezes até de raspão, passarem em um teste.

      Como o objetivo de quem por aqui passa é entrar em uma faculdade, quando entrar, aproveite ao máximo, não só dos professores mas de todos os recursos. Lembre-se que seus estudos trarão benefícios mas essa luta está apenas começando, destacar-se no meio da crescente população é essencial.

      E o que mudou nas provas da FUVEST?
      Na primeira fase a prova permanece com suas 90 questões objetivas, sem nenhuma alteração na proporção entre as disciplinas e no tempo de prova, mas a nota obtida servirá apenas para levar ou não o vestibulando para a próxima etapa, não sendo computada para a classificação final. 
      Além disso, com o objetivo de valorizar o conjunto das disciplinas, as questões abertas da segunda fase passam a contemplar todas as disciplinas da primeira, e não apenas as selecionadas para cada carreira. A partir de agora, a distribuição de cada disciplina na segunda fase fica assim: primeiro dia, para todos os candidatos, prova de redação e 10 questões discursivas de língua portuguesa, com a duração de quatro horas; segundo dia, para todos os candidatos, prova com 20 questões discursivas contemplando os conteúdos das disciplinas de biologia, química, física, matemática, história, geografia e inglês, sem divisão rígida entre as disciplinas, sendo que uma mesma questão poderá abordar o conteúdo de mais de uma delas; terceiro dia, prova com 12 questões contemplando conteúdos de duas ou de três disciplinas, a depender da carreira escolhida. A divisão será equânime entre as disciplinas, seis de cada uma das duas, ou quatro de cada uma das três. As provas do terceiro dia terão o mesmo peso das demais; a única diferença é que cada unidade responsável por determinada carreira é quem definirá as disciplinas escolhidas.


      Mas a pró-reitora da USP afirma: "não há motivos para preocupações". Portanto faça como nossa amiga do coração Marta Suplicy: "relaxa e goza". 

      Aproveita que você está aqui estudando e entra no site abaixo (é só clicar em Simulado Geral), lá você monta seu próprio simulado e estuda as mais diversas matérias:

      Bom divertimento!

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      Roberto Santos

      sexta-feira, 28 de agosto de 2009

      Coffee Break - Infográficos

      Achei esses infográficos bem interessantes. Para abrir e vê-los basta clicar no título. 
      Fonte: Planeta Sustentável

      A cidade do futuro

      Como seria uma metrópole que começasse a ser construída do zero hoje, planejada para respeitar o meio ambiente? Conheça Estranhópolis, a cidade sustentável que a gente adoraria ver sair do papel um dia!

      A exploração de minérios traz algum prejuízo ao planeta?

      Traz sim e não é só o terreno que é afetado. O ar, a água, a flora e a fauna também sofrem. Entenda os movitos

      Natureza na UTI

      Conheça 10 pontos críticos da saúde do Planeta: lugares onde pelo menos 90% da natureza já foi desmatada. Dois deles estão no Brasil

      Baby... é magrelinha

      Viajar de bicicleta é simples, gostoso e, além de tudo, ecologicamente correto. Confira aqui os equipamentos essenciais para pedalar da serra à praia

      O futuro do planeta

      Acompanhe no gráfico a evolução do degelo no Ártico e na Antártica. Se nada for feito para mudar, as geleiras podem desaparecer até 2040 graças ao aumento da temperatura do planeta

      Rio quase morto

      Não é só o clima que está mudando por causa das ações do homem: alguns rios podem simplesmente desaparecer. Conheça aqui os 10 rios mais ameaçados do mundo - entre eles, o Nilo

      Energia poluída

      O IPCC alertou: existe 90% de chance de que as emissões de gás carbônico provoquem o aquecimento global. Veja aqui quem são os líderes desse ranking de emissões de poluentes

      Aquecimento global

      O mundo está mais quente! E deve continuar assim. Confira 6 cenários possíveis sobre o futuro do planeta - do mais otimista, ao mais pessimista

      O El Niño

      Esse fenômeno climático pode ter conseqüências devastadoras na sociedade. Entenda como ele surge e o seu oposto: La Niña



      Balada Sustentável 
       

      Imagine uma danceteria em que, enquanto você se diverte na pista, produz energia para alimentar as luzes e o som. Um grupo na Holanda jura que isso vai rolar nos próximos meses

      Por Amauri Arrais e Marcio Pinheiro


      Revista Mundo Estranho - 05/2007

      Pode até parecer coisa de ficção. Mas em julho, na cidade holandesa de Roterdã, uma superbalada chamada Critical Mass deve apresentar para o público o protótipo da primeira danceteria auto-sustentável do planeta. "A idéia é tornar o conceito de sustentabilidade algo atrativo e sexy para um grande número de jovens", afirma Martijn Jordans, um dos criadores do projeto, desenvolvido na Holanda pela ONG Enviu e por um escritório de arquitetura.
       
      Se o negócio bombar, os organizadores pretendem transformar a danceteria ecológica em um evento itinerante. "Muitos festivais e clubes já mostraram interesse em sediar uma festa auto-sustentável, inclusive em São Paulo", diz Jordans.
       
      Enquanto a novidade não chega, veja no infográfico como será essa danceteria verde.

      *Com design de Renata Steffen e infográfico de Alexandre Jubran.

      Balada sustentável

      Enquanto você dança, gera energia para manter a música e as luzes funcionando. Veja como vai funcionar a balada que não agride o meio-ambiente



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      Roberto Santos

      quinta-feira, 27 de agosto de 2009

      ENEM - Espécies sob ameaça

      Cada dia que passa a natureza é mais afetada pelo nosso descuido com ela. A gente reclama do tempo, da sujeira das ruas, das enchentes e de tudo mais. Mas não fazemos o mínimo para melhorar a situação. A natureza tem um ritmo praticamente programado e o ser humano modifica esse ritmo a cada vez que se descuida. Os temas que envolvem as ciências da natureza são muitos e é preciso estar antenado com o que anda acontecendo com nosso planeta. Saber somente nomes de animais e plantas não vai ajudar muito, é preciso estar em contato com notícias e saber o que anda acontecendo mundo afora. Tantas já são as espécies em extinção, que se bobear as que você aprendeu nem existem mais.
      Roberto Santos


      (no texto para download há mais notícias a repeito da biodiversidade e destruição da natureza)


      O texto abaixo refere-se a seguinte competência e habilidade exigida pelo Enem:
      avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável da biodiversidade
      Área de conhecimento: ciência da natureza


      Espécies sob ameaça

      A ação do homem provoca o desaparecimento de 27 mil espécimes a cada ano; caso continue, essa devastação acabará com os recursos necessários à manutenção da vida humana

      Embora muitas vezes aja como se fosse o único ser vivo da Terra, o homem representa apenas uma entre 1,75 milhão de espécies de vida. E esse número não corresponde ao total de seres vivos. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), existem pelo menos 14 milhões de espécies ao redor do globo. Não dá para saber: todo ano são encontrados milhares de novos organismos, alguns muito pequenos, como insetos, fungos e bactérias, mas também aves, anfíbios e até mamíferos. Esse é o conceito de biodiversidade: a variedade de espécies de vida na Terra e os complexos ambientais de que fazem parte.

      Em 2005, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou o relatório Avaliação Ecossistêmica do Milênio, um diagnóstico sobre a saúde do planeta e sua relação com a manutenção da vida humana, que traz uma informação preocupante: a vida na Terra está passando por um período de extinção em massa – já ocorreram outros, no passado, mas esse é causado principalmente pela ação humana. Estima-se que cerca de 27 mil espécies desapareçam a cada ano, muitas nem sequer descritas pela ciência.

      O que isso pode ocasionar? O documento explica que, caso se mantenha o atual ritmo de devastação ambiental, dentro de algumas décadas o planeta não conseguirá fornecer em quantidade suficiente os recursos naturais necessários à população humana, por causa, sobretudo, da poluição e da exploração exageradas, além da introdução de espécies exóticas, que interfere no equilíbrio dos ambientes. Por fim, o texto reforça a importância da conservação e do uso sustentável da diversidade biológica.
       
      A destruição da biodiversidade afeta a humanidade de várias maneiras. A diversidade genética das plantas, por exemplo, é essencial para a criação de grãos mais produtivos e resistentes a doenças, e, com a homogeneização da agricultura resultante da monocultura, isso está se perdendo. Segundo estudos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), há risco no fato de o mundo consumir uma variedade cada vez menor de alimentos – basicamente trigo, arroz e batata.

      O problema é antigo. A ocorrência de pragas e a perda da produção por causa de guerras ou desastres naturais já provocaram ondas de fome em várias épocas. Mas sempre se conseguiu repor as perdas por meio de variedades que se adaptaram às novas condições ambientais. Mas, quando tudo se torna homogêneo, fica mais difícil enfrentar doenças e pragas que surgem de desequilíbrios dos ecossistemas.

      É a utilização descontrolada dos recursos naturais que provoca destruição. O caminho não é deixar de explorar a natureza, mas fazê-lo sem agredi-la.


      Riqueza esgotável

      As florestas tropicais cobrem 7% da superfície terrestre e abrigam a metade das formas de vida. De acordo com a ONU, as áreas de preservação ambiental representam 6,1% do território terrestre. Como as florestas ocupam 42% do Brasil, não é de estranhar que o país seja uma das nações que apresentam a maior biodiversidade do mundo.

      Tamanha abundância, porém, não é eterna nem inesgotável. A mata Atlântica, por exemplo, está reduzida a 7,3% do tamanho original. Por isso, é considerada um hotspot (em inglês, ponto quente), termo com o qual os cientistas designam os lugares que, além de apresentarem alto grau de diversidade biológica e endemismo, estão seriamente ameaçados pela atividade humana. Foram definidos 34 hotspots no planeta, visando a concentrar esforços na proteção e conservação dessas áreas.

      Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento com o respeito ao meio ambiente. Esse é um tema-chave para governos, empresas e cidadãos. Se esse ritmo de exploração do globo continuar, não haverá água, energia nem recursos suficientes para preservar a vida no futuro.


      Clique na imagem para ampliar

      Endemismo: Em biologia, botânica e zoologia chamam-se endemismos grupos taxonômicos que se desenvolveram numa região restrita. Em geral o endemismo é resultado da separação de espécies, que passam a se reproduzir em regiões diferentes, dando origem a espécies com formas diferentes de evolução. O endemismo é causado por mecanismos de isolamento, alagamentos, movimentação de placas tectônicas. Por exemplo, devido à deriva continental, as espécies de Madagascar ou da Austrália são exemplos flagrantes de endemismos. A ocorrência de endemismos depende da mobilidade dos organismos. As plantas e peixes de água doce são os mais afetados por processos endêmicos, visto que a mobilidade é feita de forma mais restrita do que as aves ou mamíferos. Algumas doenças e pragas, ao serem próprias de determinadas regiões, por decorrerem de fatores ecológicos específicos dessas regiões, são também endêmicas. A Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos em plantas endêmicas do mundo.


      Fonte: Guia do Estudante, Enem - 2009 (com adaptações)

       
      Entrevista com Carlos Nobre, pesquisador do INPE cedida ao site "educacional" (fonte)
       
      De que forma o aquecimento global está afetando os biomas brasileiros?

      1 - Quais biomas brasileiros estão sendo mais afetados pelo aquecimento global? Existe algum bioma que seja menos suscetível a essas mudanças climáticas?

      Os biomas brasileiros provavelmente já estão sendo afetados pelo aquecimento global. Mas o Brasil ainda carece de estudos de longo prazo que possam indicar quais biomas estão sendo afetados pelas mudanças globais. Por outro lado, há também uma preocupação quanto às alterações causadas pelo uso da terra, como os desmatamentos. Eles têm um impacto tão grande, que podem estar mascarando eventuais mudanças sofridas pelos biomas em decorrência do aquecimento global. Mas o fato é que o Brasil não tem estudos de longo prazo que acompanhem a evolução dos biomas e mostrem o que o aquecimento global está fazendo. Então, não temos evidências para dizer, categoricamente, que isso está acontecendo. Mas, potencialmente, os estudos de projeção indicam que os biomas mais suscetíveis às mudanças climáticas são a Floresta Amazônica, o Cerrado e a Caatinga, além dos fragmentos de Floresta Amazônica existentes no Nordeste do Brasil. A Mata Atlântica do Sudeste possui uma menor suscetibilidade a essas mudanças, o que não significa que não exista nenhum risco. Por exemplo: se a temperatura subir mais dois graus, provavelmente toda a araucária das serras da Mantiqueira e do Mar desaparecerá. Se subir quatro graus, toda a araucária dos planaltos do Paraná e de Santa Catarina desaparecerá. Só restará a das serras Gaúchas e Catarinense, lá nos picos. Isso significa que algumas espécies são muito sensíveis.

      2 - Existe alguma relação direta entre o buraco na camada de ozônio e o aquecimento global? As alterações climáticas da Região Sul do Brasil são conseqüência disso?

      Não. São fenômenos físicos bem distintos. O que deve ser mencionado é que os mesmos gases que provocam o buraco na camada de ozônio, os clorofluorcarbonetos (CFCs), também causam o efeito estufa. Quando eles estão lá na estratosfera antártica, já não estão mais fazendo o papel de efeito estufa. Lá, eles têm o papel químico, pois o que acontece nesse nível é um processo químico: a radiação ultravioleta de alta energia quebra as moléculas de CFC, libera o cloro, e este cloro participa como catalisador da reação de destruição do ozônio. Os CFCs distribuídos na atmosfera em geral têm uma pequena contribuição no aquecimento global. São gases que têm uma permanência de muito tempo: alguns resistem a mais de mil anos na atmosfera. Mas um fenômeno físico não tem nada a ver com o outro. A única relação é que o mesmo gás que destrói o ozônio tem certa parcela de responsabilidade no efeito estufa.

      3 - Já está comprovada a elevação da temperatura média da Terra nas últimas décadas. A previsão é que esse aumento seja constante? Quais as projeções de aumento da temperatura ao longo dos próximos anos?

      A projeção é de que o aumento não seja constante, é de que aumente em torno de 0,1 a 0,2 graus por década, nas próximas décadas. Mas se as emissões de gases de efeito estufa continuarem altas, esse valor vai aumentar no futuro. Pode atingir até 0,3 graus por década. Há uma projeção de que haja uma aceleração do aquecimento nas próximas décadas, que pode ser grande se as emissões continuarem altas, ou pequena, e eventualmente atingir o “ponto de inflexão”, em que o aquecimento diminua de velocidade. Mas que fique bem claro: vai continuar aquecendo! Não vai haver resfriamento. O planeta vai aquecer por séculos, mesmo que se consiga estabilizar a concentração de gases de efeito estufa. A velocidade com que esse aquecimento se processa é que pode ser maior ou menor, dependendo de quantos gases a gente continue a lançar na atmosfera.

      4 - Existe um comparativo entre os efeitos do aquecimento global no Brasil e em outros países com o mesmo nível de desenvolvimento?

      Não. O aquecimento é “democrático”, acontece no mundo todo. O aumento da temperatura no Brasil, em torno de 0,7 a 0,8 graus nos últimos 50 anos, é muito compatível com o que subiu no mesmo período de tempo em outras regiões continentais. É que os gases se espalham uniformemente na atmosfera. Com os ventos, tudo se mistura, e não há muita diferença. Há um pouco mais gás carbônico do Hemisfério Norte (já que as principais fontes dele estão lá) que no Hemisfério Sul. Mas esse pouco é tão pouco, que não surte grande efeito na diferença do aumento de temperatura. Então, quando as temperaturas são diferentes, é em razão da circulação atmosférica.

      5 - Qual sua opinião sobre os créditos de carbono? Eles são uma solução eficaz?

      Eles são um caminho de aprendizado para nos prepararmos para os grandes cortes de emissão que já se fazem necessários. É muito interessante desenvolver um mecanismo que permita a participação dos países em desenvolvimento (estou falando especificamente do crédito de carbono para o mecanismo de desenvolvimento limpo). Há uma série de atividades que eles estão proporcionando no mundo em desenvolvimento. É bom que os países em desenvolvimento criem suas formas de energia mais limpas e as implementem, fazendo experimentos piloto e desenvolvendo capacitação de mão-de-obra para esse mercado de energia mais limpa... Então, por mais que sejam modestos na sua meta de redução, os créditos de carbono propiciam algo que, se não existissem, tenho sérias dúvidas se se engajariam nesse modelo tecnológico de desenvolvimento mais limpo. Alguns grandes países têm se beneficiado disso, como Índia, China, Brasil, México, Coréia, África do Sul. É uma maneira de se criar um incentivo ao desenvolvimento de energias mais limpas e também capacitação para o manejo delas. No futuro, todos esses países, principalmente os que emitem muito gás carbônico, como China, Índia e Brasil (por meio do desmatamento), terão que implementar, num ritmo acelerado, tecnologias mais limpas. E é muito bom ter esse incentivo desde já. No Brasil é um caso mais complicado, porque aqui “tecnologias mais limpas” significa “redução do desmatamento”. Quer dizer, como desenvolver regiões tropicais sem desmatamento? Esse é um problema muito mais complicado e, nesse sentido, ainda não avançamos muito.

      6 - Muitos dizem que plantar árvores é uma postura adequada para conter o aquecimento global. Até que ponto o reflorestamento é eficaz na diminuição da temperatura?

      Até 2050, precisamos reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa em mais de 60% para estabilizar as concentrações em níveis menos perigosos. Um reflorestamento, mesmo que seja em escala global, consegue neutralizar alguns pontos percentuais desses 60%, quem sabe não mais de 5 pontos percentuais. Então, isso não pode ser visto como solução. Agora, essa medida é importante em países que tenham bastante terra e água, para que seja viável. O reflorestamento deve ser visto não como uma panacéia universal, mas como um método válido em muitos países, principalmente os tropicais, inclusive para a recomposição da paisagem. Isto é, se nós brasileiros, historicamente, desmatamos praticamente todas as áreas de mata ciliar (por exemplo, no domínio da Mata Atlântica, do Cerrado...) é uma oportunidade histórica de reconstituir esse tipo de vegetação, que é muito importante para a recomposição da paisagem e dos serviços ambientais do ecossistema, assim como para melhorar a qualidade de água, diminuir o assoreamento e manter a recomposição da biodiversidade. E estou dando apenas um exemplo, o da mata ciliar, que é algo fundamental. Então, se você plantar mata ciliar em escala nacional, em milhares de quilômetros, e, ao mesmo tempo, ganhar alguns créditos de carbono por isso, é o jogo do vencer e vencer: você estará ganhando em todos os sentidos. Mas mesmo se você somar toda a quantidade de gás carbônico que uma extensão dessas de mata ciliar pode absorver, mundialmente isso ainda será modesto. É considerável levando em conta a matriz de emissões brasileiras. Mundialmente, plantar árvores pode neutralizar as emissões apenas de forma modesta. Por outro lado, as árvores prestam uma série de serviços ambientais que devemos considerar, elas não são um “sumidouro de carbono”. Basicamente, eu diria que recompor as paisagens faz muito sentido.

      7 - O Brasil se destaca como grande produtor de biocombustíveis, especialmente o etanol. Considerando-se os impactos ambientais de produção desse combustível, ele é uma boa saída?

      Etanol é uma boa saída sim. Temos muitas áreas de pastagens improdutivas, terras abandonadas. A expansão da produção do etanol — do biocombustível em geral — deve se dar em cima de lugares que já foram desmatados, que já podem receber esse tipo de expansão, e não sobre ecossistema natural. Aí seria crime, expandir cultura de cana em cima de Mata Atlântica remanescente. E a Amazônia também deve ser evitada. No Brasil, existe muita área já alterada, com baixíssima produtividade agropecuária. Existe área apropriada, com água, sol e terra. É só não ameaçar ainda mais os ecossistemas naturais. A moderna produção de etanol, sem o uso do fogo, proporciona o controle dos impactos ambientais. Qualquer grande monocultura tem seus impactos ambientais. Mas temos que evoluir e acabar com a questão das queimadas que são feitas antes das colheitas, pois elas são muito prejudiciais ao meio ambiente. Isso tem que se extinguir ao longo do tempo. O modelo social de produção de cana é extremamente condenável... Considero esse o problema mais difícil. O problema ambiental persiste, mas hoje é muito mais fácil controlá-lo. O grau de poluição da indústria do etanol reduziu muito e pode chegar a zero, porque tudo pode ser reaproveitado. Mas o problema social é o que vejo mais dificuldade em resolver. É muito fora da minha especialidade, eu não saberia nem indicar o que poderia ser feito.

      8 - O aquecimento global pode aumentar a incidência de fenômenos climáticos como ciclones e furacões na costa brasileira? O Catarina está realmente relacionado ao fenômeno de aquecimento da Terra?

      Não temos uma prova conclusiva, contundente, de que o furacão Catarina, de março de 2004, foi resultado do fato de que as águas do Oceano Atlântico estão mais quentes que há 50 anos devido ao aquecimento global. Não temos essa evidência, e não podemos relacionar o Catarina a isso. Não se pode excluir a possibilidade de que as circulações atmosféricas estejam tão modificadas, em um oceano alguns graus mais quente, que causem a formação de furacões no Atlântico Sul. Há muita gente estudando isso, e quem sabe daqui a 5 ou 10 anos poderemos dizer com mais confiança: “sim, há maior probabilidade de surgirem furacões no Atlântico Sul em um planeta mais quente”, ou “não, o Atlântico Sul continuará sendo uma região com baixa probabilidade de furacões”. A probabilidade já não é mais zero, porque já houve um. Os livros-texto de meteorologia terão que ser reescritos por causa disso.

      9 - O aquecimento global pode afetar as características das correntes marinhas? O nível dos oceanos pode realmente colocar em risco nossas cidades litorâneas?

      O nível do mar está subindo. No século XX, subiu 17 cm globalmente e 20 cm na costa brasileira e vai continuar subindo: as projeções são de cerca de 60 cm para este século. Algumas projeções mais recentes indicam que pode chegar a até um metro. Isso certamente vai mudar a linha costeira em muitas regiões e o Brasil tem uma extensa linha costeira, de 8,5 mil quilômetros. Porém, o Brasil não é um país com enormes extensões de baixa elevação. São 122 mil quilômetros quadrados abaixo de 10 metros, que seriam as zonas mais vulneráveis. Mesmo assim, é uma área em que há 8 milhões de pessoas vivendo. Temos pontos críticos, mas não somos como Bangladesh, Holanda e Vietnã, países que têm até 80% de seus territórios próximos do nível do mar.

      10 - Para que o Brasil não suba em sua classificação dentro dos maiores poluidores do mundo, quais atitudes nós, crianças, podemos tomar para que tenhamos uma vida melhor no futuro?

      Mudança de comportamento é muito importante. Se as pessoas viverem com qualidade e com menos, usando de forma menos intensa os recursos naturais, como energia, transportes, materiais... melhor. A sociedade do futuro vai reciclar tudo, usando muita tecnologia para consumir menos energia, como transportes públicos com combustíveis renováveis, por exemplo. Então, para ser um cidadão responsável, a criança tem que abandonar o consumismo, principalmente esse do mundo ocidental, que acabou virando uma religião. Esse comportamento não é compatível com um planeta ambientalmente sustentável. É importante que os valores do consumismo não sejam enaltecidos. As crianças precisam ter uma noção clara da responsabilidade que têm em relação ao futuro do planeta, no sentido de reciclar tudo, de economizar tudo, água, energia. A população mundial vai aumentar em pelo menos 3 bilhões em todo o mundo. Para buscar o equilíbrio para viver melhor, o jovem tem que começar a pensar que, no futuro, a felicidade não dependerá do nível de consumo, e sim de outras coisas.

      11 - O que o levou a começar a pesquisar sobre o aquecimento global? Quais foram seus estudos que efetivamente contribuíram para as suas conclusões atuais? E hoje, que projetos está desenvolvendo sobre esse tema?

      Trabalho nessa área há muito tempo. Tenho formação de doutorado em meteorologia. Sempre gostei desse campo e sempre o acompanhei, desde quando esse assunto passou a ser bastante debatido na sociedade mundial científica, na década de 70. Minha pesquisa atual, com meus alunos de doutorado, é sobre os efeitos das mudanças climáticas nos biomas brasileiros, principalmente na Amazônia, na Caatinga e no Cerrado. Tenho feito uma série de estudos para saber o que pode acontecer com a vegetação, a biodiversidade brasileira, se o planeta continuar aquecendo.


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      Roberto Santos

      ENEM / Vestibular - Literatura em poucas palavras

      A literatura é muito importante não só para testes mas para a vida. Ler é muito bom, nos faz evoluir e ajuda muito na escrita. Nosso vocabulário expande e assim encontramos muitas formas para se expressar. Hoje com o uso da internet as palavras se abreviam, as gírias aumentam e o diálogo muitas vezes torna-se pobre com significados conhecidos somente dentro de grupinhos isolados de pessoas. Muitos livros parecem chatos, longos e perturbadores, mas com o tempo aprende-se a ler e o hábito torna-se um prazer. O importante não é só ler mas também compreender e absorver algo das idéias transmitidas por aqueles que escrevem.
      Roberto Santos


      A literatura em poucas palavras

      Trovadorismo

      Trovadorismo foi a escola literária que se fazia na época da Idade Média, baseava-se em cantigas preparadas para divertir o povo e a nobreza. Teve forte influência da Igreja Católica, já que era ela quem controlava as expressões artísticas e culturais da época.

      Humanismo
       
      Humanismo foi um movimento cultural que, além do estudo e da imitação dos autores greco-latinos, fez do homem objeto de conhecimento, reivindicando para ele uma posição de importância no contexto do universo, sem, contudo, negar o valor supremo de Deus.

      Classicismo

      Classicismo foi o movimento literário que resgatou os valores e as culturas greco-latinos de forma mais intensa. Exaltando sua nação ao invés da mitologia antiga como faziam os clássicos, o poeta Camóes, através da obra Lusíadas relatou a História de Portugal através de histórias dos bravos guerreiros.

      Barroco

      Foi um movimento literário da Contra-Reforma, ou seja, da transformação da Igreja Católica, em detrimento da Protestante. Os autores barrocos expressam o conflito interno que as pessoas viviam na época, os principais foram: Gregório de Matos e Padre Antônio Vieira.

      Arcadismo

      Arcadismo foi um movimento resultado de uma reação anti-barroca, surgindo nos finais do Século XVIII retomou algumas características literárias do Classicismo, como o equilíbrio e a racionalidade, ficando também conhecida como Neoclassicismo

      Romantismo
       
      Romantismo foi o movimento da expressão burguesa nas artes, nas ciências e na cultura. Defendendo a liberdade de expressão, inspirado na frase célebre da Revolução francesa "Liberdade, igualdade e fraternidade".

      Realismo

      "O realismo é uma reação contra o romantismo: o romantismo era a apoteose do sentimento; o Realismo é anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que pinta a nossos próprios olhos - para condenar o que houver na nossa sociedade". Eça de Queiroz.

      Naturalismo

      O naturalismo pode ser considerado como um realismo mais radical, pois também utilizava a literatura para descrever a realidade, porém com a diferença de se munir de teorias científicas poderosíssimas para constituir seu ponto-de-vista em relação ao mundo: o materialismo e o determinismo.

      Parnasianismo
       
      O Parnasianismo foi a escola literária que consagrou o labor do poeta. Foi este movimento que retornou ao clássico, buscando sempre a perfeição poética e estética nas suas obras. Refletiu bastante através da poesia sobre o próprio ato poético. Além de caracterizar-se por um exagero nas formas de seus sonetos.

      Simbolismo

      O que mais caracterizou o simbolismo foi o seu misticismo. Os poetas simbolistas não tentavam fazer poesias compreesíveis, pois eles queriam que os leitores se sensibilizassem para a construção poética, por isso utilizavam muitos símbolos, metáforas, linguagem figurada que sugerissem sensaçõe aos leitores.

      Pré-Modernismo
       
      "Atualmente, nessa hora de tristes apreensões para o mundo inteiro, não devemos deixar de pregar, seja como for, o ideal de fraternidade e de justiça entre os homens e um sincero entendimento entre eles. E o destino da literatura é tornar sensível, assimilável, vulgar, esse grande ideal de pouco a todos, para que ela cumpra ainda uma vez a sua missão." Lima Barreto.

      Modernismo

      O modernismo foi um movimento que buscou arrancar-se das correntes estéticas do parnasianismo. Os autores modernistas refutavam tudo o que era antigo para construir uma nova poética, livre de qualquer tipo de regras. Teve forte influência das Vanguardas européias, que eram movimentos artísicos que se iniciaram na europa e se espalharam pelo mundo declarando seu amor estético pela liberdade. 


      Fontes: Oficina Aberta de Língua Portuguesa


      No link abaixo você poderá baixar resumos, mais completos, dos períodos literários do Trovadorismo ao Realismo:
      Resumos Literários
      (rapidshare: arquivo .rar / .doc)


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