O texto abaixo é de extrema importância tendo em vista que é sempre exigido pelo ENEM conhecimentos históricos através de imagens. Algumas das questões na prova apresentam imagens feitas por grandes artistas que representam momentos históricos. É preciso saber as tendências de cada época e fatos relacionados para conseguir responder esses tipos de questões. Então, não basta apenas concentrar-se na imagem, mas ter um conhecimento sobre o artista da obra e as características da época bem como fatos históricos é de extrema importância.
Roberto Santos
O texto abaixo refere-se a seguinte competência e habilidade exigida pelo Enem:
compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria identidade
compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria identidade
Área de conhecimento: linguagens e códigos
Desvende o olhar do artista
Saiba identificar em obras de arte quais os elementos que remetem a diferentes estilos de criação e entenda seus significados
Expressão criativa do homem desde tempos remotos, a arte sempre desempenhou papel fundamental no entendimento da experiência humana. Para tanto, o homem conta com diversas formas de expressão. Além das seis artes clássicas – música, dança, pintura, escultura, literatura e teatro – , nos tempos modernos surgiram outras, como o cinema, a fotografia e a animação.
Os movimentos artísticos receberam nomes – estes qualificam as obras produzidas em diferentes estilos e épocas. Veja quais são os principais.
Renascimento
Atinge o apogeu no século XVI, sobretudo na Itália. O ideal renascentista diz respeito à restauração dos valores do mundo clássico greco-romano e é marcado pela crença em uma capacidade ilimitada da criação humana. É impulsionado pelo progresso econômico das cidades italianas, dominadas por uma rica burguesia, interessada nas letras e nas artes. Os mestres são Leonardo da Vinci (Monalisa) e Michelangelo (David).
Mona Lisa
Surge na Europa nos séculos XVII e XVIII. A arte barroca busca conciliar a espiritualidade da Idade Média com a racionalidade do Renascimento. Sua característica é o contraste, com obras rebuscadas, que expressam exuberância e emoções extremas. Os expoentes são o italiano Caravaggio (Narciso) e o holandês Rembrandt (Ronda Noturna), na pintura, e no Brasil, quando o barroco dá inicio à arte nacional, ligada à Igreja, é o entalhador e escultor Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (Cristo Carregando a Cruz).
Narciso
Cristo Carregando a Cruz
Romantismo
Tendência que se manifesta do fim do século XVIII até o fim do século XIX. Caracteriza-se por defender a liberdade de criação e privilegiar a emoção, com obras que valorizam o individualismo, o sofrimento amoroso, a natureza e o passado. O movimento é influenciado pela tese do filósofo Jean-Jacques Rousseau de que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Na pintura, o expoente é o espanhol Francisco Goya (O Bebedor).
O Bebedor
Primitivismo
Tipo de pintura desenvolvida por artistas de origem popular, com pouca ou nenhuma formação técnica, desvinculada de padrões acadêmicos e de preocupações estéticas ou vanguardistas. Refere-se a telas consideradas ingênuas ou exóticas. O rótulo surge em 1886, na França, por iniciativa de intelectuais que enaltecem criações populares. No Brasil, Heitor dos Prazeres (O Tintureiro) e Mestre Vitalino (Casamento no Sertão) são representantes da arte primitiva.
O Tintureiro
Casamento no Sertão
Simbolismo
Movimento que se desenvolve no fim do século XIX e caracteriza-se pelo subjetivismo, individualismo e misticismo. Rejeita a abordagem da realidade e a valorização do social feitas pelo realismo e pelo naturalismo. Nas artes plásticas, busca-se uma síntese entre a percepção dos sentidos e a reflexão intelectual. Entre os pintores que são destaques no movimento estão o francês Odilon Redon (A Esfinge) e o pintor austríaco Gustav Klimt (O Beijo).
A Esfinge
O Beijo
Impressionismo
Surge no fim do século XIX, na França. O movimento constitui-se no marco da arte moderna, como o início da dissolução da representação figurativa. Embora retratem paisagens, os impressionistas buscam aprender o instante em que a ação se dá na retina do espectador. Para tanto, dão enorme importância à luz natural e à decomposição das cores. Entre os expoentes estão os franceses Claude Monet (O Rio) e Edgar Degas (O Ensaio).
O Rio
O Ensaio
Expressionismo
Originado no fim do século XIX, caracteriza-se pela ênfase na subjetividade. Nas artes plásticas, os aspectos mais significativos são o distanciamento da representação figurativa e o uso arbitrário de cores e traços fortes, com formas contorcidas e dramáticas. Com a intenção de captar estados mentais, vários quadros mostram figuras deformadas, como o personagem de O Grito, de Edvard Munch. O precursor do movimento é o holandês Vincent Van Gogh (As Cores da Noite).
O Grito
As Cores da Noite
Abstracionismo
No início do século XX, as vanguardas europeias recusam a herança renascentista de representar fielmente cenas da realidade em suas pinturas. Passam, então, a dar ênfase às formas e às cores. Há dois tipos de abstracionismo: o informal (ou subjetivo), que privilegia formas livres, e o geométrico (ou objetivo), de técnica mais rigorosa e sem a intenção de expressar sentimentos ou ideais. Os destaques são o russo Wassily Kandinsky (Composição VIII) e o holandês Piet Mondrian (Composição V).
Composição VIII
Composição V
Cubismo
Tendência das artes plásticas, sobretudo da pintura, que surge no início do século XX. Considerado o mais influente movimento desse século. Os artistas pintam objetos achatados, eliminando a ilusão de tridimensionalidade. Revelam, porém, várias faces da figura ao mesmo tempo. Retratam formas geométricas, como cubos e cilindros, que fazem parte da estrutura de figuras humanas e de objetos que pintam. O grande nome do movimento é Pablo Picasso (O Acrobata).
O Acrobata
Surrealismo
Surge nos anos 1920, na França. Influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud, enfatiza o papel do inconsciente na criação. Defende a ideia de que a arte deve libertar-se das exigências da lógica e expressar o inconsciente e os sonhos, livre do controle da razão e de preocupações estéticas e morais. Na pintura, destacam-se o belga René Magritte (Os Amantes), o alemão Max Ernst (A Tentação de Santo Antônio) e o espanhol Salvador Dali (A Mágica da Persistência).
Os Amantes
A Tentação de Santo Antônio
A Mágica da Persistência
Modernismo
No Brasil, o termo identifica o movimento desencadeado pela Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo. Seus idealizadores rejeitam as influências estrangeiras, defendendo a assimilação das estéticas internacionais para mesclá-las com a cultura nacional, originando uma arte vinculada à realidade brasileira. Nas artes plásticas, destacam-se a pintora Tarsila do Amaral (Abaporu) e o escultor Victor Brecheret (Monumento às Bandeiras).
Abaporu
Monumento às Bandeiras
Pop Art
Estilo das artes plásticas que explora elementos da cultura de massa e da sociedade de consumo, surge na década de 1950, no Reino Unido, e ganha força nos EUA. A linguagem da publicidade e da televisão, as embalagens industrializadas e os ídolos populares são a base das criações. A pop art pretende fazer uma crítica do mundo capitalista e seu modo de produção. O principal expoente é o norte-americano Andy Warhol (Marilyn Monroe).
Marilyn Monroe
Fonte: Guia do Estudante, Enem - 2009 / Imagens: sites de pesquisa
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Muito grato pela visita, bons estudos e boa sorte!
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Roberto Santos
4 comentários:
esse site é otimo mesmo sendo leiga no assunto das artes,adorei e o melhor e uma verdadeira aula
continue com esse trabalho maravilhoso.que so aumentou a minha vontade de fazer artes plasticas
Muito bom, ajudou no meu trabalho de artes, e as informações são claras, precisar, e diretas ao assunto!
Otimo!
pow que chato quem fez isso nao tem nada de melho para fazer????
Adorei tudo, pois é muito interessante, a arte esta em todo luga só precisamos observarmos...
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