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Roberto Santos



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domingo, 30 de agosto de 2009

É bom saber...

  • Cientistas descobrem planeta que desafia leis da astronomia
Por: Terra

Uma equipe de cientistas britânicos descobriu um planeta com um volume dez vezes superior ao de Júpiter, que orbita tão próximo a sua estrela matriz que as correntes estelares já deveriam ter causado sua colisão com o astro e sua destruição.

Em um estudo publicado na quarta-feira, 26/08/2009, pela revista científica Nature, um grupo de astrônomos da Universidade de Keele, no Reino Unido, assegura que o planeta batizado como WASP-18b é uma raridade no mundo da astronomia e que a probabilidade de observar um fenômeno semelhante é de uma entre mil.

Trata-se de um planeta do grupo dos "Júpiter Quentes", ou seja, aqueles que se formam longe da estrela em torno da qual orbitam e que se aproximam da mesma ao longo dos anos, com ajuda das correntes estelares. No entanto, o WASP-18b é tão grande e se encontra atualmente tão próximo de sua estrela matriz que as correntes já deveriam ter conduzido um impacto entre o planeta e o astro.

De fato, a sobrevivência deste tipo de planeta não costuma ser superior a um milhão de anos, uma marca batida amplamente pelo WASP-18b. Como possíveis causas, os cientistas apontam que as correntes estelares desse sistema são menos fortes que as do nosso, o que explicaria a longevidade do WASP-18b.

Outra possibilidade seria que outro elemento exógeno ainda não identificado evite a colisão do planeta com sua estrela e sua destruição.
  •  Oceanos podem estar escondidos sob a crosta da Terra, indica estudo
    Por: BBC

    Um estudo que mediu a eletrocondutividade no interior do planeta indica que talvez haja imensos oceanos sob a superfície da Terra. A água é um condutor extremamente eficiente de eletricidade.

    Por isso, cientistas da Oregon State University, nos Estados Unidos, acreditam que altos níveis de condutividade elétrica em partes do manto terrestre - região espessa situada entre a crosta terrestre e o núcleo - poderiam ser um indício da presença de água.

    Os pesquisadores criaram o primeiro mapa global tridimensional de condutividade elétrica do manto. Os resultados do estudo foram publicados nesta semana na revista científica Nature.

    As áreas de alta condutividade coincidem com zonas de subducção, regiões onde as placas tectônicas - blocos rígidos que compõem a superfície da Terra - entram em contato e uma, geralmente a mais densa, afunda sob a outra em direção ao manto.

    Geólogos acreditam que as zonas de subducção sejam mais frias do que outras áreas do manto e, portanto, deveriam apresentar menor condutividade.

    "Nosso estudo claramente mostra uma associação próxima entre zonas de subducção e alta condutividade. A explicação mais simples seria (a presença de) água", disse o geólogo Adam Schultz, coautor do estudo.

    Mistério geológico

    Se a água não estiver sendo empurrada para baixo pelas placas, seria ela primordial? (Estaria) lá embaixo há bilhões de anos? E se foi levada para baixo à medida que as placas lentamente afundam, seria isso um indício de que o planeta já foi muito mais cheio de água em tempos longínquos? Essas são questões fascinantes para as quais ainda não temos respostas. Adam Schultz, coautor do estudo

    Apesar dos avanços tecnológicos, especialistas não sabem ao certo quanta água existe sob o fundo do mar e quanto dessa água chega ao manto.

    "Na verdade, não sabemos realmente quanta água existe na Terra", disse um outro especialista envolvido no estudo, o oceanógrafo Gary Egbert. "Existem alguns indícios de que haveria muitas vezes mais água sob o fundo do mar do que em todos os oceanos do mundo combinados."

    Segundo o pesquisador, o novo estudo pode ajudar a esclarecer essas questões.

    A presença de água no interior da Terra teria muitas possíveis implicações.

    A água interage com minerais de formas diferentes em profundidades diferentes. Pequenas quantidades de água podem mudar as propriedades físicas das rochas, alterar a viscosidade de materiais presentes no manto, auxiliar na formação de colunas de rocha quente e, finalmente, afetar o que acontece na superfície do planeta.

    E se a condutividade revelada pelo estudo for mesmo resultado da presença de água, o próximo passo seria explicar como ela chegou lá.

    "Se a água não estiver sendo empurrada para baixo pelas placas, seria ela primordial? (Estaria) lá embaixo há bilhões de anos?", pergunta Schultz.

    "E se foi levada para baixo à medida que as placas lentamente afundam, seria isso um indício de que o planeta já foi muito mais cheio de água em tempos longínquos? Essas são questões fascinantes para as quais ainda não temos respostas".

    Os cientistas esperam, no futuro, poder dizer quanta água estaria presente no manto, presa entre as rochas.

    Este estudo teve o apoio da Nasa, a agência espacial americana. 
    • Atlântico tem maior número de furacões em mil anos
      Por: Terra

      Uma pesquisa da Universidade Penn State, dos Estados Unidos, sugere que os furacões são mais frequentes atualmente no Oceano Atlântico do que em qualquer outra época dos últimos mil anos.

      No estudo, publicado na revista Nature, os pesquisadores examinaram camadas de sedimento criadas por furacões que cruzaram a costa na América do Norte e Caribe.

      O registro sugere que a atividade dos furacões atualmente é incomum, mas pode ter sido ainda mais alta mil anos atrás. A possível influência da mudança climática do planeta na ocorrência de furacões tem sido um assunto polêmico atualmente.

      Para o líder do estudo, Michael Mann, apesar de a pesquisa não esclarecer isso, acrescenta mais uma peça muito útil ao quebra-cabeças.

      "(A ocorrência de furacões) tem sido debatida acaloradamente e várias equipes já usaram modelos diferentes, criados por computador, e apresentaram respostas diferentes", disse o cientista à BBC. "Eu diria que este estudo apresenta alguns dados paleoclimáticos úteis."

      Lagoas

      Furacões atingem o continente com ventos que podem chegar a 300 km/h, fortes o bastante para recolher areia e terra da costa e levar para o continente.

      Em locais onde há uma lagoa próxima da praia, isto faz com que o material da praia seja depositado na lagoa, onde forma uma camada no sedimento.

      Os pesquisadores estudaram oito lagoas perto de praias onde os furacões do Atlântico passam, sete delas, nos Estados Unidos e uma em Porto Rico. A equipe de cientistas acredita que, com o tempo, o número de furacões que passa por estes locais é semelhante ao total de furacões que se forma. Por isso, a análise destas regiões forneceria um registro de como a frequência dos furacões mudou durante os séculos.

      Os níveis atuais da frequência de furacões são iguais ou superados apenas pelos registrados durante uma anomalia ocorrida na Idade Média, também conhecida como Período Medieval Quente, há mil anos.

      Água aquecida

      A equipe de Michael Mann usou também um modelo por computador para análise de formação de furacões, já existente, para estimar este tipo de atividade durante 1,5 mil anos.

      O modelo inclui fatores que se sabe que são importantes na formação de furacões, como a temperatura da superfície da água na área tropical do Atlântico e o ciclo dos fenômenos El Niño/La Niña no leste do Oceano Pacífico.

      De acordo com Mann, esta análise sugere que a atividade de furacões chegou ao máximo há mil anos e os atuais níveis altos não são produzidos por circunstâncias idênticas.

      Mil anos atrás, segundo o pesquisador, um período extenso do fenômeno La Niña no Pacífico, que ajuda na formação de furacões, coincidiu com um período de águas relativamente quentes no Atlântico.

      Atualmente, o alto número de furacões se deve simplesmente ao aquecimento das águas no Atlântico, algo que deve aumentar nas próximas décadas.

      "Mesmo com os níveis de atividade parecidos (entre mil anos atrás e agora), os fatores que levaram a isto são diferentes", disse Mann.

      "A implicação é que se tudo mais é equivalente, e não sabemos a respeito do El Niño, então o aquecimento na área tropical do Atlântico deve levar ao aumento dos níveis de atividade de ciclone nesta área", afirmou. 


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      Roberto Santos

       

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