ONU elogia ação da China sobre clima
País que mais emite gases-estufa, a China ganhou ontem rasgado elogio do homem da ONU para assuntos climáticos.
"A China é hoje líder mundial na limitação às emissões dos gases-estufa", afirmou o holandês Yvo de Boer na abertura da última reunião preparatória para a conferência do clima de Copenhague.
Fonte: Folha SP
País que mais emite gases-estufa, a China ganhou ontem rasgado elogio do homem da ONU para assuntos climáticos.
"A China é hoje líder mundial na limitação às emissões dos gases-estufa", afirmou o holandês Yvo de Boer na abertura da última reunião preparatória para a conferência do clima de Copenhague.
China ganhou ontem rasgado elogio do homem da ONU para assuntos climáticos
O representante americano no encontro de Barcelona não discordou, mas emendou uma canelada nos anfitriões. "A visão de que os EUA não estão se esforçando não é correta. Estamos fazendo mais do que a União Europeia", disse Jonathan Pershing.
Os europeus jogaram no mesmo campo, embora com mais sutileza. "Outros países desenvolvidos deveriam demonstrar sua liderança", declarou o sueco Andreas Carlgren, ministro do Ambiente.
Os EUA não se comprometeram até agora com nenhum número nos dois assuntos que mais importam na discussão diplomática: quanto vão cortar nas emissões de gases até 2020 (prazo final utilizado nas negociações atuais) e quanto dinheiro colocarão para financiar ações contra o aquecimento global.
Tanto o chefe da ONU quanto o representante americano fizeram questão de dizer que veem grandes diferenças entre a situação dos EUA agora e a que o país tinha em 1997, quando foi assinado o Protocolo de Kyoto, primeiro tratado global do clima.
Na época de Kyoto, a Casa Branca, então comandada por Bill Clinton, não tinha o apoio necessário no Congresso. "Havia uma grande desconexão entre a delegação dos EUA e o sentimento no Senado", afirmou De Boer.
A pressão sobre os EUA surgiu também em evento de ONGs brasileiras em Barcelona. "Não se vai resolver o problema se o cara não aparecer [em Copenhague]. E o cara não é o Lula. É o Obama. Ele pode fazer a diferença, e não está fazendo", disse Paulo Adário, do Greenpeace.
Brasil pode cortar 35% de CO2, diz estudo
Fonte: Folha SP
O Brasil pode cortar 35% de suas emissões de gases-estufa em relação à trajetória atual até 2020. É o que indica um estudo preliminar, que será apresentado hoje em Brasília ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao qual a Folha teve acesso.
O cálculo foi feito a pedido do Ministério da Ciência e Tecnologia pela Rede Clima, um grupo ligado à pasta que reúne pesquisadores do país inteiro.
Ele embasa em parte a proposta do ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) de cortar até 40% das emissões do país em relação ao cenário tendencial.
Lula deve definir hoje a meta de desvio da trajetória de emissões que o Brasil apresentará na conferência do clima de Copenhague, em dezembro.
Há duas opções na mesa. Uma prevê só a redução de 80% no desmate na Amazônia até 2020; isso daria um total de desvio de cerca de 26%, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Minc tem apostado num número mais alto, de 30% a 40%, que preveja reduções em vários setores da economia. Mas enfrenta resistências do Itamaraty e da Ciência e Tecnologia - pasta que discordou do cálculo feito por Minc e pediu a nova estimativa à Rede Clima.
Embora não endosse a proposta de Minc, o estudo mostra como cortar emissões de carbono em seis setores da economia: energia, biocombustíveis, agricultura, reflorestamento, desmatamento no cerrado e desmatamento na Amazônia. No total, seria possível abater de 887 milhões a 1,041 bilhão de toneladas de CO2 até 2020.
Para o setor de agricultura, ele dá inclusive uma estimativa do custo da redução: R$ 40 bilhões em dez anos, a serem empregados em recuperação de 11 milhões de hectares em pastagens, entre outras ações.
"É uma estimativa preliminar, que mostra que o Brasil tem potencial de redução em vários setores", disse o climatologista Carlos Nobre, do Inpe, coordenador da Rede Clima.
Só com a expansão dos biocombustíveis, avalia o estudo, há potencial de evitar a emissão de até 50 milhões de toneladas de CO2 por ano.
Reduzindo o desmatamento no cerrado, o país poderia poupar outros 121 milhões de toneladas de gás carbônico por ano, indicam projeções de Mercedes Bustamante (Universidade de Brasília) e Laerte Ferreira (Universidade Federal de Goiás). Isso considerando uma redução de 80% na taxa de desmatamento nos 18% da área total do bioma (ou 360 mil quilômetros quadrados, o equivalente a uma Alemanha) que ainda estão disponíveis para a expansão da agropecuária.
Pressão
Em Barcelona, onde começou ontem a última reunião diplomática preparatória para Copenhague, as ONGs pressionaram o governo brasileiro por conta da reunião de hoje, que deve definir a meta.
"É uma oportunidade para o presidente Lula entrar para a história como herói ou vilão", afirmou Gaines Campbell, da Vitae Civilis. "Se o Brasil recuar, outros farão o mesmo."
Paulo Adário, do Greenpeace, fez referência às propostas em discussão no Congresso e no governo para enfraquecer o Código Florestal, anistiando o desmatamento -ao mesmo tempo em que o país se prepara para assumir um compromisso internacional de reduzi-lo.
"Lula precisa mostrar não só liderança externa como também interna", afirmou.
Lula decide hoje sobre proposta brasileira na Conferência do Clima
O governo brasileiro deve decidir nesta terça-feira quanto o país está disposto a reduzir das emissões nacionais de gases de efeito estufa. O número será apresentado pela delegação brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague, dentro de pouco mais de um mês.
A primeira reunião, em meados de outubro, terminou sem consenso após apresentação de três propostas, uma do Ministério do Meio Ambiente, uma do Ministério de Ciência e Tecnologia e outra do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que os textos fossem agrupados e agora deve bater o martelo sobre a posição brasileira na COP-15.
O único ponto definido até agora é o objetivo de reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020. O Ministério do Meio Ambiente defende redução de 40% das emissões até 2020. Os ministérios da Ciência e Tecnologia e das Relações Exteriores --encarregado da negociação diplomática-- têm ressalvas a compromissos mais ousados sem que haja contrapartida à altura por parte dos países desenvolvidos.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc considera um cenário de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) de 4% ao ano. A pedido da ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, Minc deve apresentar duas opções com crescimento de 5% e 6%. No entanto, quanto maior o PIB, maiores as emissões, o que deve exigir esforços maiores de setores como energia e indústria para garantir queda na ordem de 40%.
Organizações ambientalistas e da sociedade civil e até empresários têm pressionado o governo para que o Brasil leve uma proposta ambiciosa a Copenhague para pressionar países ricos a assumirem compromissos maiores.
Na conferência, os 192 países membros da ONU (Organização das Nações Unidas) terão que chegar a um consenso sobre o novo acordo global para complementar o Protocolo de Quioto pós-2012. A negociação --que anda travada-- é para ampliar metas obrigatórias para os países ricos, incluir os Estados Unidos no regime de controle de emissões de gases estufa e definir compromissos mais efetivos para grandes emissores em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia.
Além de Minc e Dilma, participam da reunião com o presidente Lula os ministros da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e das Relações Exteriores, Celso Amorim, e representantes do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.
O que nos faz humanos? Uma resposta em dez argumentos
Fonte: Folha SP
O governo brasileiro deve decidir nesta terça-feira quanto o país está disposto a reduzir das emissões nacionais de gases de efeito estufa. O número será apresentado pela delegação brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague, dentro de pouco mais de um mês.
A primeira reunião, em meados de outubro, terminou sem consenso após apresentação de três propostas, uma do Ministério do Meio Ambiente, uma do Ministério de Ciência e Tecnologia e outra do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que os textos fossem agrupados e agora deve bater o martelo sobre a posição brasileira na COP-15.
O único ponto definido até agora é o objetivo de reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020. O Ministério do Meio Ambiente defende redução de 40% das emissões até 2020. Os ministérios da Ciência e Tecnologia e das Relações Exteriores --encarregado da negociação diplomática-- têm ressalvas a compromissos mais ousados sem que haja contrapartida à altura por parte dos países desenvolvidos.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc considera um cenário de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) de 4% ao ano. A pedido da ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, Minc deve apresentar duas opções com crescimento de 5% e 6%. No entanto, quanto maior o PIB, maiores as emissões, o que deve exigir esforços maiores de setores como energia e indústria para garantir queda na ordem de 40%.
Organizações ambientalistas e da sociedade civil e até empresários têm pressionado o governo para que o Brasil leve uma proposta ambiciosa a Copenhague para pressionar países ricos a assumirem compromissos maiores.
Na conferência, os 192 países membros da ONU (Organização das Nações Unidas) terão que chegar a um consenso sobre o novo acordo global para complementar o Protocolo de Quioto pós-2012. A negociação --que anda travada-- é para ampliar metas obrigatórias para os países ricos, incluir os Estados Unidos no regime de controle de emissões de gases estufa e definir compromissos mais efetivos para grandes emissores em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia.
Além de Minc e Dilma, participam da reunião com o presidente Lula os ministros da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e das Relações Exteriores, Celso Amorim, e representantes do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.
O que nos faz humanos? Uma resposta em dez argumentos
Fonte: Portal Terra
Na natureza e no universo, são inúmeros os mistérios que intrigam o homem - e, entre eles, a própria especificidade da espécie humana em relação aos outros seres e elementos naturais é um dos maiores. O que é que nos torna únicos e especiais em meio a tantos fenômenos complexos e intrigantes como plantas e animais? A revista LiveScience elaborou uma lista com 10 importantes características que tornam o homo sapiens um ser tão especial - um ser humano.
Vida depois dos filhos
Enquanto que, na maioria das espécies, as fêmeas se reproduzem durante toda vida até a morte, as mulheres vivem muito depois que param de gerar filhos. Alguns cientistas creditam isso à importância dos laços sociais e afetivos na educação da prole.
Vida depois dos filhos
Enquanto que, na maioria das espécies, as fêmeas se reproduzem durante toda vida até a morte, as mulheres vivem muito depois que param de gerar filhos. Alguns cientistas creditam isso à importância dos laços sociais e afetivos na educação da prole.
A longa infância
Humanos permanecem crianças e dependentes da guarda dos pais por muito mais tempo que os outros primatas. Para evolucionistas, isso poderia parecer uma desvantagem, mas a resposta pode ser o tempo que o nosso cérebro, por possuir um grande potencial de desenvolvimento, necessita para crescer - e aprender.
Enrubescer
Até onde sabemos, os humanos são os únicos a ficar vermelhos de vergonha, comportamento que Darwin já considerava "a mais peculiar e mais humana de todas as expressões". Não se sabe ainda ao certo por que enrubescemos, mas cogita-se que essa habilidade de mostrar sentimentos à revelia de nossa vontade nos ajudaria a sermos honestos e a convivermos em grupo.
Humanos permanecem crianças e dependentes da guarda dos pais por muito mais tempo que os outros primatas. Para evolucionistas, isso poderia parecer uma desvantagem, mas a resposta pode ser o tempo que o nosso cérebro, por possuir um grande potencial de desenvolvimento, necessita para crescer - e aprender.
Enrubescer
Até onde sabemos, os humanos são os únicos a ficar vermelhos de vergonha, comportamento que Darwin já considerava "a mais peculiar e mais humana de todas as expressões". Não se sabe ainda ao certo por que enrubescemos, mas cogita-se que essa habilidade de mostrar sentimentos à revelia de nossa vontade nos ajudaria a sermos honestos e a convivermos em grupo.
Fogo
A habilidade de controlar o fogo deve ter dado aos nossos ancestrais a chance de iluminar a noite e, com ela, de mover-se na escuridão e ainda de afugentar predadores noturnos. Além disso, o calor das chamas - que ajuda a aguentar baixas temperaturas - nos permite cozinhar, ou seja, preparar alimentos que, aquecidos, são de mais fácil digestão.
A habilidade de controlar o fogo deve ter dado aos nossos ancestrais a chance de iluminar a noite e, com ela, de mover-se na escuridão e ainda de afugentar predadores noturnos. Além disso, o calor das chamas - que ajuda a aguentar baixas temperaturas - nos permite cozinhar, ou seja, preparar alimentos que, aquecidos, são de mais fácil digestão.
A vestimenta
Humanos podem ser chamados de "macacos nus", mas a grande maioria de nós, atualmente, usa roupas e outros utensílios - um fato absolutamente único no reino animal.
Humanos podem ser chamados de "macacos nus", mas a grande maioria de nós, atualmente, usa roupas e outros utensílios - um fato absolutamente único no reino animal.
A fala
Nos humanos, a laringe (ou caixa vocálica) localiza-se mais abaixo que em outros primatas, configurando um dentre inúmeros fatos que possibilitaram o desenvolvimento da fala. Nossos ancestrais desenvolveram a laringe há aproximadamente 350 mil anos. Deles, também herdamos o osso hioide (em forma de ferradura, localizado abaixo de nossa língua e único por não ser ligado a outros ossos do corpo) que nos permite articular palavras quando falamos.
Mãos
Humanos não são os únicos animais que possuem polegares opositores (a maioria dos primatas os possuem, e, além disso, muitos macacos têm polegares opositores nos pés). Singularmente humana é, sim, a agilidade do nosso polegar para se mexer pela mão e alcançar todos os outros dedos, o que nos possibilita grande agilidade e precisão no manuseio de objetos.
Nos humanos, a laringe (ou caixa vocálica) localiza-se mais abaixo que em outros primatas, configurando um dentre inúmeros fatos que possibilitaram o desenvolvimento da fala. Nossos ancestrais desenvolveram a laringe há aproximadamente 350 mil anos. Deles, também herdamos o osso hioide (em forma de ferradura, localizado abaixo de nossa língua e único por não ser ligado a outros ossos do corpo) que nos permite articular palavras quando falamos.
Mãos
Humanos não são os únicos animais que possuem polegares opositores (a maioria dos primatas os possuem, e, além disso, muitos macacos têm polegares opositores nos pés). Singularmente humana é, sim, a agilidade do nosso polegar para se mexer pela mão e alcançar todos os outros dedos, o que nos possibilita grande agilidade e precisão no manuseio de objetos.
Pele nua
Comparados aos nossos parentes primatas, parecemos impressionantemente nus. Mas, na verdade, quando medimos a presença de folículos capilares presentes por cm² em homens e macacos, descobre-se que a quantidade é praticamente a mesma. A diferença que é o pelo dos humanos é mais leve, fino, claro e curto.
Comparados aos nossos parentes primatas, parecemos impressionantemente nus. Mas, na verdade, quando medimos a presença de folículos capilares presentes por cm² em homens e macacos, descobre-se que a quantidade é praticamente a mesma. A diferença que é o pelo dos humanos é mais leve, fino, claro e curto.
A postura ereta
Entre os primatas, os humanos são os únicos a andarem predominantemente com a coluna ereta, libertando nossas mãos para outras atividades. Infelizmente, as mudanças causadas em nossa pélvis pela postura ereta - ainda combinadas com o tamanho especialmente grande do crânio dos recém-nascidos - tornam o nascimento de humanos mais perigoso que o de outros animais. Há cem anos, os partos eram uma das principais causas de morte entre as mulheres. A curva lombar nas nossas costas - que nos ajuda a andar e manter equilíbrio - também nos deixa vulneráveis para dores e lesões.
Entre os primatas, os humanos são os únicos a andarem predominantemente com a coluna ereta, libertando nossas mãos para outras atividades. Infelizmente, as mudanças causadas em nossa pélvis pela postura ereta - ainda combinadas com o tamanho especialmente grande do crânio dos recém-nascidos - tornam o nascimento de humanos mais perigoso que o de outros animais. Há cem anos, os partos eram uma das principais causas de morte entre as mulheres. A curva lombar nas nossas costas - que nos ajuda a andar e manter equilíbrio - também nos deixa vulneráveis para dores e lesões.
Cérebros extraordinários
Pré-sal pode tirar Brasil do rumo certo, diz Lester Brown
Sem dúvida, a idiossincrasia que mais nos distingue do resto do reino animal é nosso cérebro. Nós não temos nem o maior cérebro (o maior deles pertence à baleia cachalote), nem temos o maior cérebro proporcionalmente ao nosso corpo (o cérebro pesa 2,5% do nosso total, enquanto que alguns pássaros têm cérebros responsáveis por até 8% do peso da massa corporal). Mas o cérebro humano, pesando aproximadamente 1,4 kg em adultos, nos dá a capacidade de raciocinar e pensar muito além dos outros animais, gerando legados como os de Mozart, Einstein e muitos outros gênios.
Pré-sal pode tirar Brasil do rumo certo, diz Lester Brown
Fonte: O Estado de S. Paulo
O americano Lester Brown, um dos principais pensadores da chamada economia ecológica, é um homem de fala mansa e semblante sério. E gosta de dar conselhos. Para o Brasil, onde esteve na semana passada para divulgar seu novo livro, Plano B 4.0 - Mobilização para Salvar a Civilização, o recado foi claro.
O País não deve se perder nas brumas das promessas do petróleo do pré-sal e manter firme sua aposta nas energias renováveis, opção que deve ganhar peso depois da Cúpula do Clima de Copenhague, em dezembro."Encontrar mais petróleo agora pode ser um indicador de progresso. Mas, até conseguir tirá-lo do fundo do mar, talvez ele já faça parte da história."
Fundador do Worldwatch Institute (WWI), em 1974, e atual presidente do Earth Policy Institute, entidade de pesquisas interdisciplinares com sede em Washington, Brown deu a seguinte entrevista ao Estado.
Qual é o plano B para a humanidade?
A razão para pensarmos em um "plano B" é que o "plano A", o business as usual, não está funcionando muito bem. Se continuarmos no mesmo caminho econômico, o destino será o colapso climático. Isso porque, com o objetivo dar sustentação à atividade econômica, estamos destruindo os sistemas naturais. Para manter a agricultura, estamos destruindo as florestas; as savanas, levando os solos à erosão. Estamos colocando os oceanos em colapso, acabando com os estoques pesqueiros, e por aí vai. O "plano B" é uma resposta a essa situação, uma oportunidade para que o mundo reconheça o colapso que vem sustentando a civilização.
E quais seriam os ingredientes desse plano B?
Ele é feito de quatro propostas: estabilizar a população; estabilizar o clima; erradicar a pobreza e restaurar os sistemas naturais que dão suporte à economia: as florestas, os solos, a biodiversidade, as reservas de água. É um plano ambicioso, mas temos que nos movimentar rápido. Em vez de perguntar aos líderes políticos se eles vão reduzir as emissões de carbono, temos que perguntar em que percentual e com que agilidade eles o farão. Em vez de dizer que os países ricos devem cortar suas emissões de gases estufa em 80% até 2050, o que é muita coisa, vai ser preciso uma movimentação de guerra para fazer com que isso aconteça na velocidade necessária.
Então o sr. parte do pressuposto de que os países assumirão metas mais agressivas de redução do CO2?
A questão central não é o quanto difícil será fazê-lo, e sim o quão difícil as coisas se tornarão se não fizermos nada. Eu me refiro aos níveis do mar, por exemplo. Os últimos estudos a que tivemos acesso mostra que o nível dos oceanos pode subir dois metros. Imagine o impacto disso. Estamos criando um mundo que não vamos reconhecer mais.
E os custos da adaptação às mudanças climáticas serão gigantescos.
Sim. Pense na agricultura, por exemplo. A agricultura que conhecemos hoje é baseada na estabilidade climática. Basicamente, ela é pensada para maximizar sua produção dentro do atual sistema climático. Se ele mudar, a agricultura mudará de uma forma sem precedentes. Essa é uma ameaça muito real. Então temos que acordar e agir a tempo para responder a esses desafios, ou então chegaremos ao ponto sem retorno. A natureza é a senhora do tempo, mas não podemos ver o relógio. Não sabemos quanto tempo nos resta, na prática, para reduzir as emissões de CO2.
O sr. acredita que estamos perto do ponto sem retorno?
Penso que estamos perigosamente perto. E muitos, muitos cientistas do clima pensam que estamos perigosamente perto. Se o nível do mar subir sete metros, teremos que redesenhar o mapa do mundo. O Brasil, por exemplo, seria um país muito menor do que é atualmente. Imensas porções da Amazônia teriam de ser convertidas em agricultura. Praias como Ipanema podem desaparecer.
Em seu livro, o sr. sugere uma revolução tributária com o objetivo de colocar um preço sobre o carbono. Qual seria o caminho? É um cenário realista para o pós-Copenhague?
O problema é que o mercado não diz a verdade. O mercado incorpora os custos de produção de uma mina de carvão, por exemplo, e os custos de transportar e queimar esse carvão. Mas não incorpora os custos da mudança climática causada por esse carvão. O mercado incorpora os custos de bombear petróleo, levá-lo à refinaria, depois ao posto de gasolina. Mas não inclui os custos da poluição causada pela gasolina e o efeito disso para o aquecimento global. Não podemos confiar no mercado para ter acesso a esse tipo de informação.
Então se o mercado não mudar, nada muda?
Sir Nicholas Stern, ex-economista chefe do Banco Mundial, fez, a pedido do governo britânico, uma análise dos custos para o mundo das mudanças climáticas, documento que ficou conhecido como Relatório Stern. Lá ele descreveu a mudança climática como uma grande falha do mercado. E como o mercado falhou ao não incorporar esses custos da mudança climática na gasolina, na eletricidade gerada a partir de carvão. Então a chave agora é obrigar o mercado a nos dizer a verdade. Nos Estados Unidos, por exemplo, em vez de a gasolina custar US$ 3 o galão, custaria US$ 12 se incorporasse esses custos. Custaria muito mais caro, mas seria o preço honesto.
Dessa forma, o preço dos combustíveis passaria a incorporar os custos que eles trazem no longo prazo? Poluição, danos à saúde pública. Estamos no caminho para que isso ocorra? Não é impopular?
Sim, estamos no caminho. Se você perguntar aos economistas o que seria mais eficaz para reduzir as emissões, se um sistema de captura e comércio de emissões (cap and trade) ou se uma reestruturação nos impostos, 95% deles provavelmente diriam que é a mudança nos impostos. Porque é mais fácil de entender, mais transparente, todos saberão exatamente o preço sobre o carbono. E isso vai permitir uma mudança de comportamento, em resposta ao alto preço dos combustíveis fósseis. Isso significa, entre outras coisas, banir a construção de usinas a carvão, e nos voltaremos à energia solar, eólica e geotérmica, em grande escala.
Como estabilizar a população?
O que precisamos entender é o significado de crescimento exponencial, e a relação entre o número de pessoas que habitam o planeta e suas necessidades por água, terra, recursos naturais. Acho que não estamos entendendo bem essa equação. Metade da população do mundo hoje vive em países onde as reservas subterrâneas de água estão sendo bombeadas além da conta, os aquíferos estão baixando. E 80 milhões de pessoas são adicionadas à população diariamente, justamente nos países onde os solos estão em processo avançado de erosão, os aquíferos estão baixando, o que torna a situação ainda pior. Então, controle populacional é um fator chave, especialmente nos Estados não democráticos, como Somália e Afeganistão, onde o acesso à educação é precário.
O sr. é um dos pioneiros em tecer uma relação entre economia e ecologia. Nós estamos sendo hábeis em conectar as duas coisas?
Estamos começando a fazê-lo. Temos nomes emergindo, como o já citado Nicholas Stern, que olhou economicamente a questão da mudança climática e disse "olha, temos problemas". Uma das dificuldades é que os indicadores que usamos, que os governos usam na suas decisões, quase todos são indicadores econômicos. Todos os dias, todos os meses, recebemos dados sobre investimentos, emprego, produção, etc, e as decisões são tomadas. Mas nós não temos algo similar a respeito de erosão dos solos, as espécies que estão disaparecendo, ou sobre o que está ocorrendo com os aquíferos ao redor do mundo. Esses dados não estão disponíveis, e são muito mais importantes para o futuro da civilização. A exceção é a concentração de CO2 na atmosfera, temos essa informação diariamente. Então, a mentalidade ainda é governada pela economia. Mesmo na administração Obama. Eles ainda pensam só em termos econômicos, e nós precisamos de um modelo muito mais sofisticado.
Recentemente o governo brasileiro está bastante entusiasmado com as descobertas de petróleo na camada do pré-sal. Como o sr. vê isso? Um país reconhecido por uma matriz renovável mas que pretende explorar mais óleo no futuro. Não soa contraditório, no atual momento?
Descobrir petróleo, para um país, soa como um símbolo do sucesso. No caso do pré-sal, não será fácil tirá-lo do fundo do mar, será um processo custoso e dispendioso em energia. Além disso, com o tempo, o petróleo estará saindo de cena, será parte da história. Outro ponto a ser observado é a eletrificação dos sistemas de transporte, com mais veículos híbridos e elétricos entrando em cena. E a matriz renovável já está verificando um grande salto, a China está dobrando sua produção de energia a partir de fontes limpas. A Europa está montando um consórcio de empresas, como Munich Re, Deustche Bank, Siemens e ABB, que estão desenvolvendo uma usina de geração solar de grandes proporções no Norte da África. A luz do sol que atinge a Terra naquele ponto durante uma única hora é suficiente para fornecer energia para toda a economia global, por um ano.
E os negócios? As empresas estão realmente fazendo mudanças em seus modos de fazer negócios para alcançar a sustentabilidade?
Há algumas companhias que estão realmente planejando se tornar neutras em emissões de carbono, muito poucas. O obstáculo é que as indústrias vivem pelo mercado, num ambiente de mercado, e usam suas regras. Mas o varejo dá informação ruim aos consumidores. O mercado nos diz que combustíveis fósseis são baratos, mas na realidade eles são caros. Então, para que as indústrias se tornem de fato sustentáveis e para que a economia se torne sustentável, temos que fazer com que o mercado nos diga a verdade. E o modo de fazer isso é calcular o real preço da energia fóssil e incorporar esses custos.
Vivemos em um padrão de produção e consumo claramente insustentável. A era do descartável, da obsolescência programada. O sr. acha que iremos em algum momento sobrepor esse paradigma?
Estamos começando a mudar, mas a questão é: podemos mudar na velocidade necessária? Estamos em uma corrida entre pontos de inflexão, no campo político e natural. Podemos cortar as emissões rápido o suficiente para salvar as geleiras e o Himalaia? Começamos a nos mover nessa direção, mas ainda não na velocidade suficiente.
Como o sr. vê o papel do Brasil nesse cenário?
O Brasil está em uma situação única. Tem a grande riqueza de ter uma matriz onde mais de 40% da energia vem de fontes renováveis. Vocês fizeram a transição primeiro. O Brasil tem vasto litoral, ideal para parques eólicos, reservas de água, sol o ano todo. É o território ideal para uma economia de baixo carbono, e se mantiverem nesse caminho, atrairão muitos investimentos.
O País não deve se perder nas brumas das promessas do petróleo do pré-sal e manter firme sua aposta nas energias renováveis, opção que deve ganhar peso depois da Cúpula do Clima de Copenhague, em dezembro."Encontrar mais petróleo agora pode ser um indicador de progresso. Mas, até conseguir tirá-lo do fundo do mar, talvez ele já faça parte da história."
Fundador do Worldwatch Institute (WWI), em 1974, e atual presidente do Earth Policy Institute, entidade de pesquisas interdisciplinares com sede em Washington, Brown deu a seguinte entrevista ao Estado.
Qual é o plano B para a humanidade?
A razão para pensarmos em um "plano B" é que o "plano A", o business as usual, não está funcionando muito bem. Se continuarmos no mesmo caminho econômico, o destino será o colapso climático. Isso porque, com o objetivo dar sustentação à atividade econômica, estamos destruindo os sistemas naturais. Para manter a agricultura, estamos destruindo as florestas; as savanas, levando os solos à erosão. Estamos colocando os oceanos em colapso, acabando com os estoques pesqueiros, e por aí vai. O "plano B" é uma resposta a essa situação, uma oportunidade para que o mundo reconheça o colapso que vem sustentando a civilização.
E quais seriam os ingredientes desse plano B?
Ele é feito de quatro propostas: estabilizar a população; estabilizar o clima; erradicar a pobreza e restaurar os sistemas naturais que dão suporte à economia: as florestas, os solos, a biodiversidade, as reservas de água. É um plano ambicioso, mas temos que nos movimentar rápido. Em vez de perguntar aos líderes políticos se eles vão reduzir as emissões de carbono, temos que perguntar em que percentual e com que agilidade eles o farão. Em vez de dizer que os países ricos devem cortar suas emissões de gases estufa em 80% até 2050, o que é muita coisa, vai ser preciso uma movimentação de guerra para fazer com que isso aconteça na velocidade necessária.
Então o sr. parte do pressuposto de que os países assumirão metas mais agressivas de redução do CO2?
A questão central não é o quanto difícil será fazê-lo, e sim o quão difícil as coisas se tornarão se não fizermos nada. Eu me refiro aos níveis do mar, por exemplo. Os últimos estudos a que tivemos acesso mostra que o nível dos oceanos pode subir dois metros. Imagine o impacto disso. Estamos criando um mundo que não vamos reconhecer mais.
E os custos da adaptação às mudanças climáticas serão gigantescos.
Sim. Pense na agricultura, por exemplo. A agricultura que conhecemos hoje é baseada na estabilidade climática. Basicamente, ela é pensada para maximizar sua produção dentro do atual sistema climático. Se ele mudar, a agricultura mudará de uma forma sem precedentes. Essa é uma ameaça muito real. Então temos que acordar e agir a tempo para responder a esses desafios, ou então chegaremos ao ponto sem retorno. A natureza é a senhora do tempo, mas não podemos ver o relógio. Não sabemos quanto tempo nos resta, na prática, para reduzir as emissões de CO2.
O sr. acredita que estamos perto do ponto sem retorno?
Penso que estamos perigosamente perto. E muitos, muitos cientistas do clima pensam que estamos perigosamente perto. Se o nível do mar subir sete metros, teremos que redesenhar o mapa do mundo. O Brasil, por exemplo, seria um país muito menor do que é atualmente. Imensas porções da Amazônia teriam de ser convertidas em agricultura. Praias como Ipanema podem desaparecer.
Em seu livro, o sr. sugere uma revolução tributária com o objetivo de colocar um preço sobre o carbono. Qual seria o caminho? É um cenário realista para o pós-Copenhague?
O problema é que o mercado não diz a verdade. O mercado incorpora os custos de produção de uma mina de carvão, por exemplo, e os custos de transportar e queimar esse carvão. Mas não incorpora os custos da mudança climática causada por esse carvão. O mercado incorpora os custos de bombear petróleo, levá-lo à refinaria, depois ao posto de gasolina. Mas não inclui os custos da poluição causada pela gasolina e o efeito disso para o aquecimento global. Não podemos confiar no mercado para ter acesso a esse tipo de informação.
Então se o mercado não mudar, nada muda?
Sir Nicholas Stern, ex-economista chefe do Banco Mundial, fez, a pedido do governo britânico, uma análise dos custos para o mundo das mudanças climáticas, documento que ficou conhecido como Relatório Stern. Lá ele descreveu a mudança climática como uma grande falha do mercado. E como o mercado falhou ao não incorporar esses custos da mudança climática na gasolina, na eletricidade gerada a partir de carvão. Então a chave agora é obrigar o mercado a nos dizer a verdade. Nos Estados Unidos, por exemplo, em vez de a gasolina custar US$ 3 o galão, custaria US$ 12 se incorporasse esses custos. Custaria muito mais caro, mas seria o preço honesto.
Dessa forma, o preço dos combustíveis passaria a incorporar os custos que eles trazem no longo prazo? Poluição, danos à saúde pública. Estamos no caminho para que isso ocorra? Não é impopular?
Sim, estamos no caminho. Se você perguntar aos economistas o que seria mais eficaz para reduzir as emissões, se um sistema de captura e comércio de emissões (cap and trade) ou se uma reestruturação nos impostos, 95% deles provavelmente diriam que é a mudança nos impostos. Porque é mais fácil de entender, mais transparente, todos saberão exatamente o preço sobre o carbono. E isso vai permitir uma mudança de comportamento, em resposta ao alto preço dos combustíveis fósseis. Isso significa, entre outras coisas, banir a construção de usinas a carvão, e nos voltaremos à energia solar, eólica e geotérmica, em grande escala.
Como estabilizar a população?
O que precisamos entender é o significado de crescimento exponencial, e a relação entre o número de pessoas que habitam o planeta e suas necessidades por água, terra, recursos naturais. Acho que não estamos entendendo bem essa equação. Metade da população do mundo hoje vive em países onde as reservas subterrâneas de água estão sendo bombeadas além da conta, os aquíferos estão baixando. E 80 milhões de pessoas são adicionadas à população diariamente, justamente nos países onde os solos estão em processo avançado de erosão, os aquíferos estão baixando, o que torna a situação ainda pior. Então, controle populacional é um fator chave, especialmente nos Estados não democráticos, como Somália e Afeganistão, onde o acesso à educação é precário.
O sr. é um dos pioneiros em tecer uma relação entre economia e ecologia. Nós estamos sendo hábeis em conectar as duas coisas?
Estamos começando a fazê-lo. Temos nomes emergindo, como o já citado Nicholas Stern, que olhou economicamente a questão da mudança climática e disse "olha, temos problemas". Uma das dificuldades é que os indicadores que usamos, que os governos usam na suas decisões, quase todos são indicadores econômicos. Todos os dias, todos os meses, recebemos dados sobre investimentos, emprego, produção, etc, e as decisões são tomadas. Mas nós não temos algo similar a respeito de erosão dos solos, as espécies que estão disaparecendo, ou sobre o que está ocorrendo com os aquíferos ao redor do mundo. Esses dados não estão disponíveis, e são muito mais importantes para o futuro da civilização. A exceção é a concentração de CO2 na atmosfera, temos essa informação diariamente. Então, a mentalidade ainda é governada pela economia. Mesmo na administração Obama. Eles ainda pensam só em termos econômicos, e nós precisamos de um modelo muito mais sofisticado.
Recentemente o governo brasileiro está bastante entusiasmado com as descobertas de petróleo na camada do pré-sal. Como o sr. vê isso? Um país reconhecido por uma matriz renovável mas que pretende explorar mais óleo no futuro. Não soa contraditório, no atual momento?
Descobrir petróleo, para um país, soa como um símbolo do sucesso. No caso do pré-sal, não será fácil tirá-lo do fundo do mar, será um processo custoso e dispendioso em energia. Além disso, com o tempo, o petróleo estará saindo de cena, será parte da história. Outro ponto a ser observado é a eletrificação dos sistemas de transporte, com mais veículos híbridos e elétricos entrando em cena. E a matriz renovável já está verificando um grande salto, a China está dobrando sua produção de energia a partir de fontes limpas. A Europa está montando um consórcio de empresas, como Munich Re, Deustche Bank, Siemens e ABB, que estão desenvolvendo uma usina de geração solar de grandes proporções no Norte da África. A luz do sol que atinge a Terra naquele ponto durante uma única hora é suficiente para fornecer energia para toda a economia global, por um ano.
E os negócios? As empresas estão realmente fazendo mudanças em seus modos de fazer negócios para alcançar a sustentabilidade?
Há algumas companhias que estão realmente planejando se tornar neutras em emissões de carbono, muito poucas. O obstáculo é que as indústrias vivem pelo mercado, num ambiente de mercado, e usam suas regras. Mas o varejo dá informação ruim aos consumidores. O mercado nos diz que combustíveis fósseis são baratos, mas na realidade eles são caros. Então, para que as indústrias se tornem de fato sustentáveis e para que a economia se torne sustentável, temos que fazer com que o mercado nos diga a verdade. E o modo de fazer isso é calcular o real preço da energia fóssil e incorporar esses custos.
Vivemos em um padrão de produção e consumo claramente insustentável. A era do descartável, da obsolescência programada. O sr. acha que iremos em algum momento sobrepor esse paradigma?
Estamos começando a mudar, mas a questão é: podemos mudar na velocidade necessária? Estamos em uma corrida entre pontos de inflexão, no campo político e natural. Podemos cortar as emissões rápido o suficiente para salvar as geleiras e o Himalaia? Começamos a nos mover nessa direção, mas ainda não na velocidade suficiente.
Como o sr. vê o papel do Brasil nesse cenário?
O Brasil está em uma situação única. Tem a grande riqueza de ter uma matriz onde mais de 40% da energia vem de fontes renováveis. Vocês fizeram a transição primeiro. O Brasil tem vasto litoral, ideal para parques eólicos, reservas de água, sol o ano todo. É o território ideal para uma economia de baixo carbono, e se mantiverem nesse caminho, atrairão muitos investimentos.
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