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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Notícias da semana...

Dia da Nacional da Consciência Negra
Fonte: Uol
 
Há mais de 30 anos, o poeta gaúcho Oliveira Silveira sugeriu que se comemorasse em 20 de novembro o Dia Nacional da Consciência Negra, pois essa data era mais significativa para a comunidade negra brasileira do que o 13 de maio.

"Treze de maio traição, liberdade sem asas e fome sem pão", assim definia Silveira o Dia da Abolição da escravatura em um de seus poemas, referindo-se à lei que libertou os escravos, mas sem lhes dar condições de trabalhar e viver com dignidade. Em 2003, o Congresso Brasileiro aprovou uma lei federal criando esse dia. A mesma lei tornou obrigatório nas escolas o estudo sobre história e cultura afro-brasileira. A idéia é ensinar aos alunos de todo o país a história dos povos africanos, a luta dos negros no Brasil e a influência do negro na formação da sociedade nacional.

O dia 20 de novembro é aniversário da morte de Zumbi, grande líder guerreiro do quilombo dos Palmares, assassinado em 1695, há mais de 300 anos. Ele é considerado símbolo da resistência contra a escravidão, por isso, as entidades e organizações não governamentais dos movimentos negros no Brasil definiram esse dia para manter viva a memória dessa figura histórica e sua importância na luta pela libertação dos escravos.

Você sabe o que é um quilombo? A palavra é de origem africana e quer dizer acampamento guerreiro na floresta. Quando os escravos conseguiam fugir, iam para os quilombos escondidos no meio das matas. Palmares, na Serra da Barriga, foi o maior deles todos e, na verdade, era formado por muitos quilombos juntos, com mais de 30 mil habitantes. Para você fazer uma idéia do que isso significa, a cidade de São Paulo, 250 anos mais tarde, teria apenas 25 mil habitantes.

Zumbi nasceu em Palmares, filho e neto de guerreiros de Angola, na África, escravizados e vendidos no Brasil. Com poucos dias de vida, foi seqüestrado e entregue a um padre que o batizou com o nome de Francisco. Aos 15 anos, Francisco que havia aprendido português e latim, fugiu e voltou para o quilombo, onde mudou seu nome para Zumbi que significa "Senhor da Guerra", "Fantasma Imortal" ou "Morto Vivo", no dialeto africano banto. Daí em diante chefiou os negros nos combates contra bandeirantes e capangas dos fazendeiros que queriam escravizá-los novamente. Foi traído e morto numa emboscada aos 40 anos, depois de passar a vida lutando pela liberdade.

A história sempre é escrita pelos vencedores. Assim, no caso de Zumbi e da resistência negra, todos os registros foram apagados pelas pessoas que conservaram o poder ao longo do Império e na República: a elite governante, a quem não convinha a figura de um herói negro nos livros escolares. Nos últimos 30 anos essa atitude vem mudando e procura-se resgatar fatos sobre a influência negra na formação do Brasil.

Hoje em dia, os movimentos sociais escolheram essa data para mostrar o quanto o país está marcado por preconceitos e diferenças sociais. É um dia para todos pensarem na situação do negro, antes escravo e hoje ainda deixado de fora das oportunidades de trabalho e estudo no Brasil.
 
PS: Eu tenho a leve impressão que a Redação do ENEM vai ter o tema voltado às diversidades, preconceitos e essas coisas, visto que a prova roubada tinha essa linha temática... (Ainda creio que o roubo da prova não passou de mais uma farsa da high society interessada em $$, já que a Educação hoje em dia é business e já perdeu faz tempo o interesse em formar pessoas inteligentes e conscientes - lembre-se que quanto mais pessoas ignorantes, mais dinheiro a high society ganha). 
 

O Brasil está envelhecendo
Fonte: Jornal da Universidade - UFRGS 
 
Que o mundo está mais velho é uma realidade. Que o país está envelhecendo rapidamente é uma constatação. Que a longevidade surpreende os “envelhecentes” é uma experiência da contemporaneidade.

A realidade sociodemográfica brasileira, nas últimas constatações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), representa um fator preocupante. Nossa população cresce numa taxa abaixo de 2,5%, e a de idosos, perto de 5%. O aumento da longevidade tem sido explicado pelo controle da natalidade, pela erradicação de doenças transmissíveis, pelo aperfeiçoamento nos cuidados da nutrição e da saúde.

A expectativa de vida no mundo, que era de 50 anos em 1900, passou para 79 em 2000. Essa é a maior conquista da humanidade no século XX e o grande desafio do século XXI.

O grupo de idosos, em 1992, era de 7,9% da população total; hoje é de aproximadamente 11,5%. Alguns indicadores apontam que em 2050 nosso planeta terá o mesmo número de jovens e de idosos. Essa projeção está a exigir que a sociedade se prepare para esse mundo novo. Torna-se urgente que as políticas públicas oportunizem aos idosos vivências educacionais, para que o país possa transformá-los de fardos para a economia em pessoas integradas à sociedade produtiva.

Envelhecer na sociedade tendo vez e voz é mais importante do que envelhecer com saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu que nos países em desenvolvimento um indivíduo é considerado idoso a partir dos 60 anos, enquanto nos países desenvolvidos a idade limite é de 65 anos. Mas o envelhecimento não começa de um ponto zero. Vamos envelhecendo na própria experiência de viver, no tempo e no espaço. O envelhecimento e o desenvolvimento são variáveis correlatas.

Na contemporaneidade, a compreensão e a ressignificação da velhice não se restringem a fases, etapas ou estágios. Desenvolvimento humano significa universalidade e continuidade. Essa noção de totalidade deve ter também uma direção
convergente, atribuindo ao “envelhecente” a responsabilidade de entender e administrar seu próprio envelhecimento. Entretanto, demandas socioculturais, como os estereótipos, os preconceitos e as crenças sobre a velhice, encerram riscos e ameaças à adaptação do idoso, exigindo dele grande capacidade de resiliência. A gerontologia vem demonstrando que o envelhecimento é um processo multidisciplinar e multidimensional, no qual ocorre o aumento, a diminuição e a manutenção da capacidade adaptativa.

Em nosso país, o envelhecimento é uma conquista que deve ser celebrada e encarada
com responsabilidade. Espera-se que possam ser atingidas metas convenientes e desejadas, tais como: educação da sociedade civil sobre o envelhecimento individual e social; inclusão, nos cursos de graduação, de disciplina que estude o envelhecimento humano; e formação de profissionais na área de gerontologia.

Percebe-se que a sociedade e as instituições terão de se preparar para um Brasil mais velho, diante dos seguintes pressupostos:

- a questão demográfica é desafiadora para estudos de gerontologia social;

- há a necessidade de informações fundamentadas cientificamente sobre as condições
do curso de vida e sobre as variáveis relativas ao envelhecimento;

- com os novos insights que ocorrem sobre os princípios que regem o comportamento e sobre a dinâmica da vida, ampliou-se o interesse relativo ao envelhecimento humano;

- o envelhecimento envolve avanços que podem ser otimizados se os indivíduos, a universidade e a sociedade forem capazes de oferecer disponibilidade para investir mais recursos na geração de uma cultura e ideologia positivas sobre a velhice;

- a OMS argumenta que os países podem custear o envelhecimento se os governos e a sociedade civil implementarem políticas e programas de Envelhecimento Ativo, que melhorem a saúde, a participação e a segurança das pessoas mais velhas. A hora para planejar e agir é agora;

- é da competência da instituição universitária a tarefa de análise da realidade e das
questões sociais, estabelecendo interação com as organizações sociais, científicas, culturais, políticas e populares.
 
 
ONU sugere controle de natalidade para combater aquecimento
Por: Estadão Online 
 
O combate ao aquecimento global poderia ser ajudado se o crescimento populacional fosse contido com o auxílio de medidas como a distribuição gratuita de preservativos e mais aconselhamento sobre planejamento familiar, recomendou nesta quarta-feira, 18, o Fundo Populacional das Nações Unidas.

A agência da ONU não chega a recomendar aos países que estabeleçam limites ao número de filhos por casal, mas observa que "mulheres com acesso a serviços de saúde reprodutiva têm menor taxa de natalidade, o que contribui para reduzir o ritmo do crescimento dos gases causadores do efeito estufa".

Calcula-se que o mundo possua atualmente 6,7 bilhões de habitantes. Estima-se que a população mundial chegará a 9,2 bilhões de pessoas em 2050, com a maior parte do crescimento concentrada nas regiões menos desenvolvidas, segundo um estudo da ONU com data de 2006.

"Com o crescimento da população mundial, da economia e do consumo além da capacidade da Terra de adaptar-se, as mudanças climáticas poderão se tornar mais extremas e catastróficas", diz o relatório divulgado hoje pelo Fundo Populacional da ONU.

A agência admite não haver provas empíricas de que o controle de natalidade conterá as mudanças climáticas. "As conexões entre população e mudanças climáticas são, na maior parte das vezes, complexas e indiretas", admite o documento.

O texto também observa que não há dúvidas de que as mudanças climáticas em andamento foram causadas pela atividade humana, mas os países em desenvolvimento são responsáveis por uma parcela bem menor das emissões de gases causadores do efeito estufa do que as nações desenvolvidas.

Mesmo assim, numa entrevista coletiva concedida em Londres, a diretora-executiva do Fundo Populacional da ONU, Thoraya Ahmed Obaid, disse nesta quarta-feira que o aquecimento global será catastrófico para os habitantes dos países mais pobres, especialmente para as mulheres. "Estamos agora em um ponto no qual a humanidade encontra-se à beira de um desastre", advertiu.

Caroline Boin, uma analista ouvida pela Associated Press, qualificou o pronunciamento como alarmista. "É necessário um grande exercício imaginativo para acreditar que a distribuição gratuita de camisinhas ajudará a combater o aquecimento global", disse ela.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), por sua vez, divulgou este mês um boletim no qual dois especialistas advertem para os perigos de se relacionar taxa de fertilidade e mudanças climáticas. "Na melhor das hipóteses, (o tema) causa controvérsia e, no pior caso, autoriza a supressão de direitos individuais", escrevem os pesquisadores Diarmid Campbell-Lendrum e Manjula Lusti-Narasimhan. As informações são da Associated Press.
  
 
China emerge após queda do Muro e fim da Guerra Fria 
 Por: Estadão Online 
 
Vinte anos depois da queda do Muro de Berlim, os Estados Unidos assistem à emergência de outro "rival" governado por um Partido Comunista, a China, ironicamente o país que mais se beneficiou da globalização que saiu vencedora da Guerra Fria.

O país asiático já possui muitas das credenciais de superpotência: armas nucleares, assento no Conselho de Segurança da ONU, programa espacial, liderança no quadro de medalhas olímpicas e uma economia que não para de crescer.

Mas à diferença da ex-União Soviética, os americanos têm com a China uma relação de extrema integração e dependência econômica, que torna mais complexo o vínculo entre a atual potência mundial e a que está em ascensão.

Prestes a ultrapassar o Japão e assumir o segundo lugar no ranking das maiores economias do mundo, a China é o principal credor internacional dos EUA, com pelo menos US$ 800 bilhões em títulos do Tesouro americano. Também tem o maior volume de reservas internacionais - US$ 2,27 trilhões -, o que a deixa extremamente vulnerável às oscilações do dólar.

Depois do início da crise econômica global, em setembro, os dois países passaram a protagonizar uma disputa involuntária de "modelos" econômicos e políticos. Com forte presença do Estado na economia e um governo autoritário, a China foi capaz de mobilizar recursos para evitar um colapso do crescimento, que se recuperou rapidamente graças ao pacote de estímulo de US$ 584 bilhões anunciado em novembro.

A debacle dos países ricos acelerou o processo de emergência chinesa e deu aos dirigentes de Pequim confiança suficiente para defender seus interesses na arena global. No início do ano, as autoridades chinesas abandonaram sua tradicional discrição para propor a substituição do dólar como moeda de reserva de valor mundial. Ao mesmo tempo, Pequim dá os primeiros passos para promover o uso internacional de sua própria moeda, realizando acordos de swap cambial com vários países, entre os quais a Argentina.

Fora da esfera econômica, a China ampliou seu poderio militar e exibiu seu novo arsenal no desfile de celebração dos 60 anos da Revolução Comunista, em 1º de outubro. O país já integra o seleto grupo de detentores de armas nucleares e tem assento no Conselho de Segurança da ONU, ao lado de EUA, Rússia, Grã-Bretanha e França. 
 
CORRIDA ESPACIAL

Outro terreno que assiste à ascensão de Pequim é a corrida espacial, que durante anos teve como protagonistas os dois antigos adversários da Guerra Fria. Em 2003, a China transformou-se no terceiro país do mundo a enviar uma missão tripulada ao espaço, depois dos soviéticos e dos americanos. Mais emblemático é o fato de que a China poderá ser o próxima país a despachar um astronauta para a Lua. Se os chineses mantiverem o atual ritmo de desenvolvimento de seu programa espacial, a agência espacial americana acredita que eles poderão aterrissar na Lua em 2017 ou 2018, antes da próxima expedição dos EUA, prevista para 2020.

Apesar das rivalidades, os dois países cooperam em várias áreas e os americanos se esforçam para "engajar" a China em seu mundo. O país asiático integra todos os organismos multilaterais dominados pelas nações ricas, como Banco Mundial, FMI e Organização Mundial do Comércio. Mas também joga segundo suas próprias regras, ao manter relações com países considerados párias pela comunidade internacional - Coreia do Norte e Sudão - e conceder empréstimos generosos sem as exigências relacionadas a direitos humanos e democracia feitas por organismos multilaterais.

Na próxima semana, o presidente Barack Obama fará sua primeira visita à China e o tom será a cooperação. O entendimento entre os dois países é fundamental para uma série de questões globais, entre elas o aquecimento global. Maiores emissores de gases que provocam efeito estufa, China e EUA serão decisivos para o resultado da conferência sobre mudança climática que será realizada no próximo mês.


A geografia da violência
 Por: Estadão Online 
 
Estudo Divulgado em janeiro de 2008, com dados até 2006, faz um mapa da Violência dos Municípios Brasileiro. Reúne os números, município por município e Estado por Estado, de homicídios; taxa de homicídios por 100 mil habitantes; homicídios juvenis; mortes por arma de fogo; e mortes no trânsito.

ONDE SE MATA MAIS

1) zonas de grilagem e devastação; em particular, destacando-se muncipios da Amazônia.

2) zonas de fronteira; cidades que estão em rota de contrabando e pirataria, como Foz do Iguaçu (PR) e Coronel Sapucaia (MS), a número 1 em taxa de homicídios.

3) polos de desenvolvimento local ou regional; Waiselfisz cita quatro exemplos em Pernambuco, Estado onde mora há 30 anos: o polo de agriculgura irrigada de Petrolina; o polo gesseiro de Araripina; o polo de confecções de Santa Cruz do Capibaribe; e o já tradicionalmente violento polígono da maconha. 
 
INTERIORIZAÇÃO

A correlação entre violência e polos de desenvolvimento regional é expressão de um fenômeno relativamente recente: a interiorização da violência. Até metade dos anos 90, os polos dinâmicos da violência se concentravam nas grandes cidades. A partir de 1999, começa um processo de estagnação nas capitais, e a violência segue crescendo no interior. São duas as razões: maior investimento em segurança nas regiões metropolitanas e o aparecimento de polos de atração econômica no interior. Uma terceira razão não explica o fenômeno, mas causa impacto nos números: com o surgimento de novos institutos médicos legais e a ampliação da rede básica de saúde, a violência nos grotões entrou no radar do Estado. 
 
LITORAL

O mapa também expõe uma alta vulnerabilidade em boa parte da faixa litorânea. Além da violência conhecida em grandes regiões metropolitanas estabelecidas no litoral. 
 
HOMICÍDIOS EM QUEDA

Na conta geral, o número de homicídios no País caiu de 50.980 em 2003 para 46.660 em 2006. É uma queda de 8,5%, creditaDA em parte à campanha pelo desarmamento e em parte a políticas de segurança em cidades de maior peso demográfico. Caso mais conhecido é o de São Paulo. A cidade melhorou 310 posições no ranking de homicícios por 100 mil habitantes, compensando, no plano nacional, o aumento da violência em outras regiões.
 

Gene descoberto pode ser a chave da evolução da fala
Por: Estadão Online 
 
Chimpanzé, nosso mais próximo parente na cadeia animal, não fala. Nós falamos. Agora cientistas localizaram uma mutação em um gene que pode ajudar a explicar essa diferença. Essa mutação parece ter sido determinante para o desenvolvimento da fala. Provavelmente não é o único gene responsável por esse processo, mas pesquisadores acharam um gene que tem aspecto e atividade diferentes em chimpanzés e humanos, segundo o artigo publicado nesta quarta-feira pelo jornal Nature.

Testes de laboratório demonstraram que a versão humana tem relação com outros cem genes, diferente da versão do chimpanzé. Este gene - chamado FOXP2 - sofreu mutação durante o desenvolvimento humano, promovendo a habilidade da fala.

"Esta descoberta apresenta a maior diferença entre o chimpanzé e o homem", disse Daniel Geschwind, autor do estudo e professor de neurologia, psiquiatria e genética humana da Universidade da Califórnia. "Você faz a mutação deste gene em humanos e obtém um transtorno na capacidade de fala e comunicação", conclui o especialista. "Isto mostra o que pode estar acontecendo no seu cérebro."

A francesa Vargha-Khadem, chefe de desenvolvimento de neurociência cognitiva da Universidade de Londres, que não fez parte da pesquisa, disse que o estudo "segue uma linha que nós sempre suspeitamos." Vargha-Khadem estudou pessoas que possuíam mutações genéticas que afetavam a fala. Pessoas que apresentavam essas mutações tinham características físicas distintas na parte inferior da mandíbula, na língua e no céu da boca, da mesma forma que os chimpanzés apresentavam. Essas características físicas são importantes porque "você não pode dançar se você não tiver pernas apropriadas para dançar", disse a pesquisadora francesa.

O estudo deste gene e de outros podem ajudar a desenvolver tratamentos genéticos para pessoas com alguma dificuldade de desenvolvimento, como autismo, disse Geschwind.

Outra parte dos especialistas alertam para a euforia da descoberta. "É muito cedo e inconclusivo medir o quanto isso significa para a evolução da fala", disse Marc Hauser, professor de evolução biológica humana da Universidade de Harvard. "Eu ficaria bastante cético em relação a qualquer projeção de tratamentos por resultados desta descoberta", disse Hauser.

E a questão principal não é como, mas "porque nós falamos", disse Derek Bickerton, professor de linguística da Universidade do Havaí. "Só porque os humanos desenvolveram a habilidade de falar, não significa que isso vai acontecer automaticamente", completou Bickerton. "Muitas outras espécies sobrevivem por centenas de anos sem essa habilidade. Nós apenas temos uma características que outras espécies não têm."
 

Berlim, diferenças persistem 20 anos após unficação
Por: Yahoo 
 
Mesmo após a unificação alemã, as diferenças entre as populações do Leste e do Oeste da Alemanha são ainda bastante marcantes. O alemão geralmente diz que tais diferenças são típicas de um país de grandes dimensões.

O Ossi diz para o Wessi: "nós somos um povo". O Wessi responde: "sim, nós também".

20 anos depois da queda do muro de Berlim, anedotas como esta são uma realidade. Pois Wessi e Ossi são dois conceitos que ainda marcam a história da Alemanha. Definição de conceito? Wessi, cidadão com origem na antiga Alemanha Ocidental; o Ossi vem da ex-Alemanha do Leste. Duas Alemanhas que se uniram quando o muro de Berlim caiu, a 9 de Novembro de 1989.

Mas, segundo um estudo feito por psicológos. as diferenças são mais culturais e sociais do que polítia.

E "a Ostalgia", ou nostalgia da extinta Alemanha do Leste, aparece mais na necessidade de reencontrar "pequenos prazeres" de então que do desejo de uma volta ao sistema comunista, segundo estudo divulgado na revista "cult" Superillu.

O estudo, realizado pelo Instituto Rheingold de Colônia (Oeste), visa a "compreender mais que medir" as diferenças, segundo seu diretor, Stephan Grünewald.

Com sua equipe, entrevistou 80 moradores do Leste para analisar suas motivações, preocupações e sonhos.O que conta, antes de tudo, no Leste "é a busca por estabilidade na vida cotidiana", principalmente no trabalho, "sobretudo a prioridade dada à família e aos amigos", destaca Grünewald. "Fico no Leste porque toda a minha família é daqui", afirma, por exemplo, uma pessoa que preferiu não se identificar, para explicar sua recusa em procurar um novo emprego no Oeste. Segundo um relatório oficial, o desemprego é duas vezes maior na ex-RDA - mais de 13% - do que na ex-Alemanha Ocidental, mesmo que o Oeste sofra "no momento" mais que o Leste com a onda de choque da crise econômica.

"As pessoas são, em geral, mais pragmáticas no Oeste", acrescenta Grünewald.

No tempo da RDA, as pessoas sabiam se virar como podiam, e a tradição foi mantida - saber consertar as coisas e ajudar amigos e vizinhos, segundo o estudo.
 
 
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