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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Atualidades...

Brasil lidera ranking de combate à mudança climática
Por: Zero Hora 
 
O Brasil encabeça o ranking de combate à mudança climática publicado pela ONG Germanwatch e a rede Climate Action Network (CAN), organizações não-governamental europeias. Pela primeira vez desde que o indicador começou a ser medido, um país emergente ocupa a liderança da lista, superando países desenvolvidos economicamente como a Suécia, a Alemanha e a Noruega. As informações são da BBC Brasil.

O Brasil obteve nota 68, o que o coloca no grupo dos países cujo desempenho no combate à mudança climática é considerado bom. No mesmo grupo ficaram a Suécia (67.4), Grã-Bretanha e Alemanha (65.3), França (63.5), Índia (63.1), Noruega (61.8) e México (61.2).

— É muito bom que países emergentes estejam ganhando posições neste ranking. Estão mandando um sinal claro, durante as negociações de Copenhague, de que estão comprometidos em combater a mudança climática. Gostaria apenas que outros países europeus estivessem demonstrando o mesmo compromisso para com as mudanças positivas — avaliou o diretor europeu da rede CAN, Matthias Duwe.

Esta foi a quinta edição do índice de desempenho da mudança climática (CCPI, na sigla em inglês) que avaliou as medidas que estão sendo tomadas em 57 países e as comparou com o que está sendo feito em outros países e o que a organização considera necessário ser feito para evitar um aumento de 2º C na temperatura do planeta.

Como a ONG considera que nenhum país está se esforçando o suficiente para prevenir uma perigosa mudança climática, nenhum desempenho foi considerado muito bom, o que deixou vazias as três primeiras posições do ranking. As duas ONG elogiaram a melhora do marco legal de proteção ao clima no Brasil. Mas adotaram uma postura cautelosa em relação à desaceleração do ritmo de desmatamento que reduziu as emissões de carbono do país.
 
Entenda a COP 15
Por: Planeta Sustentável

A COP-15, 15ª Conferência das Partes, realizada pela UNFCCC – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, de 7 a 18 de dezembro deste ano, em Copenhague (Dinamarca), vem sendo esperada com enorme expectativa por diversos governos, ONGs, empresas e pessoas interessadas em saber como o mundo vai resolver a ameaça do aquecimento global à sobrevivência da civilização humana. Não é exagero. De acordo com o 4º relatório do IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, órgão que reúne os mais renomados cientistas especializados em clima do mundo, – publicado em 2007, a temperatura da Terra não pode aumentar mais do que 2º C, em relação à era pré-industrial, até o final deste século, ou as alterações climáticas sairão completamente do controle.

Para frear o avanço da temperatura, é necessário reduzir a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, já que são eles os responsáveis por reter mais calor na superfície terrestre. O ideal é que a quantidade de carbono não ultrapassasse os 350ppm, no entanto, já estamos em 387ppm e esse número cresce 2ppm por ano.

Diminuir a emissão de gases de efeito estufa implica modificações profundas no modelo de desenvolvimento econômico e social de cada país, com a redução do uso de combustíveis fósseis, a opção por matrizes energéticas mais limpas e renováveis, o fim do desmatamento e da devastação florestal e a mudança de nossos hábitos de consumo e estilos de vida. Por isso, até agora, os governos têm se mostrado bem menos dispostos a reduzir suas emissões de carbono do que deveriam.

No entanto, se os países não se comprometerem a mudar de atitude, o cenário pode ser desesperador. Correremos um sério risco de ver:
- a floresta amazônica transformada em savana;
- rios com menor vazão e sem peixes;
- uma redução global drástica da produção de alimentos, que já está ocorrendo;
- o derretimento irreversível de geleiras;
- o aumento da elevação do nível do mar, que faria desaparecer cidades costeiras;
- a migração em massa de populações em regiões destruídas pelos eventos climáticos e
- o aumento de doenças tropicais como dengue e malária.

COP-15: É AGORA OU NUNCA! 

Apesar de a UNFCCC se reunir anualmente há uma década e meia, com o propósito de encontrar soluções para as mudanças climáticas, este ano, a Conferência das Partes tem importância especial. Há dois anos, desde a COP-13 em Bali (Indonésia), espera-se que, finalmente, desta vez, tenhamos um acordo climático global com metas quantitativas para os países ricos e compromissos de redução de emissões que possam ser mensurados, reportados e verificados para os países em desenvolvimento.

A Convenção vai trabalhar com o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Isso significa que os países industrializados, que começaram a emitir mais cedo e lançam uma quantidade maior de CO2 e outros gases de efeito estufa na atmosfera em função de seu modelo de crescimento econômico, devem arcar com uma parcela maior na conta do corte de carbono. Por isso, a expectativa é de que os países ricos assumam metas de redução de 25% a 40% de seus níveis de emissão em relação ao ano de 1990, até 2020.

Os países em desenvolvimento, por sua vez, se comprometem a reduzir o aumento de suas emissões, fazendo um desvio na curva de crescimento do “business as usual” e optando por um modelo econômico mais verde. É isso o que fará com que Brasil, Índia e China, por exemplo, possam se desenvolver sem impactar o clima, diferentemente do que fizeram os países ricos.

Para mantermos o mínimo controle sobre as consequências do aquecimento global, a concentração global de carbono precisa ser estabilizada até 2017, quando deve começar a cair, chegando a ser 80% menor do que em 1990.

ONU sugere controle de natalidade para combater aquecimento
Por: Estadão Online 
 
O combate ao aquecimento global poderia ser ajudado se o crescimento populacional fosse contido com o auxílio de medidas como a distribuição gratuita de preservativos e mais aconselhamento sobre planejamento familiar, recomendou nesta quarta-feira, 18, o Fundo Populacional das Nações Unidas.

A agência da ONU não chega a recomendar aos países que estabeleçam limites ao número de filhos por casal, mas observa que "mulheres com acesso a serviços de saúde reprodutiva têm menor taxa de natalidade, o que contribui para reduzir o ritmo do crescimento dos gases causadores do efeito estufa".

Calcula-se que o mundo possua atualmente 6,7 bilhões de habitantes. Estima-se que a população mundial chegará a 9,2 bilhões de pessoas em 2050, com a maior parte do crescimento concentrada nas regiões menos desenvolvidas, segundo um estudo da ONU com data de 2006.

"Com o crescimento da população mundial, da economia e do consumo além da capacidade da Terra de adaptar-se, as mudanças climáticas poderão se tornar mais extremas e catastróficas", diz o relatório divulgado hoje pelo Fundo Populacional da ONU.

A agência admite não haver provas empíricas de que o controle de natalidade conterá as mudanças climáticas. "As conexões entre população e mudanças climáticas são, na maior parte das vezes, complexas e indiretas", admite o documento.

O texto também observa que não há dúvidas de que as mudanças climáticas em andamento foram causadas pela atividade humana, mas os países em desenvolvimento são responsáveis por uma parcela bem menor das emissões de gases causadores do efeito estufa do que as nações desenvolvidas.

Mesmo assim, numa entrevista coletiva concedida em Londres, a diretora-executiva do Fundo Populacional da ONU, Thoraya Ahmed Obaid, disse nesta quarta-feira que o aquecimento global será catastrófico para os habitantes dos países mais pobres, especialmente para as mulheres. "Estamos agora em um ponto no qual a humanidade encontra-se à beira de um desastre", advertiu.

Caroline Boin, uma analista ouvida pela Associated Press, qualificou o pronunciamento como alarmista. "É necessário um grande exercício imaginativo para acreditar que a distribuição gratuita de camisinhas ajudará a combater o aquecimento global", disse ela.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), por sua vez, divulgou este mês um boletim no qual dois especialistas advertem para os perigos de se relacionar taxa de fertilidade e mudanças climáticas. "Na melhor das hipóteses, (o tema) causa controvérsia e, no pior caso, autoriza a supressão de direitos individuais", escrevem os pesquisadores Diarmid Campbell-Lendrum e Manjula Lusti-Narasimhan. As informações são da Associated Press.
 
Obama ataca Wall Street e propõe taxa para cobrar US$ 117 bi de bancos
Por: Estadão Online
 
''Queremos nosso dinheiro de volta'', diz Obama, ao anunciar proposta para recuperar dinheiro de ajuda a bancos

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ontem que os bancos deverão pagar uma nova taxa para compensar as perdas de até US$ 120 bilhões de recursos públicos usados para socorrer instituições financeiras e evitar o colapso do sistema durante a crise. "Nós queremos nosso dinheiro de volta e o teremos", disse.

A taxa, que ainda precisa ser aprovada no Congresso, levará pelo menos 10 anos para conseguir recuperar cerca de US$ 90 bilhões, e 12 anos para arrecadar US$ 117 bilhões, de acordo com estimativas da administração Obama.

A decisão ganhou força, afirmou o presidente americano, após a divulgação de "bônus obscenos" pagos por bancos. "Meu compromisso é recuperar cada centavo que é devido ao povo americano. E minha determinação de alcançar esse objetivo é reforçada quando vejo os informes de lucros gigantescos e bônus obscenos das mesmas companhias que devem a continuação de sua existência ao povo americano - que não se recuperou e continua a enfrentar as dificuldades reais desta recessão", disse, em nota divulgada pela Casa Branca.

"Se as companhias estão em boa forma para pagar bônus pesados, certamente estão em boa forma para pagar de volta cada centavo aos contribuintes", disse Obama ressaltando que o objetivo da medida é prevenir excessos futuros e não punir os bancos por comportamentos passados.

Cerca de 60% da receita arrecadada pela "taxa de responsabilidade na crise financeira", como é chamada pela Casa Branca, virá das dez maiores empresas financeiras dos EUA. O imposto de 0,15% sobre o passivo das instituições financeiras se aplica apenas àquelas com ativos acima de US$ 50 bilhões - um grupo estimado em cerca de 50 empresas, entre bancos, seguradoras e corretoras.

Desse total, 35 seriam americanas e de 10 a 15 seriam subsidiárias nos EUA de empresas financeiras estrangeiras. A proposta exclui pequenos bancos e montadoras que aceitaram recursos do Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (Tarp, na sigla em inglês).

Obama pediu aos bancos que não ofereçam resistência a pagar o novo imposto, lembrando que existe uma dívida com os contribuintes. "Em vez de enviar uma tropa de lobistas para contestar essa proposta ou empregar um exército de advogados e contadores para ajudar a evadir o imposto, eu sugiro que vocês considerem simplesmente cumprir com suas responsabilidades", disse Obama.

Mas o setor bancário já faz forte oposição à taxa, alegando que se trata de um exercício político que vai prejudicar a recuperação econômica do país, com consequências que recairão sobre os consumidores.

Se aprovada pelos congressistas, a taxa entrará em vigor em 30 de junho e deve durar por pelo menos dez anos.

DESEMPREGO

O anúncio ocorreu num dia em que indicadores do mercado de trabalho e do varejo mostram piora. O número de novos pedidos de auxílio-desemprego requeridos na semana passada aumentou em 11 mil, para 444 mil pedidos, contrariando uma expectativa de queda de 4 mil. Contudo, a média móvel de quatro semanas caiu em 9 mil para 440.750 mil, seu menor nível desde 30 de agosto de 2008, o que indica que a tendência nos pedidos ainda é de baixa.

Já as vendas no varejo caíram 0,3% em dezembro, contrariando as expectativas de aumento de 0,5%, segundo dados do Departamento do Comércio.

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1 comentários:

claudia disse...

Adoro seu blog...sempre faço pesquisas nele...Parabéns pelo trabalho!!

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