Eu sou otimista, bem otimista. Mas será que o mundo vai durar muito tempo?
Eu já comentei em algum lugar deste blog que não creio que o homem realmente evolui. Estamos destruindo o mundo, isso não pode ser chamado de evolução. De que servirá tanta tecnologia quando uma bomba da natureza explodir e destruir tudo? Mal conseguimos saber como estará o dia de amanhã mais. E ainda assim continuamos com nossos egoísmos e pouca vontade em tentar pelo menos minimizar os danos. Salvar o planeta talvez não seja possível, reverter a situação tão pouco, mas podemos tentar nos unir para viver bem, com saúde e paz. O Brasil sempre foi o país livre dos desastres naturais, mas parace que aqueles acidentes do Norte estão cada vez mais próximos. Será que a gente vai aguentar terremotos e tantas outras desgraças? A floresta destruída, vendida. Para que tanto egoísmo por dinheiro? Criamos a nossa própria desgraça, e agora vamos ver de pertinho o resultado disso tudo. Milhares de pessoas morrem por dia, não por guerras, não por crimes, mas pela revolta da natureza. Quanta gente soterrada, afogada, queimada.
É claro que a vida é bela e devemos sorrir todos os dias e sonhar cada vez mais. Mas para que tudo continue belo e nossos sonhos se realizem é preciso pensar que o mundo não é de um e sim de todos, e somente quando todos estiverem juntos é que tudo ficará bem.
Enquanto esse dia não chega. Leia as notícias:
Haiti: Humanitarismo e Política Internacional
Por: José Flávio Sombra Saraiva - Professor de Relações Internacionais da UnB
O mundo se curvou aos fatos. O esforço humanitário é urgente para garantir o mínimo diante das conseqüências indeléveis do terremoto no Haiti. A cooperação é o lema e todos querem estar junto aos difíceis trabalhos de salvamento e proteção de desamparados pela imperiosa natureza e pela imprudência dos homens.
A tragédia haitiana, no entanto, se faz dentro da reedição das duras disputas da política internacional do momento. Depois de Copenhague, onde pesou o arranjo sino-americano, o Haiti é o novo palco para a exibição dos interesses e das quedas de braço do sistema internacional em momento de redesenho de hierarquias. Abandonadas pelas grandes potências, que minguaram recursos e esforços diplomáticos para o alívio da pobreza no Haiti e em países miseráveis que o mundo ainda abriga, são essas mesmas potências que agora coordenam a operação do aplainar os cemitérios do país caribenho.
Silenciou-se repentinamente o discurso monocórdio do combate irracional e linear ao chamado terrorismo internacional, conceito ainda não bem definido, de Bush a Obama. Tudo agora é humanitarismo nas lágrimas de crocodilos dos líderes cínicos quando apenas agora, já tarde, ouvem-se discursos de desdobrada atenção ao drama do Haiti. Atores e músicos famosos fazem o cordão de proteção ao humanitarismo renovado do Norte. Não faltarão festivais em estádios e cordões de solidariedade romântica aos pobres haitianos.
Politiza-se a ajuda internacional, como no caso do clima, dos direitos humanos, e outros temas da agenda renovada das relações internacionais, quando o que importa é o esforço de salvar vidas. Os chineses foram os primeiros a chegar à ilha caribenha. Inflacionaram o aeroporto combalido da capital do país e deixaram apenas espaço modesto para aeronaves dos Estados Unidos, da Europa, do Canadá e do Brasil. Os Estados Unidos correram atrás dos chineses uma vez que o Caribe é área natural de hegemonia natural e concêntrica dos ianques. Apresentaram-se como os únicos capazes de salvar os flagelados.
Acompanhar a cobertura internacional, das agências britânicas, francesas e alemãs, na Europa desses dias, é hilário. O Haiti preencheu o noticiário monótono do frio polar e da neve.
É como se no Haiti não houvesse passado, mas apenas terra arrasada, em descoberta tardia das responsabilidades internacionais antes não reconhecidas. O silêncio das grandes potências em relação aos projetos brasileiros, apresentados anos atrás, de construção de infra-estruturas e autonomia energética no Haiti, é gritante.
O Brasil - em seu esforço de governo, da sociedade organizada e suas ONGs, mas em especial dos sacrifícios pessoais dos militares brasileiros, em missão convertida e gerenciada pela ONU no Haiti – vem sendo apenas discretamente reconhecido.
Obama agora quer oferecer os famosos 100 milhões de dólares que o Brasil já havia solicitado para obras de infra-estrutura no país. Aqui, na Europa, nada se sabe acerca da obra de Zilda Arns no Haiti, nem que ministro brasileiro foi a primeira autoridade internacional a pisar o solo tremente da ilha. A lógica é mostrar Obama, Sarkozy e outros líderes do Primeiro Mundo isolados, a domesticar a opinião pública e os interesses eleitorais. Espero que o Brasil não faça o mesmo.
A coordenação dos esforços de construção do Haiti deve ser multinacional, a recordar que o esforço humanitário é apenas uma etapa para o longo prazo, de fortalecimento das instituições e da cidadania, ao lado da reconstrução social e econômica do país. Passada a comoção do momento, valerá acompanhar o dia seguinte.
O esquecimento é em geral o que se espera. Pois que se tome uma lição do Haiti para a política internacional: o pêndulo está excessivamente angulado no realismo global e nos egoísmos nacionais. Era hora de movê-lo para a dimensão humana das relações internacionais, que prescinde do humanitarismo, para ser apenas humana a face desejável dos sonhos de um mundo melhor.
A tragédia haitiana, no entanto, se faz dentro da reedição das duras disputas da política internacional do momento. Depois de Copenhague, onde pesou o arranjo sino-americano, o Haiti é o novo palco para a exibição dos interesses e das quedas de braço do sistema internacional em momento de redesenho de hierarquias. Abandonadas pelas grandes potências, que minguaram recursos e esforços diplomáticos para o alívio da pobreza no Haiti e em países miseráveis que o mundo ainda abriga, são essas mesmas potências que agora coordenam a operação do aplainar os cemitérios do país caribenho.
Silenciou-se repentinamente o discurso monocórdio do combate irracional e linear ao chamado terrorismo internacional, conceito ainda não bem definido, de Bush a Obama. Tudo agora é humanitarismo nas lágrimas de crocodilos dos líderes cínicos quando apenas agora, já tarde, ouvem-se discursos de desdobrada atenção ao drama do Haiti. Atores e músicos famosos fazem o cordão de proteção ao humanitarismo renovado do Norte. Não faltarão festivais em estádios e cordões de solidariedade romântica aos pobres haitianos.
Politiza-se a ajuda internacional, como no caso do clima, dos direitos humanos, e outros temas da agenda renovada das relações internacionais, quando o que importa é o esforço de salvar vidas. Os chineses foram os primeiros a chegar à ilha caribenha. Inflacionaram o aeroporto combalido da capital do país e deixaram apenas espaço modesto para aeronaves dos Estados Unidos, da Europa, do Canadá e do Brasil. Os Estados Unidos correram atrás dos chineses uma vez que o Caribe é área natural de hegemonia natural e concêntrica dos ianques. Apresentaram-se como os únicos capazes de salvar os flagelados.
Acompanhar a cobertura internacional, das agências britânicas, francesas e alemãs, na Europa desses dias, é hilário. O Haiti preencheu o noticiário monótono do frio polar e da neve.
É como se no Haiti não houvesse passado, mas apenas terra arrasada, em descoberta tardia das responsabilidades internacionais antes não reconhecidas. O silêncio das grandes potências em relação aos projetos brasileiros, apresentados anos atrás, de construção de infra-estruturas e autonomia energética no Haiti, é gritante.
O Brasil - em seu esforço de governo, da sociedade organizada e suas ONGs, mas em especial dos sacrifícios pessoais dos militares brasileiros, em missão convertida e gerenciada pela ONU no Haiti – vem sendo apenas discretamente reconhecido.
Obama agora quer oferecer os famosos 100 milhões de dólares que o Brasil já havia solicitado para obras de infra-estrutura no país. Aqui, na Europa, nada se sabe acerca da obra de Zilda Arns no Haiti, nem que ministro brasileiro foi a primeira autoridade internacional a pisar o solo tremente da ilha. A lógica é mostrar Obama, Sarkozy e outros líderes do Primeiro Mundo isolados, a domesticar a opinião pública e os interesses eleitorais. Espero que o Brasil não faça o mesmo.
A coordenação dos esforços de construção do Haiti deve ser multinacional, a recordar que o esforço humanitário é apenas uma etapa para o longo prazo, de fortalecimento das instituições e da cidadania, ao lado da reconstrução social e econômica do país. Passada a comoção do momento, valerá acompanhar o dia seguinte.
O esquecimento é em geral o que se espera. Pois que se tome uma lição do Haiti para a política internacional: o pêndulo está excessivamente angulado no realismo global e nos egoísmos nacionais. Era hora de movê-lo para a dimensão humana das relações internacionais, que prescinde do humanitarismo, para ser apenas humana a face desejável dos sonhos de um mundo melhor.
Terremoto no Chile e Peru teve reflexo no Brasil
Por: Terra
O terremoto que atingiu o Chile e o Peru ontem e causou a morte de oito pessoas teve reflexos em alguns Estados do Brasil. Moradores de São Paulo, Paraná, Goiás e Distrito Federal também teriam notificado a ocorrência ao Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB). Não há informações de ocorrências pelo abalo em nenhuma região.
No Brasil, o abalo sísmico foi sentido por volta das 20h, cerca de 15 minutos após o tremor no Chile. Os efeitos do sismo sobre a superfície chegaram a dois graus na Escala Mercalli Modificada, que vai de um a doze e difere da Escala Richter. No Chile no Peru, a intensidade de energia do terremoto chegou a 7,9 graus na Escala Richter, e deixou oito mortes.
Segundo a Defesa Civil de São Paulo, as cidades atingidas pelo tremor no Estado foram Campinas, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e a capital, São Paulo, nos bairros Vila Madalena, Perdizes, Lapa e Pinheiros, informou o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG-USP). De acordo com o IAG-USP, o tremor foi sentido em vários prédios. Entretanto, segundo especialistas, o terremoto não representou risco para a estrutura das edificações.
Moradores do bairro Vila Madalena sentiram dois tremores por volta das 20h30. Eduardo Assumpção, que mora no 15º andar de um prédio na rua Sen. Cesar Lacerda Vergueiro afirma que o pequeno terremoto durou cerca de 30 segundos. "Estava com minha família na sala e sentimos tudo sacundindo".
Essa foi a quarta vez em cerca de 20 anos que Eduardo sentiu tremores semelhantes. "Já suspeitávamos que pudesse ser o reflexo de algum terremoto maior".
Os moradores do prédio onde mora Eduardo desceram até o estacionamento para verificar que havia acontecido temendo que fosse um problema na estrutura do prédio, já que há uma construção no terreno ao lado. "Só os moradores acima do 10º andar sentiram o tremor", disse Eduardo.
Segundo o instituto da USP, este reflexo já foi registrado outras vezes em São Paulo e é sentido mais fortemente por pessoas que estejam em andares mais altos. "Geralmente os sismos que ocorrem na região andina são refletidos aqui em São Paulo. Já registramos diversas ocorrências na av. Paulista", afirma Célia Fernandes, técnica do Instituto.
No Brasil, o abalo sísmico foi sentido por volta das 20h, cerca de 15 minutos após o tremor no Chile. Os efeitos do sismo sobre a superfície chegaram a dois graus na Escala Mercalli Modificada, que vai de um a doze e difere da Escala Richter. No Chile no Peru, a intensidade de energia do terremoto chegou a 7,9 graus na Escala Richter, e deixou oito mortes.
Segundo a Defesa Civil de São Paulo, as cidades atingidas pelo tremor no Estado foram Campinas, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e a capital, São Paulo, nos bairros Vila Madalena, Perdizes, Lapa e Pinheiros, informou o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG-USP). De acordo com o IAG-USP, o tremor foi sentido em vários prédios. Entretanto, segundo especialistas, o terremoto não representou risco para a estrutura das edificações.
Moradores do bairro Vila Madalena sentiram dois tremores por volta das 20h30. Eduardo Assumpção, que mora no 15º andar de um prédio na rua Sen. Cesar Lacerda Vergueiro afirma que o pequeno terremoto durou cerca de 30 segundos. "Estava com minha família na sala e sentimos tudo sacundindo".
Essa foi a quarta vez em cerca de 20 anos que Eduardo sentiu tremores semelhantes. "Já suspeitávamos que pudesse ser o reflexo de algum terremoto maior".
Os moradores do prédio onde mora Eduardo desceram até o estacionamento para verificar que havia acontecido temendo que fosse um problema na estrutura do prédio, já que há uma construção no terreno ao lado. "Só os moradores acima do 10º andar sentiram o tremor", disse Eduardo.
Segundo o instituto da USP, este reflexo já foi registrado outras vezes em São Paulo e é sentido mais fortemente por pessoas que estejam em andares mais altos. "Geralmente os sismos que ocorrem na região andina são refletidos aqui em São Paulo. Já registramos diversas ocorrências na av. Paulista", afirma Célia Fernandes, técnica do Instituto.
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