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sábado, 5 de setembro de 2009

Atualidades...

Ted Kennedy (1932-2009)
 
Democrata era o último Kennedy na política americana


José Renato Salatiel

Com a morte do senador Edward Moore "Ted" Kennedy, ocorrida em 25 de agosto de 2009, chega ao fim a dinastia Kennedy na política dos Estados Unidos. A história da família mais influente na democracia americana, na segunda metade do século 20, foi pautada por líderes carismáticos, escândalos e tragédias. polêmica envolvendo o acerto de contas com o passado do país continua mais viva do que nunca.

Caçula de quatro irmãos homens, Ted morreu vítima de câncer cerebral, aos 77 anos, depois de lutar 15 meses contra a doença. Foi o único homem do clã Kennedy a escapar da morte violenta, mas não dos pecados da carne e do poder.

Na juventude, foi um político inexperiente que vivia à sombra dos irmãos famosos - o presidente John Fitzgerald Kennedy, JFK, e o senador Robert Francis "Bobby" Kennedy. Na vida pessoal de Ted, o alcoolismo e a promiscuidade contrastavam com a conduta moral exigida para cargos públicos. Seu envolvimento na morte de uma jovem assessora, no final dos anos 1960, fechou-lhe para sempre as portas da Casa Branca.

Contudo, depois de superar os problemas domésticos, fez uma carreira brilhante no Senado americano. Idealista e defensor dos direitos civis e das causas liberais, terminou a vida como um dos parlamentares mais importantes em meio século de política nos Estados Unidos. Era conhecido como "o leão do Senado".

Atentados
Os Kennedy provinham de abastada família de tradição católica e origem irlandesa da cidade de Boston, capital do Estado de Massachusetts. O pai, Joseph Patrick, foi um rico homem de negócios, político e embaixador em Londres durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Ele teve nove filhos. O mais velho, Joseph Patrick Kennedy Junior, era oficial da Marinha americana e morreu na guerra, em 12 de agosto de 1944, num combate aéreo sobre o Reino Unido. Foi a primeira morte trágica na família. Outros oito integrantes perderiam a vida em atentados, acidentes e doenças graves.

O mais célebre da dinastia foi John Fitzgerald Kennedy, 35º presidente dos Estados Unidos. Ele foi assassinado em Dallas quando desfilava em carro aberto, em 22 de novembro de 1966. JFK é lembrado como um dos mais populares presidentes americanos, mas também foi controverso na vida privada. Chegou a ser acusado de cumplicidade com a máfia e se envolveu em escândalos sexuais, o mais famoso com a atriz Marilyn Monroe (1926-1962).

Menos de dois anos depois da tragédia que comoveu os Estados Unidos, o senador Bobby Kennedy também foi assassinado, em plena campanha presidencial à sucessão de JFK, em junho de 1968. Ambos os assassinatos foram cometidos por indivíduos perturbados, mas não faltaram teorias conspiratórias para tentar explicar o atentado em Dallas (como mostra o filme JFK, indicado abaixo).

Sozinho, Ted Kennedy herdou o legado político dos irmãos assassinados. Ele se elegeu senador pela primeira vez quando John deixou o Senado para assumir a Presidência. Ted tinha então 28 anos de idade, e teve que esperar mais dois para atingir a maioridade exigida para o cargo. A nomeação, em novembro de 1962, foi muito criticada na imprensa, em razão da falta de talento e de experiência do mais jovem Kennedy.

Nas décadas seguintes, ele seria reeleito como senador pelo Estado de Massachusetts num total de nove vezes, por 46 anos ininterruptos. Ao morrer, Ted era o terceiro parlamentar com mais tempo na Casa e o segundo integrante mais velho.

Incidente em Chappaquiddick
Bonitos, ricos, carismáticos e poderosos, os Kennedy eram uma aposta segura dos democratas para a Casa Branca. Com o fim repentino da carreira dos irmãos, era natural que Ted fosse o próximo do clã a disputar as eleições presidenciais. Só que dessa vez seriam os escândalos da família que bloqueariam seu caminho.

As bebedeiras e farras com mulheres o acompanhavam desde o período em que frequentou a Universidade de Harvard, uma das instituições mais respeitadas no país, de onde foi expulso por pagar a um colega para fazer a prova final de espanhol.

A influência do pai reverteu a decisão da universidade, e salvaria de novo o caçula de ter o mesmo destino do irmão militar: quando Ted se alistou na Guerra da Coreia (1950-1953), a família o trouxe de volta do front. Mas o pior estava por vir.

Em 8 de julho de 1969, Ted estava em uma festa na pequena ilha de Chappaquiddick, em seu Estado natal, com um grupo de jovens assessoras que haviam trabalhado, um ano antes, na campanha presidencial de Bobby Kennedy. Ted deixou o local dirigindo seu carro em companhia de Mary Jo Kopechne, uma bonita moça de 28 anos. O senador tinha então 36 anos de idade, era casado e pai de três filhos.

Ao cruzar a ponte sobre um canal, perdeu a direção do veículo e mergulhou nas águas escuras do rio. Ele conseguiu sair do carro, mas a garota morreu sufocada. Além de fugir sem ajudar a vítima, Ted só avisou a polícia dez horas após o acidente, depois de consultar os advogados da família. A manobra o livrou de uma eventual acusação de homicídio culposo - quando não há intenção de matar -, mas não do julgamento da opinião pública e das consequências políticas do ato.

Oito anos mais tarde, tentou disputar com Jimmy Carter as prévias do Partido Democrata para as eleições presidenciais de 1980. O incidente, porém, ainda estava vivo na memória dos eleitores. Foi a última vez que um Kennedy tentou concorrer à Presidência dos Estados Unidos.

Obama
Nos quase trinta anos que se seguiram, Ted Kennedy fez história como um dos democratas mais ativos do Senado americano. Defendeu mais de 15 mil leis, algumas de apelo popular - como a defesa dos direitos de deficientes físicos e contra a discriminação racial - e outras polêmicas, como reformas na lei de imigração e o plano de saúde universal - os americanos não têm nada parecido com o Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro -, que recentemente custou críticas ao presidente Barack Obama. O projeto atualmente tramita no Congresso.

Ted foi um dos primeiros políticos que apoiaram Obama, conferindo importante endosso ao primeiro presidente negro dos Estados Unidos, tão popular e carismático quanto o próprio JFK. Mesmo doente, compareceu à posse em 2008. Sem Ted no Senado, Obama perde um aliado de peso para aprovar o projeto de reforma da saúde.

Por ter escapado à "maldição dos Kennedy" e conseguido se redimir do incidente em Chappaquiddick, tornando-se um dos políticos mais queridos do Parlamento americano, Ted Kennedy foi um exemplo de superação. Ele foi enterrado ao lado dos irmãos no Cemitério Nacional de Arlington, destinado aos heróis americanos. 


Acordo EUA-Colômbia

Novas bases militares provocam tensão entre vizinhos


José Renato Salatiel


 
 O acordo assinado pelos Estados Unidos e pela Colômbia, com a finalidade de ampliar as bases militares norte-americanas em território colombiano, objetivando combater o narcotráfico na região, gerou tensão entre países sul-americanos.

O impasse começou em julho de 2009, quando surgiram novas denúncias de colaboração da Venezuela com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Na ocasião, foram descobertos, em poder do grupo rebelde, lançadores de foguetes antitanque que o governo venezuelano havia comprado da Suécia em 1988.

Como a artilharia foi parar nas mãos dos guerrilheiros?

Os governos da Suécia e da Colômbia cobraram explicações do presidente venezuelano Hugo Chávez. Mas, ao invés de se justificar, Chávez partiu para o ataque: chamou de volta a Caracas o embaixador da Venezuela em Bogotá e suspendeu relações diplomáticas e econômicas com a Colômbia.

Tráfico de drogas
 Não é a primeira vez que acusam Chávez de ajudar as Farc. Nos últimos meses, a divulgação de material apreendido em computadores dos rebeldes revelou que Caracas fornecia armas e trânsito livre à guerrilha comunista.

Um dos principais aliados do líder venezuelano, o presidente equatoriano Rafael Correa, também é suspeito de envolvimento com as Farc.

Em março de 2008, o exército colombiano bombardeou focos da guerrilha no Equador, o que levou, à época, ao congelamento das relações diplomáticas entre os dois países. Apesar dos indícios de cooperação com o grupo rebelde, Correa e Chávez fizeram reiterados desmentidos.

As Farc surgiram em 1964, inspiradas na Revolução Cubana. É o grupo guerrilheiro comunista mais antigo em atividade no mundo. Nos anos de 1980, a organização passou a controlar a produção e a comercialização de cocaína na Colômbia, que tem como principal mercado consumidor os Estados Unidos.

Outra fonte de recursos financeiros das Farc é o sequestro de civis. O caso mais famoso é o da candidata presidencial Ingrid Betancourt, resgatada em 2 de julho de 2008, depois de seis anos em cativeiro na selva colombiana.

Tanto os Estados Unidos quanto a União Europeia (EU) consideram as Farc uma organização terrorista.

Polêmica das bases
O acordo entre EUA e Colômbia também teve um desdobramento político que transpôs as fronteiras entre os três países - Colômbia, Venezuela e Equador -, atingindo os Estados Unidos e, também, ameaçando a integração regional latino-americana.

Em resposta às novas denúncias de apoio às Farc, Chávez aproveitou para atacar o plano de reforço militar norte-americano na Colômbia. De acordo com o presidente colombiano Álvaro Uribe, o objetivo das bases é reforçar o combate ao narcotráfico. Porém, o regime chavista considerou o caso uma agressão e uma ameaça à soberania da Venezuela.

O Brasil engrossou as críticas e pediu mais transparência no acordo, deixando claro que não vê com bons olhos o movimento de tropas estrangeiras na região. Os Estados Unidos evitaram, num primeiro momento, comentar o assunto.

O acordo entre Washington e Colômbia prevê operações de 800 soldados - 600 deles civis contratados - em até cinco bases militares, no prazo de 10 anos (de 2009 a 2019). Estão previstos investimentos de US$ 5 bilhões (R$ 9,18 bilhões).

A Colômbia é a principal nação aliada dos Estados Unidos na América do Sul. Há quase uma década os países realizam operações militares conjuntas contra o narcotráfico dentro do chamado "Plano Colômbia", que hoje conta com 250 soldados americanos.

Pelas diretrizes, os Estados Unidos usarão as bases colombianas para patrulhar rotas aéreas e marítimas, usadas pelos traficantes para escoamento de drogas. O contrato foi firmado depois que o Equador se recusou a prorrogar o acordo para cessão da base aérea de Manta, cidade portuária na província equatoriana de Manabí.

Antiamericanismo
Toda a discussão envolvendo as operações militares norte-americanas na Colômbia tem um contexto histórico de relações nem sempre amistosas entre os países da América Latina e os Estados Unidos.

Até a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), as intervenções militares nos países da América Central e do Sul eram comuns, visando interesses econômicos e estratégicos da Casa Branca.

Com o começo da Guerra Fria, Washington passou a apoiar indiretamente ditaduras militares, inclusive a ditadura militar no Brasil (1964-1985). A razão era evitar o avanço do comunismo nas Américas, como aconteceu em Cuba.

A partir da década de 1980, alguns países latino-americanos começaram um lento processo de redemocratização. A estabilidade política e econômica, entretanto, era precária. Mais recentemente, surgiu um movimento de refundação socialista liderado pelo presidente Hugo Chávez, e que tem como aliados o Equador, a Bolívia e Cuba.

Esse movimento é caracterizado, na política, pela concentração de poderes no Executivo, por meio de sucessivas consultas populares e mudanças na Constituição, a fim de assegurar a permanência no poder dos atuais presidentes. Para alguns analistas, trata-se de uma forma velada de ditadura. Em termos econômicos, o movimento atua no sentido de estatizar as empresas, o que já provocou conflitos diplomáticos com vários países, inclusive o Brasil.


Esforços diplomáticos
Para tentar amenizar o clima tenso, o presidente colombiano iniciou, na primeira semana de agosto de 2009, uma viagem por sete dos 12 países que compõem a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), incluindo o Brasil. Uribe pretende explicar o acordo com os Estados Unidos. Venezuela e Equador foram excluídos do roteiro.

A Unasul foi criada em 23 de maio de 2008, depois da crise desencadeada pela ação militar colombiana contra as Farc no Equador. Ela tem a finalidade de integrar os países da região.

Na próxima reunião da Unasul, prevista para ocorrer no dia 10 de agosto de 2009, em Quito, capital do Equador, o acordo da Colômbia com os Estados Unidos deverá ser o principal assunto em debate.

Apesar dos esforços diplomáticos, o impasse em torno da questão revela a fragilidade da própria Unasul - e o difícil processo de integração regional. 

Fonte: Uol Educação

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Roberto Santos
  

domingo, 30 de agosto de 2009

É bom saber...

  • Cientistas descobrem planeta que desafia leis da astronomia
Por: Terra

Uma equipe de cientistas britânicos descobriu um planeta com um volume dez vezes superior ao de Júpiter, que orbita tão próximo a sua estrela matriz que as correntes estelares já deveriam ter causado sua colisão com o astro e sua destruição.

Em um estudo publicado na quarta-feira, 26/08/2009, pela revista científica Nature, um grupo de astrônomos da Universidade de Keele, no Reino Unido, assegura que o planeta batizado como WASP-18b é uma raridade no mundo da astronomia e que a probabilidade de observar um fenômeno semelhante é de uma entre mil.

Trata-se de um planeta do grupo dos "Júpiter Quentes", ou seja, aqueles que se formam longe da estrela em torno da qual orbitam e que se aproximam da mesma ao longo dos anos, com ajuda das correntes estelares. No entanto, o WASP-18b é tão grande e se encontra atualmente tão próximo de sua estrela matriz que as correntes já deveriam ter conduzido um impacto entre o planeta e o astro.

De fato, a sobrevivência deste tipo de planeta não costuma ser superior a um milhão de anos, uma marca batida amplamente pelo WASP-18b. Como possíveis causas, os cientistas apontam que as correntes estelares desse sistema são menos fortes que as do nosso, o que explicaria a longevidade do WASP-18b.

Outra possibilidade seria que outro elemento exógeno ainda não identificado evite a colisão do planeta com sua estrela e sua destruição.
  •  Oceanos podem estar escondidos sob a crosta da Terra, indica estudo
    Por: BBC

    Um estudo que mediu a eletrocondutividade no interior do planeta indica que talvez haja imensos oceanos sob a superfície da Terra. A água é um condutor extremamente eficiente de eletricidade.

    Por isso, cientistas da Oregon State University, nos Estados Unidos, acreditam que altos níveis de condutividade elétrica em partes do manto terrestre - região espessa situada entre a crosta terrestre e o núcleo - poderiam ser um indício da presença de água.

    Os pesquisadores criaram o primeiro mapa global tridimensional de condutividade elétrica do manto. Os resultados do estudo foram publicados nesta semana na revista científica Nature.

    As áreas de alta condutividade coincidem com zonas de subducção, regiões onde as placas tectônicas - blocos rígidos que compõem a superfície da Terra - entram em contato e uma, geralmente a mais densa, afunda sob a outra em direção ao manto.

    Geólogos acreditam que as zonas de subducção sejam mais frias do que outras áreas do manto e, portanto, deveriam apresentar menor condutividade.

    "Nosso estudo claramente mostra uma associação próxima entre zonas de subducção e alta condutividade. A explicação mais simples seria (a presença de) água", disse o geólogo Adam Schultz, coautor do estudo.

    Mistério geológico

    Se a água não estiver sendo empurrada para baixo pelas placas, seria ela primordial? (Estaria) lá embaixo há bilhões de anos? E se foi levada para baixo à medida que as placas lentamente afundam, seria isso um indício de que o planeta já foi muito mais cheio de água em tempos longínquos? Essas são questões fascinantes para as quais ainda não temos respostas. Adam Schultz, coautor do estudo

    Apesar dos avanços tecnológicos, especialistas não sabem ao certo quanta água existe sob o fundo do mar e quanto dessa água chega ao manto.

    "Na verdade, não sabemos realmente quanta água existe na Terra", disse um outro especialista envolvido no estudo, o oceanógrafo Gary Egbert. "Existem alguns indícios de que haveria muitas vezes mais água sob o fundo do mar do que em todos os oceanos do mundo combinados."

    Segundo o pesquisador, o novo estudo pode ajudar a esclarecer essas questões.

    A presença de água no interior da Terra teria muitas possíveis implicações.

    A água interage com minerais de formas diferentes em profundidades diferentes. Pequenas quantidades de água podem mudar as propriedades físicas das rochas, alterar a viscosidade de materiais presentes no manto, auxiliar na formação de colunas de rocha quente e, finalmente, afetar o que acontece na superfície do planeta.

    E se a condutividade revelada pelo estudo for mesmo resultado da presença de água, o próximo passo seria explicar como ela chegou lá.

    "Se a água não estiver sendo empurrada para baixo pelas placas, seria ela primordial? (Estaria) lá embaixo há bilhões de anos?", pergunta Schultz.

    "E se foi levada para baixo à medida que as placas lentamente afundam, seria isso um indício de que o planeta já foi muito mais cheio de água em tempos longínquos? Essas são questões fascinantes para as quais ainda não temos respostas".

    Os cientistas esperam, no futuro, poder dizer quanta água estaria presente no manto, presa entre as rochas.

    Este estudo teve o apoio da Nasa, a agência espacial americana. 
    • Atlântico tem maior número de furacões em mil anos
      Por: Terra

      Uma pesquisa da Universidade Penn State, dos Estados Unidos, sugere que os furacões são mais frequentes atualmente no Oceano Atlântico do que em qualquer outra época dos últimos mil anos.

      No estudo, publicado na revista Nature, os pesquisadores examinaram camadas de sedimento criadas por furacões que cruzaram a costa na América do Norte e Caribe.

      O registro sugere que a atividade dos furacões atualmente é incomum, mas pode ter sido ainda mais alta mil anos atrás. A possível influência da mudança climática do planeta na ocorrência de furacões tem sido um assunto polêmico atualmente.

      Para o líder do estudo, Michael Mann, apesar de a pesquisa não esclarecer isso, acrescenta mais uma peça muito útil ao quebra-cabeças.

      "(A ocorrência de furacões) tem sido debatida acaloradamente e várias equipes já usaram modelos diferentes, criados por computador, e apresentaram respostas diferentes", disse o cientista à BBC. "Eu diria que este estudo apresenta alguns dados paleoclimáticos úteis."

      Lagoas

      Furacões atingem o continente com ventos que podem chegar a 300 km/h, fortes o bastante para recolher areia e terra da costa e levar para o continente.

      Em locais onde há uma lagoa próxima da praia, isto faz com que o material da praia seja depositado na lagoa, onde forma uma camada no sedimento.

      Os pesquisadores estudaram oito lagoas perto de praias onde os furacões do Atlântico passam, sete delas, nos Estados Unidos e uma em Porto Rico. A equipe de cientistas acredita que, com o tempo, o número de furacões que passa por estes locais é semelhante ao total de furacões que se forma. Por isso, a análise destas regiões forneceria um registro de como a frequência dos furacões mudou durante os séculos.

      Os níveis atuais da frequência de furacões são iguais ou superados apenas pelos registrados durante uma anomalia ocorrida na Idade Média, também conhecida como Período Medieval Quente, há mil anos.

      Água aquecida

      A equipe de Michael Mann usou também um modelo por computador para análise de formação de furacões, já existente, para estimar este tipo de atividade durante 1,5 mil anos.

      O modelo inclui fatores que se sabe que são importantes na formação de furacões, como a temperatura da superfície da água na área tropical do Atlântico e o ciclo dos fenômenos El Niño/La Niña no leste do Oceano Pacífico.

      De acordo com Mann, esta análise sugere que a atividade de furacões chegou ao máximo há mil anos e os atuais níveis altos não são produzidos por circunstâncias idênticas.

      Mil anos atrás, segundo o pesquisador, um período extenso do fenômeno La Niña no Pacífico, que ajuda na formação de furacões, coincidiu com um período de águas relativamente quentes no Atlântico.

      Atualmente, o alto número de furacões se deve simplesmente ao aquecimento das águas no Atlântico, algo que deve aumentar nas próximas décadas.

      "Mesmo com os níveis de atividade parecidos (entre mil anos atrás e agora), os fatores que levaram a isto são diferentes", disse Mann.

      "A implicação é que se tudo mais é equivalente, e não sabemos a respeito do El Niño, então o aquecimento na área tropical do Atlântico deve levar ao aumento dos níveis de atividade de ciclone nesta área", afirmou. 


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