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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Notícias...

O Relativismo e a Filosofia


Por: Mauricio Santos Professor de Geografia do Curso Dom Bosco 
Um dos problemas mais sérios que encontramos ao estudar certas disciplinas filosóficas, como a Ética e a Política, consiste no relativismo.

O relativismo é uma postura de interpretação da realidade que sugere que tudo deve ser encarado segundo o conceito da relatividade, ou seja, a percepção de determinado fenômeno está condicionada à realidade do interlocutor, e não poderia, portanto, ser tomada como uma conclusão válida no plano geral, e sim apenas no plano particular. Em outras palavras, a verdade no relativismo é aquilo que eu percebo como verdade, independentemente da opinião alheia ou das conclusões obtidas pelos outros. O que é verdade para mim pode não ser verdade para o outro, mas isso não importa. E, assim como eu não pretendo impor meu conceito de verdade a ninguém, também não aceito que ninguém me apresente ou imponha outra interpretação da verdade. Uma espécie de “cada um na sua” filosófico.

É claro que a Filosofia não trabalha com imposições. Uma máxima muito válida na Filosofia é a de que o filósofo só aceita “a força do argumento, e não o argumento da força”. Mas é necessário perceber que o relativismo é perigoso em certas áreas do relacionamento humano, e que as relações humanas precisam ser construídas sobre certos valores universais, como confiança e comprometimento mútuo. Isso não só é saudável como também não deve ser relativizado! Afinal, seria muito decepcionante confiar um segredo a uma pessoa que considere “relativa” sua obrigação de guardá-lo, ou conviver com um colega de trabalho que considere “relativa” sua obrigação de respeitar o trabalho alheio. O resultado disso seria correr o risco de ver seus segredos expostos ou de conviver com traições e “puxadas de tapete”.

Neste caso, o relativismo deteriora as relações humanas e conduz a um ambiente de desconfiança mútua. O mundo em que vivemos hoje e as relações que construímos ao
nosso redor trazem muito deste “pessimismo” em relação ao próximo, o que leva muitos de nós a declarar com certa dose de orgulho triste: “eu não confio em ninguém”.

Além disso, o relativismo aplicado à Política tende a levar as pessoas à omissão, por desistirem de insistir em ter seu destino em suas próprias mãos. As decepções constantes, os maus exemplos e os sedutores discursos dos políticos nos levam a crer que a verdade não está disponível, e que nunca saberemos o que realmente acontece nos bastidores do mundo político. Desenganados, perdemos mais uma vez a já combalida confiança que tínhamos nos outros e em nossa própria capacidade de compreender a realidade. Costumamos dizer que o discurso dos políticos é “perigoso”, pois “eles conseguem convencer qualquer um de qualquer coisa”. Será? Eles nos convencem ou nós nos deixamos convencer porque não temos convicção da verdade?

Este é o preço do relativismo. Quando abrimos mão de nossos ideais, de nossos valores e crenças, estamos abrindo a porta para que o inimigo entre. O próximo passo é desconfiar de nossas próprias verdades até, por fim, desistir delas. Neste momento, tornamo-nos amargos e desiludidos.

É claro que o radicalismo de opiniões também é anti-filosófico. Devemos ouvir cuidadosamente os argumentos que nos apresentam os outros, mas precisamos de convicção a respeito do que é certo e do que é errado para poder formular uma opinião que seja, ao mesmo tempo, equilibrada e coesa. A reflexão é, portanto, essencial para superar o relativismo. O relativista não reflete, porque o argumento alheio não lhe interessa.

Concluindo, o relativismo é um mal a ser superado, e somente a consciência do homem pode fazê-lo. A convicção é um processo íntimo, que diz respeito a cada um em particular; mas nossas atitudes, no momento em que tomam forma, devem ser resultado de uma longa e cuidadosa reflexão a respeito dos objetivos que pretendemos atingir e dos meios que estamos dispostos a utilizar para estes fins. Os fins só justificam os meios num mundo sem ética. Só aí o relativismo pode se desenvolver. Não permita isso! Defenda a ética!

Acelerador de partículas faz primeiras colisões


Por: Zero Hora e do jornal O Estado de S. Paulo
O superacelerador de partículas (LHC, em inglês) construído em Genebra, na Suíça, promove amanhã os primeiros choques de prótons. Dois feixes vão circular em direções opostas num túnel de 27 quilômetros na fronteira entre a Suíça e França.

Os especialistas esperam que a experiência revele como o universo foi criado e confirme teorias que até hoje estão sendo questionadas. A ideia é
tentar reproduzir os momentos que se seguiram ao Big Bang, há 13 bilhões de anos, e detectar pela primeira vez a matéria escura.

O projeto de R$ 18 bilhões e que já levou 20 anos de trabalho foi alvo de uma polêmica ao ficar fechado por mais de um ano para reparos. O teste de amanhã está levando à Genebra jornalistas e cientistas de todo o mundo. O Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear (Cern) teve de organizar um esquema especial para atender ao fluxo de jornalistas. 

Mecanismos pelos quais o cérebro percebe a passagem do tempo evocam princípios da física


Ao longo da história, questões acerca da origem e do significado da vida, da criação do Universo e livre-arbítrio têm roubado o sono de filósofos e cientistas. A indagação sobre a natureza do tempo, entretanto, parece ser o questionamento mais cotidiano e familiar.

Considerado em suas diferentes acepções, o tempo está em toda parte: no calendário da parede, nos diversos relógios que pautam nossa vida, no nascer e no pôr-do-sol, nas fases da lua, nas estações do ano, bem como em nós mesmos - quando sentimos fome ou sono durante o dia ou testemunhamos no espelho as marcas da passagem dos anos.

Antiga preocupação filosófica, mais recentemente o tempo passou a ocupar também a mente dos cientistas, interessados em medi-lo e compreendê-lo. Para enxergarmos com clareza suas múltiplas faces, é necessário encarar o tempo igualmente sob múltiplos ângulos. O desafio depende de um esforço conjunto do qual devem participar filósofos, físicos e neurocientistas.


Segundo resultados teóricos e experimentais da física moderna, a velocidade da luz (e de qualquer onda eletromagnética) no vácuo é uma constante, sendo também a velocidade limite que não pode ser superada pela propagação de qualquer outro sinal.

Quando admiramos o céu em noite estrelada, vemos algo que jamais existiu exatamente daquela forma, porque cada estrela encontra-se mais perto ou mais longe da Terra, portanto a luz de cada uma delas percorre uma determinada distância em um tempo distinto. A luz das mais próximas viaja alguns poucos anos, enquanto a das mais distantes leva bilhões de anos para atingir nossas retinas. Muitas estrelas que vemos hoje já não existem - explodiram e desapareceram há milhares ou milhões de anos.

Fábrica de Ilusões

Em uma escala de tempo muito menor, impulsos nervosos produzidos pelos estímulos que nos rodeiam - e que vão se transformar em sons, imagens, cheiros - também apresentam velocidade finita de propagação, bem como diferentes tempos de processamento neural. Olhar, ouvir, cheirar e sentir o mundo a nossa volta assemelha-se, portanto, a olhar um céu estrelado: as sensações chegam ao cérebro em momentos distintos, mesmo que tenham partido de um mesmo objeto no mesmo instante. Com alguma prática, o cérebro torna-se hábil em juntar estímulos assíncronos para fazê-los parecer simultâneos. Assim percebemos - ilusoriamente - como síncronos a imagem de lábios que se movem e o som da voz de quem fala.

A ilusão de uma consciência instantânea e simultânea aos estímulos sensoriais que a evocam foi denominada "presente especioso" pelo psicólogo e filósofo americano William James (1842-1910). James considerava o presente ilusório não apenas pelo conteúdo temporal da consciência surgir com atraso em relação ao mundo, ou por dar coerência temporal a uma atividade neural inevitavelmente assíncrona. Ele percebia o presente como uma sensação estendida no tempo, possivelmente exigindo, de um lado, a reevocação de um passado recente guardado na memória de curtíssimo prazo e, de outro, a expectativa de um futuro iminente.

A finitude, tanto da velocidade da luz quanto da propagação da informação no sistema nervoso, conduz a um segundo paralelo entre a física e a neurociência do tempo: a relatividade da simultaneidade.

Segundo a teoria da relatividade proposta por Albert Einstein, se dois eventos A e B (por exemplo, o piscar de duas lâmpadas) são vistos por alguém como simultâneos, um segundo observador, em movimento retilíneo uniforme em relação ao primeiro, poderá vê-los como não simultâneos: a lâmpada A piscando antes da B se o observador estiver se deslocando em um sentido, ou o contrário quando ele se mover na direção oposta. Como ambos os observadores são totalmente equivalentes, já que não existe um "éter" preenchendo o espaço ou algo especial que torne absoluto algum local dele, as duas observações, embora contraditórias, são legítimas e também equivalentes.

Da mesma forma, resultados obtidos em nosso laboratório na Universidade de São Paulo (USP) e por outros pesquisadores demonstram consistentemente que dois estímulos simultâneos - visuais, auditivos ou tácteis - poderão ser ou não percebidos simultaneamente dependendo de vários fatores psicofísicos, entre eles o foco de atenção. Em um típico experimento de julgamento de ordem temporal (JOT), um voluntário senta-se à frente do monitor do computador e fixa o olhar em um ponto demarcado da tela, onde será apresentada uma rápida sucessão entre dois estímulos visuais separados por certa distância. Sua tarefa é relatar qual estímulo foi percebido primeiro. Se prestar atenção ao local onde um dos estímulos será apresentado (mesmo que não dirija o olhar àquele local), as chances de que ele o perceba antes do outro estímulo são muito maiores, mesmo que ambos sejam simultâneos. Nesse caso, a alocação da atenção a um ou outro estímulo teria papel equivalente à mudança do referencial inercial do qual se faz a observação da ordem dos eventos - tal como enunciado pela teoria da relatividade.

Não apenas a ordem e a simultaneidade de dois eventos podem ser relativas para a física e as neurociências, distâncias espaciais e intervalos temporais também são. Segundo a teoria da relatividade, o comprimento de um objeto ou a duração de um evento serão relativos ao referencial inercial em que se encontra o observador. Se ele estiver em movimento em relação ao objeto, seu comprimento será menor se comparado ao mesmo objeto medido por um observador estacionário. O fator de contração é dado pelas equações de transformação de Lorentz . Contração semelhante ocorre quando um observador, cujo referencial inercial está em movimento em relação a um evento, mede a duração deste e compara o resultado com o do observador estacionário.

Experimentos psicofísicos semelhantes ao JOT mostram que a percepção de duração é relativa também ao estado do observador. Fisiologicamente, a incerteza de um julgamento temporal aumenta com a duração do intervalo julgado. Esse resultado, denominado propriedade escalar da percepção de tempo, parece decorrer de um fenômeno psicofísico mais geral, conhecido como lei de Weber (proposto por Ernst Weber, em 1831), segundo o qual para percebermos que um dado estímulo sensorial sofreu variação, o acréscimo (ou decréscimo) mínimo necessário deve ser proporcional à magnitude inicial do estímulo original. Isso talvez ajude a entender por que o tempo parece passar cada vez mais depressa à medida que envelhecemos.

Todos nós também já experimentamos a sensação de o tempo "voar", quando estamos em lugares ou situações agradáveis, ou de se "arrastar", nos momentos em que esperamos com ansiedade algo acontecer. Novamente, parece ser a atenção que prestamos à sucessão de eventos em curso o fator determinante de nossa experiência temporal. Vários estudos demonstram que a duração de um estímulo sensorial, tal como percebida por um observador, é fortemente influenciada pela atenção que ele dispensa ao estímulo.

A percepção temporal pode ser alterada também pela ação de drogas ou doenças que provavelmente modificam circuitos neurais cuja atividade determina nossa capacidade de julgar a duração de um intervalo temporal ou a ordem de dois eventos. A doença de Parkinson, por exemplo, caracteriza-se pela disfunção em certas via neurais que utilizam dopamina como neurotransmissor. Os pacientes manifestam comprometimento da organização temporal de ações motoras e nítido prejuízo no desempenho de tarefas que requerem exclusivamente a percepção de intervalos de tempo. Resultados de nosso laboratório mostram que pacientes com Parkinson exibem significativa redução da precisão no julgamento da ordem temporal de dois eventos visuais, quando comparados a voluntários saudáveis da mesma idade.

Podemos novamente estabelecer um paralelo entre a mudança de referencial em que medidas de intervalos temporais são realizadas e a modificação na atividade de circuitos neurais responsáveis pela codificação do tempo, seja pela modulação fisiológica exercida pela atenção, seja pela interferência de fármacos ou por doenças. Em ambos os casos, o intervalo temporal medido fisicamente ou percebido fisiologicamente é relativo ao referencial em que se situa o observador.

Setas do Tempo

Podemos dizer que, em essência, somos as nossas memórias. Aquilo que declaramos e contamos compõe a chamada memória declarativa, da qual fazem parte fatos sobre o mundo e sobre nossas próprias experiências.

Estima-se que mais da metade das conversações adultas se refiram a eventos passados ou futuros, e essa habilidade de "viajar no tempo", acreditam muitos neurocientistas, é exclusiva do ser humano. É possível que seu aparecimento tenha sido um passo decisivo no processo evolutivo da espécie. Viajando no tempo, entre memórias e projetos, podemos reavaliar experiências passadas, com suas possíveis causas, e ponderar cenários futuros, com suas eventuais conseqüências, o que aumenta a probabilidade de optarmos por decisões e ações mais adaptativas.

Entretanto, existe nítida assimetria entre a memória de um evento passado, cristalizado e único em sua realidade, e a expectativa de um evento futuro, aberto e múltiplo em suas potencialidades.

Em meados do século XX, o matemático austríaco Kurt Gödel obteve uma solução para as equações do campo gravitacional propostas por Einstein na teoria da relatividade geral. Segundo ele, seria possível, sob certas condições, a existência de órbitas fechadas ao longo do espaço-tempo quadridimensional, o que significa que um objeto, em uma viagem ao longo dessa trajetória, voltaria no tempo. Tais resultados trazem à tona o relevante papel desempenhado pelo conceito de causalidade na ciência.

Esse aspecto se torna mais claro com o exemplo do astronauta que, viajando ao longo de uma alça fechada do espaço-tempo, retorna ao passado e, por descuido, provoca um acidente que mata a própria mãe, ainda jovem, antes mesmo de ter sido gerado por ela. Embora muito próximos da ficção científica, tais argumentos baseiam-se em resultados físicos rigorosamente formulados.

Para David Hume, filósofo escocês do século XVIII, a crença na relação causal entre dois eventos decorre apenas do fato de nos habituarmos a vê-los numa dada ordem temporal. Daí viria a sólida, porém ilusória, idéia de que toda conseqüência é precedida de uma causa. No século XX, Hans Reichenbach teceu o conceito de "cadeias causais" para ordenar eventos no tempo. Seguidos em determinado sentido, os eventos ordenam-se de acordo com um princípio de "causalidade"; no sentido oposto, ordenam-se segundo uma "finalidade". A definição de um sentido do tempo (a chamada seta do tempo) ou a escolha da causalidade em detrimento da finalidade é, na visão do filósofo da ciência alemão, uma conseqüência da segunda lei da termodinâmica, segundo a qual a entropia (ou, intuitivamente, o grau de desordem) de um sistema isolado tende a aumentar. O aumento da entropia definiria, portanto, o sentido da seta do tempo.

Quando assistimos a um filme em que cacos de vidro espalhados no chão se aproximam uns dos outros e finalmente se juntam, sabemos imediatamente que ele está sendo projetado de trás para frente. Do ponto de vista termodinâmico, a desordem (entropia) do copo aumenta quando ele se quebra, espalhando cacos pelo chão. O aumento da entropia seria uma indicação segura da direção do tempo, que jamais retrocederia pelas mesmas razões pelas quais a entropia não poderia diminuir. Há, no entanto, problemas sutis nesse raciocínio, detectados pela primeira vez no final do século XIX pelo físico austríaco Ludwig Boltzmann.

Em minuciosa análise termodinâmica, Boltzmann notou que, partindo de um instante no tempo, a entropia de um sistema deve aumentar tanto em direção ao futuro quanto em direção ao passado. Ou seja, a seta do tempo teria duas pontas. Para observarmos hoje o aumento da entropia, como prescrito pela segunda lei da termodinâmica, ela precisaria necessariamente ser menor no passado remoto. Logo, o problema da seta do tempo, na física, parece implicar considerações cosmológicas, remontando a condições termodinâmicas que caracterizaram a origem do Universo. Sob o prisma das neurociências, a assimetria entre eventos já registrados e aqueles ainda por serem gravados em nossa memória parece oferecer, ainda que sem rigor matemático, uma distinção satisfatória entre passado e futuro (e qual deles deve acontecer primeiro).

O ato de observar e medir um evento passou a fazer parte da física com o advento da mecânica quântica, segundo a qual observador e observado acoplam-se, indissociavelmente, na mensuração de um dado estado físico (descrito por uma função de onda). Muitos filósofos e físicos acreditam que o tempo perceptivo registrado por um observador possa, portanto, ter papel relevante na determinação da seta do tempo.

O físico britânico Paul Davies acredita que o fluxo do tempo é resultado de um processo subjetivo, a ser explicado pelas neurociências e não pela física. Pelo menos duas interessantes conexões existem entre os objetos de estudo das duas disciplinas. A primeira é aquela, já mencionada, que vincula um observador consciente ao fenômeno por ele observado. É o ato da observação que transforma as probabilidades descritas pela função de onda em um valor ou estado físico definido e único. Nas palavras de John Wheeler, importante físico americano do século XX: "nenhum fenômeno elementar é um fenômeno até que ele seja um fenômeno observado ou registrado." A segunda conexão entre física e neurociências é a semelhança matemática e conceitual existente entre a definição de entropia, proposta por Boltzmann, e a definição de informação, que o matemático americano Claude Shannon apresentou em meados do século XX. A entropia seria uma medida de nossa ignorância sobre um sistema, sendo a aquisição de informação sobre ele o equivalente a uma redução de sua entropia (negentropia). O atrativo dessa analogia é que, enquanto entropia é um clássico ingrediente de formulações termodinâmicas, informação é a matéria prima, por excelência, da atividade neural.

Percepção do Tempo

Pouco depois do surgimento da teoria da relatividade, o professor de matemática de Einstein, Hermann Minkowski, propôs uma formalização em que tempo e espaço passam a fazer parte de uma única estrutura geométrica. Formada pela fusão de três dimensões espaciais e uma temporal, essa estrutura é conhecida desde então como espaço-tempo quadridimensional. Embora mantenha suas peculiaridades, espaço e tempo devem, de acordo com a relatividade, ser considerados em conjunto, oferecendo um arcabouço único para a descrição dos eventos físicos.

Nossas percepções de espaço e tempo também não existem de forma independente, e tarefas perceptivas que exigem julgamento espaço-temporal possuem longa história nas neurociências. Em 1796, o astrônomo real do observatório de Greenwich, Reino Unido, despediu seu assistente em razão das constantes discrepâncias, da ordem de vários décimos de segundo, na observação do trânsito estelar. As observações exigiam o julgamento, em relação a um ponto de referência no observatório, da localização de uma estrela em um exato instante de tempo marcado pelo tique-taque audível de um relógio. A precisão dessas observações era crítica para as medidas astronômicas, o que levou o problema para os laboratórios sob a forma de procedimentos que ficaram conhecidos como experimentos de complicação, idealizados pelo pai da psicologia fisiológica, Wilhelm Wundt. Tais experimentos implicavam a comparação simultânea de estímulos em movimento contínuo e estímulos de apresentação súbita.

Reportar a localização de um dado objeto em movimento no exato instante em que um outro evento ocorre é, genuinamente, uma tarefa espaço-temporal. Não só um julgamento espacial deve ser realizado simultaneamente a um julgamento temporal, as percepções de espaço e tempo podem - e talvez devam - compartilhar circuitos neurais que são superpostos quanto a esse processamento.

Mais recentemente, o interesse em experimentos de complicação foi reavivado pela descoberta de uma ilusão visual simples, porém ainda muito controversa: o efeito flash-lag. Um objeto em movimento é percebido como se estivesse à frente de sua real posição no instante em que um evento, que ocorre subitamente, é utilizado como referencial no tempo.

Muito se tem debatido sobre as origens neurofisiológicas desse fenômeno, mas um aspecto que demonstramos com alguma segurança é sua modulação por fatores atencionais: a magnitude do efeito flash-lag aumenta ou diminui à medida que prestamos menos ou mais atenção aos estímulos em questão (o que pode parcialmente explicar a tendência dos árbitros auxiliares, em partidas de futebol, de indicar impedimentos inexistentes). A modulação atencional de uma ilusão que implica a percepção de tempo e espaço sugere, mais uma vez, que a atenção entra em cena como uma espécie de "mudança de referencial", no qual eventos espaço-temporais tomam parte.

Uma das razões pelas quais as percepções de tempo e espaço talvez se fundem em uma mesma estrutura espaço-temporal é que a determinação subjetiva de tempo possa depender mais de "como" é representada pelo sistema nervoso, e menos de "quando". Steven Hillyard, da Universidade da Califórnia, mostrou recentemente que a modulação atencional da percepção de ordem temporal, produzida por dois estímulos sonoros, era codificada por variações nas amplitudes de potenciais elétricos observados nos respectivos circuitos neurais envolvidos, e não por suas latências ou qualquer outra variável temporal. Portanto, espaço e tempo não são traduzidos necessária e respectivamente por códigos espaciais e temporais, mas ambos poderiam ser representados pelo sistema nervoso como códigos neurais que nada têm a ver diretamente com as características espaciais e temporais daquilo que representam. Esses mecanismos sugerem um análogo neural, ainda que metafórico, ao espaço-tempo físico.

Blocos de Tempo

Heráclito de Éfeso, que viveu na Grécia entre os séculos VI e V a.C., via o Universo como um processo contínuo de mudança: "todas as coisas estão em perpétuo estado de fluxo". Um de seus mais famosos aforismos diz que "no mesmo rio entramos e não entramos, somos e não somos". Ou seja, não podemos nos banhar duas vezes no mesmo rio, pois na segunda vez as águas do rio - em perpétuo fluxo - já não serão as mesmas, assim como nós mesmos já teremos mudado.

No entanto, o escrutínio filosófico e as formalizações físicas não conseguem determinar a existência de um fluxo temporal único, contínuo e objetivo. Não há resposta para certas perguntas, por exemplo, "qual a velocidade do tempo?" (exceto, talvez, para uma personagem do escritor português José Saramago, que afirma que o tempo passa a uma velocidade de 60 minutos por hora). Esse incômodo beco sem saída tem levado à concepção do tempo como um bloco. O espaço-tempo de Minkowski conteria toda a eternidade: passado, presente e futuro mapeados nesse bloco único. Embora a sensação de um "agora" desempenhe papel central em nossa vida, a intuição é subvertida por concepções relativísticas, segundo as quais todos os instantes desse "tempo blocado" são igualmente reais. O fluir do tempo, do passado ao futuro, passando pelo "agora" que nitidamente sentimos, surgiria em nosso cérebro como o resultado de fazermos, ativa e conscientemente, uma observação desse bloco espaço-temporal. Essa observação então corresponderia, para cada observador, a uma fatia do bloco, que contém a cota de espaço que chamamos "aqui" e o instante de tempo que chamamos "agora".

Essa visão física se aproxima da concebida por Platão no século IV a.C. Em um de seus famosos diálogos, Timeu, o tempo seria uma "imagem móvel da eternidade". Já a concepção neurocientífica nos leva ao pensamento de Santo Agostinho, que viveu oito séculos mais tarde, para quem passado e futuro não existem. Quando olhamos para o passado, ele já se foi: é uma memória. Quando procuramos o futuro, ele ainda não chegou: é uma expectativa. Portanto, somente o presente existe, conclui o filósofo. O tempo seria uma criação da mente humana - quando medimos uma extensão temporal, estamos na verdade medindo memórias do passado e expectativas do futuro. Santo Agostinho é o primeiro pensador ocidental a destacar claramente o caráter subjetivo do tempo.

É possível que as múltiplas faces do tempo tenham individualidade própria. E que os múltiplos "tempos" tenham, portanto, de ser tratados de forma particularizada ou independente, pelo respectivo nível descritivo que o aborda. Seria preciso considerar por exemplo as diferentes naturezas da "fibra" do tempo, com a qual seriam tecidos, em diferentes planos, os múltiplos e distintos tempos físico, biológico, neural e social. Enquanto isso, continuaremos a enfrentar o desafio de compreender como o tempo flui através da mente, já que, fora dela, o rio de Heráclito existe, mas está congelado

Tempo nas neurociências

O surgimento de mecanismos neurais que processam o tempo foi essencial para nossa evolução. O controle neural do tempo é crucial para atividades cuja escala varia entre milésimos de segundo a décadas. São elas: regulação de funções vegetativas e de comportamentos que oscilam periodicamente (ritmos biológicos); funções motoras nas quais a seqüência e coordenação de movimentos exigem grande precisão temporal, da ordem de milissegundos; percepção de sucessão, ordem, intervalos e durações temporais, que se estendem de frações de segundo às memórias que construímos ao longo da vida.

Em seres humanos e outros animais, o processamento neural do tempo tem sido abordado por meio de técnicas como ensaios comportamentais, análises moleculares, métodos eletrofisiológicos, farmacológicos, clínicos e de neuroimagem. Os resultados mais recentes indicam que diferentes módulos neurais participam dos diversos tipos de processamento temporal, dependendo da escala de tempo e da natureza da tarefa.

Ritmos circadianos, por exemplo, operam em períodos de 24 horas, determinando comportamentos tais como o ciclo vigília-sono e a alimentação. Seu controle depende de circuitos neurais localizados no núcleo supraquiasmático do hipotálamo, que oscilam sob a influência de ritmos externos, como o ciclo claro-escuro produzido pela rotação diária da Terra. Ritmos biológicos, produzidos endogenamente por osciladores neurais, são extremamente úteis no ajuste homeostático e na sincronização de comportamentos aos ritmos exógenos gerados pela natureza periódica de rotação e translação do planeta.

Estudos recentes mostram a existência de dois outros sistemas neurais, relativamente independentes, do processamento temporal. O primeiro é um sistema automático do qual participa o cerebelo, opera na escala de milissegundos e se relaciona à marcação temporal de eventos discretos (descontínuos). O segundo sistema relaciona-se a eventos contínuos, é controlado por mecanismos cognitivos e atencionais e envolve os núcleos da base e várias áreas corticais no processamento de eventos temporais cuja escala de tempo iguala ou supera um segundo. Observações clínicas sugerem que lesões cerebelares comprometem aspectos temporais determinantes da transição de estados motores, enquanto lesões dos núcleos da base comprometeriam, temporalmente, a transição de estados atencionais. Esses núcleos subcorticais parecem estar envolvidos, junto com circuitos dos córtices pré-frontal e parietal posterior, na representação cognitiva de números, seqüências e magnitudes. Dessa forma, áreas neurais comuns participariam de tarefas cuja essência são contagem e o ordenamento, seja temporal, seja numérico. Um possível papel dos núcleos da base seria o de monitorar a atividade que circula entre eles, o tálamo e o córtex cerebral, agindo como detectores de coincidência que controlam o fluxo de informação.

O Tempo na Física

Um dos pilares da física moderna é a obra monumental de Isaac Newton (1642-1727). Em um mesmo modelo teórico, Newton concebeu um sistema mecânico que unificou a física dos corpos em movimento - de maçãs caindo de árvores a órbitas de luas e planetas. A metafísica de Newton adotava a visão de tempo e espaço absolutos. Em relação ao espaço, ele defendia uma forma de "substantivalismo", de um espaço como "substância" - visão oposta ao "relacionismo" adotado por Leibniz, seu contemporâneo. Newton percebeu que, em relação ao espaço absoluto, um movimento uniforme, com velocidade constante, exigiria o fluir de um tempo absoluto. Como afirmou em sua obra Principia mathematica, "O tempo absoluto, verdadeiro e matemático, por si mesmo, e por sua própria natureza, flui uniformemente sem relação com nenhuma coisa externa. [...] Todos os movimentos podem ser acelerados ou retardados, mas o fluxo do tempo absoluto não é sujeito a nenhuma mudança".

Assim, um único "agora" preencheria todo o espaço, desde o local em que você, leitor, se encontra lendo essas páginas, até uma estrela distante, na borda da galáxia ou nos confins do Universo. Embora tenha despertado o questionamento crítico de alguns físicos e filósofos, essa cosmovisão persistiu por mais de 200 anos, e ainda hoje se encontra entranhada nas concepções de muitos de nós. Em meados do século XIX, James Clerk Maxwell colocou, ao lado da mecânica de Newton, uma síntese do eletromagnetismo igualmente unificadora, que expressava, por meio de quatro elegantes equações, todo um conjunto de resultados empíricos relativos a fenômenos elétricos e magnéticos. Com base nas equações de Maxwell, e em experimentos muito precisos realizados no final do século XIX, mostrou-se que a velocidade de uma onda eletromagnética (e, portanto, da luz) no vácuo, era a mesma em qualquer direção: pouco mais de 1 bilhão de km/h. Os resultados conduziram a uma inconveniente contradição entre essas duas teorias físicas - as mais bem-sucedidas até então.

O início do século XX foi marcado por abalos que dilaceraram os alicerces da física clássica. Personagem principal desse fecundo capítulo da história da ciência, Albert Einstein (1879-1955) protagonizou a demolição da física newtoniana. Com suas teorias da relatividade (a especial, de 1905, e a geral, de 1916), propôs um modelo de Universo no qual espaço e tempo não são independentes nem absolutos, mas se fundem em um único espaço-tempo quadridimensional, em que uma onda eletromagnética propaga-se com velocidade constante em relação a qualquer referencial inercial em que seja medida. Como conseqüência da constância da velocidade da luz, conceitos temporais como simultaneidade e duração ou espaciais, como distância e comprimento, tornam-se relativos a um dado referencial inercial. Com as teorias de Einstein, a unidade e a coerência da física foram preservadas e, de quebra, uma visão radicalmente nova do universo tomou o lugar das concepções usuais de espaço e tempo.

Para conhecer mais, leia:

O Tecido do Cosmo. Brian Greene, Companhia das Letras, 2005.
Time. Philip Turetzky, Routledge, 1998.

What makes us tick? Functional and neural mechanisms of interval timing. C. V. Buhusi e W. H. Meck, em Nature Reviews Neuroscience, vol. 6, págs. 755-765, 2005.
 


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Roberto Santos

domingo, 14 de março de 2010

Atualidades...

Sonda descobre depósitos de gelo no polo norte da Lua

Por: BBC Brasil 
 
A sonda lunar indiana Chadrayaan-1, equipada com um radar americano, identificou depósitos de gelo em mais de 40 crateras no polo norte da lua, informou a Nasa durante uma conferência de ciência planetária no Texas, Estados Unidos. Outros compostos, como hidrocarbonetos, estão misturados ao gelo lunar, segundo os resultados de uma missão da Nasa ao satélite chamada LCROSS.

As crateras contendo gelo têm diâmetro entre 2 km e 15 km, mas a quantidade de gelo em cada uma delas varia.

A Nasa, no entanto, afirma que as camadas de gelo devem ter pelo menos dois metros de espessura para terem sido identificadas pelo radar Mini-Sar, da agência americana, a bordo da sonda indiana.

O cientista Paul Spudis, do Instituto Lunar e Planetário de Houston, estimou que haja pelo menos 600 milhões de toneladas de gelo nessas crateras. 
 
Na sombra

Em comum, as crateras têm grandes áreas onde a luz do sol nunca chega. Em algumas delas, a temperatura pode chegar a 25 Kelvin (248ºC negativos) – mais frio do que a superfície de Plutão – permitindo que o gelo permaneça estável.

“Na sua maioria, é puro gelo que pode estar sob alguns centímetros de regolito (camada de material solto que cobrem a superfície) lunar seco", disse Spudis. Esta camada protetora de solo poderia evitar que blocos de puro gelo evaporassem, mesmo em áreas expostas à luz do sol, explicou ele.

Mas, segundo Spudis, “agora podemos dizer com alguma confiança que uma presença humana sustentável na Lua é possível. É possível usando os recursos que encontramos lá. Os resultados dessas missões, que vimos nos últimos meses, estão revolucionando totalmente nossa visão da Lua.” 
 
Sondas não tripuladas

A Chandrayaan-1 foi a primeira contribuição da Índia para a frota de sondas não tripuladas lançadas à Lua nos últimos anos. O Japão, a Europa, a China e os Estados Unidos também enviaram missões com equipamentos para explorar o satélite em detalhes sem precedentes. Os cientistas também descobriram que o gelo encontrado na Lua tem procedências e características variadas.

Um dos meios mais importantes de formação de água na Lua é pela interação com o vento solar, o fluxo de partículas que se move rápida e constantemente para fora do Sol.

A radiação espacial detona uma reação química na qual átomos de oxigênio já encontrados no solo adquirem núcleos de hidrogênio, formando moléculas de água e a molécula mais simples de hidrogênio e oxigênio (HO). Esta água “adsorvida” pode estar presente em finas camadas cobrindo o solo lunar.

A missão da LCROSS ainda identificou a presença, no solo lunar, de hidrocarbonetos, como etilenos. Segundo o cientista chefe da missão, Anthony Colaprete, do Centro de Pesquisas Ames, da Nasa, os hidrocarbonetos podem ter chegado à superfície lunar trazido por cometas e asteroides – outra fonte vital de água lunar. Mas, ele acrescentou, algumas dessas formações poderiam ter surgido através de reações químicas entre grãos de poeira inter-estelar acumulados na Lua.
 
 
Descoberto novo modo de produzir eletricidade

Por: Inovação Tecnológica

Um grupo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, descobriu um fenômeno inédito que faz com que ondas de energia sejam criadas ao longo de nanotubos de carbono. Segundo os pesquisadores, o fenômeno até agora desconhecido poderá levar a uma nova forma de produzir eletricidade.

O fenômeno, descrito como "ondas termoelétricas", "abre uma nova área de pesquisa na área de energia, o que é raro," afirmou Michael Strano.

Da mesma forma que um monte de detritos é atirado pelas ondas em uma praia depois de terem viajado pelo oceano, a onda térmica - um pulso de calor em movimento - viajando ao longo do fio microscópico de carbono pode arrastar elétrons em seu caminho, criando uma corrente elétrica.

O ingrediente principal dessa nova receita de energia é o nanotubo de carbono, uma estrutura com dimensões na faixa dos bilionésimos de metro, na qual os átomos de carbono estão dispostos como se fossem uma tela de arame enrolada. Os nanotubos de carbono fazem parte de uma família muito promissora de novas materiais, que inclui ainda os buckyballs e o grafeno.

Princípio de funcionamento

No estudo, cada um dos nanotubos de carbono, que são bons condutores tanto de eletricidade quanto de calor, foram recobertos com uma camada de um combustível altamente reativo e que gera um forte calor à medida que se decompõe.

O combustível é então inflamado em um dos lados dos nanotubos, o que pode ser feito por um feixe de laser ou por uma faísca elétrica, resultando em uma onda térmica que se desloca velozmente ao longo do nanotubo de carbono.

O calor do combustível é transferido para o nanotubo, onde ele passa a se deslocar milhares de vezes mais rapidamente do que a própria queima do combustível. À medida que o calor, que caminha mais rápido do que a chama, realimenta a camada de combustível, cria-se uma onda térmica que caminha ao longo do nanotubo.

Com uma temperatura de mais de 2.700º C, o anel de calor se espalha ao longo do nanotubo a uma velocidade 10 mil vezes maior do que o espalhamento normal da reação química de queima do combustível. O calor produzido pela combustão também desloca elétrons pelo nanotubo, criando uma corrente elétrica significativa.

Ondas de combustão

Ondas de combustão - neste caso o pulso de calor viajando através do fio de carbono - "têm sido estudadas matematicamente há mais de 100 anos," afirma Strano, mas esta é a primeira vez que se observa seu efeito em um nanotubo, verificando que a onda de calor pode movimentar elétrons em intensidade suficiente para produzir eletricidade em quantidade apreciável.

A intensidade do pico de tensão criado inicialmente ao longo dos nanotubos imediatamente surpreendeu os pesquisadores. Depois de refinarem as condições do experimento, o sistema gerou uma energia que, proporcionalmente ao seu peso, é cerca de 100 vezes maior do que um peso equivalente de uma bateria de íons de lítio, as mais avançadas atualmente disponíveis.

Arrastamento eletrônico

A quantidade de energia liberada é muito maior do que a prevista pelos cálculos termoelétricos. Embora muitos materiais semicondutores possam produzir um potencial elétrico quando aquecidos, por meio do chamado efeito Seebeck, este efeito é muito fraco no carbono. "Nós chamamos de arrastamento eletrônico, uma vez que parte da corrente parece estar em escala com a velocidade da onda," diz Strano.

A onda térmica parece capturar e arrastar os transportadores de carga elétrica - ou elétrons ou lacunas de elétrons - da mesma forma que uma onda do mar pode capturar um monte de detritos ao longo da superfície e arrastá-lo. E, no caso do experimento gerador de eletricidade, a intensidade de portadores de carga "capturados" parece depender da velocidade da onda.

A teoria prevê que alguns tipos de combustível - o material reagente usado para revestir o nanotubo - poderão produzir ondas que oscilam. Desta forma, seria possível gerar corrente alternada, a mesma que abastece as residências e que é a base das ondas de rádio usadas em todos os dispositivos sem fios, como telefones celulares, aparelhos de GPS e inúmeros outros. Hoje, embora necessitem de corrente alternada, esses dispositivos utilizam baterias que geram corrente contínua, que deve ser convertida antes do uso. Este é o próximo experimento que os cientistas planejam fazer.

Aplicações

Os pesquisadores afirmam que, por ser muito recente, é difícil prever as aplicações possíveis da nova forma de geração de energia. Mas Strano se arrisca a falar na alimentação de minúsculos sensores ambientais, que poderiam ser espalhados pelo meio ambiente como se fossem poeira no ar, alimentados pela minúscula bateria de nanotubo de carbono.

Ou dispositivos médicos, nos quais o calor e a luz gerados poderiam ter interesse para o monitoramento de cápsulas do tamanho de grãos de arroz no interior do corpo humano, assim como para o aquecimento de determinadas áreas a serem tratadas.

De qualquer forma, é mesmo muito cedo para se falar em substituição de baterias. Ainda que eventuais baterias que funcionem sob o novo princípio possam armazenar sua energia indefinidamente, o sistema ainda é bastante ineficiente - a maior parte da energia é dissipada na forma de calor e luz - e pouco prático - baterias que se inflamam terão sérios problemas de segurança e conforto.

Um potencial de melhoria do sistema estaria na utilização de nanotubos distanciados uns dos outros, permitindo uma forma de controle da queima. Isso também aumentaria a eficiência do gerador, uma vez que os experimentos demonstraram que nanotubos individuais são mais eficientes na geração de energia do que nanotubos aglomerados em grandes amostras.
 

Educação de quarto mundo

Por: Lya Luft - Revista Veja 
 
No meio da tragédia do Haiti, que comove até mesmo os calejados repórteres de guerra, levo um choque nacional. Não são horrores como os de lá, mas não deixa de ser um drama moral.

O relatório "Educação para todos", da Unesco, pôs o Brasil na 88ª posição no ranking de desenvolvimento educacional. Estamos atrás dos países mais pobres da América Latina, como o Paraguai, o Equador e a Bolívia. Parece que em alfabetizar somos até bons, mas depois a coisa degringola: a repetência média na América Latina e no Caribe é de pouco mais de 4%. No Brasil, é de quase 19%.

No clima de ufanismo que anda reinando por aqui, talvez seja bom acalmar-se e parar para refletir. Pois, se nossa economia não ficou arruinada, a verdade é que nossas crianças brincam na lama do esgoto, nossas famílias são soterradas em casas cuja segurança ninguém controla, nossos jovens são assassinados nas esquinas, em favelas ou condomínios de luxo somos reféns da bandidagem geral, e os velhos morrem no chão dos corredores dos hospitais públicos. Nossos políticos continuam numa queda de braço para ver quem é o mais impune dos corruptos, a linguagem e a postura das campanhas eleitorais se delineiam nada elegantes, e agora está provado o que a gente já imaginava: somos péssimos em educação.

Pergunta básica: quanto de nosso orçamento nacional vai para educação e cultura? Quanto interesse temos num povo educado, isto é, consciente e informado - não só de seus deveres e direitos, mas dos deveres dos homens públicos e do que poderia facilmente ser muito melhor neste país, que não é só de sabiás e palmeiras, mas de esforço, luta, sofrimento e desilusão?

Precisamos muito de crianças que saibam ler e escrever no fim da 1ª série elementar; jovens que consigam raciocinar e tenham o hábito de ler pelo menos jornal no 2º grau; universitários que possam se expressar falando e escrevendo, em lugar de, às vezes com beneplácito dos professores, copiar trabalhos da internet.

Qualidade e liberdade de expressão também são pilares da democracia. Só com empenho dos governos, com exigência e rigor razoáveis das escolas - o que significa respeito ao estudante, à família e ao professor - teremos profissionais de primeira em todas as áreas, de técnicos, pesquisadores, jornalistas e médicos a operários.

Por que nos contentarmos com o pior, o medíocre, se podemos ter o melhor e não nos falta o recurso humano para isso? Quando empregarmos em educação uma boa parte dos nossos recursos, com professores valorizados, os alunos vendo que suas ações têm consequências, como a reprovação - palavra que assusta alguns moderníssimos pedagogos, palavra que em algumas escolas nem deve ser usada, quando o que prejudica não é o termo, mas a negligência. Tantos são os jeitos e os recursos favorecendo o aluno preguiçoso que alguns casos chegam a ser bizarros: reprovação, só com muito esforço. Trabalho ou relaxamento têm o mesmo valor e recompensa.

Sou de uma família de professores universitários. Exerci o duro ofício durante dez anos, nos quais me apaixonei por lidar com alunos, mas já questionava o nível de exigência que podia lhes fazer. Isso faz algumas décadas: quando éramos ingênuos, e não antecipávamos ter nosso país entre os piores em educação. Quando os alunos ainda não usavam celular e iPhone na sala de aula, não conversavam como se estivessem no bar nem copiavam seus trabalhos da internet - o que hoje começa a ser considerado normal. Em suma, quando escola e universidade eram lugares de compostura, trabalho e aprendizado. O relaxamento não é geral, mas preocupa quem deseja o melhor para esta terra.

Há gente que acha tudo ótimo como está: os que reclamam é que estão fora da moda ou da realidade. Preparar para as lidas da vida real seria incutir nos jovens uma resignação de usuários do SUS, ou deixar a meninada "aproveitar a vida": alguém pode me explicar o que seria isso?
 
 
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terça-feira, 9 de março de 2010

Biologia - Resumos 01


Genética

             Anticorpos

O que é?
 
O anticorpo é uma proteína específica que reage apenas com o corpo estranho contra o qual foi produzido.

Ação dos anticorpos e outras informações
 
No caso de uma picada de inseto, o corpo produzirá anticorpos contra os antígenos deste, ou seja, se você for picado por um borrachudo, os anticorpos produzidos combaterão somente os efeitos causados pelo borrachudo, não servindo para picadas de nenhum outro inseto.

Os anticorpos agem aderindo à superfície do corpo estranho, isto impede a multiplicação dos microorganismos e inibe a ação das toxinas.

A reação do anticorpo contra o corpo estranho chama-se reação antígeno-anticorpo, esta, atrai macrófagos que fagocitam tanto o anticorpo quanto o corpo estranho. Após este procedimento, o macrófago se autodestrói (este processo é conhecido como autólise).

A ação dos anticorpos começa bem cedo, ainda na fase intra-uterina eles já começam a trabalhar copiando e armazenando todas as sequências de aminoácidos existentes no corpo do feto.

Após o nascimento, ele atuará na defesa de nosso organismo da seguinte forma: através da ação vigia do linfócito C, que após ser atraído para os locais onde houve morte celular, fará o reconhecimento de todas as proteínas (aminoácidos).

No caso de um trauma físico, os linfócitos não encontrarão proteínas desconhecidas, e, só então, atrairão neutrófilos (células responsáveis pela reparação tecidual) para a região.

Contudo, se alguma proteína desconhecida for encontra, o linfócito liberará histamina para atrair outros linfócitos à região (este processo é conhecido como quimiotaxia). Isto ocorre, pois, um único linfócito não conhece todas as proteínas de nosso corpo, mas vários juntos, conhecem toda a seqüência de aminoácidos de nosso corpo.

Se após esta junta a proteína ainda permanecer desconhecida, um outro tipo de linfócito (linfócito T) será atraído para a região com a finalidade de elaborar o protótipo de um anticorpo, contudo, este processo nem sempre será rápido.

Após a criação do protótipo, o linfócito T passa a se multiplicar com bastante rapidez e a produzir uma enorme quantidade de anticorpos. Nesta etapa, o linfócito passará a se chamar plasmócito.

Após todo esse processo, ocorrerá a etapa já citada no terceiro e no quarto parágrafo deste texto, quando a finalidade inicial era fazer uma introdução a todo este percurso descrito.  

Células-tronco

Células-tronco, também chamadas de células estaminais, são indiferenciadas, ou seja, não possuem uma função determinada. Sua principal característica é a capacidade de se transformar em vários tipos de tecidos que constituem o corpo humano.
Elas podem ser de dois tipos:

- Células-tronco embrionárias: são aquelas retiradas do animal ainda na fase do embrião. Como característica principal apresentam uma enorme capacidade de se transformar em qualquer outro tipo de célula. Embora apresentem esta significativa capacidade, as pesquisas genéticas com estes tipos de células ainda encontram-se em processo de testes.

- Células-tronco adultas: podem ser encontradas em várias partes do corpo humano. Porém, são mais usadas para fins medicinais as células de cordão umbilical, da placenta e medula óssea. Pelo fato de serem extraídas da próprio paciente, oferecem pequeno risco de rejeição nos tratamentos médicos. Possuem uma desvantagem em relação às células-tronco embrionárias: a capacidade de transformação é bem pequena.

Geneticistas acreditam que no futuro próximo as células-tronco possam ser usadas na cura de diversas doenças como, por exemplo, leucemia, mal de Alzheimer, doença de Parkinson e até diabetes. Usando o método da clonagem terapêutica, várias lesões e enfermidades degenerativas seriam solucionadas. Músculos, tecidos, nervos e até mesmo órgãos poderão ser, em breve, reconstituídos com a aplicação deste tipo de tratamento, combatendo diversas doenças crônicas.

Os estudos genéticos e os tratamentos com células-tronco recebem fortes objeções de diversos setores da sociedade, principalmente dos religiosos. Por considerarem os embriões como sendo uma vida em formação, religiosos conservadores defendem que manipular ou inutilizar embriões de seres humanos constitui um assassinato. Em nações mais conservadoras, as experiências estão paradas ou reduzidas à utilização das células adultas. 

Clonagem

O que é?
 
Em genética, define-se a clonagem como o processo de se produzir cópias idênticas de seres vivos através de um fragmento específico do DNA. 

Informações e exemplos de clonagem 
 
Em biologia, um clone é um organismo multicelular geneticamente idêntico a outro. Gêmeos univitelinos (formados a partir de um mesmo zigoto) são clones naturais, que, por compartilharem do mesmo DNA, são geneticamente iguais.

A ciência tem realizado muitas pesquisas através da clonagem artificial. Neste método, ao invés de células sexuais (óvulo e espermatozóide) são utilizadas células somáticas (responsáveis pela formação de órgãos, pele e ossos).

Um exemplo deste tipo de experimento foi o processo de clonagem da ovelha Dolly, que foi gerada a partir de células somáticas retiradas de um animal adulto. Contudo, este clone apresentou alguns inconvenientes que resultaram na morte da ovelha..

De forma geral, podemos definir clonagem como um processo natural (como é o caso de gêmeos idênticos) ou artificial (quanto há a utilização de células somáticas) em que são produzidas cópias geneticamente idênticas de outro ser, através de reprodução assexuada.

Através deste processo, são obtidos indivíduos geneticamente iguais a partir de uma célula-mãe. Este é um método bastante comum de propagação de espécies de plantas, bactérias e protozoários.

Daltonismo

O que é?
 
O daltonismo é, na maioria das vezes, uma alteração de origem genética onde o indivíduo não é capaz de identificar as cores. Uma característica bastante comum deste distúrbio é a grande dificuldade que seus portadores possuem em diferenciar o verde do vermelho.  

Informações sobre o daltaonismo 
 
John Dalton foi o primeiro cientista a estudar este distúrbio, uma vez que ele mesmo era portador desta alteração visual. Em homenagem a este químico, esta dificuldade de percepção das cores passou a ser chamada de daltonismo.

Diretamente relacionada ao cromossomo X, esta “disfunção visual” é bem mais comum em homens do que em mulheres. Acredita-se que 8% da população seja portadora deste distúrbio, dentro deste percentual, apenas 1 % inclui as mulheres, os 7% restantes incluem o sexo masculino.

A mutação genética que provoca o daltonismo, dá aos daltônicos algumas vantagens como: uma visão noturna bem mais apurada em relação àqueles que não a possuem, e também, uma maior capacidade de reconhecerem elementos semi-ocultos que passariam despercebidos para os não daltônicos.

Atualmente não se conhece tratamentos para esse distúrbio; contudo, sendo conhecedora de suas limitações visuais, uma pessoa portadora de daltonismo pode ajustar-se a elas e levar uma vida normal.

Hemofilia

O que é?
 
A hemofilia é uma doença congênita e hereditária. Seus portadores sofrem de hemorragias de difícil controle, e, estas, podem ocorrer tanto de forma espontânea como através de pequenos traumatismos.

Entendendo mais sobre hemofilia 

Estas hemorragias ocorrem devido a uma deficiência na coagulação existente no sangue dos hemofílicos. Esta deficiência genética costuma afetar mais comumente os homens.

Pessoas com esta deficiência, necessitam passar por constantes transfusões de sangue para garantirem sua sobrevivência. Os três tipos mais comuns de hemofilia são a hemofilia A, B, e C.

A hemofilia A é conhecida como uma doença recessiva ligada ao cromossomo X, ou seja, o gene causador desta deficiência está localizado no cromossomo X. No caso das hemofilias A e B, estas atuam como caracteres recessivos ligados ao sexo.

A filha de um homem hemofílico apresentará sintomas de hemofilia caso carregue o gene defeituoso em seus dois cromossomos X, o que é bem mais difícil de ocorrer, pois, para isso, seria necessário que sua mãe também fosse portadora de um gene com esta deficiência.

Caso sua mãe não possua este gene, ela apenas será portadora do gene que recebido do pai, sendo que seu outro cromossomo X (recebido de sua mãe) estará livre desta deficiência. Consequentemente, ela não apresentará os sintomas da hemofilia; contudo, seus filhos (no caso de serem meninos) terão uma chance de 50% de sofrerem com esta doença.

Genoma Humano

O que é?
 
De forma simples, podemos dizer que genoma é o código genético do ser humano, ou seja, o conjunto dos genes humanos. No material genético podemos obter todas as informações para o desenvolvimento e funcionamento do organismo do ser humano. Este código genético está presente em cada uma das células humanas.

Informações 
 
O genoma humano apresenta-se em 23 pares de cromossomos que contem interiormente os genes. Todas as informações são codificadas pelo DNA (ácido desoxirribonucléico). O DNA, que possui um formato de dupla hélice é constituído por quatro bases que se juntam aos pares: adenina com timina e citosina com guanima.

O fator que mais tem despertado interesse é que através do mapeamento genético do genoma humano será possível, muito em breve, encontrar as causas de muitas enfermidades. Muitos medicamentos e vacinas poderão ser elaborados a partir das informações obtidas por estas pesquisas. Descobrindo o motivo de várias doenças, o ser humano poderá adotar medidas e comportamentos de prevenção. Uma pessoa poderá, por exemplo, saber que é geneticamente predisposta a desenvolver câncer de pulmão. Diante desta informação, poderá deixar de fumar e adotar medidas que previnam esta enfermidade.

Utilizando as pesquisas genéticas e exames especializados, já é possível detectar se um embrião herdou doenças graves, possibilitando um tratamento adequado desde os primeiros dias de vida. Este procedimento reduz o impacto da doença sobre o organismo, assim como suas sequelas. Futuramente, quando forem descobertas as funções de todos os genes humanos, muitos outros benefícios virão.

Um dos mais importantes cientistas da atualidade, o geneticista Craig Venture, proprietário da empresa de pesquisas genéticas Ventura, completou no ano de 2000 o sequenciamento genético de todos os genes humanos. Foram identificadas todas as bases (moléculas químicas que formam o DNA).

Paralelamente o Projeto Genoma, que contou com a participação de várias universidades e instituições de pesquisa do mundo todo (inclusive da USP – Universidade de São Paulo), também concluiu este mapeamento genético. 

Transgênicos

Introdução  

Nos últimos anos, com o desenvolvimento das pesquisas na área de engenharia genética, diversos estudos e trabalhos científicos tem demonstrado progressos importantes na manipulação de material genético de planta, animais e seres humanos. Alvos de discussões polêmicas sobre suas vantagens e desvantagens, a ciência dos transgênicos está em pleno avanço nos grandes laboratórios e universidades do mundo todo. Ambientalistas apontam afirmam que os alimentos transgênicos podem causar impactos irreversíveis ao meio ambiente. 

Polêmica  

Dentro deste debate científico, os alimentos transgênicos têm despertado grande interesse. Eles são modificados geneticamente em laboratórios e centros de pesquisa com o propósito de conseguir aprimorar a qualidade do produto (animal, vegetal, grão, fruta etc). Os materiais genéticos de plantas e animais são manipulados e muitas vezes combinados sucessivamente. Os organismos geneticamente modificados, depois da etapa laboratorial, são implantados na agricultura ou na pecuária. Várias nações estão adotando este método como forma de aumentar a produção e abaixar os custos com defensivos agrícolas e desperdício.

Exemplos
 
Na agricultura, por exemplo, uma técnica muito adotada é a introdução de gene inseticida em plantas. Desta maneira, a planta consegue produzir resistências a determinadas doenças da lavoura. As pesquisas de engenharia genética têm obtido muitos avanços na manipulação de DNA e RNA.

Biotecnologia  

A biotecnologia (tecnologia aplicada às pesquisas nos reinos vegetal e animal) adota essas técnicas também na produção de alimentos. Enquanto a engenharia genética tem usado e determinados métodos e procedimentos de produção de tecidos e órgãos humanos. Até mesmo seres vivos (animais até o momento) tem surgido destas pesquisas. O exemplo mais conhecido foi da ovelha Dolly. A técnica da clonagem foi usada gerando um novo ser vivo.
 
Síndrome de Down

O que é?
 
A Síndrome de Down consiste em um grupo de alterações genéticas, em que há a presença de um cromossomo a mais no cromossomo 21. Em genética este fenômeno é conhecido como trissomia .

Informações  

Os portadores desta síndrome possuem dificuldades na aprendizagem e incapacidade física bastante variável. O médico que descreveu esta doença genética foi o britânico John Langdon Haydon Down.

Esta deficiência é uma das mais comuns dentro da genética. Um dos fatores que mais influenciam esta síndrome é a idade da mãe. As chances de um bebê ser portador da síndrome de down é bem maior quando sua mãe tem mais de 40 anos de idade.

As crianças portadoras desta deficiência apresentam desvantagens em níveis variáveis se comparadas a crianças sem a síndrome.

Uma delas é seu QI, que raramente é superior a 60. Outra característica bastante freqüente é a microcefalia (redução no peso e no tamanho do cérebro).

Outros fatores que dificultam a aprendizagem destas crianças são deficiências motoras, maior suscetibilidade a doenças infecciosas recorrentes, problemas no coração, problemas na visão e na audição.

Aspectos como intervenção na aprendizagem, monitoração de problemas comuns aos indivíduos portadores desta síndrome, ambiente familiar estável e muitos outros, contribuem não só para o bem estar, como também para o desenvolvimento da criança com síndrome de Down.

É sempre importante lembrarmos que ao receberem todo o apoio necessário, como o empenho individual dos pais, professores e terapeutas, estas crianças são capazes de apresentar resultados muito bons e, em alguns casos, até surpreendentes. 

Albinismo

O que é?

O albinismo é uma condição de natureza genética em que ocorre uma falha na produção de melanina. Ele é hereditário e pode ser classificado em dois tipos: tirosinase-negativo (quando não há produção de melanina) e tirosinase-positivo (quando há pequena produção de melanina). 

Características do albinismo 
 
A melanina desempenha um papel muito importante, pois é ela que forma uma barreira natural contra as radiações solares. Ela se distribui pelo corpo inteiro, sendo a responsável não só pela cor, como também pela proteção da pele.

Esta alteração genética na produção de melanina é a responsável pela ausência parcial ou total da pigmentação dos olhos, pele, cabelos e pêlos dos albinos,  podendo ocorrer tanto em seres humanos, como também em animais e plantas.

Num organismo que não possui esta falha genética, a melanina é produzida através de um aminoácido conhecido como tirosina. No caso dos albinos, a tirosinase apresenta-se inativa, consequentemente, não ocorrerá a produção de pigmento.

A pele do albino é branca, frágil e fotossensível, por esta razão, não deve ser exposta a radiação solar. Nestes indivíduos, a exposição ao sol não produz bronzeamento, ao invés disso, pode causar queimaduras de graus variados. Pessoas com essa falha na pigmentação são mais suscetíveis a desenvolver câncer de pele precocemente.

Há ainda o albinismo ocular, este, é menos severo do que o albinismo tirosinase negativo, pois, neste caso, a única região afetada é os olhos, que, diante desta falha, apresentarão uma variação na cor da íris.

Fator RH

Introdução 
 
O grupo sanguíneo Rh é assim conhecido pelo fato do antígeno Rh ter sido identificado primeiramente através de pesquisas no sangue de um macaco Rhesus. 

Informações sobre o fator Rh 
 
As pessoas que apresentam o fator Rh em seus glóbulos vermelhos são identificadas como Rh+ (Rh positivas). Aquelas que não apresentam o antígeno Rh são denominados Rhֿ (Rh negativas).

Quando se procede a uma transfusão sanguínea é necessário verificar se o receptor tem Rh-, pois, se assim for, ele não poderá receber sangue do tipo Rh+,
uma vez que, seu sistema imune produzirá anticorpos anti-Rh.

Uma pessoa do grupo sanguíneo Rh+ pode receber transfusão de sangue tanto do fator Rh+ quanto do Rh
ֿ; já as pessoas do fator Rh- podem somente receber sangue Rh-.

Apesar destas diferenças impo
rtantes, o sangue é o tecido humano mais compartilhado entre as pessoas. As transfusões de sangue, que é a transferência total ou parcial (apenas componentes do sangue como plasma ou glóbulos vermelhos) é capaz de salvar muitas vidas. 


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Roberto Santos

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Notícias...

Eu sou otimista, bem otimista. Mas será que o mundo vai durar muito tempo? 

Eu já comentei em algum lugar deste blog que não creio que o homem realmente evolui. Estamos destruindo o mundo, isso não pode ser chamado de evolução. De que servirá tanta tecnologia quando uma bomba da natureza explodir e destruir tudo? Mal conseguimos saber como estará o dia de amanhã mais. E ainda assim continuamos com nossos egoísmos e pouca vontade em tentar pelo menos minimizar os danos. Salvar o planeta talvez não seja possível, reverter a situação tão pouco, mas podemos tentar nos unir para viver bem, com saúde e paz. O Brasil sempre foi o país livre dos desastres naturais, mas parace que aqueles acidentes do Norte estão cada vez mais próximos. Será que a gente vai aguentar terremotos e tantas outras desgraças? A floresta destruída, vendida. Para que tanto egoísmo por dinheiro? Criamos a nossa própria desgraça, e agora vamos ver de pertinho o resultado disso tudo. Milhares de pessoas morrem por dia, não por guerras, não por crimes, mas pela revolta da natureza. Quanta gente soterrada, afogada, queimada. 

É claro que a vida é bela e devemos sorrir todos os dias e sonhar cada vez mais. Mas para que tudo continue belo e nossos sonhos se realizem é preciso pensar que o mundo não é de um e sim de todos, e somente quando todos estiverem juntos é que tudo ficará bem. 

Enquanto esse dia não chega. Leia as notícias:

Haiti: Humanitarismo e Política Internacional 

Por: José Flávio Sombra Saraiva - Professor de Relações Internacionais da UnB

O mundo se curvou aos fatos. O esforço humanitário é urgente para garantir o mínimo diante das conseqüências indeléveis do terremoto no Haiti. A cooperação é o lema e todos querem estar junto aos difíceis trabalhos de salvamento e proteção de desamparados pela imperiosa natureza e pela imprudência dos homens.

A tragédia haitiana, no entanto, se faz dentro da reedição das duras disputas da política internacional do momento. Depois de Copenhague, onde pesou o arranjo sino-americano, o Haiti é o novo palco para a exibição dos interesses e das quedas de braço do sistema internacional em momento de redesenho de hierarquias. Abandonadas pelas grandes potências, que minguaram recursos e esforços diplomáticos para o alívio da pobreza no Haiti e em países miseráveis que o mundo ainda abriga, são essas mesmas potências que agora coordenam a operação do aplainar os cemitérios do país caribenho.

Silenciou-se repentinamente o discurso monocórdio do combate irracional e linear ao chamado terrorismo internacional, conceito ainda não bem definido, de Bush a Obama. Tudo agora é humanitarismo nas lágrimas de crocodilos dos líderes cínicos quando apenas agora, já tarde, ouvem-se discursos de desdobrada atenção ao drama do Haiti. Atores e músicos famosos fazem o cordão de proteção ao humanitarismo renovado do Norte. Não faltarão festivais em estádios e cordões de solidariedade romântica aos pobres haitianos.

Politiza-se a ajuda internacional, como no caso do clima, dos direitos humanos, e outros temas da agenda renovada das relações internacionais, quando o que importa é o esforço de salvar vidas. Os chineses foram os primeiros a chegar à ilha caribenha. Inflacionaram o aeroporto combalido da capital do país e deixaram apenas espaço modesto para aeronaves dos Estados Unidos, da Europa, do Canadá e do Brasil. Os Estados Unidos correram atrás dos chineses uma vez que o Caribe é área natural de hegemonia natural e concêntrica dos ianques. Apresentaram-se como os únicos capazes de salvar os flagelados.

Acompanhar a cobertura internacional, das agências britânicas, francesas e alemãs, na Europa desses dias, é hilário. O Haiti preencheu o noticiário monótono do frio polar e da neve.

É como se no Haiti não houvesse passado, mas apenas terra arrasada, em descoberta tardia das responsabilidades internacionais antes não reconhecidas. O silêncio das grandes potências em relação aos projetos brasileiros, apresentados anos atrás, de construção de infra-estruturas e autonomia energética no Haiti, é gritante.

O Brasil - em seu esforço de governo, da sociedade organizada e suas ONGs, mas em especial dos sacrifícios pessoais dos militares brasileiros, em missão convertida e gerenciada pela ONU no Haiti – vem sendo apenas discretamente reconhecido.

Obama agora quer oferecer os famosos 100 milhões de dólares que o Brasil já havia solicitado para obras de infra-estrutura no país. Aqui, na Europa, nada se sabe acerca da obra de Zilda Arns no Haiti, nem que ministro brasileiro foi a primeira autoridade internacional a pisar o solo tremente da ilha. A lógica é mostrar Obama, Sarkozy e outros líderes do Primeiro Mundo isolados, a domesticar a opinião pública e os interesses eleitorais. Espero que o Brasil não faça o mesmo.

A coordenação dos esforços de construção do Haiti deve ser multinacional, a recordar que o esforço humanitário é apenas uma etapa para o longo prazo, de fortalecimento das instituições e da cidadania, ao lado da reconstrução social e econômica do país. Passada a comoção do momento, valerá acompanhar o dia seguinte.

O esquecimento é em geral o que se espera. Pois que se tome uma lição do Haiti para a política internacional: o pêndulo está excessivamente angulado no realismo global e nos egoísmos nacionais. Era hora de movê-lo para a dimensão humana das relações internacionais, que prescinde do humanitarismo, para ser apenas humana a face desejável dos sonhos de um mundo melhor.

Terremoto no Chile e Peru teve reflexo no Brasil
Por: Terra

O terremoto que atingiu o Chile e o Peru ontem e causou a morte de oito pessoas teve reflexos em alguns Estados do Brasil. Moradores de São Paulo, Paraná, Goiás e Distrito Federal também teriam notificado a ocorrência ao Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB). Não há informações de ocorrências pelo abalo em nenhuma região.

No Brasil, o abalo sísmico foi sentido por volta das 20h, cerca de 15 minutos após o tremor no Chile. Os efeitos do sismo sobre a superfície chegaram a dois graus na Escala Mercalli Modificada, que vai de um a doze e difere da Escala Richter. No Chile no Peru, a intensidade de energia do terremoto chegou a 7,9 graus na Escala Richter, e deixou oito mortes.

Segundo a Defesa Civil de São Paulo, as cidades atingidas pelo tremor no Estado foram Campinas, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e a capital, São Paulo, nos bairros Vila Madalena, Perdizes, Lapa e Pinheiros, informou o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG-USP). De acordo com o IAG-USP, o tremor foi sentido em vários prédios. Entretanto, segundo especialistas, o terremoto não representou risco para a estrutura das edificações.

Moradores do bairro Vila Madalena sentiram dois tremores por volta das 20h30. Eduardo Assumpção, que mora no 15º andar de um prédio na rua Sen. Cesar Lacerda Vergueiro afirma que o pequeno terremoto durou cerca de 30 segundos. "Estava com minha família na sala e sentimos tudo sacundindo".

Essa foi a quarta vez em cerca de 20 anos que Eduardo sentiu tremores semelhantes. "Já suspeitávamos que pudesse ser o reflexo de algum terremoto maior".

Os moradores do prédio onde mora Eduardo desceram até o estacionamento para verificar que havia acontecido temendo que fosse um problema na estrutura do prédio, já que há uma construção no terreno ao lado. "Só os moradores acima do 10º andar sentiram o tremor", disse Eduardo.

Segundo o instituto da USP, este reflexo já foi registrado outras vezes em São Paulo e é sentido mais fortemente por pessoas que estejam em andares mais altos. "Geralmente os sismos que ocorrem na região andina são refletidos aqui em São Paulo. Já registramos diversas ocorrências na av. Paulista", afirma Célia Fernandes, técnica do Instituto.


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Roberto Santos 

sábado, 13 de fevereiro de 2010

PROUNI - resultados

Já conseguiu ver se você foi aceito pelo PROUNI?

Acesse o site: PROUNI

Espero que tenha conseguido! :-D

Se não deu certo, tente novamente o ENEM deste ano! Estude e boa sorte! 

Se conseguiu prepare-se para separar a documentação. 

Só faltaram pedir a primeira fralda usada pelos candidatos!  :-D



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Roberto Santos

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Prouni 2010 - Inscrições acabando...

ProUni 2010 – Segundo o edital publicado pelo MEC, as inscrições para participação no processo seletivo do ProUni referente ao primeiro semestre de 2010 serão efetuadas em duas etapas, exclusivamente por meio eletrônico, mediante o preenchimento da ficha de inscrição disponível no endereço eletrônico http://siteprouni.mec.gov.br, nos períodos especificados no cronograma: 1ª etapa – Inscrições de candidatos Enem de 6/2/2010 a 10/2/2010; Resultado ProUni 2010 candidatos pré-selecionados -13/2/2010; Comprovação de informações e processo seletivo próprio de 17/2/2010 a 26/2/2010; e Registro no Sisprouni da aprovação ou reprovação dos candidatos pré-selecionados – 17/2/2010 a 1º/3/2010.

2ª etapa ProUni 2010 – Inscrições de candidatos de 4/3/2010 a 7/3/2010; Resultado candidatos ProUni pré-selecionados – 10/3/2010; Comprovação de informações e processo seletivo próprio de candidatos pré-selecionados – 10/3/2010 a 12/3/2010; e Registro no Sisprouni da aprovação ou reprovação dos candidatos pré-selecionados – 10/3/2010 a 14/3/2010.

A inscrição do candidato no processo seletivo do ProUni 2010 implica a autorização para utilização e divulgação das notas por ele obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, referente ao ano de 2009. É vedada a inscrição de candidatos cuja(s) nota(s) obtida(s) no ENEM referente ao ano de 2009 seja(m) inferior(es) a 400 na média, e que tenham obtido nota zero na prova de redação do ENEM referente ao ano de 2009.

As notas de corte, periodicamente atualizadas conforme o processamento das inscrições efetuadas, serão exibidas aos estudantes por ocasião de sua inscrição, em caráter exclusivamente informativo, facultando-se aos mesmos alterar as opções de inscrição efetuadas, no período de inscrição ProUni 2010.

Caso o candidato efetue alterações em sua ficha de inscrição ProUni 2010, será considerada sempre, para fins do resultado do processo seletivo, a última alteração efetuada. Para efetuar sua inscrição, o candidato deverá, obrigatoriamente, informar seu número de inscrição no ENEM referente ao ano de 2009, e seu número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física – CPF da Receita Federal do Brasil. Ao efetuar sua inscrição ao processo seletivo o candidato deverá obrigatoriamente informar endereço de e-mail válido, ao qual o MEC poderá, a seu critério, enviar comunicados periódicos referentes aos resultados e prazos do processo seletivo, bem como outras informações julgadas pertinentes.

O MEC não se responsabilizará por inscrição ProUni 2010 via Internet não recebida por motivo de ordem técnica de computadores, falhas de comunicação, congestionamentos das linhas de comunicação, bem como outros fatores externos de ordem técnica que impossibilitem a transferência de dados.
 
 
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Roberto Santos