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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Notícias da semana...

Dia da Nacional da Consciência Negra
Fonte: Uol
 
Há mais de 30 anos, o poeta gaúcho Oliveira Silveira sugeriu que se comemorasse em 20 de novembro o Dia Nacional da Consciência Negra, pois essa data era mais significativa para a comunidade negra brasileira do que o 13 de maio.

"Treze de maio traição, liberdade sem asas e fome sem pão", assim definia Silveira o Dia da Abolição da escravatura em um de seus poemas, referindo-se à lei que libertou os escravos, mas sem lhes dar condições de trabalhar e viver com dignidade. Em 2003, o Congresso Brasileiro aprovou uma lei federal criando esse dia. A mesma lei tornou obrigatório nas escolas o estudo sobre história e cultura afro-brasileira. A idéia é ensinar aos alunos de todo o país a história dos povos africanos, a luta dos negros no Brasil e a influência do negro na formação da sociedade nacional.

O dia 20 de novembro é aniversário da morte de Zumbi, grande líder guerreiro do quilombo dos Palmares, assassinado em 1695, há mais de 300 anos. Ele é considerado símbolo da resistência contra a escravidão, por isso, as entidades e organizações não governamentais dos movimentos negros no Brasil definiram esse dia para manter viva a memória dessa figura histórica e sua importância na luta pela libertação dos escravos.

Você sabe o que é um quilombo? A palavra é de origem africana e quer dizer acampamento guerreiro na floresta. Quando os escravos conseguiam fugir, iam para os quilombos escondidos no meio das matas. Palmares, na Serra da Barriga, foi o maior deles todos e, na verdade, era formado por muitos quilombos juntos, com mais de 30 mil habitantes. Para você fazer uma idéia do que isso significa, a cidade de São Paulo, 250 anos mais tarde, teria apenas 25 mil habitantes.

Zumbi nasceu em Palmares, filho e neto de guerreiros de Angola, na África, escravizados e vendidos no Brasil. Com poucos dias de vida, foi seqüestrado e entregue a um padre que o batizou com o nome de Francisco. Aos 15 anos, Francisco que havia aprendido português e latim, fugiu e voltou para o quilombo, onde mudou seu nome para Zumbi que significa "Senhor da Guerra", "Fantasma Imortal" ou "Morto Vivo", no dialeto africano banto. Daí em diante chefiou os negros nos combates contra bandeirantes e capangas dos fazendeiros que queriam escravizá-los novamente. Foi traído e morto numa emboscada aos 40 anos, depois de passar a vida lutando pela liberdade.

A história sempre é escrita pelos vencedores. Assim, no caso de Zumbi e da resistência negra, todos os registros foram apagados pelas pessoas que conservaram o poder ao longo do Império e na República: a elite governante, a quem não convinha a figura de um herói negro nos livros escolares. Nos últimos 30 anos essa atitude vem mudando e procura-se resgatar fatos sobre a influência negra na formação do Brasil.

Hoje em dia, os movimentos sociais escolheram essa data para mostrar o quanto o país está marcado por preconceitos e diferenças sociais. É um dia para todos pensarem na situação do negro, antes escravo e hoje ainda deixado de fora das oportunidades de trabalho e estudo no Brasil.
 
PS: Eu tenho a leve impressão que a Redação do ENEM vai ter o tema voltado às diversidades, preconceitos e essas coisas, visto que a prova roubada tinha essa linha temática... (Ainda creio que o roubo da prova não passou de mais uma farsa da high society interessada em $$, já que a Educação hoje em dia é business e já perdeu faz tempo o interesse em formar pessoas inteligentes e conscientes - lembre-se que quanto mais pessoas ignorantes, mais dinheiro a high society ganha). 
 

O Brasil está envelhecendo
Fonte: Jornal da Universidade - UFRGS 
 
Que o mundo está mais velho é uma realidade. Que o país está envelhecendo rapidamente é uma constatação. Que a longevidade surpreende os “envelhecentes” é uma experiência da contemporaneidade.

A realidade sociodemográfica brasileira, nas últimas constatações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), representa um fator preocupante. Nossa população cresce numa taxa abaixo de 2,5%, e a de idosos, perto de 5%. O aumento da longevidade tem sido explicado pelo controle da natalidade, pela erradicação de doenças transmissíveis, pelo aperfeiçoamento nos cuidados da nutrição e da saúde.

A expectativa de vida no mundo, que era de 50 anos em 1900, passou para 79 em 2000. Essa é a maior conquista da humanidade no século XX e o grande desafio do século XXI.

O grupo de idosos, em 1992, era de 7,9% da população total; hoje é de aproximadamente 11,5%. Alguns indicadores apontam que em 2050 nosso planeta terá o mesmo número de jovens e de idosos. Essa projeção está a exigir que a sociedade se prepare para esse mundo novo. Torna-se urgente que as políticas públicas oportunizem aos idosos vivências educacionais, para que o país possa transformá-los de fardos para a economia em pessoas integradas à sociedade produtiva.

Envelhecer na sociedade tendo vez e voz é mais importante do que envelhecer com saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu que nos países em desenvolvimento um indivíduo é considerado idoso a partir dos 60 anos, enquanto nos países desenvolvidos a idade limite é de 65 anos. Mas o envelhecimento não começa de um ponto zero. Vamos envelhecendo na própria experiência de viver, no tempo e no espaço. O envelhecimento e o desenvolvimento são variáveis correlatas.

Na contemporaneidade, a compreensão e a ressignificação da velhice não se restringem a fases, etapas ou estágios. Desenvolvimento humano significa universalidade e continuidade. Essa noção de totalidade deve ter também uma direção
convergente, atribuindo ao “envelhecente” a responsabilidade de entender e administrar seu próprio envelhecimento. Entretanto, demandas socioculturais, como os estereótipos, os preconceitos e as crenças sobre a velhice, encerram riscos e ameaças à adaptação do idoso, exigindo dele grande capacidade de resiliência. A gerontologia vem demonstrando que o envelhecimento é um processo multidisciplinar e multidimensional, no qual ocorre o aumento, a diminuição e a manutenção da capacidade adaptativa.

Em nosso país, o envelhecimento é uma conquista que deve ser celebrada e encarada
com responsabilidade. Espera-se que possam ser atingidas metas convenientes e desejadas, tais como: educação da sociedade civil sobre o envelhecimento individual e social; inclusão, nos cursos de graduação, de disciplina que estude o envelhecimento humano; e formação de profissionais na área de gerontologia.

Percebe-se que a sociedade e as instituições terão de se preparar para um Brasil mais velho, diante dos seguintes pressupostos:

- a questão demográfica é desafiadora para estudos de gerontologia social;

- há a necessidade de informações fundamentadas cientificamente sobre as condições
do curso de vida e sobre as variáveis relativas ao envelhecimento;

- com os novos insights que ocorrem sobre os princípios que regem o comportamento e sobre a dinâmica da vida, ampliou-se o interesse relativo ao envelhecimento humano;

- o envelhecimento envolve avanços que podem ser otimizados se os indivíduos, a universidade e a sociedade forem capazes de oferecer disponibilidade para investir mais recursos na geração de uma cultura e ideologia positivas sobre a velhice;

- a OMS argumenta que os países podem custear o envelhecimento se os governos e a sociedade civil implementarem políticas e programas de Envelhecimento Ativo, que melhorem a saúde, a participação e a segurança das pessoas mais velhas. A hora para planejar e agir é agora;

- é da competência da instituição universitária a tarefa de análise da realidade e das
questões sociais, estabelecendo interação com as organizações sociais, científicas, culturais, políticas e populares.
 
 
ONU sugere controle de natalidade para combater aquecimento
Por: Estadão Online 
 
O combate ao aquecimento global poderia ser ajudado se o crescimento populacional fosse contido com o auxílio de medidas como a distribuição gratuita de preservativos e mais aconselhamento sobre planejamento familiar, recomendou nesta quarta-feira, 18, o Fundo Populacional das Nações Unidas.

A agência da ONU não chega a recomendar aos países que estabeleçam limites ao número de filhos por casal, mas observa que "mulheres com acesso a serviços de saúde reprodutiva têm menor taxa de natalidade, o que contribui para reduzir o ritmo do crescimento dos gases causadores do efeito estufa".

Calcula-se que o mundo possua atualmente 6,7 bilhões de habitantes. Estima-se que a população mundial chegará a 9,2 bilhões de pessoas em 2050, com a maior parte do crescimento concentrada nas regiões menos desenvolvidas, segundo um estudo da ONU com data de 2006.

"Com o crescimento da população mundial, da economia e do consumo além da capacidade da Terra de adaptar-se, as mudanças climáticas poderão se tornar mais extremas e catastróficas", diz o relatório divulgado hoje pelo Fundo Populacional da ONU.

A agência admite não haver provas empíricas de que o controle de natalidade conterá as mudanças climáticas. "As conexões entre população e mudanças climáticas são, na maior parte das vezes, complexas e indiretas", admite o documento.

O texto também observa que não há dúvidas de que as mudanças climáticas em andamento foram causadas pela atividade humana, mas os países em desenvolvimento são responsáveis por uma parcela bem menor das emissões de gases causadores do efeito estufa do que as nações desenvolvidas.

Mesmo assim, numa entrevista coletiva concedida em Londres, a diretora-executiva do Fundo Populacional da ONU, Thoraya Ahmed Obaid, disse nesta quarta-feira que o aquecimento global será catastrófico para os habitantes dos países mais pobres, especialmente para as mulheres. "Estamos agora em um ponto no qual a humanidade encontra-se à beira de um desastre", advertiu.

Caroline Boin, uma analista ouvida pela Associated Press, qualificou o pronunciamento como alarmista. "É necessário um grande exercício imaginativo para acreditar que a distribuição gratuita de camisinhas ajudará a combater o aquecimento global", disse ela.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), por sua vez, divulgou este mês um boletim no qual dois especialistas advertem para os perigos de se relacionar taxa de fertilidade e mudanças climáticas. "Na melhor das hipóteses, (o tema) causa controvérsia e, no pior caso, autoriza a supressão de direitos individuais", escrevem os pesquisadores Diarmid Campbell-Lendrum e Manjula Lusti-Narasimhan. As informações são da Associated Press.
  
 
China emerge após queda do Muro e fim da Guerra Fria 
 Por: Estadão Online 
 
Vinte anos depois da queda do Muro de Berlim, os Estados Unidos assistem à emergência de outro "rival" governado por um Partido Comunista, a China, ironicamente o país que mais se beneficiou da globalização que saiu vencedora da Guerra Fria.

O país asiático já possui muitas das credenciais de superpotência: armas nucleares, assento no Conselho de Segurança da ONU, programa espacial, liderança no quadro de medalhas olímpicas e uma economia que não para de crescer.

Mas à diferença da ex-União Soviética, os americanos têm com a China uma relação de extrema integração e dependência econômica, que torna mais complexo o vínculo entre a atual potência mundial e a que está em ascensão.

Prestes a ultrapassar o Japão e assumir o segundo lugar no ranking das maiores economias do mundo, a China é o principal credor internacional dos EUA, com pelo menos US$ 800 bilhões em títulos do Tesouro americano. Também tem o maior volume de reservas internacionais - US$ 2,27 trilhões -, o que a deixa extremamente vulnerável às oscilações do dólar.

Depois do início da crise econômica global, em setembro, os dois países passaram a protagonizar uma disputa involuntária de "modelos" econômicos e políticos. Com forte presença do Estado na economia e um governo autoritário, a China foi capaz de mobilizar recursos para evitar um colapso do crescimento, que se recuperou rapidamente graças ao pacote de estímulo de US$ 584 bilhões anunciado em novembro.

A debacle dos países ricos acelerou o processo de emergência chinesa e deu aos dirigentes de Pequim confiança suficiente para defender seus interesses na arena global. No início do ano, as autoridades chinesas abandonaram sua tradicional discrição para propor a substituição do dólar como moeda de reserva de valor mundial. Ao mesmo tempo, Pequim dá os primeiros passos para promover o uso internacional de sua própria moeda, realizando acordos de swap cambial com vários países, entre os quais a Argentina.

Fora da esfera econômica, a China ampliou seu poderio militar e exibiu seu novo arsenal no desfile de celebração dos 60 anos da Revolução Comunista, em 1º de outubro. O país já integra o seleto grupo de detentores de armas nucleares e tem assento no Conselho de Segurança da ONU, ao lado de EUA, Rússia, Grã-Bretanha e França. 
 
CORRIDA ESPACIAL

Outro terreno que assiste à ascensão de Pequim é a corrida espacial, que durante anos teve como protagonistas os dois antigos adversários da Guerra Fria. Em 2003, a China transformou-se no terceiro país do mundo a enviar uma missão tripulada ao espaço, depois dos soviéticos e dos americanos. Mais emblemático é o fato de que a China poderá ser o próxima país a despachar um astronauta para a Lua. Se os chineses mantiverem o atual ritmo de desenvolvimento de seu programa espacial, a agência espacial americana acredita que eles poderão aterrissar na Lua em 2017 ou 2018, antes da próxima expedição dos EUA, prevista para 2020.

Apesar das rivalidades, os dois países cooperam em várias áreas e os americanos se esforçam para "engajar" a China em seu mundo. O país asiático integra todos os organismos multilaterais dominados pelas nações ricas, como Banco Mundial, FMI e Organização Mundial do Comércio. Mas também joga segundo suas próprias regras, ao manter relações com países considerados párias pela comunidade internacional - Coreia do Norte e Sudão - e conceder empréstimos generosos sem as exigências relacionadas a direitos humanos e democracia feitas por organismos multilaterais.

Na próxima semana, o presidente Barack Obama fará sua primeira visita à China e o tom será a cooperação. O entendimento entre os dois países é fundamental para uma série de questões globais, entre elas o aquecimento global. Maiores emissores de gases que provocam efeito estufa, China e EUA serão decisivos para o resultado da conferência sobre mudança climática que será realizada no próximo mês.


A geografia da violência
 Por: Estadão Online 
 
Estudo Divulgado em janeiro de 2008, com dados até 2006, faz um mapa da Violência dos Municípios Brasileiro. Reúne os números, município por município e Estado por Estado, de homicídios; taxa de homicídios por 100 mil habitantes; homicídios juvenis; mortes por arma de fogo; e mortes no trânsito.

ONDE SE MATA MAIS

1) zonas de grilagem e devastação; em particular, destacando-se muncipios da Amazônia.

2) zonas de fronteira; cidades que estão em rota de contrabando e pirataria, como Foz do Iguaçu (PR) e Coronel Sapucaia (MS), a número 1 em taxa de homicídios.

3) polos de desenvolvimento local ou regional; Waiselfisz cita quatro exemplos em Pernambuco, Estado onde mora há 30 anos: o polo de agriculgura irrigada de Petrolina; o polo gesseiro de Araripina; o polo de confecções de Santa Cruz do Capibaribe; e o já tradicionalmente violento polígono da maconha. 
 
INTERIORIZAÇÃO

A correlação entre violência e polos de desenvolvimento regional é expressão de um fenômeno relativamente recente: a interiorização da violência. Até metade dos anos 90, os polos dinâmicos da violência se concentravam nas grandes cidades. A partir de 1999, começa um processo de estagnação nas capitais, e a violência segue crescendo no interior. São duas as razões: maior investimento em segurança nas regiões metropolitanas e o aparecimento de polos de atração econômica no interior. Uma terceira razão não explica o fenômeno, mas causa impacto nos números: com o surgimento de novos institutos médicos legais e a ampliação da rede básica de saúde, a violência nos grotões entrou no radar do Estado. 
 
LITORAL

O mapa também expõe uma alta vulnerabilidade em boa parte da faixa litorânea. Além da violência conhecida em grandes regiões metropolitanas estabelecidas no litoral. 
 
HOMICÍDIOS EM QUEDA

Na conta geral, o número de homicídios no País caiu de 50.980 em 2003 para 46.660 em 2006. É uma queda de 8,5%, creditaDA em parte à campanha pelo desarmamento e em parte a políticas de segurança em cidades de maior peso demográfico. Caso mais conhecido é o de São Paulo. A cidade melhorou 310 posições no ranking de homicícios por 100 mil habitantes, compensando, no plano nacional, o aumento da violência em outras regiões.
 

Gene descoberto pode ser a chave da evolução da fala
Por: Estadão Online 
 
Chimpanzé, nosso mais próximo parente na cadeia animal, não fala. Nós falamos. Agora cientistas localizaram uma mutação em um gene que pode ajudar a explicar essa diferença. Essa mutação parece ter sido determinante para o desenvolvimento da fala. Provavelmente não é o único gene responsável por esse processo, mas pesquisadores acharam um gene que tem aspecto e atividade diferentes em chimpanzés e humanos, segundo o artigo publicado nesta quarta-feira pelo jornal Nature.

Testes de laboratório demonstraram que a versão humana tem relação com outros cem genes, diferente da versão do chimpanzé. Este gene - chamado FOXP2 - sofreu mutação durante o desenvolvimento humano, promovendo a habilidade da fala.

"Esta descoberta apresenta a maior diferença entre o chimpanzé e o homem", disse Daniel Geschwind, autor do estudo e professor de neurologia, psiquiatria e genética humana da Universidade da Califórnia. "Você faz a mutação deste gene em humanos e obtém um transtorno na capacidade de fala e comunicação", conclui o especialista. "Isto mostra o que pode estar acontecendo no seu cérebro."

A francesa Vargha-Khadem, chefe de desenvolvimento de neurociência cognitiva da Universidade de Londres, que não fez parte da pesquisa, disse que o estudo "segue uma linha que nós sempre suspeitamos." Vargha-Khadem estudou pessoas que possuíam mutações genéticas que afetavam a fala. Pessoas que apresentavam essas mutações tinham características físicas distintas na parte inferior da mandíbula, na língua e no céu da boca, da mesma forma que os chimpanzés apresentavam. Essas características físicas são importantes porque "você não pode dançar se você não tiver pernas apropriadas para dançar", disse a pesquisadora francesa.

O estudo deste gene e de outros podem ajudar a desenvolver tratamentos genéticos para pessoas com alguma dificuldade de desenvolvimento, como autismo, disse Geschwind.

Outra parte dos especialistas alertam para a euforia da descoberta. "É muito cedo e inconclusivo medir o quanto isso significa para a evolução da fala", disse Marc Hauser, professor de evolução biológica humana da Universidade de Harvard. "Eu ficaria bastante cético em relação a qualquer projeção de tratamentos por resultados desta descoberta", disse Hauser.

E a questão principal não é como, mas "porque nós falamos", disse Derek Bickerton, professor de linguística da Universidade do Havaí. "Só porque os humanos desenvolveram a habilidade de falar, não significa que isso vai acontecer automaticamente", completou Bickerton. "Muitas outras espécies sobrevivem por centenas de anos sem essa habilidade. Nós apenas temos uma características que outras espécies não têm."
 

Berlim, diferenças persistem 20 anos após unficação
Por: Yahoo 
 
Mesmo após a unificação alemã, as diferenças entre as populações do Leste e do Oeste da Alemanha são ainda bastante marcantes. O alemão geralmente diz que tais diferenças são típicas de um país de grandes dimensões.

O Ossi diz para o Wessi: "nós somos um povo". O Wessi responde: "sim, nós também".

20 anos depois da queda do muro de Berlim, anedotas como esta são uma realidade. Pois Wessi e Ossi são dois conceitos que ainda marcam a história da Alemanha. Definição de conceito? Wessi, cidadão com origem na antiga Alemanha Ocidental; o Ossi vem da ex-Alemanha do Leste. Duas Alemanhas que se uniram quando o muro de Berlim caiu, a 9 de Novembro de 1989.

Mas, segundo um estudo feito por psicológos. as diferenças são mais culturais e sociais do que polítia.

E "a Ostalgia", ou nostalgia da extinta Alemanha do Leste, aparece mais na necessidade de reencontrar "pequenos prazeres" de então que do desejo de uma volta ao sistema comunista, segundo estudo divulgado na revista "cult" Superillu.

O estudo, realizado pelo Instituto Rheingold de Colônia (Oeste), visa a "compreender mais que medir" as diferenças, segundo seu diretor, Stephan Grünewald.

Com sua equipe, entrevistou 80 moradores do Leste para analisar suas motivações, preocupações e sonhos.O que conta, antes de tudo, no Leste "é a busca por estabilidade na vida cotidiana", principalmente no trabalho, "sobretudo a prioridade dada à família e aos amigos", destaca Grünewald. "Fico no Leste porque toda a minha família é daqui", afirma, por exemplo, uma pessoa que preferiu não se identificar, para explicar sua recusa em procurar um novo emprego no Oeste. Segundo um relatório oficial, o desemprego é duas vezes maior na ex-RDA - mais de 13% - do que na ex-Alemanha Ocidental, mesmo que o Oeste sofra "no momento" mais que o Leste com a onda de choque da crise econômica.

"As pessoas são, em geral, mais pragmáticas no Oeste", acrescenta Grünewald.

No tempo da RDA, as pessoas sabiam se virar como podiam, e a tradição foi mantida - saber consertar as coisas e ajudar amigos e vizinhos, segundo o estudo.
 
 
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sábado, 7 de novembro de 2009

Atualidades...


Após 20 anos da queda do Muro, divisões persistem na Alemanha

Fonte: Folha Online

O governo alemão preparou uma grande celebração para o dia 9 de novembro, data que marca os 20 anos da queda do Muro de Berlim --considerado o marco reunificação do país após 40 anos dividido em um regime capitalista --ao oeste-- e um regime socialista--ao leste.

As diferenças entre as duas metades alemãs, contudo, ainda são visíveis na economia, nas relações e até mesmo na paisagem marcada, de um lado, pela reconstrução, e, de outro, pelos prédios destruídos pela Segunda Guerra (1939-1945), que levou à divisão do país.

"Embora mais amenas, as diferenças ainda são visíveis. O PIB [Produto Interno Bruto] é muito maior no ocidente, a imigração é maior do leste para o oeste", cita o historiador Jürgen Kocka, presidente do Centro de Pesquisa em Ciência Social em Berlim.

Markus Schreiber-21out.09/AP

Moradores passam por resquício do Muro de Berlim já pintado por dezenas de artistas; muro virou patrimônio histórico

Por 40 anos, o lado oeste da Alemanha viveu sob um regime capitalista controlado por França, Inglaterra e Estados Unidos e injetado com cerca de US$ 3,3 bilhões do Plano Marshall --o plano de reconstrução europeia desenvolvido pelo então secretário de Estado americano, George Catlett Marshall, que apagou as marcas da guerra e construiu um país competitivo e desenvolvido.

Já o lado leste, viveu sob um regime socialista que priorizava a indústria pesada de exportação como forma de compensação aos danos causados pelos alemães à União Soviética, uma política que não priorizava a produção de bens de consumo e que negligenciava a infraestrutura já danificada da região.

"A transformação econômica pós-unificação foi difícil e ainda está em desenvolvimento", afirma o professor Arnd Bauerkamper, do departamento de História Comparada da Europa da Universidade Livre de Berlim. "As taxas de desemprego, por exemplo, são de cerca de 8% no lado oeste e 10% no lado leste.'

Wessi e Ossi

Os legados do Muro de Berlim estão também na sociedade alemã, afirma Kocka. "Embora 20 anos tenham se passado, persiste a ideia de que os alemães do leste são de segunda classe e menos desenvolvidos economicamente. O que é uma questão de reconhecimento do próximo que de realidade".

Depois da unificação, muitos alemães orientais ressentiam o que consideravam a arrogância e a insensibilidade dos seus compatriotas do oeste. Os termos pejorativos Wessi --abreviação da palavra alemã para ocidentais- e Ossi --abreviação de orientais-- tornaram-se o símbolo na cultura alemã das diferenças marcantes entre aqueles que haviam vivido 40 anos sob dois regimes opostos.

AP-Ago.61

Moradores de Berlim observam operários erguendo o Muro


"São heranças de memória, estilos de vida diferentes que estão presentes no comportamento e na paisagem, principalmente de Berlim. As atitudes mudaram significativamente, mas serão necessárias duas ou três gerações para que a sombra do Muro seja esquecida de vez", afirma Bauerkamper.

Criação do Muro

Se as lembranças do Muro de Berlim demorarão duas gerações para serem esquecidas, a construção da barreira que dividia a capital alemã despontou na paisagem da cidade em apenas uma noite --do dia 12 para o dia 13 de agosto de 1961.

O Muro foi resultado de um decreto aprovado pela Câmara do Povo da República Democrática Alemã (RDA) em 12 de agosto. Inicialmente construída com arame farpado e blocos, a barreira foi substituída por uma série de muros de concreto que chegavam a cinco metros de altura e 120 km de extensão. A segurança era fortalecida por arame farpado, torres de vigilância, um campo minado e muitos guardas.

A medida drástica foi uma reação à fuga de alemães do oeste que ameaçava a estabilidade da RDA, com a perda de cerca de 3 milhões de pessoas --a maioria trabalhadores qualificados e intelectuais.

"A Alemanha Oriental teria ruído muito antes se o Muro não existisse. Ele era apenas a ponta mais drástica de toda uma fronteira fortemente vigiada", afirma Kocka.

Repressão

O Muro de Berlim tornou-se um símbolo do cerceamento das liberdades no lado leste e, embora tenha contido a ruína da economia da RDA, foi um grande passo no seu desmoronamento definitivo. "Os alemães orientais que não estavam ligados à elite do partido ficaram mais conscientes da divisão à qual estavam submetidos e rejeitaram o Muro como um símbolo da repressão do regime", afirma Kocka.

Muitos tentaram fugir do país mesmo diante do novo obstáculo. Estimativas históricas indicam que cerca de 5.000 alemães orientais conseguiram cruzar a fronteira, outros 5.000 foram capturados e outros 191 foram mortos durante a travessia.

O descontentamento, agravado pelo início do colapso do sistema socialista em toda a porção soviética do mundo, era ainda maior em Berlim pelas imagens trazidas pela televisão. O regime da RDA até tentou proibir a televisão ocidental, mas a proximidade do território tornava o sinal acessível a praticamente todo o país.

"Para o oeste, o Muro os dividia de um país sombrio e pouco interessante. Eles não ligavam muito para os vizinhos. Mas os alemães orientais olhavam de perto a ostentação do capitalismo pelos programas de TV, o que ampliava a curiosidade e a frustração pelo cerceamento da liberdade", afirma Bauerkamper.

Reunificação
Barbara Klemm-10nov.89/Divulgação

Milhares de alemães tomam conta do Muro de Berlim após anúncio de sua queda

A mudança nos governos das duas Alemanhas no início da década de 70 --com o chanceler Willy Brandt no oeste e Erich Honecker no leste-- levou a uma aproximação conhecida como Ostpolitik e a assinatura de um Tratado Básico que regularizou as relações entre das duas repúblicas.

A unificação entre as Alemanhas, contudo, só começou a parecer real, contudo, com a queda de outros regimes comunistas na Europa oriental e da ex-União Soviética.

A primeira brecha no Muro ocorreu pouco messes antes de sua queda, quando o novo governo reformista da Hungria permitiu a fuga dos alemães através da recém-aberta fronteira com a Áustria.

O governo de Egon Krenz, um comunista da linha-dura que assumiu para tentar reverter a queda do regime, tentou evitar a vergonha da fuga em massa de seus cidadãos. Na noite de 9 de novembro, Gunter Schabowski, funcionário do governo, anunciou erroneamente em uma entrevista a jornalistas transmitida pela televisão que o governo permitiria a passagem ilimitada para a Alemanha Ocidental "imediatamente".

Em poucas horas, multidões estavam no Muro e exigiam passar. Sem instruções e com poucas alternativas, os guardas permitiram a passagem de dezenas de milhares de pessoas que celebraram o fim do principal símbolo da divisão do país e ícone da Guerra Fria.

A abertura do Muro foi fatal para a RDA. Os protestos por um governo democrático ganharam força e, em meados do mesmo mês, Krenz foi substituído por um reformista moderado, Hans Modrow, que prometeu eleições livres.

A votação colocou Lothar de Maizière, membro de longa data da União Cristã Democrata, no poder e as negociações por um tratado de unificação começaram. No ano seguinte, em dezembro, os alemães foram às urnas para a primeira eleição democrática da Alemanha unificada. 

Maioria dos russos não sabe quem ergueu o Muro de Berlim
Fonte: Folha Online

Mais da metade dos russos não sabe quem construiu o Muro de Berlim --um dos símbolos mais duradouros da Guerra Fria-- mostrou uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira.

De acordo com o estudo, a vasta maioria --58% dos russos entrevistados-- disse não saber quem construiu o Muro.

Apenas 24% acertou a resposta ao dizer que a ex-União Soviética e seu aliado, a Alemanha Oriental, foram os responsáveis pelo projeto.

Outros 10% dos entrevistados pela VTsIOM achavam que os próprios berlinenses ergueram o muro --mesmo que seu objetivo fosse evitar que os moradores da Alemanha Oriental escapassem para a Ocidental através da dividida cidade de Berlim.

Um total de 6% disse que as potências ocidentais construíram o muro, e outros 4% afirmaram que foi uma 'iniciativa bilateral' entre a ex-União Soviética e o Ocidente.

Cedendo à pressão crescente de dentro do bloco comunista, o Muro foi derrubado para permitir que as pessoas cruzassem do Leste para o Oeste em 9 de novembro de 1989, o que 11 meses mais tarde levou à reunificação da Alemanha. 

Gorbatchov se diz "orgulhoso" por queda do Muro de Berlim

Fonte: Folha Online


O último dirigente soviético, Mikhail Gorbatchov, declarou-se nesta quinta-feira "orgulhoso" de que a queda do Muro de Berlim não tenha resultado em derramamento de sangue, já que 2 milhões de soldados soviéticos e ocidentais estavam destacados em suas imediações.

"Sou orgulhoso de que essa operação não tenha sido violenta. Preservamos a Europa. Ali estavam frente a frente 2 milhões de soldados e uma quantidade de armas que dava medo", disse Gorbatchov à emissora de rádio "Eco de Moscou".


Alexander Natruskin/Reuters

Ex-líder soviético Mikhail Gorbatchov (foto) se diz "orgulhoso" por queda do Muro; ele implementou mudanças rumo à democratização

Gorbatchov descreveu o Muro de Berlim --construído em 1961 e derrubado em 1989-- como o "nu gordiano mais perigoso e incerto" do mundo durante três décadas.

Em sua opinião, o muro foi "necessário", uma vez que soviéticos e ocidentais foram incapazes de entrar em acordo sobre o que fazer com a Alemanha, e decidiram dividir o país em dois e Berlim em quatro partes.

Gorbatchov --que irá a Berlim na próxima segunda-feira (9) para as comemorações em decorrência do 20º aniversário da queda do Muro, ao lado do ex-chanceler alemão Helmut Kohl e do antigo presidente dos Estados Unidos George W. Bush-- disse que chegou a temer que eclodisse uma terceira guerra mundial.

Contribuição

Secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) entre 1985 e 1991, Gorbatchov assumiu após a morte do linha-dura Leonid Bréjnev e seus dois sucessores, Iuri Andrópov e Konstantin Tchernenko.

Diante do evidente colapso do regime socialista, ele realiza uma mudança rumo à democratização e a descentralização da economia em duas reformas: a glasnost (transparência), que leva ao abrandamento da censura, e a perestroika (reestruturação), um conjunto de reformas da economia prejudicada pela burocracia, corrupção e gastos exorbitantes na área militar.

As mudanças, que geraram resistência entre a linha conservadora do regime, incluindo o líder da República Democrática da Alemanha, Erich Honecker, levaram ao colapso final do comunismo e ao fim da ex-União Soviética --o que lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz em 1990.
 

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Roberto Santos

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Notícias do dia...

ONU elogia ação da China sobre clima
Fonte: Folha SP


País que mais emite gases-estufa, a China ganhou ontem rasgado elogio do homem da ONU para assuntos climáticos.

"A China é hoje líder mundial na limitação às emissões dos gases-estufa", afirmou o holandês Yvo de Boer na abertura da última reunião preparatória para a conferência do clima de Copenhague.


China ganhou ontem rasgado elogio do homem da ONU para assuntos climáticos


O representante americano no encontro de Barcelona não discordou, mas emendou uma canelada nos anfitriões. "A visão de que os EUA não estão se esforçando não é correta. Estamos fazendo mais do que a União Europeia", disse Jonathan Pershing.

Os europeus jogaram no mesmo campo, embora com mais sutileza. "Outros países desenvolvidos deveriam demonstrar sua liderança", declarou o sueco Andreas Carlgren, ministro do Ambiente.

Os EUA não se comprometeram até agora com nenhum número nos dois assuntos que mais importam na discussão diplomática: quanto vão cortar nas emissões de gases até 2020 (prazo final utilizado nas negociações atuais) e quanto dinheiro colocarão para financiar ações contra o aquecimento global.

Tanto o chefe da ONU quanto o representante americano fizeram questão de dizer que veem grandes diferenças entre a situação dos EUA agora e a que o país tinha em 1997, quando foi assinado o Protocolo de Kyoto, primeiro tratado global do clima.

Na época de Kyoto, a Casa Branca, então comandada por Bill Clinton, não tinha o apoio necessário no Congresso. "Havia uma grande desconexão entre a delegação dos EUA e o sentimento no Senado", afirmou De Boer.

A pressão sobre os EUA surgiu também em evento de ONGs brasileiras em Barcelona. "Não se vai resolver o problema se o cara não aparecer [em Copenhague]. E o cara não é o Lula. É o Obama. Ele pode fazer a diferença, e não está fazendo", disse Paulo Adário, do Greenpeace. 
 

Brasil pode cortar 35% de CO2, diz estudo 
Fonte: Folha SP

O Brasil pode cortar 35% de suas emissões de gases-estufa em relação à trajetória atual até 2020. É o que indica um estudo preliminar, que será apresentado hoje em Brasília ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao qual a Folha teve acesso.

O cálculo foi feito a pedido do Ministério da Ciência e Tecnologia pela Rede Clima, um grupo ligado à pasta que reúne pesquisadores do país inteiro.

Ele embasa em parte a proposta do ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) de cortar até 40% das emissões do país em relação ao cenário tendencial.




Lula deve definir hoje a meta de desvio da trajetória de emissões que o Brasil apresentará na conferência do clima de Copenhague, em dezembro.

Há duas opções na mesa. Uma prevê só a redução de 80% no desmate na Amazônia até 2020; isso daria um total de desvio de cerca de 26%, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Minc tem apostado num número mais alto, de 30% a 40%, que preveja reduções em vários setores da economia. Mas enfrenta resistências do Itamaraty e da Ciência e Tecnologia - pasta que discordou do cálculo feito por Minc e pediu a nova estimativa à Rede Clima.

Embora não endosse a proposta de Minc, o estudo mostra como cortar emissões de carbono em seis setores da economia: energia, biocombustíveis, agricultura, reflorestamento, desmatamento no cerrado e desmatamento na Amazônia. No total, seria possível abater de 887 milhões a 1,041 bilhão de toneladas de CO2 até 2020.

Para o setor de agricultura, ele dá inclusive uma estimativa do custo da redução: R$ 40 bilhões em dez anos, a serem empregados em recuperação de 11 milhões de hectares em pastagens, entre outras ações.

"É uma estimativa preliminar, que mostra que o Brasil tem potencial de redução em vários setores", disse o climatologista Carlos Nobre, do Inpe, coordenador da Rede Clima.

Só com a expansão dos biocombustíveis, avalia o estudo, há potencial de evitar a emissão de até 50 milhões de toneladas de CO2 por ano.

Reduzindo o desmatamento no cerrado, o país poderia poupar outros 121 milhões de toneladas de gás carbônico por ano, indicam projeções de Mercedes Bustamante (Universidade de Brasília) e Laerte Ferreira (Universidade Federal de Goiás). Isso considerando uma redução de 80% na taxa de desmatamento nos 18% da área total do bioma (ou 360 mil quilômetros quadrados, o equivalente a uma Alemanha) que ainda estão disponíveis para a expansão da agropecuária.

Pressão

Em Barcelona, onde começou ontem a última reunião diplomática preparatória para Copenhague, as ONGs pressionaram o governo brasileiro por conta da reunião de hoje, que deve definir a meta.

"É uma oportunidade para o presidente Lula entrar para a história como herói ou vilão", afirmou Gaines Campbell, da Vitae Civilis. "Se o Brasil recuar, outros farão o mesmo."

Paulo Adário, do Greenpeace, fez referência às propostas em discussão no Congresso e no governo para enfraquecer o Código Florestal, anistiando o desmatamento -ao mesmo tempo em que o país se prepara para assumir um compromisso internacional de reduzi-lo.

"Lula precisa mostrar não só liderança externa como também interna", afirmou. 
 

Lula decide hoje sobre proposta brasileira na Conferência do Clima
Fonte: Folha SP

O governo brasileiro deve decidir nesta terça-feira quanto o país está disposto a reduzir das emissões nacionais de gases de efeito estufa. O número será apresentado pela delegação brasileira na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague, dentro de pouco mais de um mês.

A primeira reunião, em meados de outubro, terminou sem consenso após apresentação de três propostas, uma do Ministério do Meio Ambiente, uma do Ministério de Ciência e Tecnologia e outra do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que os textos fossem agrupados e agora deve bater o martelo sobre a posição brasileira na COP-15.

O único ponto definido até agora é o objetivo de reduzir o desmatamento da Amazônia em 80% até 2020. O Ministério do Meio Ambiente defende redução de 40% das emissões até 2020. Os ministérios da Ciência e Tecnologia e das Relações Exteriores --encarregado da negociação diplomática-- têm ressalvas a compromissos mais ousados sem que haja contrapartida à altura por parte dos países desenvolvidos.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc considera um cenário de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) de 4% ao ano. A pedido da ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, Minc deve apresentar duas opções com crescimento de 5% e 6%. No entanto, quanto maior o PIB, maiores as emissões, o que deve exigir esforços maiores de setores como energia e indústria para garantir queda na ordem de 40%.

Organizações ambientalistas e da sociedade civil e até empresários têm pressionado o governo para que o Brasil leve uma proposta ambiciosa a Copenhague para pressionar países ricos a assumirem compromissos maiores.

Na conferência, os 192 países membros da ONU (Organização das Nações Unidas) terão que chegar a um consenso sobre o novo acordo global para complementar o Protocolo de Quioto pós-2012. A negociação --que anda travada-- é para ampliar metas obrigatórias para os países ricos, incluir os Estados Unidos no regime de controle de emissões de gases estufa e definir compromissos mais efetivos para grandes emissores em desenvolvimento, como Brasil, China e Índia.

Além de Minc e Dilma, participam da reunião com o presidente Lula os ministros da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, e das Relações Exteriores, Celso Amorim, e representantes do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.




O que nos faz humanos? Uma resposta em dez argumentos
Fonte: Portal Terra 
 
Na natureza e no universo, são inúmeros os mistérios que intrigam o homem - e, entre eles, a própria especificidade da espécie humana em relação aos outros seres e elementos naturais é um dos maiores. O que é que nos torna únicos e especiais em meio a tantos fenômenos complexos e intrigantes como plantas e animais? A revista LiveScience elaborou uma lista com 10 importantes características que tornam o homo sapiens um ser tão especial - um ser humano.

Vida depois dos filhos

Enquanto que, na maioria das espécies, as fêmeas se reproduzem durante toda vida até a morte, as mulheres vivem muito depois que param de gerar filhos. Alguns cientistas creditam isso à importância dos laços sociais e afetivos na educação da prole. 
 
A longa infância

Humanos permanecem crianças e dependentes da guarda dos pais por muito mais tempo que os outros primatas. Para evolucionistas, isso poderia parecer uma desvantagem, mas a resposta pode ser o tempo que o nosso cérebro, por possuir um grande potencial de desenvolvimento, necessita para crescer - e aprender.

Enrubescer

Até onde sabemos, os humanos são os únicos a ficar vermelhos de vergonha, comportamento que Darwin já considerava "a mais peculiar e mais humana de todas as expressões". Não se sabe ainda ao certo por que enrubescemos, mas cogita-se que essa habilidade de mostrar sentimentos à revelia de nossa vontade nos ajudaria a sermos honestos e a convivermos em grupo. 
 
Fogo

A habilidade de controlar o fogo deve ter dado aos nossos ancestrais a chance de iluminar a noite e, com ela, de mover-se na escuridão e ainda de afugentar predadores noturnos. Além disso, o calor das chamas - que ajuda a aguentar baixas temperaturas - nos permite cozinhar, ou seja, preparar alimentos que, aquecidos, são de mais fácil digestão.
 
A vestimenta

Humanos podem ser chamados de "macacos nus", mas a grande maioria de nós, atualmente, usa roupas e outros utensílios - um fato absolutamente único no reino animal. 
 
A fala

Nos humanos, a laringe (ou caixa vocálica) localiza-se mais abaixo que em outros primatas, configurando um dentre inúmeros fatos que possibilitaram o desenvolvimento da fala. Nossos ancestrais desenvolveram a laringe há aproximadamente 350 mil anos. Deles, também herdamos o osso hioide (em forma de ferradura, localizado abaixo de nossa língua e único por não ser ligado a outros ossos do corpo) que nos permite articular palavras quando falamos.

Mãos

Humanos não são os únicos animais que possuem polegares opositores (a maioria dos primatas os possuem, e, além disso, muitos macacos têm polegares opositores nos pés). Singularmente humana é, sim, a agilidade do nosso polegar para se mexer pela mão e alcançar todos os outros dedos, o que nos possibilita grande agilidade e precisão no manuseio de objetos. 
 
Pele nua

Comparados aos nossos parentes primatas, parecemos impressionantemente nus. Mas, na verdade, quando medimos a presença de folículos capilares presentes por cm² em homens e macacos, descobre-se que a quantidade é praticamente a mesma. A diferença que é o pelo dos humanos é mais leve, fino, claro e curto. 
 
A postura ereta

Entre os primatas, os humanos são os únicos a andarem predominantemente com a coluna ereta, libertando nossas mãos para outras atividades. Infelizmente, as mudanças causadas em nossa pélvis pela postura ereta - ainda combinadas com o tamanho especialmente grande do crânio dos recém-nascidos - tornam o nascimento de humanos mais perigoso que o de outros animais. Há cem anos, os partos eram uma das principais causas de morte entre as mulheres. A curva lombar nas nossas costas - que nos ajuda a andar e manter equilíbrio - também nos deixa vulneráveis para dores e lesões. 
 
Cérebros extraordinários

Sem dúvida, a idiossincrasia que mais nos distingue do resto do reino animal é nosso cérebro. Nós não temos nem o maior cérebro (o maior deles pertence à baleia cachalote), nem temos o maior cérebro proporcionalmente ao nosso corpo (o cérebro pesa 2,5% do nosso total, enquanto que alguns pássaros têm cérebros responsáveis por até 8% do peso da massa corporal). Mas o cérebro humano, pesando aproximadamente 1,4 kg em adultos, nos dá a capacidade de raciocinar e pensar muito além dos outros animais, gerando legados como os de Mozart, Einstein e muitos outros gênios.


Pré-sal pode tirar Brasil do rumo certo, diz Lester Brown
Fonte: O Estado de S. Paulo
 
O americano Lester Brown, um dos principais pensadores da chamada economia ecológica, é um homem de fala mansa e semblante sério. E gosta de dar conselhos. Para o Brasil, onde esteve na semana passada para divulgar seu novo livro, Plano B 4.0 - Mobilização para Salvar a Civilização, o recado foi claro.

O País não deve se perder nas brumas das promessas do petróleo do pré-sal e manter firme sua aposta nas energias renováveis, opção que deve ganhar peso depois da Cúpula do Clima de Copenhague, em dezembro."Encontrar mais petróleo agora pode ser um indicador de progresso. Mas, até conseguir tirá-lo do fundo do mar, talvez ele já faça parte da história."

Fundador do Worldwatch Institute (WWI), em 1974, e atual presidente do Earth Policy Institute, entidade de pesquisas interdisciplinares com sede em Washington, Brown deu a seguinte entrevista ao Estado.

Qual é o plano B para a humanidade?

A razão para pensarmos em um "plano B" é que o "plano A", o business as usual, não está funcionando muito bem. Se continuarmos no mesmo caminho econômico, o destino será o colapso climático. Isso porque, com o objetivo dar sustentação à atividade econômica, estamos destruindo os sistemas naturais. Para manter a agricultura, estamos destruindo as florestas; as savanas, levando os solos à erosão. Estamos colocando os oceanos em colapso, acabando com os estoques pesqueiros, e por aí vai. O "plano B" é uma resposta a essa situação, uma oportunidade para que o mundo reconheça o colapso que vem sustentando a civilização.

E quais seriam os ingredientes desse plano B?

Ele é feito de quatro propostas: estabilizar a população; estabilizar o clima; erradicar a pobreza e restaurar os sistemas naturais que dão suporte à economia: as florestas, os solos, a biodiversidade, as reservas de água. É um plano ambicioso, mas temos que nos movimentar rápido. Em vez de perguntar aos líderes políticos se eles vão reduzir as emissões de carbono, temos que perguntar em que percentual e com que agilidade eles o farão. Em vez de dizer que os países ricos devem cortar suas emissões de gases estufa em 80% até 2050, o que é muita coisa, vai ser preciso uma movimentação de guerra para fazer com que isso aconteça na velocidade necessária.

Então o sr. parte do pressuposto de que os países assumirão metas mais agressivas de redução do CO2?

A questão central não é o quanto difícil será fazê-lo, e sim o quão difícil as coisas se tornarão se não fizermos nada. Eu me refiro aos níveis do mar, por exemplo. Os últimos estudos a que tivemos acesso mostra que o nível dos oceanos pode subir dois metros. Imagine o impacto disso. Estamos criando um mundo que não vamos reconhecer mais.

E os custos da adaptação às mudanças climáticas serão gigantescos.

Sim. Pense na agricultura, por exemplo. A agricultura que conhecemos hoje é baseada na estabilidade climática. Basicamente, ela é pensada para maximizar sua produção dentro do atual sistema climático. Se ele mudar, a agricultura mudará de uma forma sem precedentes. Essa é uma ameaça muito real. Então temos que acordar e agir a tempo para responder a esses desafios, ou então chegaremos ao ponto sem retorno. A natureza é a senhora do tempo, mas não podemos ver o relógio. Não sabemos quanto tempo nos resta, na prática, para reduzir as emissões de CO2.

O sr. acredita que estamos perto do ponto sem retorno?

Penso que estamos perigosamente perto. E muitos, muitos cientistas do clima pensam que estamos perigosamente perto. Se o nível do mar subir sete metros, teremos que redesenhar o mapa do mundo. O Brasil, por exemplo, seria um país muito menor do que é atualmente. Imensas porções da Amazônia teriam de ser convertidas em agricultura. Praias como Ipanema podem desaparecer.

Em seu livro, o sr. sugere uma revolução tributária com o objetivo de colocar um preço sobre o carbono. Qual seria o caminho? É um cenário realista para o pós-Copenhague?

O problema é que o mercado não diz a verdade. O mercado incorpora os custos de produção de uma mina de carvão, por exemplo, e os custos de transportar e queimar esse carvão. Mas não incorpora os custos da mudança climática causada por esse carvão. O mercado incorpora os custos de bombear petróleo, levá-lo à refinaria, depois ao posto de gasolina. Mas não inclui os custos da poluição causada pela gasolina e o efeito disso para o aquecimento global. Não podemos confiar no mercado para ter acesso a esse tipo de informação.

Então se o mercado não mudar, nada muda?

Sir Nicholas Stern, ex-economista chefe do Banco Mundial, fez, a pedido do governo britânico, uma análise dos custos para o mundo das mudanças climáticas, documento que ficou conhecido como Relatório Stern. Lá ele descreveu a mudança climática como uma grande falha do mercado. E como o mercado falhou ao não incorporar esses custos da mudança climática na gasolina, na eletricidade gerada a partir de carvão. Então a chave agora é obrigar o mercado a nos dizer a verdade. Nos Estados Unidos, por exemplo, em vez de a gasolina custar US$ 3 o galão, custaria US$ 12 se incorporasse esses custos. Custaria muito mais caro, mas seria o preço honesto.

Dessa forma, o preço dos combustíveis passaria a incorporar os custos que eles trazem no longo prazo? Poluição, danos à saúde pública. Estamos no caminho para que isso ocorra? Não é impopular?

Sim, estamos no caminho. Se você perguntar aos economistas o que seria mais eficaz para reduzir as emissões, se um sistema de captura e comércio de emissões (cap and trade) ou se uma reestruturação nos impostos, 95% deles provavelmente diriam que é a mudança nos impostos. Porque é mais fácil de entender, mais transparente, todos saberão exatamente o preço sobre o carbono. E isso vai permitir uma mudança de comportamento, em resposta ao alto preço dos combustíveis fósseis. Isso significa, entre outras coisas, banir a construção de usinas a carvão, e nos voltaremos à energia solar, eólica e geotérmica, em grande escala.

Como estabilizar a população?

O que precisamos entender é o significado de crescimento exponencial, e a relação entre o número de pessoas que habitam o planeta e suas necessidades por água, terra, recursos naturais. Acho que não estamos entendendo bem essa equação. Metade da população do mundo hoje vive em países onde as reservas subterrâneas de água estão sendo bombeadas além da conta, os aquíferos estão baixando. E 80 milhões de pessoas são adicionadas à população diariamente, justamente nos países onde os solos estão em processo avançado de erosão, os aquíferos estão baixando, o que torna a situação ainda pior. Então, controle populacional é um fator chave, especialmente nos Estados não democráticos, como Somália e Afeganistão, onde o acesso à educação é precário.

O sr. é um dos pioneiros em tecer uma relação entre economia e ecologia. Nós estamos sendo hábeis em conectar as duas coisas?

Estamos começando a fazê-lo. Temos nomes emergindo, como o já citado Nicholas Stern, que olhou economicamente a questão da mudança climática e disse "olha, temos problemas". Uma das dificuldades é que os indicadores que usamos, que os governos usam na suas decisões, quase todos são indicadores econômicos. Todos os dias, todos os meses, recebemos dados sobre investimentos, emprego, produção, etc, e as decisões são tomadas. Mas nós não temos algo similar a respeito de erosão dos solos, as espécies que estão disaparecendo, ou sobre o que está ocorrendo com os aquíferos ao redor do mundo. Esses dados não estão disponíveis, e são muito mais importantes para o futuro da civilização. A exceção é a concentração de CO2 na atmosfera, temos essa informação diariamente. Então, a mentalidade ainda é governada pela economia. Mesmo na administração Obama. Eles ainda pensam só em termos econômicos, e nós precisamos de um modelo muito mais sofisticado.

Recentemente o governo brasileiro está bastante entusiasmado com as descobertas de petróleo na camada do pré-sal. Como o sr. vê isso? Um país reconhecido por uma matriz renovável mas que pretende explorar mais óleo no futuro. Não soa contraditório, no atual momento?

Descobrir petróleo, para um país, soa como um símbolo do sucesso. No caso do pré-sal, não será fácil tirá-lo do fundo do mar, será um processo custoso e dispendioso em energia. Além disso, com o tempo, o petróleo estará saindo de cena, será parte da história. Outro ponto a ser observado é a eletrificação dos sistemas de transporte, com mais veículos híbridos e elétricos entrando em cena. E a matriz renovável já está verificando um grande salto, a China está dobrando sua produção de energia a partir de fontes limpas. A Europa está montando um consórcio de empresas, como Munich Re, Deustche Bank, Siemens e ABB, que estão desenvolvendo uma usina de geração solar de grandes proporções no Norte da África. A luz do sol que atinge a Terra naquele ponto durante uma única hora é suficiente para fornecer energia para toda a economia global, por um ano.

E os negócios? As empresas estão realmente fazendo mudanças em seus modos de fazer negócios para alcançar a sustentabilidade?

Há algumas companhias que estão realmente planejando se tornar neutras em emissões de carbono, muito poucas. O obstáculo é que as indústrias vivem pelo mercado, num ambiente de mercado, e usam suas regras. Mas o varejo dá informação ruim aos consumidores. O mercado nos diz que combustíveis fósseis são baratos, mas na realidade eles são caros. Então, para que as indústrias se tornem de fato sustentáveis e para que a economia se torne sustentável, temos que fazer com que o mercado nos diga a verdade. E o modo de fazer isso é calcular o real preço da energia fóssil e incorporar esses custos.

Vivemos em um padrão de produção e consumo claramente insustentável. A era do descartável, da obsolescência programada. O sr. acha que iremos em algum momento sobrepor esse paradigma?

Estamos começando a mudar, mas a questão é: podemos mudar na velocidade necessária? Estamos em uma corrida entre pontos de inflexão, no campo político e natural. Podemos cortar as emissões rápido o suficiente para salvar as geleiras e o Himalaia? Começamos a nos mover nessa direção, mas ainda não na velocidade suficiente.

Como o sr. vê o papel do Brasil nesse cenário?

O Brasil está em uma situação única. Tem a grande riqueza de ter uma matriz onde mais de 40% da energia vem de fontes renováveis. Vocês fizeram a transição primeiro. O Brasil tem vasto litoral, ideal para parques eólicos, reservas de água, sol o ano todo. É o território ideal para uma economia de baixo carbono, e se mantiverem nesse caminho, atrairão muitos investimentos.
 
 
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Roberto Santos